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LIBRAS LIBRAS: DERIVADA DA LÍNGUA DE SINAIS FRANCESA. Língua Brasileira de Sinais. Natural, não materna, aprendida pelo meio visual e motor. Escrita não alfabética, baseada nas experiências visuais das comunidades surdas. Tem estatus de primeira língua (L1) e o português é considerado a segunda língua (L2). O léxico das libras são os sinais. LÍNGUA – sistema de signos compartilhado por uma comunidade linguística comum, que possibilita a comunicação. Materialização da linguagem. Ligada a um grupo determinado de indivíduos, identificados por traços culturais particulares e restritos a um determinado espaço. Surgem de condições históricas, geográficas, econômicas e políticas determinadas, ou seja, são fatos culturais. LÍNGUA NATURAL – criada e utilizada por uma comunidade específica de usuários, que é transmitida de geração em geração, transmitida por uma comunidade, muda estrutural e funcionalmente com o passar do tempo. LINGUAGEM – qualquer sistema de comunicação ou de notação, humano ou não-humano, natural ou artificial, ex: pintura, dança. É uma faculdade ou potencialidade de expressão. Ex: qualquer meio de comunicação, como corporal, expressões faciais, maneira de vestir, sinais de trânsito. A linguagem é primordial no desenvolvimento cognitivo e na criação de uma concepção de mundo. LÍNGUA PORTUGUESA: oral-auditiva. Baseada nos sons, possui escrita alfabética. FONOLOGIA: é a parte da gramática que estuda os sons da língua – OS FONEMAS. FONEMAS: são as unidades mínimas sonoras de uma língua capazes de estabelecer distinção de significado. PROPRIEDADES INERENTES A TODAS AS LÍNGUAS SEGUNDO LYONS: VERSATILIDADE E FLEXIBILIDADE: permite a expressão de emoções e sentimentos. CRIATIVIDADE/PRODUTIVIDADE: é a possibilidade de compreender um número indefinido de enunciados sem conhecê-los anteriormente. ARBITRARIEDADE: falta de conexão entre forma e significado. PADRÃO: restrições que as línguas apresentam na organização dos seus elementos. LÍNGUA DE SINAIS: são visoespaciais (utilizam a visão e o espaço). Passadas de geração em geração, como uma necessidade natural de comunicação. Possui regras gramaticais próprias em níveis fonológicos, morfológico e sintático. É possível adaptar vocábulos existentes conforme a necessidade. São processadas do lado esquerdo do cérebro, no centro da linguagem. PARÂMETROS//UNIDADES MÍNIMAS DE LIBRAS - STOKOE: Configuração de mão: é a forma das mãos que pode ser ou não com movimento. Movimento da mão: os sinais podem ter ou não movimento, uma pequena alteração no movimento pode mudar o significado do sinal. Podem ser unidirecionais, bidirecionais, multidirecionais e não-direcionais. Locação ou ponto de articulação: é o lugar tomado como Ponto de partida no próprio corpo, onde é realizado o sinal, pode haver ou não contato com o corpo.///Orientação /direcionalidade de mão: mudanças de significado podem ocorrer se houver uma mudança simples na direção da palma da mão. Aspectos não-manuais: expressões faciais e corporais. VARIAÇÃO LINGUISTICA: mudanças que ocorrem no uso da língua em relação ao espaço, ao tempo e à situação de comunicação. Outros fatores como região, idade, nível de escolaridade, profissão, variedade cultural e pela situação da comunicação. VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS EM LIBRAS: sinais diferentes para os mesmos significados, ocorrem em decorrência de fatores regionais, sociais (configuração de mãos e movimento) e históricos (modificações no sinal com o decorrer do tempo). CONCEPÇÕES EQUIVOCADAS DA LINGUAGEM DE SINAIS SEGUNDO KARNOPP: É uma mimica incapaz de expressar conceitos abstratos; Existe uma única língua de sinais universal utilizada por todos os surdos; Há uma falta de organização gramatical na língua de sinais, sendo subordinadas as línguas orais; São um sistema de comunicação superficial, restrito, sem estética e inferior ao sistema de linguística oral; Derivam da comunicação gestual espontânea dos ouvintes; Derivam do hemisfério direito do cérebro (espacial) não sendo um legítimo sistema linguístico. CONFIGURAÇÃO DE MÃO: forma das mãos que podem ou não ser do alfabeto manual; existem 64 tipos. MOVIMENTO DE MÃO: os sinais podem ou não ter movimento uma pequena alteração no movimento pode modificar o significado do sinal. PONTO DE ARTICULAÇÃO: é o lugar tomando como ponto de partida no próprio corpo onde é realizado o sinal. DATILOLOGIA: sistema com configuração de mão que representa cada letra do alfabeto da língua portuguesa. Soletra palavras como nomes de pessoas, localidades e palavras que não tenham sinal. O alfabeto manual não é parte da LIBRAS mas um auxiliar para facilitar a comunicação. SINAL ICÔNICO: é aquele que em configuração de mãos reproduz a forma do objeto representado. SINAL PESSOAL: cada pessoa tem um sinal em libras. SURDO: segundo SÁ o surdo não é diferente somente porque não houve, mas porque desenvolve potencialidades psicoculturais diferentes das dos ouvintes. “Aquela que por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso das Libras.” DEFICIENTE AUDITIVO: “A perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000HZ e 3.000 HZ.CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA: LEVE 20/40db – não há a percepção de alguns fonemas. MÉDIA 40/70 db - em que a linguagem falada só é permitida se emitida com forte intensidade. SEVERAS 70/90 dc - em que a voz não é percebida e a fala só é desenvolvida com auxilio de técnicas especializadas. CULTURA: conjunto de manifestações artísticas, religiosas e comportamentais de um determinado povo ou grupo. É uma ferramenta de transformação. CULTURA SURDA: representações e produções através dos quais o sujeito surdo se vê, vê, entende e transforma o mundo. Se constituí de expressões linguísticas. IDENTIDADE: características próprias de uma determinada pessoa que torna um indivíduo único. Síntese pessoal sobre si mesmo, incluindo dados pessoais, biografia e atributos que os outros lhe oferecem. IDENTIDADE CULTURAL: um sistema de representação das relações entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como a língua, religião, artes, trabalho, esportes, festas, entre outros. Possui dois significados, 1) diversidade de culturas dentro de uma sociedade e 2) trocas de bens e serviços culturais e busca de intercâmbio equilibrado entre países. Pluralidade, variedade e multiplicidade. TIPOS DE IDENTIDADE SURDA: IDENTIDADE SURDA: São as pessoas que têm identidade surda plena, geralmente são filhos de pais surdos, têm consciência surda, são mais politizados, têm consciência da diferença e têm a língua de sinais como a língua nativa. Usam recursos e comunicações visuais. IDENTIDADE SURDA HIBRIDA: os Surdos que nasceram ouvintes e com o tempo alguma doença, acidente, etc. os deixaram Surdos. Dependendo da idade em que a surdez chegou, conhecem a estrutura do português, usam língua oral ou Língua de Sinais para captar a mensagem. IDENTIDADE SURDA DE TRANSIÇÃO: São surdos oralizados, mantidos em uma comunicação auditiva, filhos de pais ouvintes, que tardiamente descobrem a comunidade surda. Passam pela desouvinização, isto é, passam do mundo auditivo para o mundo visual. IDENTIDADE SURDA INCOMPLETA: São surdos dominados pela ideologia ouvintista, não conseguem quebrar o poder dos ouvintes que fazem de tudo para medicalizar o surdo, negam a identidade surda como uma diferença. São surdos estereotipados, acham que os ouvintes são superiores a eles. IDENTIDADE SURDA FLUTUANTE: São surdos que têm consciência ou não da própria surdez, vítimas da ideologiaouvintista. Não têm militância pela causa surda. São surdos que oscilam de uma comunidade a outra, não conseguem viver em harmonia em nenhuma comunidade, por falta de comunicação com ouvintes e pela falta de língua de sinais com surdos. SURDEZ: redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons, devido a fatores que afetam as orelhas externa, média e/ou interna. TIPOS DE SURDEZ: Condutiva: Perda auditiva proveniente de patologias na orelha externa e/ou média, sendo, na maioria das vezes, passíveis de tratamentos medicamentosos e ou/cirúrgico. Sensório Neural: Perda auditiva irreversível, pois atinge as células neurais, que, quando lesionadas, não se regeneram. Localiza-se na orelha interna e/ou no nível central. Mista: Perda auditiva afeta a audição tanto na orelha externa quando na orelha interna, apresentando uma surdez de condução e ao mesmo tempo surdez sensório neural. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU DE SURDEZ: Hipoacústicos: As crianças deste grupo adquirem normalmente a linguagem em seu meio familiar e social, frequentando escolas comuns juntamente com ouvintes; apresentam perda leve, moderada ou acentuada. Surdos: Incluem-se nesse grupo pessoas que adquirem a linguagem de comunicação somente por meio de processos psicopedagógicos adequados e de técnicas altamente especializadas. Surdos que apresentam perda auditiva de grau severo ou profundo. IDADE EM QUE OCORRE A SURDEZ: 1) SURDO PRÉ-LINGUÍSTICO: criança nasceu surda ou ensurdeceu nos primeiros meses de vida, não tendo acesso a língua materna, no caso de pais ouvintes, na modalidade oral. 2) SURDO PÓS-LINGUISTICO: teve contato com a língua materna, adquirindo seus conceitos. Geralmente tem condições de continuar a utilizar a língua materna medinte o ensino especializado e através da sua memória auditiva. Mesmo tendo perda neural de grau severo ou profundo, fala e escreve com relativa facilidade. FATORES ETIOLÓGICOS PARA PERDA DE AUDIÇÃO: 1) pré-natal ou gestacional: fatores hereditários, algumas síndromes e fatores familiares ou não hereditários, como alterações endócrinas, bacterianas, como a sífilis, deficiência na nutrição materna, drogas e medicamentos e más formações. 2) perinatal: acontece durante o parto, como anoxia, falta de oxigenação no cérebro; prematuridade e traumas no parto. 3) pós-natal: pode ocorre pós nascimento por meio de drogas ototóxicas; infecções bacterianas (encefalite, meningite); traumas (crânio encefálico); virais (caxumba, meningite, sarampo); ruído, icterícia ou hiperbilirrubina e baixo peso. DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA SURDA: As crianças surdas têm a capacidade de adquirir as mesmas aprendizagens que a criança ouvinte, a partir de um ambiente suficientemente bom. É imprescindível o trabalho da estimulação precoce da criança surda tanto no ambiente familiar quanto no ambiente escolar. É importante, como destacado no 2º Seminário sobre Deficiência Auditiva em 1980, que a criança surda, desde o seu diagnóstico, participe de programas de educação precoce elaborado por uma equipe multidisciplinar. A orientação aos pais sobre a estimulação precoce é básica e fundamental para o alcance de resultados positivos dentro da estimulação precoce das crianças surdas. AS PRIMEIRAS INTERAÇÕES DA CRIANÇA SURDA COM O ADULTO: A interação emocional é percebida pela criança surda através de um conjunto de sinais visuais, como o sorriso e a expressão dos olhos e da face, movimentos estes que adquirem para a criança que não ouve uma importância equivalente à da voz. O ambiente físico é outro fator importante a ser considerado. Em um ambiente escuro a criança surda fica isolada pois, além de não ouvir, não tem mais a referência visual da mãe. A criança surda perde muitas experiências significativas dentro de um contexto predominantemente oral-auditivo, além de deixar de participar de interações significativas que lhe permitiriam equilibrar-se psiquicamente em um ambiente assim. CRIANÇAS SURDAS SEM LÍNGUA ADQUIRIDA SÃO CAPAZES DE REALIZAR PROVAS PERCEPTIVAS E COGNITIVAS COM IGUAL EFICIÊNCIA DE CRIANÇAS OUVINTES DA MESMA IDADE: A criança surda utiliza mecanismos não linguísticos para resolver seus problemas cognitivos. A criança surda possui potencial cognitivo, mas precisará adquirir uma língua para aprendizagens mais complexas. A criança surda usa sua criatividade infantil para interpretar símbolos visuais. A criança surda tem a capacidade de criar sinais para se comunicar. TRADUZIR//ITERPRETAR: TRADUZIR: não é um ato presencial, possui tempo de reflexão para escolher o termo adequado, pode recorrer a dicionários, apagar, retomar, para realizar uma boa tradução. INTERPRETAR: não há tempo para pensar, tudo é rápido, intérprete atua de forma automática, ouve e simultaneamente reproduz. Requer uma formação sólida, domínio de duas línguas, (portuguesa e libras), convívio com os surdos, conhecimento de sua cultura e história. Transmite os pensamentos, palavras e emoções do sinalizador, servindo de elo entre duas modalidades de comunicação. Possuem um CÓDIGO DE ÉTICA DA FENEIS, com 13 itens. INCLUSÃO: se existe a necessidade de incluir é porque alguém se encontra fora. Estabelecer os limites dessa fronteira é complicado. Exemplos de ações de inclusão dos surdos: luta pela criação de leis e seu cumprimento, convênios que garantam vagas de trabalho, exigência de intérpretes nos espaços de escolarização, etc. PROBLEMAS DA INCLUSÃO: os alunos estão presentes na sala de aula, mas não existem mecanismos efetivos para o seu real desenvolvimento cognitivo, não ocorrendo a legítima inclusão. EDUCAÇÃO ESPECIAL: processo definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, garantindo a educação escolar e promovendo as potencialidades dos educandos que apresentam necessidades especiais em todas as etapas da educação básica. As escolas atendem as diferenças sem discriminar, sem trabalhar à parte com os alunos. É necessário que a escola desenvolve uma cultura inclusora, ou seja, presença de intérpretes de libras, professores competentes na língua de sinais, e consciência que o ensino vai se processar numa realidade bilíngue e bicultural. ESTRATÉGIAS EM SALA DE AULA: uso de livro ilustrado e brincadeiras, Libras, mimica, desenho e expressão corporal. Orientação familiar. Apresentar a linguagem de sinais antes dos 3 anos. Quanto mais cedo diagnóstico melhor aprendizagem. O aluno deve ficar sempre na primeira fila, pode utilizar recurso acústico, falar claramente evitando ficar de costas, cópia de textos com antecedência, utilização de intérprete, tempo extra pra responder aos testes, não gritar, evitar fontes de luz – reflexos, não colocar a mão na frente da boca, expor materiais e depois explicar, escrever datas no quadro, para chamar toca o ombro. CORRENTES TEÓRICAS E FILOSÓFICAS DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS: 1)ORALISMO: Processso pelo qual se pretende capacitar o surdo na compreensão e na produção da linguagem oral e parte do princípio que o surdo, independentemente de sua capacidade de audição, pode ter uma linguagem oral. Tem como ponto de partida o Congresso de Milão onde o oralismo foi adotado como meio mais adequado de ensino aos surdos. A pessoa surda é chamada de deficiente auditivo. Há uma supervalorização dos níveis de surdez constatados por testes, depois procuram reabilitar a criança utilizando a amplificação de sons e técnicas de oralização. Adimitem um resíduo auditivo em qualquer tipo de surdez. TÉCNICAS DE LNGUAGEM EMPREGADAS PELO ORALISMO: TREINAMENTO AUDITIVO: estimulação auditiva para reconhecimento e discriminação de ruídos, sons ambientais e fala. DESENVOLVIMENTO DA FALA: exercícios para mobilidade e tonicidade dos órgãos envolvidos na fonação. LEITURA LABIAL: treino para identificação da palavra falada.O oralismo baniu o uso de sinais na educação dos surdos. A educação assumia mais uma denotação clínica do que pedagógica. 2)COMUNICAÇÃO TOTAL: Surgiu com o fracasso do oralismo. STOKOE percebeu que a língua dos sinais era uma língua genuína. Uso de comunicação oral e gestual. Seria uma filosofia que busca entender o surdo como uma pessoa, valoriza a linguagem de sinais com mesma importância da linguagem escrita. Defende o uso de recursos linguísticos de qualquer espécie: linguagem de sinais e oral, bem como aparelhos de amplificação sonora e leitura orofacial. NO BRASIL FIRMOU-SE O BIMODALISMO: método que envolve a combinação de sinais e fala. 3)BILINGUISMO: acesso as duas línguas para a criança o mais cedo possível. Garantindo o desenvolvimento do indivíduo, na sua concepção de mundo. A língua de sinais é considerada a primeira língua e a portuguesa a segunda língua. Vê o surdo como portador de características culturais próprias. Essa proposta exige um compromisso sociopolítico-acadêmico, promovendo a formação de professores bilíngues, formação de professores surdos, formação de intérpretes de língua de sinais. Ainda não está totalmente implementada nas escolas. HISTÓRICO: O conceito de surdez e surdo modificaram-se ao longo da história, seguindo os ideais políticos, filosóficos e religiosos de cada época. NA ANTIGUIDADE: surdez era castigo e o surdo louco, anormal ou enfeitiçado. A surdez era eliminada com a morte ou abandono. CRISTIANISMO: defendia a ideia que o surdo era igual a qualquer pessoa e portanto, também precisava de Deus. IDADE MÉDIA: igreja considera a surdez como um castigo e o surdo como indivíduo impossibilitado de receber a salvação. SÉC XVI: primeiros surdos com acesso a educação formal foram os filhos da nobreza europeia para poderem herdar títulos e propriedades deviam saber falar, ler e escrever. Educadores: PEDRO PONCE DE LEON – desenvolveu um alfabeto manual, Girolamo Cardano- médico que reconheceu que a surdez não afetava a capacidade de aprender e Juan Pablo Bonet- publicou o primeiro tratado de ensino a surdos afirmando o ensino inicial pela escrita. ILUMINISMO – SÉC. XVIII: valorizando a cientificidade, isolavam os surdos com o intuito de reabilitá-lo e curá-lo. EL GRAN ENCIERRO: confinamento de todos os improdutivos a indústria (vagabundos, loucos, retardados e surdos). Recebiam treinamento, mas os surdos foram considerados incapacitados. MODERNA – 1755: padre francês Charles-Michel de l’Epée, ou Abée de l’Epée aprendeu a língua usada pelos surdos nas ruas de Paris e começa a ensiná-los, originando o INSTITUTO NACIONAL DE SURDOS-MUDOS DE PARIS – primeira escola de surdos no mundo. Marca a formação das comunidades surdas e o início das lutas pelos direitos de cidadania dos surdos, principalmente pelo direito de utilizar a língua de sinais. THOMAS HOPKINS GALLAUDET – 1817: fundou a escola para surdos nos EUA. METADE DO SÉC. XIX: chegada NO BRASIL – HERNEST HUET: professor de frânces que veio ao Brasil em 1857 e fundou o Instituto Nacional de surdos-mudos. Utilizavam inicialmente um alfabeto manual baseado no alfabeto manual francês, depois englobaram sinais trazidos pelos alunos. O currículo dispunha das aulas de português, história, geografia, linguaem articulada e leitura de lábios. FINAL DO SÉC. XVIII: ORALISMO: o propósito da educação do surdo deveria ser ensinar a falar. O pai do oralismo :SAMUEL HEINICKE (Alemanha - o pensamento só é possível através da linguagem oral), considerava o uso da língua de sinais prejudicava o progresso do surdo na aquisição da fala. Esse período teve a duração de 1 século. CONGRESSO DE MILÃO – 1880: marco histórico, organizado por oralistas, baniu o uso da língua de sinais e elegeu a metodologia oral como exclusiva para a educação dos surdos – prioriza a cura e reabilitação do surdo. Os surdos continuaram usando sinais em seus espaços de convivência. ATÉ 1960: priorizava-se o desenvolvimento da fala, com propósito de curar os surdos quando possível, tornando-os úteis a sociedade. 1960: a língua de sinais era considerada um código gesticular. WILLIAM STOKOE estudou a língua de sinais americana, depois dele linguistas e pesquisadores pararam de considerar a surdez como uma patologia. 1987: BRASIL -- criação da FENEIS – Encontro Global de Especialistas: aceita a língua de sinais como primeira, mas propunha a comunicação total, combinando língua oral e manual e uso de aparelhos de amplificação sonora, priorizando a comunicação. ULTIMAS DÉCADAS DO SÉC. XX: surdo considerado um indivíduo com direito de desenvolvimento pleno e sujeito social. Estudos de STOKOE coloca o surdo como bilíngue e bicultural. 1998- Primeira Conferência Estadual dos Direitos dos Surdos no RS - KLEIN: extinção das listas de profissões para surdos para determinados cargos. 2004: BRASIL: criada a Confederação Brasileira de Surdos OFICIALIZAÇÃO DA LÍNGUA DE SINAIS: Lei 10.436/2002. DISCIPLINA OBRIGATÓRIA DE LIBRAS: Decreto 5626/2005.
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