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ÉTICA, MORAL, IMORAL, AMORAL, RELATIVISMO ÉTICO-MORAL, AUTONOMIA, HETERONOMIA, DILEMA ÉTICO
ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1993.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2003.
SROUR, R. H. Poder, cultura e ética nas organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
Ética: A ética (estudos científico-filosóficos) estuda os valores que orientam a vida das pessoas. A ética está no nível da teoria. A ética estuda, avalia, compara e interpreta os valores que conduzem a vida das pessoas, com o intuito de entendê-los e propor condutas. 
Moral: A moral é constituída pelo conjunto de princípios, valores e prescrições que as pessoas, numa dada comunidade, consideram válidos e os atos reais nos quais tais princípios, valores e prescrições são praticados. Uma ação é moral quando está de acordo com os valores predominantes em uma determinada sociedade, num dado momento. É uma ação correta em determinado contexto social. 
Imoral: Considera-se imoral uma ação contrária aos princípios morais, sem negá-los. A pessoa tem consciência de estar burlando as regras e a ação contrária aos princípios morais não acontece corriqueiramente em sua vida.
Amoral: O indivíduo amoral conduz a sua vida à margem das normas sociais, não reconhecendo a validade dos princípios morais legitimados pela sociedade. Ele nega a moral, ou seja, não tem os valores sociais como referência. O indivíduo amoral tem comportamento contínuo contrário às normas sociais em vigor por causa da negação e/ou desconsideração dos princípios e valores predominantes na sociedade. 
Relativismo ético-moral: O relativismo ético-moral (moral do oportunismo) está baseado no famoso “jeitinho”, na falta de escrúpulos, na malandragem, no “se dar bem em tudo”. O indivíduo relativista se guia pelos benefícios pessoais, familiares ou grupais proporcionados pelo ato, em detrimento da coletividade. O critério de verdade são as opiniões pessoais. Prevalece o vale-tudo. A concepção relativista cria as condições para a imoralidade e a amoralidade. O relativismo ético-moral corresponde a um pensamento no qual tudo é permitido e as regras são afrouxadas. 
Autonomia: Significa agir de forma consciente. A pessoa autônoma age de forma responsável e conforme as normas por saber a importância do cumprimento da determinação. O que caracteriza a pessoa autônoma é a sua ação independente de coerção. O autônomo tem capacidade de autogoverno. A autonomia corresponde à disciplina consciente.
Heteronomia: Significa agir sob pressão externa (coerção). A heteronomia se caracteriza pela incapacidade de autogoverno, isto é, a pessoa age por causa do medo de ser punida ou na expectativa de receber um prêmio. Sua decisão depende da vontade dos seus superiores. A pessoa heterônoma considera a fonte de onde provém a determinação para que ela seja executada. Seu pensamento está restrito à consequência em relação àquele que é considerado superior naquela situação.
Dilema ético: situação na qual a tomada de decisão envolve conflito de valores.
ÉTICA E BIOÉTICA
PESSINI; BARCHIFONTAINE (2001) e PESSINI; BARCHIFONTAINE (2002) 
Ética: 
Reflexão crítica sobre o comportamento humano, reflexão que interpreta, discute e problematiza, investiga os valores, princípios e o comportamento moral à procura do “bom”, da “boa vida”, do “bem-estar” da vida em sociedade.
Bioética:
Ética da vida; reflexão multiprofissional relacionada aos diversos campos que atuam na saúde, na vida.
Ciência da sobrevivência humana – promover e defender a dignidade humana e a qualidade de vida, abrangendo o âmbito humano e a realidade cósmico-ecológica (Potter). 
Estudo sistemático da conduta humana no âmbito das ciências da vida e da saúde, enquanto essa conduta é examinada à luz de valores e princípios morais.
Ciência, disciplina, movimento social = dinâmica reflexiva que procura resgatar a dignidade da pessoa humana e sua qualidade de vida.
Debate interdisciplinar e transdisciplinar, envolvendo descobertas tecnocientíficas e ciências humanas dos valores éticos (filosofia, teologia, direito) – abordagem sobre o sentido da vida e da morte, da convivência política e da relação da natureza com o ser humano.
Ética das ciências da vida e do cuidado com a saúde. 
Aspectos importantes quanto à intenção da Bioética: 
Criar nas pessoas senso crítico e desenvolver a capacidade de decidir de forma responsável e livre diante das situações polêmicas, difíceis e conflituosas apresentadas na área das ciências da vida e da saúde.
Considerar que o ser humano não nasce com um código de valores éticos, mas tem a capacidade de construí-los. 
Necessidade de articulação ciência e ética: o campo da Bioética constitui-se como estudo interdisciplinar e transdisciplinar. Forte interdisciplinaridade e transversalidade.
Paradigma principialista da Bioética:
Quatro princípios orientadores: beneficência, não-maleficência, justiça, autonomia.
Princípios da Bioética:
Autonomia (respeito pelas pessoas): a) as pessoas devem ser tratadas com autonomia; b) as pessoas cuja autonomia está diminuída devem ser protegidas; c) pessoa autônoma: indivíduo capaz de deliberar sobre seus objetivos pessoais e agir sob a orientação dessa deliberação; indivíduo com capacidade de atuar com conhecimento de causa e sem coação externa; d) ação autônoma: ocorre quando a ação passou pelo trâmite do consentimento informado; e) procedimentos decorrentes do princípio da autonomia: consentimento informado e decisões de substituição (em caso de incapaz).
Beneficência: a) não causar dano; b) maximizar benefícios e minimizar possíveis riscos.
Justiça: imparcialidade na distribuição de benefícios e riscos.
ÉTICA, ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES E CULTURA ORGANIZACIONAL
GIDDENS, A. Sociologia. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
PASSOS, Elizete. Ética nas organizações. São Paulo: Atlas, 2004.
QUELHAS, O. L. G.; ALLEDI FILHO, C.; MEIRIÑO, M. J. Responsabilidade social, ética e sustentabilidade na engenharia de produção. In: BATALHA, M. O. (Org.). Introdução à engenharia de produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 273 – 303.
SROUR, R. H. Poder, cultura e ética nas organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
______. Ética empresarial: o ciclo virtuoso dos negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Ética e Moral: 
Todo grupamento humano obedece a um sistema de normas morais. 
Ética (estatuto teórico): estuda as morais e as moralidades; analisa as escolhas que os agentes fazem em situações concretas; verifica se as opções se conformam aos padrões sociais; avalia os costumes, aceitando-os ou reprovando-os.
Moral: tem base histórica; muda de acordo com o contexto social, histórico, político, econômico, cultural; conformidade aos valores sociais predominantes. 
Ética empresarial: 
Refere-se às regras e aos princípios que pautam decisões de indivíduos e grupos de trabalho.
Explicita os valores predominantes na empresa. 
Regula as relações diárias no ambiente de trabalho. 
Estabelece limites e parâmetros a serem seguidos. 
Articula valores pessoais, sociais e organizacionais. 
Ferramenta fundamental no processo decisório.
Ética de orientação humanista: 
Adota a vida humana como valor principal, reconhecendo os seres humanos com emoções e sentimentos. 
Procura superar a razão instrumental, que coloca a ciência, a técnica e o lucro em primeiro plano, reduzindo o ser humano ao nível de máquinas ou peças da engrenagem produtiva. 
Necessidade da ética nos negócios: 
Exigência dos stakeholders (agentes que mantêm vínculos com dada organização e são afetados por suas decisões: trabalhadores, clientes, fornecedores, credores, mídia, comunidade local, entidades da sociedade civil, etc.)
Importância da ética nas organizações: 
Refletir sobre as questões relacionadas à conduta da empresa (preservação da imagem, reputaçãoda marca, moralidade das ações). Antecipar o que pode ser danoso ou benéfico para a organização. Maximizar benefícios e minimizar impactos negativos junto aos stakeholders.
Moral organizacional: 
Chave para a sobrevivência das empresas no contexto em que os stakeholders têm grande poder de mobilização e retaliação de empresas que praticam atos imorais.
Cultura organizacional: 
Toda organização tem sistema coerente de significações que une os membros em torno de objetivos comuns (referência simbólica e expressão da identidade da organização). 
Toda organização tem uma rotina baseada em um ethos (palavra de origem grega que tem o sentido de caráter, hábito, costume). 
Toda organização cria uma cultura que define a forma de ser e de agir dos seus membros, com o objetivo de criar procedimentos comuns naquele ambiente. 
Cada organização possui o seu ethos, a sua cultura, isto é, o seu modo de ser e de agir, concretizada na rotina diária particular, mesmo assimilando elementos da cultura social predominante. 
Recurso vital para orientar e dar consistência às decisões e ações dos envolvidos com a organização. 
As pessoas que compõem a organização precisam conhecer, internalizar e praticar os valores assumidos, tendo em vista a manutenção da unidade em termos técnicos e éticos. 
Os valores servem para dar suporte às normas. São mais amplos e exercem o papel de parâmetros. As normas são indicações objetivas de comportamento. 
Uma empresa que desenvolve reflexão ética e conduta moral conquista o respeito e a confiança dos seus empregados, clientes, fornecedores, investidores e outros, por meio do estabelecimento de um equilíbrio aceitável entre os interesses econômicos próprios e os interesses de todas as partes afetadas quando toma decisões ou desenvolve ações.
Etnocentrismo: 
É a prática de julgar outras culturas comparando-as com a própria cultura, desvalorizando e desqualificando as demais em relação à sua própria cultura.
Leitura ensimesmada que se faz do mundo. Ótica exclusiva de uma cultura.
Qualificar todas as demais culturas como bárbaras (inferiores e atrasadas).
Relativismo cultural: 
Opõe-se ao etnocentrismo. Visão pela qual a cultura deve ser entendida em seu contexto.
Refere-se à suspensão das próprias crenças culturais profundamente sustentadas e examinar uma situação de acordo com os padrões de outra cultura. 
Requer humildade intelectual para reconhecer a importância da diversidade dos costumes.
CÓDIGO DE ÉTICA, CÓDIGO DE CONDUTA MORAL, CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
CAMARGO, M. Fundamentos de ética geral e profissional. Petrópolis: Rio de Janeiro, 1999.
QUELHAS, O. L. G.; ALLEDI FILHO, C.; MEIRIÑO, M. J. Responsabilidade social, ética e sustentabilidade na engenharia de produção. In: BATALHA, M. O. (Org.). Introdução à engenharia de produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 273 – 303.
SROUR, R. H. Ética empresarial: o ciclo virtuoso dos negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Códigos de ética profissional:
Estruturam e sistematizam as exigências éticas quanto à orientação, disciplina e fiscalização do exercício profissional.
Referem-se aos atos praticados no exercício da profissão ou que reflitam nele de alguma forma.
São gerados por uma espécie de contrato baseado em critérios de condutas de um indivíduo perante o grupo e o todo social.
Estabelecem parâmetros para a conduta ser considerada aceitável sob o ângulo da ética.
São definidos, revistos e promulgados a partir da realidade de cada época e de cada país, com base em princípios perenes e universais.
Código de conduta moral, código de ética ou código de compromisso social: 
É um instrumento de realização da visão e da missão da empresa, que orienta suas ações e explicita sua postura social a todos com quem mantêm relações. 
Orienta as ações dos agentes internos e explicita a postura da organização diante dos diferentes públicos com os quais ela interage.
Alinha os padrões de conduta esperados no exercício profissional e se posiciona em termos ideais e em termos do que é possível realizar em curto prazo.
Regula as relações mantidas com os públicos de interesse, definindo quais condutas são recomendadas e quais não o são.
É fundamental para a empresa se comunicar de forma consistente com todos os parceiros.
Para ser bem sucedido, deve ser elaborado e atualizado constantemente com a participação e envolvimento de todos os públicos de uma organização.
ALGUNS ASPECTOS RELEVANTES DO CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICA
Regulação dos direitos e deveres do cirurgião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que exerçam atividades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou privado (com obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia).
Odontologia: profissão exercida em benefício do ser humano, da coletividade e do meio ambiente.
Objetivo da atenção odontológica: saúde do ser humano
Princípios fundamentais da atuação dos profissionais da Odontologia como integrantes da equipe de saúde: dirigir ações destinadas à satisfação das necessidades de saúde da população; defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais; garantia da universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência à saúde, preservação da autonomia dos indivíduos, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
Preservar a moralidade das ações no exercício profissional.
Comprometimento com a dignidade do paciente.
Respeito à vulnerabilidade do paciente.
Estimular o consentimento prévio, livre e esclarecido do paciente.
Comprometimento com a dignidade dos profissionais da área da Odontologia.
FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS – DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS (ADOTADA POR ACLAMAÇÃO EM 19/10/2005 – 33ª CONFERÊNCIA GERAL DA UNESCO).
Importância da articulação entre sensibilidade moral, reflexão ética, bioética e processo de desenvolvimento científico e tecnológico: estudos sobre os impactos do desenvolvimento científico e tecnológico na vida humana.
Respeito incondicional à dignidade humana e aos direitos humanos.
Maximização dos benefícios e minimização dos riscos e dos danos.
Respeito à autonomia dos indivíduos e cuidados especiais para assegurar esse direito aos que não estão em condições de exercê-lo.
Exercitar a prática do prévio, livre, expresso e esclarecido consentimento = consentimento informado baseado em informação adequada.
Respeito à vulnerabilidade humana e zelar pela integridade pessoal.
Garantir a privacidade e a confidencialidade das informações do paciente.
Respeito à igualdade, justiça e eqüidade, combatendo a discriminação e a estigmatização.
Desenvolver e estimular a solidariedade, a cooperação e a responsabilidade social na área da saúde. 
Compartilhar benefícios e proteger as gerações futuras.

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