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Resumo Ecopol 2 O capital Marx

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Economia Política II – cap 1,2,4,5,6,10 (O capital)
O Capital- Cap.1 – A mercadoria.
Pontos principais:
- valor de uso de troca
-comparação com smiths
- relações de produção capitalista
- capitalismo transhistórico ou eterno
- evolução da sociedade mercantil simples
+ Mercadoria
- Forma elementar da riqueza nas economias mercantis
- Produto do trabalho
- Algo útil e que tem valor poder de compra.
+ Economia Mercantil da organização social
- Troca como expressão da presença de relações sociais de produção. Processo social resultado da presença de rel. sociais de produção.
Obs: Em Smith, Troca é natural e capitalismo é uma ordem natural.
Há ruptura na visão de capitalismo Nos clássicos, era uma ordem natural da sociedade, enquanto em Marx é ordem histórica, i.e, transitória.
+ Modelo Economia Mercantil Simples ; Economia de produtores independentes.
- Não é tempo histórico
- Passagem lógica para o capitalismo
- DT – ngm produz tudo que necessita.
+ Relações de produção:
Divisão do trabalho
- Interdependência entre produtores
- Trabalho do indivíduo(trabalho individual) só tem sentido como parte do trabalho social -> Só se participa da ordem social se seu trabalho é aceito.
DT não implica em troca. Implica em Interdependência. 
Apropriação privada do fruto do trabalho
- Com uma sociedade organizada desta forma, a troca é mecanismo de reprodução. Sem troca não existe sociedade organizada nessas relações.
- Troca natural somente ao indivíduo que pertence a essa sociedade/ordem mercantil PARTICULAR baseada em determinadas relações.
- Pode-se ter sociedade não baseada na troca se alteradas as relações sociais de produção.
Relações Sociais de produção diferenciam as sociedades. Então indivíduo trocador smithiano não é natural. É particular.
DT e propriedade privada separadamente não são condições suficientes para a ordem mercantil.
+ Contradição do Sistema Produzo algo meu para o outro usar.
- DT -> Trabalho individual tem que se mostrar trabalho social(trabalho para o outro).
- Propriedade Privada -> Produto do trab. Individual é apropriado privadamente. -> Produto é do produtor.
Contradição se resolve com a troca. A troca é necessária para a reprodução social. Sem troca não há sociedade.
+ Produto do Trabalho se transforma em mercadoria (sujeito à troca)
- É conceito transhistórico, i.e, não pertence a uma ordem social particular. Pertence a todas.
Capitalismo não pode ser interpretado como ordem natural.
- Ponto de partida são as relações sociais de produção e não indivíduo pré-sociedade.
- Anarquia da produção 
Obs: Em economia planejada, ato de produção (trab. Ind.) já está socialmente validado.
+ Produção
- Processo de trabalho envolve a utilização de instrumento de trabalho, objeto de trabalho e trabalho, formando o produto do trabalho.
- Em uma ordem social mercantil Interesse individual na produção de poder de compra(mercadorias), i.e, direito de riqueza social e não de valor de uso.
- Produção de coisas úteis ( valor de uso) é transhistórica Está intrínseco a mercadoria, que não é definida somente por isso.
Produção é de valor de uso e de valores(poder de compra).
- Valor não está na natureza físico-química das mercadorias Clássicos naturalizam a mercadoria
Obs: Produto do trabalho – valor de uso
- Mercadoria – valor de uso + valor poder de compra.
Obs: Em Smith, mercadoria é a forma natural do produto do trabalho.
Obs: Ruptura na análise Desnaturalizar/Transitoridade do capitalismo
+ Smith – Capitalismo como ordem da natureza
- Homem troca naturalmente.
- DT surge como conseqüência da troca, produzindo mais riqueza com a interdependência entre os trabalhadores
- DT limitada pelo tamanho do mercado
- Ordem mercantil poderosa máquina de produzir riqueza.
- Capitalismo é “o fim da história”/eterno.
Organização social e relações de produção distinguem as sociedades
Troca resulta da organização social da produção.
- Homem Smithiano não é transhistórico. É específico da ordem mercantil.
Obs: Marx Organização social explica a troca (cap. Trans)
Smith -> Troca explica organização social (cap. Eterno)
Obs: Economia Mercantil -> Mercado regulador da ordem social
Economia Planejada -> Estado regulador,
+ Natureza do Trabalho ( 2 óticas diferentes)
Trabalho concreto e útil -> Atividade adequada a determinado fim -> Trabalho como gerador de valor de uso.
Trabalho abstrato -> G
Cap. 2 – “Valor como forma social”
Pontos principais:
- valor de uso x valor de troca
- produtividade e trabalho (diminuição do valor)
- forma relativa e equivalente do valor
- funções da moeda e teoria do crédito comercial e capital
Obs: Clássicos -> Preços naturais -> Refletem condições de produção
- Preço de mercado -> Refletem oferta e demanda
- Valor ≠ Valor de Troca (Qualitativo ≠ quantitativo)
- Valor = Direito sobre riqueza social. Mercadorias são poder de compra.
- Valor de troca = Quantidade de poder de compra.
Obs:Valor; Valor de troca -> Expressão material do valor Forma fenomênica do valor.
Obs: Trabalho só forma valor em sociedade mercantil
- Utilidade não é fundamento do valor.
+ Medida de Valor Tempo de Trabalho Socialmente necessário.
-> Tempo que em média(condições usuais de produção) é necessário para se produzir uma unidade de um determinado de valor de uso, dadas as condições(normais) de produtividade e intensidade do trabalho(dado)
+ Produtividade do Trabalho – resultado de mudanças nas forças produtivas do trabalho
- Efeitos sobre a massa de valores de uso produzidas
- Inversamente proporcional a qdade de valor de uma mercadoria.
	
↑ produtividade ↑ massa de valor de uso ; Valor total não cai ; ↓ Valor individual produzo mais com o mesmo trabalho.
- capacidade de interferência do trabalho sobre a natureza.
- Inovação -> Busca de ganhos extraordinários
+ Intensidade(ritmo) do trabalho -> Produzir mais com mais trabalho. -> Valor individual não se altera. Massa de valor se altera.
++ Formas do Valor
+ Forma Simples
- 1 casaco (2h) = (2h) 20 m linho 
- Uma mercadoria na forma relativa do valor -> Aquela que está sendo o seu valor expresso.
- Uma mercadoria na forma equivalente -> A que fornece o corpo material para a expressão de outra mercadoria.
+ Forma Total ou Extensiva
1 casaco = 20 m linho
1 casaco = 1 livro
1 casaco = 1 caderno
1 casaco = 1 liba de ouro
Valor; Valor de troca -> Expressão material do valor Forma fenomênica do valor.
	
Obs: Formas de expansão -> Idéia de que o valor se expressa como valor de troca.
Valor de troca -> Expressão material do valor.
- Mercadoria Dinheiro -> Eleita socialmente para papel de equivalente geral.
- Ouro e prata -> Características físico-quimicas -> adequada para funcionar como dinheiro.
+ Forma dinheiro
- 20 m linha = 1 libra ouro
- 1 casaco = 1 libra ouro
-1 kg feijão = 1 libra ouro
- Forma preço -> Expressão monetária do valor. Todas as mercadorias passam a ser comparadas mediante sua relação com dinheiro.
- Mercadoria dinheiro -> Ganha um valor de uso especial. -> Representação universal da riqueza(riqueza genérica)
A produção tem como objetivo obter valor(poder de riqueza abstrato)
+ Funções
- Medida dos valores
- Estalão de preços – unidade de medida
- Meio de circulação 
-Entesouramento
- Dinheiro universal -> Permite trocas internacionais
- Lastrear contratos de Débito e Crédito
+ Meio de Circulação
- A metamorfose da mercadoria -> “Salto mortal da mercadoria” -> M -> D O Valor da mercadoria salta para o corpo da mercadoria dinheiro.
D -> M (Circulação simples da merc.)
M -> D -> M 
Separação no tempo e espaço da operação de compra e venda -> Possibilidade de crises -> Vender não é comprar como era na Lei de Say.
Obs: Classicos -> OM -> P
Marx -> Condições de produção -> P -> OM
- Valor das mercadorias > Valor do produto das mercadorias ( p.q)
- Moeda -> Símbolo do valor.- Curso do dinheiro -> Existencia neutra x Existencia funcional
- Meio de Pagamento -> Permite multiplicação de contratos de crédito. 
 Só numa economia monetária pode-se discutir crédito.
- Crédito comercial -> Para fazer mercadorias já produzidas circularem
- Crédito de capital -> Financiamento de aumento da capacidade produtiva
+ Análise Crédito Comercial
- Credor/devedor > contrato de dívida
- letra -> promessa de pagamento.
- Mercadorias podem circular a partir de relações de crédito.
- Decorrido o prazo -> Dinheiro cancela a dívida. -> Substitui a letra.
- Conjunto de letras em circulação -> dinheiro ou crédito.
+ Possibilidades
- Compra antecedente a venda
- Venda se torna obrigatória
- Elemento de instabilidade do sistema
- Cadeias produtivas
- Especulação
Obs: Dinheiro de crédito -> É privado. Só existe, pq vai ser dinheiro de fato no futuro -> Massa de contratos privados expressa em letras.
Obs: Função meio de pagamento ≠ dinheiro de crédito.
- Existe noção de tempo, liquidez e incerteza na analise de dinheiro de Marx.
- Problema: Marx trabalha como noção de moeda mercadoria
Cap 4 – Transformação do dinheiro em capital
Pontos Principais:
- Dinheiro x Capital
- Formas de circulação
- FT x Trabalho
- Excedente da FT e Mais valia
- Equievalente x Não Equivalente
- Análise migra para Ec. Mercantil Capitalista -> dinheiro se transforma em capital
Dinheiro que é apenas dinheiro se diferencia do dinheiro que é capital pela forma de circulação.
++ Formas de circulação:
Circulação simples de mercadorias - M -> D -> M
Circulação do dinheiro como capital – D -> M -> D
+ Elementos comuns:
- Presença dos mesmos elementos -> Dinheiro e mercadoria
- Presença das mesmas fases -> Uma venda e uma compra
- Interveniência de três agentes: - Alguém compra ; Algm vende ; Algm compra e vende
+ Elementos de diferença
Fases estão invertidas no tempo
- CS -> M -> D -> M Vende-se para comprar
- CC -> D -> M -> D Compra-se para vender
Volta ao ponto de partida
- CS -> Dinheiro troca de mãos, i.e, não volta ao pto de partida
- CC -> O dinheiro volta ao pto de partida.
 
3.1) M-D-M CS
- Valor de uso inicial ≠ valor de uso encontrado no final
- Finalidade do circuito Consumo
- Circuito não tem sentido nele mesmo Apenas meio para obter um determinado valor de uso que será utilizado fora do circuito.
- Dinheiro é intermediário
3.2) D-M-D CC
- Valor de uso inicial = valor de uso encontrado no final(D)
- Finalidade do circuito não pode ser o consumo.
- Circuito tem sentido nele mesmo Tende a se repetir de forma contínua e inexorável
- Uma vez que se troca dinheiro por dinheiro, circuito só ganha sentido se houver diferença quantitativa. 
D – M – D’ , onde D’=D + ∆D Questão central -> Excedente econômico.	
- Dinheiro é o fim
- Mercadoria é o intermediário.
++ Como é possível D – M – D’?
- Suponha vigente a lei do valor Todas as mercadorias se trocam pelo seu valor, i.e, troca de equivalentes
	
Para que o dinheiro se transforme em capital, a força de trabalho tem que se tornar uma mercadoria. (encontrada no mercado, pelo proprietário do dinheiro que pré-figura o capitalista)
- Com a transformação da FT em mercadoria, análise migra de Sociedade Mercantil Simples para Sociedade Mercantil Capitalista.
+ Força de Trabalho ≠ Trabalho
- Força de Trabalho(FT) Conjunto das capacidades físicas e mentais que os indivíduos detém e os capacita ao trabalho (Capacidade de trabalhar)
- Trabalho Atividade adequada a determinado fim, i.e, consumo da FT
Força de Trabalho é categoria transhistórica -> Não é específica ao capitalismo.
Obs: Sociedade Mercantil Simples DT e apropriação privada do fruto do trabalho
Sociedade Mercantil Capitalista:
- DT
- Propriedade Monopolista dos meios de Produção pela classe dos proprietários dos meios de produção
- Duas classes: Prop. Dos meios de produção e dos Trabalhadores Livres.
- Trabalhador Livre Livre, pq é dono da sua FT e pq está livre da propriedade dos meios de produção
- Trabalhador livre deve alugar sua FT para ter acesso à riqueza.
++ Análise da Mercadoria Força de Trabalho
- “Mercadoria Especial”
+ Valor da FT
 Custo de reprodução da FT depende da cesta de consumo do trabalhador.
- Cesta depende de elementos biológicos e históricos(grau de desenv. Da produtividade do trabalho / caoacudade de barganha política dos trabalhadores)
-Limite inferior do valor do salário -> Fator biológico
- Limite Superior -> Desenvolv. da força produtiva. -> “Exército de reserva”(Sistema produz mais trabalho do que pode empregar)
Obs:Nos clássicos: “movimentos demográficos”
Não é teoria de salário estritamente econômica(variável política é importante), contudo é uma teoria do salário real(cesta)
- Num dado momento e lugar, cesta está dada.
- Valor da FT Valor dos elementos que compõem a cesta.
- Capitalista vai ao mercado e compra a FT a seu valor.
+ Na Circulação(compra e venda)
- Troca de equivalentes -> Valor de uso da FT e valor pago 
Capitalista compra direito ao uso da FT.
	
- Tese Valor de uso da FT ser fonte de excedente
- Se FT é transhistórica, e é fonte de excedente, então excedente também é transhistórico.
- Geração de excedente está mediada pelo mercado Compra e venda de FT.
- Consumo da FT se dá em jornada de trabalho, que gera mais valor do que o valor necessário à reprodução da FT.
- Valor gerado pelo consumo da FT > Valor pago pelo direito de uso da FT Diferença é a mais-valia.
D – M – FT ...... P ..... M’ – D’ 
 -- MP
D-M-> Circulação / M...P -> produção / ... M’ – D’-> circulação 
- Na órbita da circulação, todas as mercadorias são vendidas a seu valor.
Mais valia = Excedente =Valor gerado pelo consumo da FT – Valor pago pelo direito de uso da FT
- Capitalista interessado no valor de uso da FT.
- FT é a fonte da riqueza sedentária, que está nas mão dos capitalistas, pois trabalhadores estão livres dos meios de produção.
++ Relação Capital x Trabalho é troca de equivalentes e de não equivalentes ao mesmo tempo.
+ Equivalente	
- Compra e venda de mercadoria na circulação
- Liberdade e igualdade na troca, respeitando lei que rege troca entre mercadorias.
+ Não equivalente
- Trabalhador entrega massa de valor superior à equivalente ao pagamento dos capitalistas.
- Valor gerado pela FT diferente e maior do que o valor pago pelo direito ao uso da FT.
Exploração é mediada pela troca, com a presença do trabalho assalariado.
Obs: Adam Smith teria confundido trabalho com força de trabalho.
Cap 5 – Processo de trabalho e processo de produção de mais-valia (Valorização)
Pontos principais:
- Diferença conceitual entre capital e meios de produção.
- Processo de trabalho( v de uso) x Processo de valorização (mv)
- Trabalho necessário x Trabalho excedente
- Exploração Histórica x Exploração Capitalista (peculiaridades)
- Trabalho contido como regra(??)
- Trabalho não tem valor. É fonte de valor.
++ Corte analítico – 2 pontos de vista
- Produção (Processo de trabalho) de mercadoria e produção de mais-valia (Processo de valorização)
+Processo de trabalho 
-Análise da produção como produção de valor de uso
- Dimensão trans-histórica.
- Elementos:
Meios produção -> Instrumentos e meios de trabalho / Objeto de trabalho (Aquilo que vai ser transformado)
Trabalho (concreto) – Atividade adequada a um fim. -> vai gerar o valor de uso do bem final
 Resultado Produto do trabalho, i.e, valor de uso determinado.
+ Processo de Valorização (Produção de mais-valia)
- Dimensão histórica -> Particular a economia capitalista, i.e, a relação de produção determinada.
- Divisão do Trabalho.
- Economia Mercantil Simples Não tem mais-valia, pois todos produtores são proprietários dos meios de produção. Produção de mercadorias é a unidade entre processo de trabalho e processo de produção de valor de uso.
- Economia Mercantil Capitalista Produçãoé a unidade entre processo de trabalho e processo de valorização (valor de uso + mais valia)
++ Desfetichização do conceito de capital
+ Meio de produção (transhistorico) ≠ capital (historico)
- Meio de produção Forma sobre a qual o capital pode existir Para se transformar em capital, deve estar baseado em relações de produção específicas. 
- Se fosse igual, eternização do capital, i.e, naturalização.
- Existe metamorfose do capital (valor em expansão) durante processo de produção.
+Circulação do capital
- Bastam duas classes sociais Proprietários dos meios de produção e Trabalhadores Assalariados.
- Repartição da riqueza gerada entre mais-valia (excedente) e salário
Mais Valia (excedente) é disputada na concorrência, pelos capitalistas.
Com a concorrência, mais-valia toma suas formas concretas.(cap. Industrial – lucro industrial ; cap. Comercial – lucro comercial ; cap. Financeiro – juros ; prop. De terra – renda da terra)
- Produção de valores de uso apenas veículo para produção da mais-valia / excedente.
 
- Conflito distributivo básico -> Capital x Trabalho
- Existe conflito distributivo entre capitalistas também -> Ex. Aumento de juros prejudica cap. Industrial e beneficia cap. Financeiro.
Obs: FT é conceito transhistórico. Específico ao capitalismo é a transformação da FT em mercadoria.
++ Geração do Excedente
+ Transhistórica -> Elemento em comum:
- Toda sociedade em que os meios de produção são monopólio de uma classe social, o fruto do trabalho se divide entre:
a) Trabalho necessário para reprodução da FT
b) Trabalho Excedente
Trabalho Excedente / Exploração é fenômeno transhistórico.
+ Especificidades da exploração capitalista
- Explorador e Explorado participam de um direito comum, i.e, são iguais perante a lei.
- Condição de exploração (subordinação) não está inscrita na condição de existência jurídica do trabalhador.
- Não há coerção extra-economica obrigando o trabalhador a trabalhar.
+ Trabalho Livre x Trabalho compulsório
- Trabalhador vende a sua FT num contrato livre no qual a lei do valor é respeitada.
- Compra e venda da FT(mercado) -> “Liberdade e igualdade na troca”
- Desvendar exploração exige analisar a produção capitalista em todas as suas fases: Circulação e produção
+ Exploração direta x Indireta (capitalismo -> Mediada pela compra e venda de FT)
- “Mascaramento da exploração” Difícil identificar processo de exploração no capitalismo -> exploração indireta.
No Capitalismo, excedente tem que aparecer na forma monetária.
- Excedente é riqueza genérica.
- Exploração tem como objetivo ganhar dinheiro, i.e, excedente.
- Exploração não está limitada pela capacidade de consumo da classe proprietária
- Produção do excedente é “Um fim em si mesmo”.
+ Nas outras formas históricas de exploração 
- Excedente é massa de valores de uso, i.e, não assume forma monetária
- Finalidade da exploração -> Consumo.
- Exploração limitada pela capacidade de consumo da classe proprietária
“Nasce da natureza do sistema uma fonte insaciável de trabalho excedente”
Obs: Mercadoria é a unidade do valor de uso e do valor.
Obs: Dupla Natureza do Trabalho Trabalho é a unidade do processo de trabalho (produção de valor de uso) e do processo de valorização (produção de mais valia)
Capítulo VI – Capital Variável e Capital constante.
Pontos principais:
- trabalho concreto( v de uso) x trabalho abstrato(v de troca)
- Capital Constante x Capital Variável (diferente de fixo e circulante)-> Transferência de Valor
- Composição orgânica do Kão
- Mais-valia e Lucro
+ Trabalho desempenha dupla função na produção capitalista
Como trabalho concreto, transforma determinado valor de uso em um outro valor de uso, consumindo meios de produção.
- Processo de Consumo Produtivo Trabalho destrói os meios de produção, contudo, transfere este valor para o valor do produto final. 
- Função do trabalho como trabalho concreto Conservar o valor dos meios de produção via transferência do seu valor para o valor do produto final.
Como, trabalho abstrato, gera uma massa de valor maior que o valor pago ao trabalhador para que se tenha direito ao uso da FT.
- Valor gerado pelo consumo da FT > Valor da FT
- Valor gerado pelo consumo da FT – Valor da FT = mais-valia.
++ Classificação do capital como capital constante e variável
+ Critério Papel ou função que n elementos que compõem o capital adiantado pelo capitalista jogam na produção capitalista.
+ Capital Constante
- Não é fonte de valor excedentário
- Valor do meio de produção.
+ Meio de produção
- Quando consumido, tem o seu valor transferido ao produto final.
- Sua contribuição para o valor do produto não pode exceder o seu próprio valor. Não há geração de excedente.
+ Capital Variável
- Valor da FT
+ Força de Trabalho
- Quando consumida gera o seu valor e mais valor(mais valia)
- Há geração de valor excedentário
D (Capital Total) -> M -> FT(Capital Variável)
		-> MP(Capital Constante)
+ Classificação em capital constante e variável difere da em capital fixo e capital circulante
- Critério: Tempo de rotação do capital.
- Capital Fixo -> Entra em vários processos produtivos
- Capital Circulante -> Entra em único processo produtivo -> Matéria-prima e FT
Valor = Capital Constante(c) + Capital variável(v) + Mais-valia (m)= meio de produção + força de trabalho + lucro
+ Taxa de mais-valia ou taxa de exploração
- Indicador do grau de exploração da FT( valor percentual)
- Taxa de mais valia = 
+ Massa de mais-valia 
- Total da mais-valia produzida num determinado período de tempo(valor bruto)
+ Produto Excedente
- Representação da mais-valia em termos de uma quantidade do produto do valor de uso produzido.
- Ex. 5 kg de fio de algodão.
+ Composição orgânica do capital
- Relação entre capital constante e variável depende da técnica utilizada
- Se for elevada, “produção intensiva em capital”
- Composição orgânica =
+ Taxa de lucro
- Grau de valorização do capital
- Tx. Lucro = Excedente monetário/ Valor do capital adiantado = ou = tx.mais valia /comp. Org. + 1
Cap X – Formas de Extração de mais valia
++ Mais Valia Absoluta
- Resulta do prolongamento da Jornada de Trabalho(JT) para além do custo de reprodução da FT(CRFT)
+ Aumento da JT
Extensivo
- Via aumento da jornada cronológica / aumento do número de horas trabalhadas.
Intensivo
- Via aumento da intensidade do trabalho
Obs: Longas jornadas de trabalho caracterizam os primórdios do capitalismo.
+ Extração de mais valia absoluta pela via da intensidade requer a presença de base técnica mais avançada.
- Base técnica na qual o ritmo de trabalho não é controlado pelo trabalhador -> Forma mais moderna de extração de mais valia absoluta.
++ Mais Valia Relativa
- Resulta da redução do valor da FT
- Redução do valor da cesta = Redução do valor da cesta de consumo dos trabalhadores(redução do valor dos bens-salarios) Não significa redução do salário real.
Obs: Redução do valor da cesta ≠Redução da cesta.
Para haver redução do valor da cesta é necessário que haja aumento da produtividade nos setores produtivos de bens-salário.
+ Aumento da produtividade nos setores produtivos de bem salário -> Queda no valor dos bens salário
- Diretamente -> Na produção final de bens salário.
- Indiretamente -> Na produção dos meios de produção utilizados na produção de bens salário.
Obs: haverá alteração na taxa de mais valia.
+ 3 possibilidades dado um aumento na produtividade
Salário real permanece constante -> Toda produtividade é apropriada pelo capital 
- v aumenta e m diminui
Trabalhadores são capazes de aumentar salário em conformidade com o aumento da produtividade.
Capitalismo é compatível com aumento do salário real. Só está ameaçado se aumento do salário real for superior ao aumento da produtividade.
Trabalhador tem ganho menor do que o avanço da produtividade
-v aumenta e m diminui
++ Mais Valia Extraordinária- Introduz concorrência entre capitalistas.
- Lugar da concorrência É um determinado setor.
Ex. Cada mercadoria produzida em 1 hora com JT de 8 horas -> 8 merc. /dia são produzidas por 1 trab.
 Cap. De um setor introduz inovação que dobra produtividade na sua empresa. A
Após, 1 trab. Produz 2 merc. por hora -> 16 merc. produzidas por dia por 1 trab.
CRFT = 4 h e 1 libra = 1 h Se vendo mercadoria a 1$, necessário vender 4 merc. para pagar o trab.
- Diferencial de produtividade possibilita capitalista cobrar preço diferente dos outros Trade-off entre maior taxa de mais valia e poder de concorrência em preços.
- Demais capitalistas do setor -> Tem que aumentar produtividade para sobreviver. -> Quando todos passarem a produzir com a mesma “técnica”, preço do produto cai Valor da mercadoria cai e a sociedade fica mais rica do ponto de vista dos valores de uso.
Obs: Classicos -> Concorrencia iguala taxa de lucro.
+ Capitalismo é um sistema em permanente transformação tecnológica.
- Porque está organizado na relação capital x trabalho -> Concorrencia pela mais valia/lucro.
- Sistema é poderosa maquina de gerar riqueza. 
- Maior lucro através da inovação
Mais valia extraordinária é sempre transitória Lucro extra é resultado de um “monopólio”
+++ Lei do Desenvolvimento das Forças Produtivas
- É uma lei de tendência/ movimento
+ Lei
- Processo que se impõe necessariamente
- Intrínseco ao capitalismo
- Discussão sobre caminhos de expansão possíveis.
- Reflete a organização social Resultado da presença de determinadas relações sociais de produção na base de organização da sociedade.
+ Desenvolvimento das Forças Produtivas
- Sistema está em constante transformação
- Transformação engloba necessariamente transformações no padrão de produção e no padrão de consumo.
++ Economia Mercantil Capitalista
- Relações de produção:
DT
Propriedade privada dos meios de produção e não propriedade(livre) dos meios de produção -> Relação capital x trabalho assalariado.
Relação capital/Capital -> Concorrencia entre capitalistas
+ Resultado das relações sociais de produção
- Produção é produção de mercadorias.
- Processo de produção -> Processo de trabalho(valor de uso) e processo de valorização(mais valia)
- Lógica da produção Obtenção de mais valia (excedente) Busca da produção de excedente é da natureza do sistema.
- “Capitalistas não produzem por amor aos valores de uso” Produção de valor de uso é veículo para produção de mais valia.
+ Relação Capital x Capital
- Concorrência entre capitalistas
- Valorização do capital Referida aos capitalistas considerados individualmente.
- Arma para aumentar valorização do capital Busca de aumento da produtividade em sua empresa.
- Inovação Deter um ativo que não está ao alcance dos seus concorrentes(mais valia extra) Concorrência ativa, que produz desequilíbrios.
+ Concorrência tem dois momentos 
- Concorrencia Ativa - > Produz desequilíbrios
- Concorrência Reativa Reação dos demais capitalistas -> Busca do equilíbrio.
- Resultado da Concorrencia Aumento da produtividade social do trabalho.
++ Lei da Miséria Crescente
- Relação entre o desenvolvimento do capitalismo e a “sorte” da classe trabalhadora.
+ Duas interpretações
Miséria crescente como miséria absoluta – Interpr. Ricardiana 
- Salário real está constante ou em degradação -> Trab. Não se beneficiam.
Miséria crescente como miséria relativa 
- Salário real aumentando, porém a taxas menores que o aumento da produtividade -> Existe efeito sobre distribuição de renda.

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