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VALORES POLíTICOS

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VALORES POLíTICOS
“O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa ‘cidade’. Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada – um país – e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma constituição”. Disponível em < http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cidadania-ou-estadania.htm>. Acesso em 03.04.2016.
As teorias inspiradas em Durkheim e em Tocqueville caracteriza-se pelo exercício das virtudes cívicas, centradas na sociedade por meio de uma esfera pública e composta por grupos voluntários, autônomos, privados e sem fins lucrativos, como constitutivos da sociedade civil.
A resposta pode ser encontrada nas páginas 44 a 48 do livro-base da disciplina, em BERAS, Cesar. A cidadania nos diferentes períodos históricos: o desenvolvimento da afirmação dos direitos básicos. In BERAS, Cesar.Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 33-50.
“Na discussão moderna, há dois argumentos famosos que buscam responder ao dilema grego / clássico: o moral e o cético. Do ponto de vista moral, o homem tem o direito de governar a si próprio, pelo princípio da liberdade do indivíduo. Já do ponto de vista cético, os homens devem ser governados por seus desejos, visto que não sabem o que é correto. Essa divisão argumentativa deu ênfase à construção da democracia moderna”.BERAS, Cesar. A democracia nos diferentes períodos históricos: desenvolvimento de diferentes percepções normativas. In BERAS, Cesar. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 18.
Sobre o processo histórico de construção da democracia moderna, assinale a alternativa correta. O laissez-faire influenciou o processo de formação da tradição democrática liberal. A resposta pode ser encontrada nas páginas 18, 19 e 20 do livro-base da disciplina, em BERAS, Cesar. A democracia nos diferentes períodos históricos: desenvolvimento de diferentes percepções normativas. In BERAS, Cesar. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 13-32.
“Ao se disseminar largamente e colar-se ao senso comum, ao imaginário político das sociedades contemporâneas, à linguagem da mídia, o conceito perdeu precisão: empregam-no tanto a esquerda histórica quanto as novas esquerdas, tanto o centro liberal quanto a direita fascista. Os vários interlocutores referem-se a coisas distintas, mas empregam a mesma palavra”. (Nogueira, Marco Aurélio. Sociedade civil, entre o político-estatal e o universo gerencial. Revista brasileira de Ciências Sociais, Jun 2003, vol.18, n.52, p.185-202.)
A característica em comum dos grupos heterogêneos que compõem a sociedade civil é o não pertencimento (ou a não representação) do Estado.
Gabarito comentado: A resposta pode ser encontrada nas páginas 54 e 55 do livro-base da disciplina, em BERAS, Cesar. A sociedade civil nos diferentes períodos históricos: a diferenciação entre Estado e sociedade. InBERAS, Cesar. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 51-64.
“Para Matteucci (1998, p. 842), a opinião pública é uma expressão que carrega duplo sentido: na sua formação, é "pública" por ser originada fora da esfera privada, ou seja, no debate público de ideias; no seu objeto, é pública por tratar de assuntos de interesse de uma determinada comunidade. Para Bobbio (1997, p. 90), é ‘...... a opinião relativa aos atos públicos, isto e´, aos atos próprios do poder público’. Para Habermas (2003), ela é o conjunto de discussões públicas depois que o público, por formação e informação, torna-se apto a elaborar uma opinião bem fundamentada sobre assuntos de relevância coletiva”. (CADEMARTORI, Daniela Mesquita Leutchuk de; MENEZES NETO, Elias Jacob de. Poder, meios de comunicação de massas e esfera pública na democracia constitucional. Sequência, Florianópolis, n. 66, p. 187-212, jul. 2013)
A sociedade civil é o espaço por excelência da opinião pública que legitima ou deslegitima o Estado.
Gabarito comentado: A resposta pode ser encontrada nas páginas 55 e 56 do livro-base da disciplina, em BERAS, Cesar. A sociedade civil nos diferentes períodos históricos: a diferenciação entre Estado e sociedade. InBERAS, Cesar. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 51-64.
“Os jusnaturalistas estabelecem portanto um corte entre a sociedade civil, a civitas, e a sociabilidade natural dos homens, corte esse possibilitado pela intervenção deliberada da razão. A sociedade política substitui a sociedade natural por outra, melhor porque mais propícia a ser regida, efetivamente, pelas leis naturais.” (OLIVEIRA, Isabel de Assis Ribeiro de. Sociabilidade e direito no liberalismo nascente. Lua Nova,  São Paulo ,  n. 50, p. 159-183,  2000 .)
A respeito do jusnaturalismo e de sua forma de compreensão da sociedade civil, assinale a alternativa correta.
O jusnaturalismo iguala Estado e sociedade civil, admitindo a existência de leis universais, as quais poderiam retirar os homens de seu estado de natureza.
A resposta pode ser encontrada nas páginas 56 e 57 do livro-base da disciplina, em BERAS, Cesar. A sociedade civil nos diferentes períodos históricos: a diferenciação entre Estado e sociedade. InBERAS, Cesar. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 51-64.
“Subindo ao poder em outubro de 1930, Getúlio Vargas nele permaneceu por quinze anos, sucessivamente, como chefe de um governo provisório, presidente eleito pelo voto indireto e ditador. Deposto em 1945, voltaria à presidência pelo voto popular em 1950, não chegando a completar o mandato por se suicidar”. Sobre a relação entre cidadania e o período Vargas, avalie as alternativas a seguir: I. O conjunto do período (1930-1964) se caracteriza basicamente pelo avanço dos direitos sociais. Cria-se o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e afirma-se uma nova e ampla legislação trabalhista. 
II. O período tem uma característica central para a análise configuracional: o crescimento da capacidade de ação do estado em todas as dimensões da sociedade.
A resposta para as questões pode ser encontrada entre as páginas 87 e 89 de Beras (2013). De fato, Vargas estruturou os direitos trabalhistas no Brasil, além de fortalecer o estado brasileiro, em geral. O item incorreto, terceiro item, afirma que Vargas havia rompido com a Igreja católica. No entanto, a igreja foi uma das principais apoiadoras do regime (FAUSTO, p. 333, 2009).
“ Podemos considerar a Constituição de 1988 como o marco que pôs fim aos últimos vestígios formais do regime autoritário. A abertura iniciada pelo general Geisel em 1974 levou mais de treze anos para desembocar em um regime democrático.” (FAUSTO, 2009, p. 526) 													 			 Sobre os militares, a democracia e a cidadania, avalie as quest천es abaixo:							 I. a transição brasileira teve como a espanhola a vantagem de não provocar grandes abalos sociais, mas teve a desvantagem de não colocar em questão problemas que iam muito além da garantia de direitos políticos à população. III. o fim do autoritarismo levou o país mais a uma “situação democrática” do que a um regime democrático consolidado. A questão procurava demonstrar o impacto do fim da ditadura civil-militar ao fortalecimento dos direitos políticos. No entanto, não é correto afirmar a inexistência de partidos políticos antes de 1985. Como fonte de consulta, ver BERAS, 2009, p. 91. 
“O processo de democratização brasileira ocorreu de uma forma bem diferente da vivenciada por outros países, como Estados Unidos e França. A construção de uma cultura cívica, bem como da cidadania, deu-se de maneira distinta, marcada por forte tradição cultural centrada no Estado em relação à sociedade e ao mercado, o que permitiu a Carvalho (1996), ao analisar o longo percursoda “cidadania” no Brasil, cunhar o termo “estadania” como forma de expressar a negatividade histórica da cidadania”. (ANDRADE, Daniela Meirelles et al. RAP — Rio de Janeiro 46(1):177-90, jan./fev. 2012. In Rota de Aprendizagem 6 da disciplina de Valores Políticos) 								 
A respeito dos conceitos de “estadania” e de “cidadania” no Brasil, assinale a alternativa correta.			 
O Estado brasileiro é caracterizado por políticas paternalistas e populistas, assimiladas como formas de concessões e benefícios oferecidos pelo governante a seus cidadãos. 	ANDRADE, Daniela Meirelles et al. RAP — Rio de Janeiro 46(1):177-90, jan./fev. 2012. In Rota de Aprendizagem 6 da disciplina de Valores Políticos. p. 8.
Há dois tipos de limites ao Orçamento Participativo de Porto Alegre: “os organizacionais, que apontam para o desenho institucional e forma de organização por dentro do aparato público, e os estruturais, que apontam para aqueles elementos que dão conta da bagagem cultural e organizacional dos participantes”. (BERAS, Cesar. O funcionamento da experiência do Orçamento Participativo de Porto Alegre (OPPA). In BERAS, Cesar. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 166-167). 																 A respeito desses limites organizacionais e estruturais do Orçamento Participativo em Porto Alegre, assinale a alternativa correta. 																		 Pouco conhecimento por parte dos funcionários, atropelo de pautas, falta de clareza pelos atores institucionais são alguns dos limites estruturais ao Orçamento Participativo. 								 BERAS, Cesar. O funcionamento da experiência do Orçamento Participativo de Porto Alegre (OPPA). In BERAS, Cesar. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013. p. 149-170.
Contextualização: A democracia contempla modelos normativos oriundos das “tensões que buscam afirmar princípios democráticos nas diferentes sociedades ocidentais, com base em questões como (...) Para que serve a democracia? Como deve ela funcionar?” (Beras, 2013, p. 26).
 Enunciado: Habermas (2002) apresenta modelos normativos de democracia: o liberal, o republicano e o de política deliberativa. Apresente estes modelos e compare o papel da política e do cidadão em cada um deles. 
O papel da ação política, no modelo liberal é representado pelos múltiplos arranjos de interesses entre os atores políticos, enquanto no modelo republicano, deriva de uma aproximação entre ética e política, e por fim, no modelo deliberativo, pode-se entender como como padrão normativo os procedimentos democráticos racionais e comunicativos (Beras, 2013, p. 28).
O papel do cidadão, no modelo liberal deriva de um “indivíduo possuidor de direitos individuais perante o estado e os outros indivíduos” (Beras, 2013, p. 29), enquanto no modelo republicano, o indivíduo possui direitos de cidadania, de participação e de comunicação-direitos positivos- e , por fim, no modelo deliberativo ocorre uma “rede de formação da vontade política informal” (Beras, 2013, p. 29).Referência da Resposta:  BERAS, C. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013.
Contextualização: “A experiência do orçamento participativo da cidade de Porto Alegre, ocorrida entre 1989 e 2004, teve repercussão internacional e dura até os dias de hoje. O OP possui um efeito demonstrativo interessante, que pode nos ajudar a entender na prática o funcionamento do processo que, ao dialogar com a sociedade civil, afirma a democracia e o exercício desta. ”
 Enunciado: Um conjunto de dilemas acompanha a implantação do orçamento participativo, elabore uma dissertação sobre esses dilemas. Beras, (2013, p. 182) divide em três dilemas: 
A existência de uma ‘ação esquecida’ em relação aos limites impostos pelo capitalismo à realização da democracia por parte dos agentes do processo (governamentais e comunitários);
A não problematização do vínculo constitutivo entre Estado e sociedade civil, que se materializa mesmo nas parcelas municipais;
A redução da legitimidade do Estado ao princípio da eficácia;
Contextualização: “ A experiência do orçamento participativo da cidade de Porto Alegre, ocorrida entre 1989 e 2004, teve repercussão internacional e dura até os dias de hoje. O OP possui um efeito demonstrativo interessante, que pode nos ajudar a entender na prática o funcionamento do processo que, ao dialogar com a sociedade civil, afirma a democracia e o exercício desta. ”
 Enunciado: A evolução do orçamento participativo ocorreu ao longo de dezesseis anos e pode ser divido em quatro mandatos da frente popular. Apresente as características centrais do quarto mandato, em relação às inovações introduzidas ao mecanismo de cogestão.
Em geral, são estabelecidas novas formas de participação: 
“Iniciativas de solidificação internas da capacidade de controle e decisão, com base na nova comissão tripartite, que enfoca a discussão sobre a assistência social, tema em constante evolução nos últimos anos.
A criação da comissão de obras, habitação e área social;
Iniciativas de ampliação da participação externa, que ampliam a discussão do plano plurianual para os fóruns regionais e para as instâncias do Plano Diretor de desenvolvimento Urbano e Ambiental, e da participação via internet. ” (Beras, 2013, p. 164)
 Referência da Resposta: BERAS, C. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013.
Legalismo - Negação da meritocracia, imposição de leis severas: inibir as vantagens pessoais e a impunidade, império absoluto e positivado; controle e subordinação.
Meritocracia dos Reis Filósofos - Excesso de democracia; direito de acesso aos cargos; somente os filósofos teriam capacidade de administrar o bem comum; formação filosófica.
Meritocracia Paternalista - Prosperidade intelectual, valorização da erudição, cem escolas de pensamento e seleção por mérito.
Realismo - Aperfeiçoamento das relações exteriores, carreira militar - ascensão, estratégia militar e reestruturação do Estado e administração PÚblica.
Meritocracia Maoísta - Desapego às convenções, combate ao nepotismo e a criação do código moral de conduta pela administração pública.
A teoria dos tipos de dominação de Max Weber trata-se de um modelo de relação social estabelecido entre a autoridade de um indivíduo sobre os demais. Isso ocorre por vários motivos, dentre os quais Weber classificou em:
Carismática - Nesta forma de dominação, os indivíduos obedecem a outro em virtude das qualidades excepcionais que são conferidas a este, essas qualidades podem ser tanto dons sobrenaturais quanto a coragem e a inteligência inigualável. Por exemplo um grupo religioso centrado na figura do profeta, que apenas por meio de suas habilidades e conhecimentos pessoais consegue reunir um grande número de seguidores.
Tradicional - Trata-se do tipo de dominação que se dá por motivos de hábito, pois tal comportamento já faz parte dos costumes e está enraizada na cultura da sociedade. Um exemplo extremamente claro é o da família patriarcal, em que os filhos obedecem aos pais por uma relação de fidelidade há muito estabelecida e respeitada.
Racional - Consiste em um grupo de indivíduos que se submete a um conjunto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes. Essas regras determinam ao mesmo tempo a quem e em que medida as pessoas devem obedecer. Um bom exemplo é um funcionário que atende às cláusulas (regras, leis) acordadas no contrato de trabalho.
Contextualização:
 “O contexto em que se encontrava o Estado brasileiro, após o processo de transição, era de penúria fiscal, inflado de atribuições e enredado numa teia de interesses privados. Conforme Nogueira (2004), o Estado operava precariamente e não conseguia contribuir para o desenvolvimento social do país, pois estava tecnicamente defasado, desprovido de funcionários motivados e sem carreiras profissionais bem delineadas. ” (Beras, 2013, p. 109).
Enunciado: 
Apresente as ideias centrais relacionadas aoprocesso de reforma do estado brasileiro na década de 1990. 
Referência da Resposta: BERAS, C. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013.
Na década de 90 o Brasil necessitou se adaptar ao mercado internacional, passando pela reforma focalizada em algumas idéias, como:
Incentivo à democracia, a participação popular no governo;
Cooperativas que garantem direitos sociais, formadas pelo povo;
Divisão clara dos poderes, Executivo, legislativo e judiciário. Tendo uma descentralização do poder.
Contextualização: 
“A sociedade civil vai aparecer sempre como um lugar, um espaço. A questão é definir que espaço é esse. Nesse sentido, Bobbio et al. (1995) define a sociedade civil como ‘o lugar onde surgem e se desenvolvem os conflitos econômicos, sociais, ideológicos, religiosos, que as instituições estatais têm o dever de resolver ou através de mediação ou através de repressão’. ” (Beras, 2013, p. 54)
Enunciado: 
Pode-se dividir os argumentos sobre a sociedade civil em três grupos de argumentos: a primeira de base jusnaturalistas, a segunda baseada em Hegel, e a terceira em Tocqueville. Apresente as características de cada uma das concepções citadas.
A primeira concepção iguala estado e sociedade civil. Os jusnaturalistas ilustram, a partir de John Locke, que os cidadãos ao se reunirem para discutir questões de interesse comum realizam uma dupla função, a de ser sociedade civil e Estado.
A segunda família, com base em Hegel, concebe a sociedade civil como uma instância prévia do estado. Hegel preconiza uma teoria inédita, diferenciando o mundo privado, o mundo institucional (sociedade civil) e o mundo da política nacional e internacional do Estado.
A terceira família tem em Tocqueville como um de seus representantes e separa a sociedade civil do estado, entendendo a primeira como um conjunto de associações que limitam a ação do segundo. Um pressuposto básico desse argumento é o de que a gênese do Estado e a organização da vida comunitária são processos paralelos. (Beras, 2013, p. 58)
Referência da Resposta:
BERAS, C. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013.
Resposta:
Jusnaturalista: Como uma democracia participativa, incentiva o povo a participarem e compartilhar opiniões/ideias políticas. A população deve estar próxima ao estado, o influenciando. 
Hegel: Não fica clara a atuação civil no estado, dado a sociedade como cheia de conflitos, há muita dificuldade para definir suas necessidades. Defende haver uma certa distância entre sociedade civil e estado, para que o estado possa definir essas necessidades. 
Tocqueville: Acredita que deve ser separado a sociedade civil do estado, pois o povo pode acabar limitando as ações estatais. 
Contextualização: 
“O orçamento participativo (OP) também é uma concepção de democratização do Estado, no momento em que tensionava cotidianamente contra a estrutura antidemocrática/autoritária legada pela cultura política patrimonialista. Assim, na sua esfera municipal, busca a mudança de uma lógica de planejamento tecnoburocrático para uma de planejamento estratégico com participação da população. Nesse sentido, geralmente se criam novas estruturas administrativas, que coordenam e processam a elaboração do orçamento da cidade, tanto internamente (dentro da prefeitura) quanto externamente (com a sociedade). ” (Beras, 2013, p. 140).
Enunciado: 
Elabore uma síntese das questões que influenciaram o surgimento do orçamento participativo.
Beras, 2013, p. 141-144, divide em sete condicionantes:
O impacto do modelo econômico do capitalismo, que gerou em Porto alegre um crescimento urbano desordenado (a partir de 1940);
As práticas estatais autoritárias, que geraram uma cultura assistencial e corporativa e resultaram em uma dicotomia poder público/sociedade;
O surgimento incipiente de práticas de mobilização e pressão direta em relação a administração pública;
O surgimento de novas formas de organização, em forma de associações, conselhos populares, articulações municipais;
A exaustão dos movimentos sociais aparelhados aos interesses partidários;
O surgimento de novos sistemas de participação, como a Lei dos conselhos populares;
A expectativa frustrada da criação de instrumentos de participação advindos do próprio poder público;
Referência da Resposta:
BERAS, C. Democracia, cidadania e sociedade civil. Curitiba: Intersaberes, 2013.

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