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resumo de SATURAÇÃO


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RESUMO
DO 
LIVRO
SATURAÇÃO
Eliza Tafner Miloni
1º ano – História – Diurno
Docente : Eliana
A obra foi escrita no ano de XXXX pelo sociólogo Michel Maff esoli, Professor da Université de Paris-Descartes — Sorbonne e é vice-presidente do Institut International de Sociologie(IIS) e membro do Institut Universitaire de France (IUF).
Seu conteúdo faz uma análise sobre os comportamentos sociais coletivos antigos e atuais. Conta com tópicos sobre o pensamento, o desenvolvimento social, economia, natureza, modo de vida, estética e aparência física e arte. Descreve como isso está envolvido com os relacionamentos humanos e como esses evoluíram ou se tornaram mais primitivos.
O autor inicia a obra falando sobre o significado das palavras. Seu raciocínio remete a ideia de que toda palavra, para ter um significado reconhecido, deveria ter uma finalidade que causasse impacto na vida.
Tomando esse início como linha de raciocínio, reflete sobre os pensamentos que preenchiam as mentes pós-modernistas, comparando-as com as atuais. Cita o “conformismo lógico” em que se favorece a preguiça mental, fazendo com que seus pensantes optem por aprisionar-se em dogmas a pensar ampliadamente. Esse descaso com o pensar origina impactos não só no quotidiano como também na mídia. Ao estabelecer um paralelo entre opinião publicada e opinião pública mostra a nítida diferença existente entre uma e outra, relacionando os ideias convencionais e os lugares-comuns a primeira e o real, o verdadeiro e o humano à segunda.
A opinião publicada, de acordo com o sociólogo, é mais fácil de ser apresentada á população devido a sua fácil aceitação. Para tal conta-se com um processo de maquiagem da notícia, em que se passa outra imagem do que se é vivido, atentando-se sempre para destacar e mostrar os problemas sociais, e seu impacto nos demais, de locais menos favorecidos economicamente. Nota-se, nitidamente, a posição explorada pela elite da sociedade que usa de sua posição e poder para comandar a opinião publicada como lhe convém. Isso faz com que se agrave mais os problemas e as divisões sociais existentes. Esse trabalho realizado pelas elites não é novidade. Pode ser reconhecido até mesmo no Império Bizantino com as profissões de silenciadores oficiais, que trabalhavam para calar as opiniões públicas e comandar as publicadas. 
Em contraste com essa censura mental, aplica-se o uso da diversão para controlar e estimular a preguiça mental. Isso faz com que se obtenha, com mais facilidade, o controle da população.
O desenvolvimento da sociedade, de acordo com o autor, requer regras de jogo. É necessário que o ser vivente e observador seja um político em suas ações, para realiza-las com sucesso. Quando ocorre uma mudança no modo de vida seu oposto não irá sumir, apenas ficará apagado pelo tempo necessário, podendo ressurgir mais tarde. Ao relacionar um apocalipse ao fim de uma era social, o autor explica-se, através da frase “quando uma civilização já deu o melhor de si mesma, ela sente a necessidade de retornar a sua origem. Invertida, ela se transforma em cultura”, seu raciocínio de ações do dia-a-dia que ficaram amortecidas, mas ressurgiram com força mais tarde. No entanto, ao ser um jogador, o observador apega-se, sem querer, ao estudo do bem comum, o que deve ser descartado.
As tribos pós-modernas transformaram o viver em um jogo, tornando tudo uma piada e dando mais atenção em como sua imagem é passada para a sociedade. Desse modo, ninguém queria ser diferente por medo de apresentar uma imagem chocante que irá provocar não aceitação em quem vê. Com isso, a sociedade pós-moderna passava por um processo de homogeneização cultural, principalmente no século XIX. No entanto a cultura atual apresente uma pluridade crescente em âmbito artístico, religioso, gastronômico, etc .. Para que isso ocorra de maneira natural e para que as diferentes tribos vivam de maneira harmônica é necessário a criação de técnicas materiais e sociais para evitar tais desavenças.
Outra característica que desponta no comportamento humano é a racionalidade. A auto-domesticação, mesmo fazendo mal ao indivíduo, dita a moral e a política atual. Origina-se, então, uma antítese em que a busca por essa domesticação transforma o homem em cada vez mais "não domesticado". Daí então, pode-se destacar a hipocrisia e a ilusão de si mesmo. Fazendo uma análise da frase mencionada pelo historiador Philippe Ariès “o passado é a “pedra de nosso presente” podemos reforçar a qualidade do homem como um ser pensamento, mas que não deixa de ser caniço. O uso da palavra pacto para designar as atitudes sociais de hoje em dia evidenciam que não se reduz a racionalidade, mas tem também uma grande carga emocional
A característica de individual do homem atual está perdendo valor único, pois, apesar de ainda ser cada vez mais ter o seu pensamento individualista, não podemos classifica-lo como individual, pois é um produto do meio que o cerca. O contato e o comunistarismo (vida em comunidade) está cada vez mais afastado do real. Isso pode ser notado através de sites de relacionamento na internet que agrupam pessoas com mesmos interesses, o que está diminuindo com o contato físico direto pessoal
Com a vida emocional cada vez mais distante da física nota-se a nova ditadura do trabalho. Esse transformou a vida social a partir do século XIX, mudando o "você deve" para o "mais valia" . O social é espelho da produção em que indivíduo só tem valor quando está relacionado ao trabalho (produção ou produto final). Isso transformou o carácter do indivíduo fazendo com que o Homem Racional atual se apegue mais a sua segunda característica, tornando tudo mais calculador e individualista. Apesar de “Toda a modernidade é uma longa evolução do místico ao econômico”, a Alienação está deixando de ser apenas econômica para englobar todos os aspectos sociais na vida do homem.
Com a mudança de pensamento do modo de vida e dos relacionamentos sociais humanos, mudou-se também a relação existente entre homem e natureza. O mito do Progresso e do Igualitarismo tem origens no controlar na natureza pelo homem até o controle do homem por outros. Suas bases no higienismo, na moral e na sociedade sem mácula fazem com que tais mudanças resultem em mudanças também climáticas, o que pode ser evidenciado na frase retirada do texto “são numerosos os termos, eruditos ou familiares, que expressam esse fenômeno. Os sociólogos irão falar de um processo de saturação, os historiadores de inversão quiasmática, os psicólogos de compensação. Não importa o termo empregado. “Trata-se de uma inversão de polaridade, causa e efeito de uma profunda mutação societal ou antropológica”. 
No entanto, a relação os produtos finais da natureza sobre o homem mudam de perspectiva. Através da sensibilidade ecológica, que não se opõe a racionalidade, mas sim ao racionalismo, sabe-se usar a natureza de um modo subjetivo, fazendo com que ela supra as necessidades da sociedade capitalista como matriz, mas mesmo assim se desenvolva nunca acabando ou estragando em excesso. É necessário que essa relação de parasitismo seja mudada, pois sendo apenas sugada, a natureza não cria forças para se recuperar. Isso causa impactos negativos na vida do homem, que é produto direto desse local. “O lugar faz a ligação”
Ao se preocupar menos com as matrizes responsáveis por tais mudanças, o homem cria um espírito que dá importância apenas ao destino final do produto e como isso pode ajuda-lo a melhorar sua imagem. Não é o desenvolvimento que prevalece, mas sim o envolvimentismo. A partir de 1950 reina a ética da estética, que origina uma homogeneização do pensamento estético. Sociedade pós-moderna volta-se para si, para contemplação de seu visual, não vivendo o Céu na Terra, nem o Inferno na Terra, mas a Terra na Terra. A sociedade mostra em sua imagem corporal suas mudanças e sua cultura. Não fugindo do contexto material, a arte também passa a representar outro ponto de vista de se estudar uma sociedade. “Quando uma obraparece estar à frente de seu tempo, é simplesmente que seu tempo está atrasado em relação a ela”. O material dita a história e a situação da cultura ou dos modos da sociedade, ditando até o tempo em que se deve viver.
Apesar de todas as crises e apocalipses, a vida continua e é preciso saber conduzi-la. "quando uma civilização já deu o melhor de si mesma, ela sente a necessidade de retornar a sua origem. Invertida, ela se transforma em cultura." É preciso aprender a ver que em todo declínio há uma nova gênese. Para que tais mudanças tenham sucesso usa-se muito do que está aprisionado na memória. A idade dos povos causa impacto na sociedade atual. A memória serve para mostrar os diversos modos de viver que reinaram e permite aos atuais não cometerem os mesmos erros. Como a qualidade de vida é buscada e almejada pela sociedade atual. Para isso conta com experiências resgatadas na memória para tomar ações atuais