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Direito processual civil declarativo
Ano lectivo 2009/2010
Casos práticos
1. Petição inicial
1.1. Diga se são admissíveis as seguintes cumulações iniciais:
a) Reis e Mendes celebraram contrato, em que o primeiro vendeu ao segundo determinado bem, obrigando-se o segundo a pagar-lhe 10.000€ ou a entregar-lhe um determinado colar de diamantes, conforme seria por Reis escolhido.
Reis propõe acção contra Mendes, pedindo a sua condenação no pagamento do dinheiro ou na entrega do colar, conforme decidisse no decurso do processo.
b) O autor pede que o réu seja condenado no cumprimento do contrato ou, caso o tribunal não julgue este pedido procedente, na restituição da coisa prestada por nulidade do contrato, fundamentado em falta de forma legal.
1.2. Se neste último caso o autor tivesse cumulado os pedidos sem mais, que deveria fazer o juiz?
1.3. Imagine, agora, que Reis pede que Mendes lhe entregue um quadro de Paula Rego. Quid iuris?
1.4. Suponha agora que esta acção deu entrada nos Juízos Cíveis do Porto. Tendo sido indicado como forma do processo o processo comum ordinário, o que deve o juiz fazer?
2. Citação
2.1. Analise o artigo 233.º CPC e responda às seguintes questões:
a) Quais as modalidades de citação e o que as distingue?
b) Um empregado do citando pode receber a citação?
2.2. Analise o artigo 236.º e descreva o processo de citação por via postal.
2.3. Analise o artigo 237.º e explique em casos de aplica e como se processa a citação no domicílio convencionado.
2.4. Analise o artigo 239.º e explique qual o procedimento a seguir quando se frustra a citação por via postal.
2.5. Em que consiste a citação com hora certa e em que casos de aplica?
2.6. Quais os procedimentos a seguir quando o citando está ausente?
2.7. Compare o regime da citação edital no CPC e no RPE.
3. Contestação e réplica
3.1. Analise as contestações apresentadas e classifique as defesas deduzidas.
3.2. A sociedade Edilar, Lda. e o seu sócio Carvalho celebraram com Amaral um contrato-promessa de compra e venda de uma fracção autónoma de que ambas eram comproprietárias. Nos termos desse contrato, a escritura pública de compra e venda deveria ter sido celebrada até 30 de Novembro de 2001, o que não sucedeu. Amaral intentou, então, acção de execução específica, nos termos do art. 830º CC.
3.2.1. Qualifique as seguintes defesas apresentadas pela ré:
A sociedade alega que Carvalho tem de ser parte na acção.
A sociedade alega que o incumprimento do contrato-promessa era imputável a Amaral, pedindo, em consequência, o reconhecimento do direito à retenção do sinal entregue no momento da celebração do contrato-promessa de compra e venda. 
A sociedade alega que o contrato-promessa era nulo por falta de forma.
Tendo o autor junto ao processo com a petição inicial carta registada dirigida à Edilar com aviso de recepção assinado pelo seu gerente à altura, onde era marcada a data e o local de celebração da escritura, a sociedade, agora com novos gerentes, alega não saber, nem ter obrigação de saber se foi recebida tal notificação.
3.2.2. Imagine que o autor replicava, alegando que pretendia deduzir um novo pedido em alternativa ao primitivo. Pedia agora a condenação da ré na devolução do sinal em singelo, alegando novos factos segundo os quais não teria havido incumprimento de nenhuma das partes, mas impossibilidade de celebração da escritura por inexistência de licença de habitação da fracção. Podia fazê-lo?
4. Revelia
4.1. Imagine que na acção Dakar apenas apresenta contestação a Seguradora. Qual deve ser a decisão do juiz?
5. Fase dos articulados e do saneamento – hipótese geral
António e o seu irmão Manuel herdaram a casa dos seus pais. Como estava em mau estado contrataram com Dias a realização das seguintes obras: substituição do telhado e do chão e pintura das paredes exteriores e interiores. Acordaram que o preço da empreitada seria 35.000€, que seria pago em três prestações: a primeira no valor de 5.000€ na data da adjudicação, a segunda passados 2 meses e a última no fim da obra. Os trabalhos iniciaram-se a 1 de Setembro de 2008, ficando acordado que terminariam 4 meses depois.
O trabalho só foi, porém, terminado ao fim de 8 meses, em Abril de 2008. António e Manuel apenas pagaram a primeira prestação, no valor de 5.000€, tendo-se recusado a pagar as restantes por entenderem que a obra tinha diversos e graves defeitos.
Dias decide, então, propor acção declarativa de condenação contra os irmãos, pedindo que sejam condenados a pagar-lhe o preço em falta (30.000€) acrescidos dos juros vencidos e vincendos. Alega apenas que celebrou o contrato, fez as obras e não obteve integral pagamento.
Ambos os RR. foram regularmente citados. Porém apenas António contestou, alegando que não havia pago os montantes em dívida porque a obra mostrava enormes defeitos, suja reparação ascenderia a valor superior ao e dívida. Pelo que entendia nada ter a pagar.
Por outro lado, ainda, os atrasos na obra tinham-lhe trazido danos, na medida em que pretendia mudar-se para a casa depois de pronta. Não o tendo podido fazer durante 4 meses, tinha pago rendas de outra casa no valor de 6.000€. Pretendia ser ressarcido desse montante, para isso deduzindo reconvenção.
Em réplica, Dias alega que os RR. aceitaram a obra como foi entregue, pelo que nos termos do artigo 1218.º n.º5 CC não têm direito a qualquer reparação ou indemnização.
Responda às seguintes questões:
Quais as consequências da revelia de Manuel? 
Qualifique a defesa apresentada por António? Dias tinha direito a replicar? 
A reconvenção de António é admissível? 
Há direito a treplicar? Se entender que não, como poderá António responder ao facto alegado por Dias? 
Esboce em termos gerais quais os factos que consideraria assentes e quais os factos a provar. 
Atribua o ónus da prova dos factos controvertidos, formulando os respectivos pontos da base instrutória.
6. Ónus da prova
Atribua, em cada um dos seguintes casos, o ónus da prova, formulando de seguida o ponto respectivo da base instrutória:
a) O edifício de Rui ruiu, provocando danos a Sara. Sara alega que Rui não fez as obras de conservação do imóvel, ao que este contrapõe com obras específicas (reforço da infra-estrutura, emparedamento das janelas, substituição do telhado) que terá efectuado. 
b) Zacarias propõe acção pedindo o reconhecimento do direito de propriedade por ter construído imóvel em terreno que desconhecia ser propriedade de Xavier (artigo 1340.º CC). Xavier alega que Zacarias sabia perfeitamente que o terreno era de terceiro, embora pudesse não saber que era de Xavier.
c) Teresa propôs acção contra Ursula, alegando que haviam celebrado um contrato de arrendamento para habitação pela renda de 750 € mensais. Ursula não pagou as rendas vencidas em Setembro, Outubro e Novembro de 2000, pelo que Teresa pede a resolução do contrato de arrendamento e a entrega do respectivo local arrendado. Ursula contesta, alegando que se dispôs a pagar as referidas rendas, cujo valor acordado é de 500€ e não 750. Teresa não aceitou recebê-las. Não há pois, segundo Ursula, qualquer incumprimento do contrato, não havendo em consequência fundamento para os pedidos deduzidos.
7. Prova
7.1. Diga como se elidem as seguintes presunções:
a) Nos termos do artigo 7.º do Código do Registo Predial, presume-se proprietário que estiver inscrito no registo predial.
b) Nos termos do artigo 243.º n.º3, considera-se sempre de má fé o terceiro que adquiriu o direito posteriormente ao registo da acção de simulação. 
c) O artigo 1871.º n.º1 estabelece uma série de presunções de paternidade.
7.2. Qualifique como documentos escritos ou não escritos e, se escritos, como autênticos ou particulares:
a) Fotografia;
b) Escritura pública;
c) Filme;
d) Certidão do registo predial;
e) Correio electrónico;
f) Post num blog;
g) Fotocópia de um contrato de empreitada.
7.3. Qual o valor probatório de uma fotografia em que o R.aparece no local do facto ilícito? Como pode impugnar-se esta prova?
7.4. Mafalda escreveu a Madalena, sua irmã, uma carta dizendo-lhe que a sua mãe lhe havia oferecido uma jóia de família muito valiosa. Madalena pretende utilizar esta carta no processo de partilha da herança da mãe, que corre agora em tribunal. 
a) Qual o seu valor probatório? 
b) Como é possível provar o contrário?
c) Imagine que a carta foi dirigida não a Madalena, mas a uma amiga de Mafalda. Como poderia provar o contrário?
7.5. Fernando e Guilherme celebraram, por escritura pública, um contrato de compra e venda de um imóvel. Nessa escritura o notário atestou que Fernando, o vendedor, declarou perante ele ter recebido o preço da alienação. Mas posteriormente Fernando propõe uma acção de condenação de Guilherme no pagamento do preço.
a) Pode Fernando demonstrar que, na verdade, não recebeu o preço e que se enganou na declaração ao notário, pois que a quantia efectivamente recebida se destinava a saldar outras dívidas? 
b) Pode aplicar a este caso o artigo 370.º CC? 
c) Como é possível provar o contrário?
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