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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro APX2 de Cálculo III – Gabarito – 2021-2 Código da disciplina: EAD 01015 (Matemática/F́ısica/Qúımica ) e EAD 16062 (Engenharia de Produção ) Nome: Matŕıcula: Atenção! • PREENCHER CADA FOLHA DE RESPOSTA COM NOME, MATŔICULA e POLO; • ESCREVER O TOTAL DE FOLHAS UTILIZADAS; • APRESENTAR RESPOSTAS COM TODOS OS CÁLCULOS; • APRESENTAR RESPOSTAS MANUSCRITAS, POIS RES- POSTAS DIGITADAS RECEBERÃO NOTA ZERO; • USAR APENAS CANETAS AZUIS OU PRETAS; • ENVIAR TODOS OS ARQUIVOS EM FORMATO PDF. Questão 1 (3,0 pontos) Considere a função f : R2 −→ R, definida por f(x, y) = xy − x− y + 1, para cada (x, y) ∈ R2. Seja S = {(x, y) ∈ R2;x2 + y2 − 2x− 2y = 0}. (a) (2,0 pontos) Determine os pontos de S nos quais f assume seus valores máximo e ḿınimo. (b) (1,0 ponto) Calcule o valor máximo e o valor ḿınimo de f em S. Solução: (a) Para encontrarmos os pontos de máximo e os pontos de ḿınimo de f em S, garantidos pelo Teorema de Weierstrass, otimizaremos a função f = f(x, y), restrita à condição x2 + y2 − 2x− 2y︸ ︷︷ ︸ g(x,y) = 0. Supondo que P = (x, y) ∈ R2 seja um ponto onde f , sujeita à condição supracitada, assume um valor extremo, o Teorema dos Multiplicadores de Lagrange garante a existência de λ ∈ R tal que (y − 1, x− 1) = ∇f(x, y) = λ∇g(x, y) = λ(2x− 2, 2y − 2). Nesse caso, x− 1 = 2λ(y − 1) e y − 1 = 2λ(x− 1), donde x− 1 = 2λ(y − 1) =⇒ x− 1 = 2λ[2λ(x− 1)] =⇒ (1− 4λ2)(x− 1) = 0 =⇒ λ = ±12 , uma vez que x 6= 1 (de fato, se ocorresse x = 1, também teŕıamos y = 1, o que equivocada- mente implicaria P = (x, y) /∈ S). Cálculo III APX2 2 CASO 1, λ = 12 : Aqui, temos x− 1 = 2λ(y − 1) =⇒ x = y =⇒ x2 + x2 − 2x− 2x = 0 =⇒ x ∈ {0, 2}, ou seja, há duas possibilidades para P , a saber: P1 = (0, 0) e P2 = (2, 2). CASO 2, λ = −12 : Aqui, temos x− 1 = 2λ(y − 1) =⇒ x = 2− y =⇒ (2− y)2 + y2 − 2(2− y)− 2y = 0 =⇒ y ∈ {0, 2}, ou seja, também há duas possibilidades para P , a saber: P3 = (2, 0) e P4 = (0, 2). Como f(P1) = 0 · 0− 0− 0 + 1 = 1, f(P2) = 2 · 2− 2− 2 + 1 = 1, f(P3) = 2 · 0− 2− 0 + 1 = −1 e f(P4) = 0 · 2− 0− 2 + 1 = −1, resulta que f assume valor máximo nos pontos P1 e P2, e valor ḿınimo nos pontos P3 e P4. (b) Pelo item (a), M = 1 e m = −1 são, respectivamente, os valores máximo e ḿınimo da restrição de f ao ćırculo S. Questão 2 (4,0 pontos) Considere a função f : R2 −→ R, definida por f(x, y) = 2x2 + xy − 2x− y + 1. (a) (3,0 pontos) Encontre os pontos cŕıticos de f , classificando cada um como ponto de ḿınimo local , ou como ponto de máximo local , ou como ponto de sela ; (b) (1,0 ponto) É verdade que o Teorema de Weierstrass garante que a função g : (x, y) ∈ R2 \ {(t, s); t = 1 ou s = −2t} 7−→ g(x, y) = 1 f(x, y)− 1 ∈ R assume valores máximo e ḿınimo em X = { (x, y) ∈ R2; (x− 1)2 + y2 ≤ 11000 } ∩ Dom g? Solução: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo III APX2 3 (a) Como fx(x, y) = 4x+ y − 2 e fy(x, y) = x− 1 para quaisquer (x, y) ∈ R2, os pontos cŕıcos de f são as soluções do sistema determinado pelas equações 4x+ y − 2 = 0 e x− 1 = 0. Portanto, P = (1,−2) é o único ponto cŕıtico de f . Agora, notemos que fxx(x, y) ≡ 4 =⇒ fxx(P ) = 4; fyy(x, y) ≡ 0 =⇒ fyy(P ) = 0; fxy(x, y) ≡ 1 =⇒ fxy(P ) = 1. Nesse caso, sendo H(x, y) = fxx(x, y)fyy(x, y)− [fxy(x, y)]2, segue que H(P ) = 4 · 0− 12 = −1 < 0 =⇒ P é um ponto de sela de f. (b) Para todo (x, y) ∈ Dom g, observemos que g(x, y) = 1 f(x, y)− 1 = 1 2x2 + xy − 2x− y = 1 (x− 1)(2x+ y) , ou seja, g é cont́ınua em todos os pontos do seu doḿınio. Em particular, g é cont́ınua em X ⊂ R2. No entanto, X não é um subconjunto compacto de R2, por se exprimir como a diferença entre o disco fechado{ (x, y) ∈ R2; (x− 1)2 + y2 ≤ 11000 } e o segmento de reta {(1, s); s ∈ [−10−3, 10−3]}. Assim, o Teorema de Weierstrass não pode ser aplicado para assegurar que g atinge valores extremos em X. Questão 3 (3,0 pontos) Considere a função F : R3 −→ R, definida por F (x, y, z) = x2 + z cosh(xy) + z3. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ (a) (2,0 pontos) Prove que a equação F (x, y, z) = 1 define implicitamente uma função z = f(x, y) em uma vizinhança V do ponto (1, 0) ∈ R2; (b) (1,0 ponto) Sendo f a função mencionada no item (a), calcule fx(1, 0) e fy(1, 0). Solução: (a) Observemos que 1 = F (1, 0, z) = 1 + z cosh(1 · 0) + z3 =⇒ z(z2 + 1) = 0 =⇒ z = 0. Assim, para ver que a equação F (x, y, z) = 1 define implicitamente alguma função z = f(x, y) em uma vizinhança V do ponto (1, 0) ∈ R2, basta verificar que Fz(1, 0, 0) 6= 0 (Teorema da Função Impĺıcita). Com efeito, como Fz(x, y, z) = cosh(xy) + 3z2, para cada (x, y, z) ∈ R3, temos Fz(1, 0, 0) = 1, seguindo o desejado. (b) No item (a), aplicamos o Teorema da Função Impĺıcita para demonstrar que a equação F (x, y, z) = 1 define implicitamente uma função z = f(x, y) em uma vizinhança V do ponto (1, 0) ∈ R2. Além disso, o Teorema da Função Impĺıcita também garante que, para cada (x, y) ∈ V , temos fx(x, y) = −Fx(x, y, z) Fz(x, y, z) = − ( 2x+ yz senh(xy) cosh(xy) + 3z2 ) e fy(x, y) = −Fy(x, y, z) Fz(x, y, z) = − ( xz senh(xy) cosh(xy) + 3z2 ) . Dáı, fx(1, 0) = − ( 2 · 1 + 0 · 0 senh(0 · 0) cosh(0 · 0) + 3 · 02 ) = − (2 1 ) = −2 e fy(1, 0) = − ( 1 · 0 senh(·0) cosh(1 · 0) + 3 · 02 ) = − (0 1 ) = 0.
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