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Economia Clássica – Parte 2
UFMA – 2016
Profa.Dra.Maria de Fátima Previdelli
Say, o Utilitarismo e Lei Clássica da 
Circulação
• Utilitarismo – Teoria ética normativa
(princípio de conduta moral que busca a maior felicidade do 
maior número de pessoas).
• Utilidade = propriedade de um objeto que tenda a 
produzir algum benefício, vantagem, prazer, bem ou 
felicidade ou impedir danos, sofrimento, mal ou 
infelicidade.
• Utilitarismo = base original da teoria neoclássica do 
valor, como fundamento da demanda, mas também 
pelo lado da produção e dos custos (sacrifício do 
trabalho e também da “abstinência” ou “espera”)
• Filosofia hedonista no atacado
Say, o Utilitarismo e Lei Clássica da 
Circulação
Nassau Senior (1790-1864) 
→ Teoria da Abstinência (consumo futuro ou abstinência 
do consumo presente dão origem ao K do empresário)
• Jeremy Bentham (1748-1832): 
Valor de uso -> base do valor de troca
- todo valor baseia-se na utilidade; se não há utilidade, 
não pode haver valor algum.
Jean-Baptiste Say (1767 - 1832)
• Filho de família protestante que sai da França e vai 
para a Inglaterra
• trabalhou no mercado financeiro ate os 29 anos, 
aos 30 , iniciou leituras de Smith
• 1803 - primeira edição do Tratado 
• de Economia Política
• 1815 - Catecismo de Economia 
• Política 
• 1832 - Curso de Economia Política
Jean-Baptiste Say (1767 - 1832)
• Objetivo: Popularizar as ideias de Adam Smith 
no “continente”
• Importante: desejava expressar teorias e 
conceitos sem citar o contexto histórico
• Base para a teoria da Escola Neoclássica de 
1870.
Ex.: Defendia que o resultado natural de uma 
economia capitalista era a harmonia social – o estudo 
da EP ganhará maior valor quando se perceber que 
ela “prova que os interesses do rico e do pobre ... não 
são antagônicos, e todas as rivalidades são meras 
tolices”,
Jean-Baptiste Say (1767 - 1832)
• Ciência Econômica = ciência dos produtores (não mais uma 
orientação para administrar o reino)
• Economia = Ciência dos Produtores (Produtores são: homens 
do Estado, proprietários, fundiários, capitalistas, cientistas, 
agricultores, fabricantes, comerciantes, etc.)
- Método: observar e descrever os fatos
- Ponto de Partida= processo produtivo
. Produzir é criar utilidade:(X Teoria do Valor Trabalho)
- Valor = fundamentado na utilidade
- Preço = medida de utilidade
 
 
Jean-Baptiste Say (1767 - 1832)
• Teoria do Valor (parece semelhante à de Smith)
- três rendas ou custos como fonte do valor
MAS:
- a utilidade determina a demanda 
- a demanda determina o preço e se modifica com o preço (incoerência)
- utilidade é o fundamento do valor
- para criar utilidade é preciso: “indústria humana”, capitais e bens 
fundiários
- as noções de oferta, demanda, preço, valor, custos, utilidade são pouco 
rigorosas e por vezes contraditórias
Jean-Baptiste Say (1767 - 1832)
• Teoria do Valor 
- fatores produtivos como “serviços produtivos” 
análogos, com igual modo de participação no produto 
(conforme sua contribuição produtiva)
- equipara todas as rendas, pois não há diferença 
qualitativa entre o trabalho humano e o uso das 
propriedades (capital e terra)
A “Lei de Say”
“As necessidades do consumidor determinam as criações dos 
produtores. O produto mais necessário é também o mais 
procurado; o produto mais procurado fornece à indústria, aos 
capitais, e às terras, uma maior quantidade de lucros que 
determinam a utilização dos meios de produção na fabricação 
desse mesmo produto. Do mesmo modo, quando um produto é 
menos procurado, é menos lucrativo produzi-lo e ele deixa de 
ser fabricado. Mas o que foi produzido vai ter seu preço de 
venda abaixado e tudo que foi produzido será vendido ”. pp.137-
139
A “Lei de Say” 
- apresentação simplificada da atividade econômica, num mundo 
onde reina a divisão do trabalho.
- os indivíduos oferecem os seus serviços para poderem comprar 
produtos, e os empresários produzem para satisfazer as 
necessidades dos consumidores.
- logo, o valor dos bens produzidos torna-se igual ao valor das 
remunerações dos serviços produtores, que por sua vez iguala-se 
ao total dos bens e serviços comprados.
Assim, tem-se
• M - D - M, 
em que: M = mercadoria, e D = dinheiro 
• ou seja, “os produtos só se compram com produtos”
• a moeda é NEUTRA
• Empresário produz cada vez maiores quantidades e produtos 
mais diversificados => maior bem estar material para a 
sociedade
Jean-Baptiste Say (1767 - 1832)
• Lei dos Mercados
- superprodução generalizada não é possível e que os mercados 
tendem ao pleno emprego dos fatores 
- Supera Smith na intenção de justificar o laissez-faire
- Smith vislumbrou desequilíbrios possíveis no ajuste dos mercados, 
setoriais e talvez gerais (excesso de oferta de capital em todos os 
setores); 
- Say procurou demonstrar a impossibilidade de um excesso de 
oferta generalizado
- Mercado estabelece:
 Renda → Gasto → Produto ou Produção
 
 
SAY X SMITH
Valor
Utilidade Subjetiva
Objetiva
Indústria humana
+ 
Capital
+ 
Bens 
Fundiários 
Valor
Uso Troca 
Base= divisão do 
Trabalho
+
Renda + Salários
Trabalho 
Terra Capital
Utilidade define 
se vale a pena 
assumir o custo dos 
serviços produtivos (custos de produção)
SAY X SMITH
Preços 
Smith → preços refletem níveis de 
salários + lucros (determinados por 
subsistência e produtividade)
Say → salários e lucros são 
determinados pelas contribuições 
respectivas para a produção do valor 
(correspondente à utilidade); logo, são 
determinados pelo preço do produto.
Jean-Baptiste Say (1767 - 1832)
• Uma das heranças clássicas assumidas pela
corrente teórica principal na atualidade, a 
neoclássica.
• Críticos da época:
l Malthus,
l Sismondi,
l Marx
• Críticos posteriores:
l Keynes
l Kalecki
David Ricardo (1772 – 1823)
1- Vida
2- Contexto
3- Obras
4- Contribuição
5- Teoria do Valor
6- Salários e Lucro
7- Modelo Ricardiano
8- Renda Diferencial da Terra
9- Teoria das Vantagens Comparativas
David Ricardo (1772 – 1823)
• 1- Vida
• Filho de Abraham Ricardo, (judeu com permissão para atuar na 
Bolsa de Valores de Londres)
• Começou a trabalhar aos 14 anos com o pai como Operador 
autônomo da Bolsa de Londres;
• Aos 20 anos de idade, rompe com o pai.
• Antes dos trinta anos, era rico e proprietário de terras.
• Aos 27 anos lê Smith.
• Afasta-se dos negócios para se dedicar exclusivamente aos 
estudos de Economia.
David Ricardo (1772 – 1823)
• 1819: membro da Câmara dos Comuns, compra uma cadeira 
para representar o eleitorado irlandês;
- Passa a influenciar os rumos da política inglesa
- Tem respeito acadêmico e político
- Defende os interesses dos industriais
- Vê dois destinos para a Inglaterra:
 1- País agrícola e protecionista
OU
 2- País industrial e voltado ao comércio 
 exterior (oficina do mundo)
- Ataca os “males que atacam o país”:
Dívida nacional+Lei dos Pobres+Lei dos Cereais
 
 
David Ricardo (1772 – 1823)
• pessoa de firmes convicções e princípios, defendeu reformas e 
medidas contrárias aos seus interesses como proprietário de 
terras e capital
• morreu com 51 anos, rico, respeitado e famoso
• teve oito filhos e 25 netos
David Ricardo (1772 – 1823)
• 2- Contexto à época de Ricardo
- Reorganização industrial = conversão dos artesãos em proletários + 
redução do número de intermediários do comércio.
- Invenções do tear mecânico, tecnologia a vapor, estradas de ferro, 
avanço na mineração e siderurgia. 
- enclosures —ampliação de mão de obra disponível.
urbanos. 
- Crises constantes com queda de lucros, desemprego, e miséria 
- Alta dos preços de alimentos
- Aumento populacional
David Ricardo - Contexto
– Influenciado por: 
 Smith + Malthus + James Mill + Bentham 
 (cálculo da dor e do prazer) + Say
- Revolução Francesa
- Revolução Industrial Inglesa
- Revolta crescente da classe operária
- Lutas entre capitalistas e proprietários de terra
David Ricardo(1772 – 1823) – 3) Obras:
O alto preço do ouro; uma prova da depreciação do papel-moeda 
(1810) = política monetária. 
- Visão quantitativista
- Inflação = descontrole das emissões de moeda, ( em vez de aceitar a 
causa como o aumento dos preços dos cereais)= desproporção entre o 
produto da economia e seu equivalente em moeda. 
- Defendia o retorno ao padrão ouro para a obtenção da estabilidade do 
nível geral de preços = moeda estável via regime cambial metálico, (sem 
interferência dos governos).
(*) Inimigos = banqueiros, ministros e antibullionistas, => inflação tinha 
origem endógena no sistema creditício, nos elevados gastos públicos e na 
queda das exportações.
David Ricardo (1772 – 1823) –3) Obras
- Ensaio sobre a influência do baixo preço do trigo sobre os lucros 
do capital (1815)
l Contra as restrições à importação, de 1815.
Análise das consequências do protecionismo (Leis dos Cereais):
Argumento: Teoria do rendimento decrescente das terras+Teoria dos 
Lucros 
• 1) Aumento dos salários (subsistência do trabalhador)
2) Queda da taxa de lucro
3) Transferência de riqueza das classes capitalistas para a classe de 
senhores de terras
4) Queda no investimento -> desaceleração das taxas de 
 Crescimento econômico -> total estagnação econômica.
- Ensaio sobre a influência do baixo preço do 
trigo sobre os lucros do capital (1815)
l tendência de longo prazo → compressão dos lucros 
l aumento dos custos
l maior valor dos produtos agrícolas e do trabalho
l Restrições que impedem acesso ao cereal mais barato antecipam 
essa tendência
David Ricardo (1772 – 1823) –3) Obras
 
 
• Princípios de economia política e tributação (1817)
‒Surge do debate sobre as Leis dos Cereais
‒ Incentivo de James Mill. 
‒Grande sucesso.
‒Alguns temas:
1)política monetária, 
2)lucros e renda da terra, 
3)valor e distribuição, 
4) comércio internacional.
David Ricardo (1772 – 1823) –3) Obras 4- Contribuições de Ricardo à Ciência Econômica
• 1a . Teoria da produção.
• Consolidação da “teoria do valor-trabalho”
• Extensões: Sraffa (1939) e Robinson (1957)
• Teoria das Vantagens Comparativas Relativas = 
Ideologia da exploração colonial.
- objeto da economia política → distribuição do produto entre as 
classes sociais (Para Smith → crescimento da riqueza da nação)
- aguda compreensão da natureza do capitalismo como sistema 
baseado no lucro: centralidade da taxa de lucro
MAS:
- Obra difícil de compreender → dificuldade de redigir
- Teoria econômica de Ricardo → estabeleceu um estilo de
modelos econômicos abstratos e dedutivos que dominam a teoria 
econômica até hoje
- Schumpeter → “vício ricardiano”: tendência à excessiva abstração 
e ao raciocínio dedutivo a partir de hipóteses restritivas 
- Keynes: “Ricardo dominou a Inglaterra tão completamente
como a Santa Inquisição dominou a Espanha” 
4- Contribuições de Ricardo à Ciência Econômica David Ricardo
5- Teoria do Valor 
Objetivo: estudar os efeitos das variações dos preços relativos sobre 
a distribuição de renda, e seus impactos no crescimento econômico.
Não acreditava em uma medida invariável de valor -> o trabalho 
necessário à obtenção das mercadorias varia no tempo com os 
avanços tecnológicos. 
Teoria de Smith -> teoria dos custos de produção
MAS custos de produção (terra, trabalho e capital), só podem
ser somados se reduzidos a um denominador comum.
Opções:
1-> Inclusão da utilidade “não é a medida do valor de
troca, embora lhe seja absolutamente essencial (Ricardo, 1996:23). 
-> utilidade faz o preço girar em torno de seu valor real, sem
determiná-lo; (paradoxo da água e do diamante)
2-> trabalho incorporado ou trabalho necessário à produção
do bem econômico. 
- valor das mercadorias expresso em termos monetários e 
decomposto em custos de produção (trabalho humano empenhado 
em sua produção).
David Ricardo – 5) Teoria do Valor
- Tipos de Bens:
a) bens de reprodução limitada, com valor é regulado por sua 
raridade, oscilando, sem um ponto de equilíbrio. Ex.: obras de arte, 
velhos vinhos, jóias raras etc. 
O valor destes bens é regulado unicamente por sua escassez;
b) bens de reprodução ilimitada, com valor regulado pelo seu custo 
de produção, preço em torno de um ponto de equilíbrio. Ex.: todas as 
mercadorias que a sociedade pode, a despeito da escassez de 
recursos, reproduzir em série.
Conclusão: “possuindo utilidade, as mercadorias derivam seu valor 
de troca de duas fontes básicas: de sua escassez e da quantidade 
de trabalho necessária para obtê-las”
David Ricardo – 5) Teoria do Valor
 
 
David Ricardo – 5) Teoria do Valor
- Valor de Troca: (cap 1- PEPeT)
-É o trabalho necessário à produção, direto e indireto
gastos em implementos, ferramentas e edifícios 
- Utilidade é essencial para o valor de troca, mas não é a sua medida 
→ medida é o preço
- Escassez regula o valor de troca dos outros bens (que pode variar 
com riqueza e gosto dos que os consomem)
- as trocas das mercadorias são reguladas conforme as proporções 
das quantidades de trabalho necessárias à produção (T.Incorporado) 
- MAS rejeita Trabalho Comandado de Smith → se trabalho 
comandado é medida (invariável) do valor, então a remuneração do 
trabalhador é proporcional ao que produz (se o valor de algo, 
determinado pelo trabalho incorporado, dobrasse, a medida em 
trabalho comandado teria que dobrar igualmente).
- Valor de Troca: (cap 1- PEPeT)
- Preço Natural X Preço de Mercado
l Quantidade Lucro Oferta e
l de Trabalho Salários Demanda
Preço natural = preço de mercado em condições de livre concorrência; 
(taxas naturais de salário e lucro)
- Preço de Mercado pode ser igual, maior ou menor ao Preço Natural
- demanda e da oferta afetam os Preços de Mercado, (não o preço 
natural)
- Preço natural é afetado pela quantidade de trabalho necessária à 
produção
- Diferenças entre preço natural e preço de mercado → diferenças 
entre a taxa natural de lucro e a taxa efetiva de lucro 
segurança, facilidade, etc.
David Ricardo – 5) Teoria do Valor
- Valor de Troca: (cap 1- PEPeT)
Taxa geral de lucro tende a ser a mesma em todos os setores 
(Concorrência nivela preços de mercado aos preços naturais nos 
setores)
- Taxas Geral de Lucro semelhantes nos setores é assegurada pela 
transferência de capital “flutuante” (finanças e bancos) → busca dos 
capitalistas pelos negócios mais lucrativos
- Diferenças setoriais de taxa de lucro → segurança, risco, etc.
David Ricardo – 5) Teoria do Valor David Ricardo
- 6) Salários e Lucro
- Sobre os salários (Cap. V)
- trabalho é uma mercadoria como as demais
- preço natural do trabalho = permite a subsistência do trabalhador e a 
perpetuação de sua descendência → depende da quantidade de bens 
e não da quantidade de dinheiro (gêneros de primeira necessidade e 
confortos materiais (moderados)
- preço do trabalho depende dos preços desses bens
- preço de mercado do trabalho → interação oferta (população) e 
demanda (acumulação de capital)
- Preço de Mercado > Preço Natural → trabalhadores podem 
sustentar uma família saudável e numerosa, → Maior oferta de 
trabalho → Preço de Mercado < Preço Natural → pobreza → menor 
oferta de trabalho → Preço de Mercado > Preço Natural
David Ricardo
- 6) Salários e Lucro
- Sobre os salários
- Capital = parte da riqueza do país empregada na produção 
(alimentos, roupas, ferramentas, matérias-primas, maquinaria, etc.)
- Acumulação de capital = Aumento de demanda por trabalho (salários 
adicionais de trabalhadores adicionais) 
PORTANTO: demanda por trabalho eleva-se na mesma proporção em 
que aumenta o capital
MAS:
- Aumento de capital pode:
(1) aumenta o Preço de Mercado e o Preço Natural → nada muda 
para o trabalhador
(2) aumenta o Preço de Mercado e mantém Preço Natural → melhoria 
para o trabalhador
David Ricardo
- 6) Salários e Lucro
- Sobre os salários
- Remuneração do trabalho sobre por:
(1) Oferta e Demanda no mercado de trabalho
(2) Aumento no preço dos bens em que são gastos os saláriosMAS
Os preços das mercadorias não devem subir com o aumento dos 
salários, pois não haveria motivo para uma desvalorização do dinheiro 
(em ouro) – TQM (Moeda é Neutra)
 
 
David Ricardo
- 6) Salários e Lucro
- Sobre os lucros (cap VI)
- os lucros do capital, nas diferentes atividades, são proporcionais 
entre si e tendem a variar no mesmo grau e no mesmo sentido
- salários e lucros variam inversamente; somente eles compõem o 
preço natural das mercadorias
- os lucros tendem a se reduzir porque aumenta o preço dos produtos 
agrícolas e o preço natural do trabalho: cresce (ou surge) a renda que 
deve ser paga pelo arrendatário, enquanto os fabricantes (indústria)
não podem aumentar os preços 
- tendência à queda dos lucros é um aspecto geral do funcionamento 
da economia
David Ricardo
- 6) Salários e Lucro
- Sobre os lucros (cap VI)
- os lucros setoriais podem diferir (diferença entre preço de mercado e 
preço natural); é pela desigualdade de lucros que o capital se 
movimenta de uma para outra atividade
- queda da taxa de lucro (provocada pela elevação dos salários) é 
acelerada pela elevação do valor do capital (pode gerar também 
ganhos de capital para detentores de estoques de produtos primários)
- uma taxa de lucro muito baixa vai parar toda a acumulação, pois não 
há motivação que compense os esforços e o risco
- uma produção maior seria feita com queda do volume de lucros e
portanto a produção maior não será empreendida
David Ricardo
- 6) Salários e Lucro
- Sobre os lucros (cap VI)
- a taxa de lucro determina a produção e o emprego:
1)estagnação da riqueza
2)busca de maior taxa de lucro conduz à substituição de trabalhadores 
por máquinas, sem gerar compensação para o emprego 
- No longo prazo:
tendência do progresso da riqueza do país é de elevar o produto bruto 
(renda + salários +lucros), ampliando a parte da renda e dos salários e
reduzindo a parte dos lucros no produto líquido → estado estacionário
SOLUÇÃO:
Técnicas agrícolas e Comércio Exterior
David Ricardo - Máquinas
- “estou convencido de que a substituição de trabalho humano por 
maquinaria é frequentemente muito prejudicial aos interesses dos 
trabalhadores”
Se Produto Bruto = Salários + Lucro e Produto Líquido = Lucro 
Com máquinas: 
- Menos salários, menos emprego, menos PB MAS mais PL, mais 
bens disponíveis
- Introdução da maquinaria → Mais PL(quantidade de bens) e Menos 
PB
- O emprego das máquinas na produção deve beneficiar toda 
sociedade, mas PB não pode cair ou “uma parte da população
tornar-se-á excessiva e a situação da classe trabalhadora será de 
grande sofrimento e pobreza”
- Os mvtos contra máquinas “estão de acordo com os princípios 
corretos da Economia Política”
David Ricardo
- Máquinas
- as máquinas e o trabalhador estão sempre em competição: aumento 
de salários induzirá a utilização de maquinaria
- proibir as máquinas → empresas mudam para o exterior
- Máquinas devem ser introduzidas de forma gradual e dar novas 
aplicações ao capital → aumentando a demanda de trabalhadores 
(mas a uma taxa decrescente)
-haverá uma redução progressiva na demanda de trabalho
MAS
- a redução dos preços permite que o produto líquido se represente 
em maior volume de mercadorias: essas podem ser poupadas, 
gerando emprego
7) O modelo ricardiano
“ Os alimentos e as roupas consumidas pelo trabalhador, o 
edifício em que ele trabalha e os instrumentos com os quais sua 
atividade é realizada, são todos de natureza perecível. Existe, 
no entanto, uma grande diferença no tempo de duração desses 
diferentes capitais: uma máquina a vapor durará mais do que 
um navio, um navio mais do que a roupa do trabalhador, e a 
roupa do trabalhador mais do que o alimento que ele consome. 
Dependendo da rapidez com que pereça, e a frequência com 
que precise ser produzido, ou segundo a lentidão com que se 
consome, o capital é classificado como capital circulante ou 
fixo”
 
 
O modelo ricardiano
PREMISSAS:
1) Os recursos são utilizados do mais eficiente para o menos 
eficiente.
2) A taxa de salários é dada pela massa salarial, ou seja, os 
salários são dados pela oferta de trabalhadores, a qual depende 
do crescimento da população.
3) Existe homogeneidade de mercadorias, ou seja, a composição 
e valor de duas mercadorias iguais é a mesma.
4) Não existem fenômenos monetários, ou seja, a moeda é 
neutra.
5) Existe concorrência.
• Valor de uma mercadoria: 
CP = CF + CV
Onde: CP= custos de produção
CF = custos fixos = custos de emprego 
de trabalho humano nos meios de 
produção
CV = Custos variáveis = massa salarial 
VALOR = PREÇO = CP + Lucro
O modelo ricardiano
As Variáveis
I. Pt = L + C
II. C = S
III. S = sT
IV. L = lC = lsT
V.Pt = (1+ l) sT
Pt = preço total 
L = lucro total
C = custos totais (capital total 
investido)
S = dispêndio salarial total
s = taxa de salário
T = trabalho total empregado
l = taxa média “equilibrada” de lucro
Assim:
Os movimentos dos preços dependem das variações dos 
produtos, constituídos por seus diversos custos de produção, 
e não puramente em virtude das flutuações dos salários.
O modelo ricardiano
• IMPLICAÇÕES DO MODELO:
1.Pressuposto de pleno emprego na economia= capacidade 
produtiva utilizada na sua melhor combinação.
2.Ignora que relações econômicas são relações sociais 
(relações sociais de produção). 
3.Excluiu a renda da terra do valor da mercadoria. 
A renda é uma porção do produto da terra paga ao 
latifundiário pelo uso das forças originais e indestrutíveis do 
solo e cria a escalada do preço dos produtos agrícolas, 
determinada pelo crescimento populacional. -> não é 
componente do custo total.
O modelo ricardiano
• IMPLICAÇÕES DO MODELO:
4. Capital consiste na parte da riqueza nacional empenhada na 
produção. (roupas e alimentos, matérias-primas, máquinas, 
edificações e outros implementos).
PORTANTO: o trabalho sempre foi a causa do valor; não há valor 
sem trabalho E valor é igual a capital mais trabalho.
OU SEJA :
“ O valor da mercadoria é dado por seu custo em trabalho 
incorporado (imediato e mediato), acumulado em todos os estágios 
do processo de produção do bem e a contribuição relativa dos 
instrumentos utilizados para tal fim”.
O modelo ricardiano
 
 
O modelo ricardiano
Lei de Ferro dos salários:
Os salários tendem ao nível de subsistência em função do 
aumento da população.
(*) Influência de Malthus e suas teses demográficas.
O modelo ricardiano
IMPLICAÇÕES DO MODELO (no longo prazo)
 ↑ escala da produção -> ↓ produtividade média dos fatores 
produtivos -> ↑ massa de salários -> ↓taxa de lucro.
RESULTADO: expansão de uma economia 
Leva a : esgotamento da taxa de lucro 
No limite: estado estacionário (solução: alterar os custos, ou 
mudar taxa de salários).
8) Renda Diferencial da Terra
Quem estudava o assunto:
- contemporâneos de Ricardo: Malthus, Torrens
- precursor mais antigo: Turgot
- formulador mais original e completo: James Anderson (escocês,1777)
- Progresso econômico contínuo + aumento da população e sua 
necessidade de alimentos → a nação vai usando terras cada vez 
piores
- a renda fundiária é uma parte dos lucros anteriormente obtidos; 
- a elevação do preço do trigo (maior demanda ← maior população) 
leva ao cultivo de terras piores → aumento do custo de produção do 
trigo em geral
- esse custo é regulado pela pior terra em uso para gerar a oferta 
necessária
8) Renda Diferencial da Terra
Manter a Lei dos Cereais -> transferência de renda da classe de 
arrendatários e industriais para os proprietários de terras. 
-> (-) investimentos produtivos, (+) gastos com bens de luxo 
-> (-) acumulação de capital, (-) crescimento do PB.
Distribuição da riqueza nacional entre as diversas classes 
sociais: 
1- proprietários de terras: não cultivam o solo.
2- agricultores, arrendatários capitalistas: cultivam a terra e pagam 
alugueis.
3- trabalhadores são contratados pelos arrendatários capitalistas 
para cultivar o solo.
8) Renda Diferencial da Terra
MAS: “somente porque a terra não é ilimitada em quantidadenem 
uniforme na qualidade, e porque, com o crescimento da população, 
terras de qualidade inferior ou desvantajosamente situadas são 
postas em cultivo, a renda é paga por seu uso.” 
(+) população -> expansão das terras cultivadas (terras de baixa 
produtividade teriam de ser cultivadas) -> Aumento dos preços dos 
alimentos -> elevação do custo da mão-de-obra -> Aumento dos 
custos de produção de manufaturados -> queda dos lucros = 
Estágio Estacionário (taxas de crescimento econômico e de 
acumulação de capital em um ritmo cada vez mais lento).
Ricardo e a Renda da Terra
Produção e distribuição de riqueza com cultivo das terras mais 
férteis
Determinação da renda fundiária nas faixas de terras anteriores à 
menos fértil
 
 
Ricardo e a Renda da Terra
PORTANTO:
Cada aumento populacional que leva ao cultivo de terras menos 
férteis -> aumenta a renda na faixa anterior -> o preço dos 
gêneros agrícolas produzidos na gleba marginal sempre servirá 
de referência à determinação de preços -> a parcela diferencial 
entre os custos de produção na última faixa de terra também 
determinará automaticamente a renda fundiária
das demais.
Ricardo e a Renda da Terra
Solução para a Inglaterra: 
- importações livres de cereais (trigo)
- proibir a importação → retenção de capital numa ocupação
que seria abandonada em favor de outra mais vantajosa (cujo 
produção poderia ser trocada por cereais mais baratos, via 
comércio exterior)
- somente argumentos muito fortes (segurança nacional) podem 
sustentar a proibição ou taxação, contra um regime de 
importação livre
9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC
“Num sistema comercial perfeitamente livre, cada país 
naturalmente dedica seu capital e seu trabalho à atividade que 
lhe seja mais benéfica. Essa busca de vantagem individual está 
admiravelmente associada ao bem universal do conjunto dos 
países. Estimulando a dedicação ao trabalho, recompensando a 
engenhosidade e propiciando o uso mais eficaz da 
potencialidades proporcionadas pela natureza, distribui-se o 
trabalho de modo mais eficiente e mais econômico, enquanto 
pelo aumento geral do volume de produtos, difunde-se o 
benefício de modo geral, e une-se a sociedade universal de 
todas as nações do nundo civilizado por laços comuns de 
interesse e de intercâmbio.”
9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC
“O comércio exterior para uma nação seria vantajoso até mesmo nos 
casos em que ela pudesse produzir internamente a custos mais 
baixos do que os da nação parceira, desde que, em termos relativos, 
as produtividades de cada uma fossem relativamente diferentes.
Assim, a especialização internacional seria mutuamente vantajosa em 
todos os casos em que as nações parceiras canalizassem os seus 
recursos para a produção daqueles bens em que sua eficiência fosse 
relativamente maior.”
9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC
- os lucros extraordinários que por vezes são obtidos do comércio 
exterior são temporários -> não elevam taxa geral de lucros nem o 
nível geral dos preços
MAS
É possível poupar valores (trabalho) através do comércio 
internacional, obtendo com isso aumento dos lucros, se as 
mercadorias obtidas com menores valores forem aquelas em que se 
gasta os salários
- as trocas permitem acesso a produtos importados em troca de 
menor gasto do trabalho nacional aumentam a riqueza (quantidade de 
produtos) → permitindo poupar (= investir) → um mesmo capital 
poderá empregar mais trabalhadores e proporcionar mais valor e 
mais produtos, com maior proporção de lucros)
9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC
- Ganhos do comércio internacional = Mais bens com mesmo 
dispêndio de trabalho) 
MAS
- As trocas internacionais NÃO seguem a regra geral que regula o 
valor relativo das mercadorias em um país (quantidade de trabalho 
necessária à produção)
- Isso se dá pelos obstáculos (naturais) à mobilidade do capital entre 
países, o que impede igualdade das taxas de lucro (e a igualdade dos
valores nacionais das mesmas mercadorias)
 
 
9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC
Pressupostos:
l Não vale para as colônias,
l Concorrência perfeita, 
l Custos de produção constantes, 
l Ausência de custos de transportes, 
l Comércio bilateral (dois países, dois bens), 
l Trabalho como único fator de produção, 
l Total imobilidade de capital entre os envolvidos no 
comércio.
l Relação inversamente proporcional entre salários e lucros.
l Pleno Emprego.
Quantidade de horas de trabalho exigida para a produção de 
duas mercadorias, vinho e tecido
9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC
Hipótese simplificada de vantagens relativas
Relação de tempo necessário para produção das duas 
mercadorias
País Vinho Tecido
Portugal 80 90
Inglaterra 120 100
País Vinho/Tecido Tecido/vinho
Portugal 80/90=0,88 90/80=1,12
Inglaterra 120/100=1,20 100/120=0,83
Conceito de Custo de Oportunidade.
O custo de oportunidade justifica que Inglaterra (pior 
produtividade para vinhos e tecidos) se especialize no pior 
produto de Portugal.... Tecido.
9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC 9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC
BENS
País Tecido Vinho Total
Inglaterra 100 120 220
Portugal 90 80 170
TOTAL 190 200 390
Em Autarcia – Gasto de horas de trabalho
BENS
País Tecido Vinho Total
Inglaterra - - -
Portugal 180 160 340
TOTAL 180 160 340
Gasto de horas de trabalho no país mais eficiente (Portugal 
produzindo tudo)
9- Teoria das Vantagens Comparativas - TVC
BENS
País Tecido Vinho Total
Inglaterra 200 - 200
Portugal - 160 160
TOTAL 200 160 360
Em livre comércio – Gasto de horas de trabalho respeitando a TVC
Portanto:
“... se Portugal não tivesse nenhuma ligação comercial com outros 
países, em vez de empregar grande parte de seu capital e de seu 
esforço de produção em vinhos, com os retorno dos quais importa 
tecidos e ferramentas de outros países, seria obrigado a empregar 
parte daquele capital na fabricação de tais mercadorias, com 
resultados provavelmente inferiores de qualidade e quantidade.” 
(PEPeT)

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