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AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE PRÉ ESCOLARES DE UM cmei de guarapuava

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III Semana Acadêmica do Curso de Nutrição da UNICENTRO - 2009 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE PRÉ-ESCOLARES DE UM 
CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL-CMEI DA CIDADE DE 
GUARAPUAVA-PR 
 
Marcella Carolina Moura Bolognini (Acadêmica do curso de 
Nutrição/UNICENTRO), Adriana Honaiser (Acadêmica do curso de 
Nutrição/UNICENTRO), Bruno Moreira Soares (Professor/UNICENTRO), 
Márcio Brunsfeld de Oliveira (Professor/UNICENTRO) 
e-mail: marcellabolognini@hotmail.com 
 
UNICENTRO/Setor de Ciências da Saúde – Guarapuava – PR 
 
Palavras-chave: pré-escolar, antropometria, estado nutricional. 
 
Resumo: 
 
O período pré- escolar é caracterizado pela diminuição da velocidade 
de crescimento e do apetite. A avaliação do crescimento é a medida que 
define a saúde e o estado nutricional de crianças. O presente estudo teve 
como objetivo verificar o estado nutricional de pré-escolares. Foram 
avaliadas 72 crianças com idades entre 2 e 5 anos de um CMEI de 
Guarapuava-PR. Utilizou-se os parâmetros P/I, P/E e E/I, os quais foram 
classificados de acordo com os escores z propostos pela Organização 
Mundial da Saúde - OMS (2006/2007). Encontrou-se maior número de 
déficits nutricionais, com 28,57% (12), enquanto que as inadequações por 
excesso foi 11,11% (8). Assim, a avaliação do estado nutricional de crianças 
é essencial no diagnóstico e na prevenção de distúrbios nutricionais. 
 
Introdução 
 
O período pré- escolar é caracterizado pela diminuição da velocidade de 
crescimento e do apetite. A formação dos hábitos alimentares inicia-se com 
a bagagem genética que interfere nas preferências alimentares e vai 
sofrendo diversas influências do ambiente. A alimentação deve convergir 
para o bem estar físico, emocional e social da criança. (VITOLO, 2003) 
A avaliação do crescimento é a medida que melhor define a saúde e o 
estado nutricional de crianças, já que distúrbios na saúde e nutrição afetam 
o crescimento infantil. Nos países em desenvolvimento, a maioria dos 
problemas de saúde e nutrição durante a infância está relacionada com 
consumo alimentar inadequado e infecções de repetição, intimamente 
relacionadas com o padrão de vida da população. Dessa forma, a avaliação 
do crescimento infantil é também uma medida indireta da qualidade de vida 
da população (SIGULEM, DEVINCENZI, LESSA, 2000). 
No cuidado da saúde da criança a alimentação é um aspecto 
fundamental para a promoção da saúde (ROTENBERG & VARGAS, 2004). 
 
III Semana Acadêmica do Curso de Nutrição da UNICENTRO - 2009 
O interesse por conhecer a magnitude dos problemas nutricionais 
reside na possibilidade de identificar os distúrbios nutricionais, monitorar as 
desigualdades sociais e possibilitar a implementação de ações de nutrição e 
saúde (GUIMRÃES & BARROS, 2001). 
Baseando-se no fato de a avaliação nutricional ser essencial no 
acompanhamento do desenvolvimento do indivíduo e na prevenção de 
futuros distúrbios nutricionais, elaborou-se este estudo com o objetivo de 
realizar avaliação antropométrica para verificação do estado nutricional. 
 
Materiais e Métodos 
 
Avaliou-se 72 crianças entre 2 e 5 anos em maio de 2009, em um CMEI de 
Guarapuava, no Estágio em Nutrição Social. As crianças que faltaram no dia 
foram excluídas. A diretora da Instituição permitiu a realização da pesquisa. 
A avaliação foi realizada com as crianças usando roupas leves e sem 
calçados. As medidas antropométricas realizadas foram o peso e a estatura. 
Para a aferição do peso utilizou-se balança digital da marca Britânia 
com capacidade para 150 kg e a estatura foi mensurada com fita métrica 
presa em uma parede plana e sem rodapé. As medidas antropométricas 
foram aferidas de acordo com SISVAN (2008). 
Para a classificação do estado nutricional, foram adotados os valores 
de escores z de peso/idade (P/I), peso/estatura (P/E) e estatura/idade (E/I) 
de acordo com a Organização Mundial da Saúde - OMS (2006) para os 
menores de 5 anos e OMS (2007) para os maiores. Os dados foram 
analisados no programa Microsoft Excel® 2007. 
 
Resultados e Discussão 
 
Dentre os pesquisados, 61,11% (44) são do sexo masculino e 38,88% (28) 
do sexo feminino. A média de idade encontrada foi de 3,8 (± 0,8) anos. 
A tabela 1 apresenta os percentuais de crianças de acordo com o 
estado nutricional, conforme o P/I. Observa-se que a maioria das crianças 
encontra-se eutrófica, porém 13,88% (10) apresentaram alteração no estado 
nutricional. Observa-se maior número de inadequações entre as meninas. 
Em estudo realizado em Umuarama-Pr, nenhuma criança apresentou 
déficit neste parâmetro, porém pode-se observar que 24,05% das crianças 
encontravam-se na faixa de sobrepeso e obesidade (ALVES et al., 2008). 
 
Tabela 1: Frequência do estado nutricional de acordo com P/I. (n total: 72) 
Gênero Desnutrição leve 
n % 
Eutrofia 
n % 
Obesidade 
n % 
Feminino 3 4,16 22 30,55 3 4,16 
Masculino 2 2,77 40 55,55 2 2,77 
Todos 5 6,94 62 86,11 5 6,94 
 
Em relação ao E/I, 100% das crianças apresentaram estatura >-2. 
Fernandes et al. (2006), em estudo em Mogi-Guaçú, encontraram 1,15% de 
 
III Semana Acadêmica do Curso de Nutrição da UNICENTRO - 2009 
défcit no escore z E/I e 4,04% de crianças com escore z maior que 2. No 
presente estudo, 4,16% (3) das crianças apresentam escore z >2. Outro 
estudo, realizado por Tuma et al. (2005), com crianças em Brasília, 
encontraram 4,8% e 5,6% respectivamente, para déficit e excesso de altura 
A tabela 2 apresenta os percentuais de crianças de acordo com o 
estado nutricional, avaliado conforme o P/E. Observa-se que a maioria das 
crianças está eutrófica, porém, da mesma forma que o parâmetro P/I, 
13,88% (10) apresentaram alteração no estado nutricional, sendo que o 
percentual de inadequações foi o mesmo entre ambos os sexos. 
 Torres et al. (2007), em estudo com crianças de 0 a 60 meses, em 
Brasília, encontraram 5,2% de déficit de P/E. Neves et al. (2006) 
encontraram 4,2% de crianças com défcits e 7,4% com excesso para o P/E. 
 Na Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (1989), 31% das 
crianças brasileiras apresentavam desnutrição. Monteiro et al. (1995) 
referem que a razão entre a prevalência de desnutrição e de obesidade foi 
dramaticamente afetada entre 1974 e 1989. Em 1974, havia, na população 
infantil, mais de quatro desnutridos para um obeso e, em 1989, essa relação 
caiu para dois desnutridos para um obeso. Enquanto parte significativa das 
crianças não tem acesso a uma alimentação que garanta as condições para 
o crescimento saudável, tantas outras começam a sofrer com doenças 
relacionadas ao consumo de alimentos industrializados hipercalóricos, 
situação que caracteriza a transição epidemiológica (SABRY et al., 2007). 
 
Tabela 2: Frequência do estado nutricional de acordo com P/E. (n total: 72) 
 
Gênero 
Desnutrição 
moderada 
n % 
Desnutrição 
leve 
n % 
Eutrofia 
 
n % 
Obesidade 
 
 n % 
Feminino 1 1,38 2 2,77 31 43,05 2 2,77 
Masculino 0 0 4 5,55 41 56,94 1 1,38 
Todos 1 1,38 6 8,33 62 86,11 3 4,16 
 
Encontrou-se maior número de inadequações relacionadas a déficits 
nutricionais, representando 28,57% (12). As inadequações relacionadas ao 
excesso de peso representaram 11,11% (8) dos pesquisados. 
 
Conclusões 
 
Alguns fatores relacionados à alimentação podem ser determinantes 
para o aumento do peso em crianças, como o consumo de produtos 
industrializados. Já para os déficits nutricionais, alguns fatores podem 
influenciar, como situação econômica da família e hábitosalimentares. 
A avaliação nutricional é uma medida essencial no diagnóstico e 
prevenção de distúrbios nutricionais. Porém, é necessária a combinação de 
mais de um método para ter um real diagnóstico do estado nutricional. 
Através do presente estudo, verificou-se que há presença de déficits 
nutricionais, por outro lado torna-se preocupante o incremento na taxa de 
excesso de peso nesta população, tendência observada nos último anos no 
 
III Semana Acadêmica do Curso de Nutrição da UNICENTRO - 2009 
Brasil. Assim sugere-se a necessidade de ações de educação nutricional a 
fim de reverter esse quadro visualizado, melhorando a qualidade de vida. 
Referências 
 
1. Alves, G; Colauto, E. V; Fernandes, G. K. Zabine, L; Nienow, R. C. 
Avaliação Antropométrica e Consumo Alimentar de pré-escolares em 
creches de Umuarama, Paraná. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, 2008,12,2. 
2. Fernandes, I. T; Gallo, P. R; Advíncula, A. O. Avaliação 
antropométrica de pré-escolares do município de Mogi-Guaçú, São 
Paulo: subsídio para políticas públicas de saúde. Rev. Bras. Saúde 
Matern. Infant., 2006, 6, 2. 
3. Guimarães, L. V; Barros, M. B. A. As diferenças de estado nutricional 
em pré-escolares de rede pública e a transição nutricional. Jornal de 
Pediatria. 2001, 77, 5. 
4. Monteiro, C.A.; Mondini, L; Souza, A.L.M. & Popkin, B.M. Da 
desnutrição para a obesidade: A transição nutricional no Brasil. In: 
Velhos e Novos Males da Saúde no Brasil: A Evolução do País e de 
suas Doenças. São Paulo: Editora Hucitec, 1995. 
5. Neves, O. M. D. et al. Antropometria de escolares ao ingresso no 
ensino fundamental na cidade de Belém, Pará. Rev. Bras. Saúde 
Matern. Infant., 2006, 6, 1. 
6. Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição. 1989. Disponível em: 
<http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/documentos/PesquisaNacSaude
Nutricao.pdf>.Acesso em: 29/05/09 às 10:22. 
7. Rotenberg, S; Vargas, S; Práticas alimentares e o cuidado da saúde: 
da alimentação da criança à alimentação da família. Rev. Bras. Saúde 
Matern. Infant. 2004, 4, 1. 
8. Sabry, M.O.D. et al. Estado nutricional de escolares de um bairro da 
periferia da cidade de Fortaleza – Ceará – ainda há o que investigar? 
Nutr. Pauta, 2007, 15, 84. 
9. Sigulem, D.M; Devincenzi, M.U; Lessa, A.C. Diagnóstico do estado 
nutricional da criança e do adolescente. Jornal Pediatria. 2000, 76, 3. 
10. SISVAN. Vigilância Alimentar e Nutricional. Brasília, Ministério da 
Saúde, 2008. 
11. Torres, A. A. L; Furamoto, R. A. V; Alves, E. D. Avaliação 
antropométrica de pré-escolares - comparação entre os referenciais: 
NCHS 2000 e OMS 2005. Rev. Eletrônica de Enfermagem, 2007, 9,1. 
12. Vitolo, M.R. Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: 
Reichmann & Affonso, 2003. 
13. World Health Organization. WHO Child Growth Standards: 
Length/heigth-for-age, weigth-for-age,weight-for-length, wegth-for-
height and body mass index-for-age. Methods and development. 
WHO (nonserial publication). Geneva, Switzerland: WHO, 2006. 
14. World Health Organization. de Onis M, Onyango AW, Borghi E, Siyam 
A, Nishida C, Siekmann J. Development of a WHO reference for 
school-aged children and adolescents. Bulletin of the World Health 
Organization 2007.

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