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Teoria do Campo Cristalino - TCC Estrutura da Matéria Aula 12 Complexos de Cobalto Cor em complexos Propriedades magnéticas Espectros eletrônicos [Ti(H2O)6] 3+ Como explicar ??????? 2 3 Complexos metálicos Sabemos que os ácidos de Lewis são receptores de pares de elétrons. Complexos ou compostos de coordenação: compostos metálicos formados através de interações ácido-base de Lewis. Complexos: têm um íon metálico (pode ser no estado de oxidação zero) ligado a um número de ligantes. Íons complexos são carregados. Exemplo, [Ag(NH3)2] + Ligantes são bases de Lewis. Os colchetes envolvem o íon metálico e os ligantes. Complexos metálicos: Desenvolvimento histórico 4 CrCl3.nNH3 CrCl3 estável nNH3 estável + Foram chamados de compostos complexos ~1798 - Tassaert E muitos outros complexos amínicos foram preparados (variando o metal) e eram identificados pela coloração. Nenhuma explicação razoável de como se formavam e porque apresentavam coloração foi encontrada durante 100 anos......... CoCl3.6NH3 - amarelo CoCl3.5NH3 - roxo CoCl3.4NH3 - verde Preparou-se também complexos de Co A coloração chamava muita atenção Desenvolvimento da química de coordenação: teoria de Werner (1893) 5 Werner descobriu que um total de seis ligantes estavam ligados ao Co central. Todos os complexos de Co eram derivados de CoCl3.6NH3 . Ele deduziu que os ligantes NH3 estavam ligados covalentemente ao íon central de Co3+. A cada retirada de 1 NH3 Cl - alterava o comportamento Postulou que deveria existir diferentes Cl- no complexo: ligado diretamente ou não ao metal. Passou a representar estes complexos por: [Co(NH3)6]Cl3 [Co(NH3)5Cl]Cl2 [Co(NH3)4Cl2]Cl [Co(NH3)3Cl3] Cl- fora do colchete reage com a Ag+ e dentro do colchete não reage. Desenvolvimento da química de coordenação: teoria de Werner 6 Faltava explicar a coloração destes complexos No caso do CoCl3·4NH3, existem dois isômeros para os ligantes de Cl ligados ao Co. Teoria do Campo Cristalino A idéia original da Teoria de Campo Cristalino parece ser atribuída a Becquerel. Mas foi desenvolvida por van Vleck em 1932 para explicar as propriedades de íons metálicos d (metais de transição) em cristais iônicos. 7 Antoine Henri Becquerel John Hasbrouck van Vleck Entretanto, a sua formulação inicial se deu como Teoria do Campo Cristalino (TCC) por Bethe em 1929. Hans Albrecht Bethe Somente na década de 50 com Ilse, Hartman, Orgel, Moffitt, Ballhausen, Jorgensen, dentre outros que a TCC foi utilizada com sucesso para explicar: a cor propriedades magnéticas espectro eletrônico (Uv-Vis) e de ressonância paramagnética eletrônica (RPE) de compostos de coordenação de metais de transição. 8 Desenvolvimento da Teoria do Campo Cristalino 9 Teoria do Campo Cristalino A teoria do campo cristalino descreve a ligação em complexos metálicos d (metais de transição). A formação de um complexo é uma reação ácido-base de Lewis. Estrutura da Matéria - 1º Semestre de 2016 Teoria do Campo cristalino 10 Teoria do Campo Cristalino 10 Ambos os elétrons na ligação vêm do ligante e são doados para um orbital vazio hibridizado no metal. Hipótese da teoria do campo cristalino: a interação entre o ligante e o metal é eletrostática. Quanto mais diretamente o ligante ataca o orbital do metal, maior é a energia do orbital d. A ligação que resulta é fortemente polar, de certo caráter covalente. Teoria do Campo Ligante Ligação:Reação ácido-base de Lewis Estrutura da Matéria - 1º Semestre de 2016 Teoria do Campo cristalino 11 3d 4s 4p [ZnCl4] 2- (tetraédrico) [ZnCl2] (linear) Zn2+ Zn2+ em [ZnCl2] - eletron do ligante Cl- "híbridos sp" orbitais p que não foram hibridizados Zn2+ em [ZnCl4] 2- híbridos sp 3 Orbitais d do Fe3+ (d5) os 5 orbitais apresentam a mesma energia Os 5 orbitais d vão "sentir" da mesma forma a presença dos ligantes CN ??? Fe3+ CN CN NC NC CN CN x y z Complexo Octaédrico Degenerados Teoria do Campo Cristalino 12 Conjunto de Orbitais d: necessário conhecer 13 Orbitais mais externos: ns (n-1)d e np dz 2 dx 2-y 2 dxy dxz dyz 14 Teoria do Campo Cristalino O íon metálico livre tem uma energia menor do que o íon metálico junto com os ligantes. Entretanto, existem algumas repulsões ligante-elétron d que ocorrem, uma vez que o metal tem orbitais d parcialmente preenchidos. Elétrons nos dois orbitais d (dz2 e dx2-y2) apontam diretamente ao longo do eixo cartesiano e diretamente para os ligantes, este são normalmente de simetria eg (duplamente degenerado). Em compostos Octaédricos, esses elétrons (eg) são repelidos mais fortemente pela carga negativa nos ligantes que os elétrons nos outros três orbitais d (dxy, dyz, dzx ) – simetria t2g (triplamente degenerado)). Compostos octaédricos 15 Átomo central livre Átomo central sob Campo Pontual Átomo central sob Campo esférico g g Orientação dos orbitais d em relação aos ligantes de um composto octaédrico 16 Forma dos orbitais d Ligantes (bolas azuis) ao redor de um ion metálico com seus orbitais d Interação menor com os ligantes – energia menor Interação maior com os ligantes – energia maior 17 Teoria do Campo Cristalino Orbitais e cubo - complexos octaédricos 18 A energia dos 5 orbitais d não é mais a mesma Em um campo octaédrico, a degenerecência dos cinco orbitais d é suspensa. 19 Diagrama de níveis de energia: campo octaédrico Em um campo octaédrico, os cinco orbitais d não têm a mesma energia: os orbitais eg têm mais energia do que os orbitais t2g. A distância em energia entre eles é chamada de parâmetro de desdobramento do campo cristalino, (o para campo Oh) ou 10Dq. O campo cristalino desdobra-se em energia. dx2-y2 dz2 dxy dxz dyz 10Dq dx2-y2 dz2 eg 6Dq dxy dxz dyz t2g 4Dq 20 Campo octaédrico Os três orbitais t2g têm energia 2/5o (– 0,4 ou – 4 Dq) abaixo da energia média dos orbitais d. Os dois orbitais eg têm energia 3/5 o (0,6 ou 6Dq) acima da média dos orbitais d. A energia resultante de uma configuração t2geg em relação à energia média dos orbitais é a energia de estabilização do campo cristalino (EECC). EECC(octaédrico) = (- 0,4x + 0,6y) octraédro (x e y são os nos de elétrons que ocupam os orbitais t2g e eg, respectivamente o = 10 Dq Ambiente esférico: aproximação dos ligantes: repulsão entre seus elétrons e os elétrons dos orbitais do metal (aumento de energia dos orbitais d) Exemplo de um complexo octaédrico 21 íon hexaquatitânio: [Ti(H2O)6] 3+ O Ti3+ é um íon metálico d1. Conseqüentemente, o elétron está em um orbital de baixa energia. Para o Ti3+, a diferença entre os níveis de energia, o é da ordem do comprimento de onda da luz visível. EECC[Ti(H2O)6] 3+ = - 0,4 Outros Exemplos 22 E + 0,6 o eg t2g dz2 dx2-y2 dxy dxz dyz - 0,4 o Configuração eletrônica d2 Ex: [V(H2O)6] 3+ Calcule a EECC Outros Exemplos 23 Configuração eletrônica d3 Ex:[Cr(H2O)6] 3+ + 0,6 o eg t2g dz2 dx2-y2 dxy dxz dyz - 0,4 o E Calcule a EECC Como fica uma configuração d4 ????? Configurações acima de d3 a distribuição irá depender da magnitude de 0 e P (energia para que ocorra emparelhamento) - Se 0 P ; o elétron vai para o orbital eg e o complexo é denominado de spin alto (campo fraco) - Se 0 P ; o elétron emparelha no orbital t2g e o complexo é denominado de spin baixo (campo forte) o = 10 Dq Complexo de spin alto Campo fraco eg t2g o = 10 Dq Complexo de spin baixo Campo forte eg t2g 24 Complexos octaédricos de campo fraco e forte 25 Os ligantes de campo fraco tendem a favorecer a adição de elétrons a orbitais de energia mais alta (complexos de spin alto) porque < energia de emparelhamento (P). Os ligantes de campo forte tendem a favorecer a adição de elétrons a orbitais de energia mais baixa (complexos de spin baixo) porque > P. Exemplo: Quando o Cr3+ deixa de ser atacado por um ligante de campo fraco e é atacado por um ligante de campo forte, (ou 10Dq) aumenta. Complexos octaédricos de Cromo 26 Complexos octaédricos de campo forte 27 10Dq > P Energia entre t2g e eg é grande: é mais fácil emparelhar os elétrons Configuração eletrônica para situação de campo forte 28 Complexos octaédricos de campo fraco 29 10Dq < P Energia entre t2g e eg é pequena: é mais fácil adicionar o elétron no eg Configuração eletrônica para situação de campo fraco 30 EECC = n0 - mP EECC = (- 0,4x + 0,6y)o - (Pemp em t2g e eg - Pemp em d degenerado) Onde n0 = elétrons em t2g X (-0,4 0) + elétrons em eg X (0,6 0) mP = (Pemparelhamento em t2g e eg) - (Pemparelhamento em d degenerado) 31 Configuração eletrônica d4 E + 0,6 o eg t2g dz2 dx2-y2 dxy dxz dyz - 0,4 o E + 0,6 o eg t2g dz2 dx2-y2 dxy dxz dyz - 0,4 o EECC = (- 0,4. 3 + 0,6.1 )o = -0,6 o EECC = (- 0,4.4 + 0,6.0)o - (1P - 0P) = -1,6 o - P EECC = (- 0,4x + 0,6y)o - (Pemp em t2g e eg - Pemp em d degenerado) Degenerado Degenerado Complexo de spin alto (campo fraco) Complexo de spin baixo (campo forte) 32 Como fica para config. d7? Série Espectroquímica 33 Os diferentes ligantes afetam os orbitais d de um determinado átomo ou íon de metal em graus diferentes, portanto, produzem diferentes desdobramentos do campo ligante. Ligantes Ligante de campo fraco: Provoca desdobramento pequeno do campo cristalino. Ligante de campo forte: Provoca desdobramento maior do campo cristalino. Série mais completa: CO > CN- > NH3 > CH3CN > NCS - > H2O > OH - > F- > NO3 - > Cl- > SCN- > S2- > Br- > I- Espectro de absorção [Ti(H2O)6] 3+ 34 O único elétron d do complexo [Ti(H2O)6] 3+ pode ser excitado do orbital t2g para um dos orbitais eg se absorver um fóton de energia o. Transição d-d é a origem de grande parte das cores dos complexos. Espectro de absorção óptico do [Ti(H2O)6] 3+ Cor dos complexos 35 A cor de um complexo depende da ordem de grandeza de que, por sua vez, depende do metal e dos tipos de ligantes. Cores complementares 36 Fatores que afetam a magnitude de 10Dq 37 Carga do metal Número de ligantes e geometria Natureza do metal Natureza do ligante Efeito da carga do metal 38 Maior a carga do metal Maior a atração com os ligantes Maior é a perturbação nos orbitais d do metal Efeito do número de ligantes e geometria 39 Efeito da natureza do metal 40
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