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19 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Unidade II 5 10 15 20 3 EMPRÉSTIMOS Um empréstimo é um tipo de dívida. Como todos os instrumentos de dívida, um empréstimo acarreta a redistribuição de bens financeiros no decurso do tempo entre o devedor e o credor. Este período de tempo é denominado serviço do empréstimo. O devedor recebe uma quantia em dinheiro do credor, que pode lhe ser dada na totalidade inicialmente, como, por exemplo, para a compra de uma habitação já construída, ou aos poucos, como no caso da construção de uma habitação, em que o dinheiro é disponibilizado segundo as fases de construção, na medida em que vai sendo necessário. O devedor devolve o dinheiro ao credor geralmente em prestações regulares e este serviço é fornecido por um preço, denominado de juros da dívida. Os principais fornecedores de empréstimos para as empresas e pessoas físicas são as instituições financeiras. Quando uma empresa precisa de recursos para sanar problemas emergenciais ou expandir seus negócios, poderá recorrer aos bancos e obter os valores necessários para sua expansão. Estas operações, sempre formalizadas através de um contrato, poderão ser feitas em moeda nacional ou moeda estrangeira. Os empréstimos a curto prazo devem ser efetuados, exclusivamente, para atender às necessidades que aparecem periodicamente dentro de cada ciclo operacional, isto é, para 20 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 pagamento de gastos que, normalmente, são recuperados com a venda dos produtos ou serviços. Quando, porém, a empresa planeja aumentar seus negócios, o empréstimo deverá ser o de longo prazo. São denominados empréstimos a curto prazo aqueles cujo prazo de pagamento vai no máximo até 360 dias. Os de longo prazo são os que ultrapassam este prazo de pagamento. Nos empréstimos recebidos, a empresa tem que fornecer certa garantia aos bancos. Essa garantia pode ser em bens, ou emitindo nota promissória,16 ou entregando duplicatas a receber de seus clientes. 3.1 Empréstimo – operação pré-fixada A operação financeira pode ter os encargos financeiros (juros, taxas, etc) conhecidos no momento da contratação. Nesse caso, dizemos que é uma operação pré-fixada, já que no momento tem-se a condição de conhecer o valor dos encargos que envolvem a operação como um todo. Suponhamos que a empresa Ambiciosa S/A efetue um empréstimo junto ao Banco Norte S/A, nas seguintes condições: • empréstimo no Banco Norte S/A, em 31-10-x8, no valor de 2.000.000,00 com vencimento para 29-01-x9. Como garantia foi assinada uma nota promissória; • juros descontados pelo Banco Norte, antecipadamente, de 6% ao mês; • despesas cobradas pelo Banco: comissões de 1% sobre o valor da nota promissória; despesas de cobrança: 1.400,00. 16 Nota promissória: título que representa uma promessa direta de pagamento ao credor, emitida pelo devedor. 5 10 15 20 25 21 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Esta operação é conhecida como pré-fixada, já que estão, desde o início, definidos e pré-fixados os valores dos encargos financeiros e do montante total a pagar. A efetivação do empréstimo implicará os seguintes lançamentos feitos pelo banco na conta corrente da empresa, mediante a emissão de um aviso de lançamento com os seguintes dados: A crédito 2.000.000,00 – valor nominal da nota promissória. A débito 360.000,00 – valor do desconto, a 6% ao mês s/ 90 dias; 20.000,00 – valor da comissão de 1%; 1.400,00 – valor das despesas de cobrança. De posse do aviso, a empresa procederá em sua contabilidade os seguintes lançamentos: São Paulo, 31 de outubro de x8. D – Bancos c/ movimento C – Promissórias a pagar 2.000.000,00 São Paulo, 31 de outubro de x8. D – Despesas bancárias - Despesa de comissão 1% 20.000,00 - Despesa de cobrança 1.400,00 C – Bancos c/ movimento 21.400,00 D – Juros a vencer (redutora do Passivo) C – Bancos conta movimento 360.000,00 5 10 15 20 25 22 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Os valores de despesa de comissão e de cobrança costumam ir diretamente para a conta de resultado, já que esses valores são irrecuperáveis e não serão reduzidos se houver, por exemplo, quitação antecipada do empréstimo. O valor dos juros não pode ser lançado como despesa imediatamente, já que se refere ao tempo a decorrer da data do empréstimo até a data do vencimento. E essa conta de juros a vencer fica como redutora de passivo para fazer com que esse passivo fique a valor presente. Como os juros se referem a um período que abrange dois exercícios, torna-se necessário fazer apropriação da parte da despesa de x8, em 31-12-x8. São Paulo, 31 de dezembro de x8. D – Despesas de juros C – Juros a vencer 240.000,00 Exercício resolvido Em 1º de setembro de x7, Cia. Delta S/A tomou emprestado R$ 50.000,00 do banco Creditício S/A, pelo desconto de uma nota promissória para 90 dias, a taxa de 2% ao mês. As despesas cobradas pelo banco foram, além dos juros, R$ 500,00 a título de (TAC) taxa de abertura de crédito. A nota promissória foi paga em 01 de dezembro de X7. 1. Em 1º de setembro, o banco Creditício S/A enviou o aviso com as seguintes informações: (a) crédito na conta corrente da Cia Delta S/A do valor de R$ 50.000,00; (b) débito referente aos juros de R$ 3.000,00; (c) débito da despesa com a (TAC) taxa de abertura de crédito no valor de R$ 500,00. 5 10 15 20 25 23 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 a. D – Bancos conta movimento C – Promissórias a pagar 50.000,00 b. D – Juros a vencer C – Bancos conta movimento 3.000,00 c. D – Despesas bancárias C – Bancos conta movimento 500,00 2. Em 01 de dezembro o banco Creditício S/A enviou o aviso com a informação que havia debitado na conta corrente da Cia Delta S/A o valor de R$ 50.000,00 referente à liquidação do empréstimo. D – Promissórias a pagar C – Bancos conta movimento 50.000,00 3. A Cia. Delta S/A faz a apropriação dos juros, tendo em vista o transcurso e o encerramento da operação. D – Despesas de juros C – Juros a vencer 3.000,00 3.2 Empréstimo – operação pós-fixada A operação financeira pode ter o encargo financeiro vinculado à conjugação de juros com algum outro fator cujo valor só será conhecido no futuro, como variação do dólar. Nesse caso, dizemos que é uma operação pós-fixada, já que, só após certo tempo, ter-se-á condição de conhecer o valor dos encargos totais. Além da variação do dólar, temos outros indicadores que servem para medir a variação da moeda no tempo, os mais conhecidos são: • INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 5 10 15 20 25 24 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 • IGPM/FGV: Índice Geral de Preços – Mercado, da Fundação Getúlio Vargas; • TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 3.2.1 Diferenças entre os principais índices IPC – Fipe Índice de Preços ao Consumidor, calculado semanalmente pela Fipe-USP, mede a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre 1 e 20 salários mínimos, na cidadede São Paulo. As variações são obtidas comparando-se preços médios das quatro últimas semanas (referência) com os das quatro semanas anteriores (base). IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado mensalmente pelo IBGE, é o índice oficial do governo para medição das metas inflacionárias, estabelecidas no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mede a variação nos preços de bens e serviços consumidos por famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. IGP A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 e IGP-DI —, que diferem entre si apenas pelo período de coleta de dados. 5 10 15 20 25 25 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Os três são calculados com base em outros três indicadores: o Índice de Preços no Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam, respectivamente, 60%, 30% e 10% em cada um dos IGPs. Base: Rio de Janeiro e São Paulo. • IGP-DI compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência; • IGP-M compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência; • IGP-10 compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE, foi criado com o objetivo de orientar os reajustes dos salários dos trabalhadores. Mede a inflação para famílias com renda entre 1 e 8 salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito Federal e do Município de Goiânia. ICV Apurado pelo Dieese, o Índice do Custo de Vida mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda entre 1 e 3 salários mínimos da cidade de São Paulo. Exemplo: Fazer todos os lançamentos relativos à seguinte operação financeira e demonstrar o efeito da operação no balanço de 31-12-x8: • empréstimo no Banco Yellow, em 01-12-x8, no valor de US$ 1.000.000,00 (câmbio do dia 1,00), com vencimento 5 10 15 20 25 26 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 para 31-12-x8. Como garantia foi assinada uma nota promissória em moeda estrangeira; • despesas cobradas pelo banco: comissão de 1% sobre o valor do empréstimo; despesas de cobrança: US$ 1.400,00; • juros de 3% ao mês a ser aplicado sobre a dívida já atualizada. • sabe-se que em 31-12-x8, o câmbio estava cotado em 1,05. São Paulo, 01 de dezembro de x8. D – Bancos c/ movimento C – Promissória em moeda estrangeira 1.000.000,00 São Paulo, 01 de dezembro de x8. D – Despesas bancárias C – Bancos c/ movimento - Despesa de comissão 1% 10.000,00 - Despesa de cobrança 1.400,00 11.400,00 Em 31/12/x8, será necessário apropriar as despesas com a variação cambial e com os juros, já incorridos e não pagos, cujo teor será o seguinte: Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original da dívida. São Paulo, 31 de dezembro de x8. D – Despesa com variação cambial C – Promissória em moeda estrangeira 50.000,00 5 10 15 20 25 27 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Depois, o registro dos juros em contas separadas: São Paulo, 31 de dezembro de x8. D – Despesa de juros C – Juros a pagar 31.500,00 Exercício resolvido Fazer todos os lançamentos relativos à seguinte operação financeira nos livros da Cia. Trading: • empréstimo no Banco Orange, em 15-10-x1, no valor de US$ 100.000,00 (câmbio do dia R$ 1,00), com vencimento para 15-11-x2. Como garantia foi assinada uma nota promissória em moeda estrangeira; • despesas cobradas pelo banco: comissão de 2% sobre o valor do empréstimo; despesas de cobrança: US$ 100,00; • juros de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada; • sabe-se que em 15-11-x2, o câmbio estava cotado em R$ 1,10 (o real se desvalorizou perante o dólar em 10%). 1. Em 15 de outubro de x1, o Banco Orange envia para a Cia Trading o aviso comunicando os seguintes dados da operação: (a) R$ 100.000,00 relativos ao empréstimo; (b) R$ 2.000,00 relativos à despesa de comissão e (c) R$ 100,00 referentes à despesa de cobrança. a. D – Bancos c/ movimento C – Promissória em moeda estrangeira 100.000,00 b. D – Despesas bancárias C – Bancos conta movimento 2.000,00 5 10 15 20 25 28 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 c. D – Despesas bancárias C – Bancos conta movimento 100,00 2. Em 15 de novembro de x1, o Banco Orange envia outro aviso com as seguintes informações: (d) R$ 10.000,00 relativos à atualização da dívida em 10% (variação do dólar de R$ 1,00 para R$ 1,10); (e) R$ 3.300,00 relativos aos juros de 3% ao mês sobre a dívida já atualizada; (f) R$ 110.000,00 relativos ao débito do valor da dívida atualizada. d. D – Despesa com variação cambial C – Promissória em moeda estrangeira 10.000,00 e. D – Despesa de juros C – Bancos conta movimento 3.300,00 f. D – Promissória em moeda estrangeira C – Bancos conta movimento 110.000,00 4 APLICAÇÕES FINANCEIRAS Uma aplicação financeira é a operação que se espera produza um retorno financeiro, ou seja, que com o tempo devolva não só o capital investido, como também uma componente de retorno em excesso, a título de juros. Com o objetivo de auferir receitas financeiras, as empresas aplicam em bancos, praticamente todo dinheiro que elas têm disponível. Normalmente, são aplicações de curto prazo em fundos de investimentos, certificados de depósitos bancários, etc. Estas operações financeiras podem ser contratadas a taxas pré-fixadas ou pós-fixadas. 5 10 15 20 25 29 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 4.1 Operações pré-fixadas Nas operações pré-fixadas, no momento da aplicação, os contratantes já conhecem a taxa de juros efetiva em que está sendo efetuada a transação. Exemplo de operação com taxa de juros pré-fixada A Empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no banco Intercontinental S/A no valor de R$ 500.000,00, em CDB (Certificado de Depósito Bancário), por 90 dias, a uma taxa de juros de 1,5 % ao mês. Data da aplicação: 05 de junho de X6. Data do vencimento: 03 de setembro de x6. Contabilização da aplicação em 05/06/x6: D – Aplicações financeiras 522.500,00 C – Bancos c/ movimento 500.000,00 C – Juros a apropriar 22.500,00 Contabilização da receita ao final da aplicação: D – Juros a apropriar C – Receita de juros 22.500,00 Observação: a contabilização da receita foi registrada ao final do prazo da aplicação. Normalmente, as empresas fazem esta contabilização mensalmente. Contabilização do resgate em 03/09/x6 D – Bancos c/ movimento C – Aplicações financeiras 522.500,00 5 10 15 20 30 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Exercício resolvidoA Cia Gama Ltda. efetuou a seguinte aplicação financeira: • 01-12-x6 – data da aplicação; • R$ 100.000,00 – valor da aplicação; • 3% a.m – taxa de juros simples; • 31-01-x7 – vencimento da aplicação. Pede-se: Contabilizar a operação e atualizar na data do balanço (31/12/x6). a. Contabilização da aplicação financeira em 01/12/x6: D – Aplicação financeira C – Bancos conta movimento 100.000,00 b. Calcular e contabilizar os juros pré-fixados: 100.000,00 x 6% = 6.000,00 D – Aplicação financeira C – Juros a apropriar 6.000,00 c. Calcular e contabilizar os juros na data do balanço: 6.000,00: 2 = 3.000,00 D – Juros a apropriar C – Receita de juros 3.000,00 4.2 Operações pós-fixadas A taxa pós-fixada é quando, na contratação da operação, é aplicada uma taxa de juros, mais um índice de preços, uma moeda estrangeira, etc. 5 10 15 20 31 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Exemplo de operação com rendimento pós-fixado A empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no banco Intercontinental S/A, no valor de R$ 200.000,00, com variação cambial mais juros de 1% ao mês. Data da aplicação: 05 de abril de x6. Data do vencimento: 02 de outubro de x6. Variação do dólar no período 9%. Contabilização da aplicação em 05/04/x6: D – Aplicações financeiras C – Bancos c/ movimento 200.000,00 Contabilização da receita auferida ao final da aplicação: D – Aplicações financeiras 31.080,00 C – Receita de variação monetária 18.000,00 (A) C – Receita de juros 13.080,00 (B) a. Variação cambial (200.000,00 x 9% = 18.000,00). b. Juros (218.000,00 x 6% = 13.080,00). Observação: a contabilização da receita foi registrada ao final do prazo da aplicação. Normalmente, as empresas fazem esta contabilização mensalmente. Contabilização do resgate da aplicação em 02/10/x6: D – Bancos c/ movimento C – Aplicações financeiras 231.080,00 5 10 15 20 32 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Exercício resolvido A Cia. Beta S/A fez a seguinte aplicação financeira: • 01-10-x7 – data da aplicação; • R$ 50.000,00 – valor da aplicação; • 2% a.m. – variação do IGPM/FGV no período; • 1% a.m. – taxa de juros simples. Pede-se: contabilizar a operação e atualizar na data do balanço (31/12/x7). a. Contabilização da aplicação financeira em 01/10/x7: D – Aplicação financeira C – Bancos conta movimento 50.000,00 b. Calcular e contabilizar a atualização da aplicação financeira pela variação do IGPM na data do balanço (31/12/x7): 50.000,00 x 6% = 3.000,00 D – Aplicação financeira C – Receita de variação monetária 3.000,00 c. Calcular e contabilizar os juros na data do balanço (31/12/x7): 53.000,00 x 3% = 1.590,00 D – Aplicação financeira C – Receita de juros 1.590,00 5 10 15 20 33 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 5 ATIVO IMOBILIZADO, DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO A definição do ativo imobilizado encontra-se no artigo 179, inciso IV, da Lei nº 6.404/76, que sofreu alterações através da Lei nº 11.638/07, que excluiu da classificação do imobilizado os bens de natureza não corpórea, passando esses bens a serem classificados em grupo próprio do Ativo intangível. Além dessa alteração, a Lei nº 11.638/07 introduziu novo conceito relativo aos bens que não são propriedade da empresa, e quando adquiridos e exercidos com a finalidade de manutenção das atividades da empresa, devem ser classificados como Ativo imobilizado. Nessa categoria de bens, estão aqueles bens adquiridos em operações de leasing e cujas prestações decorrentes desses contratos de leasing anteriormente eram tratadas como despesas operacionais. Essas foram as principais alterações no tratamento contábil do Ativo imobilizado. De acordo com o inciso IV do Artigo 179 da Lei nº 6.404/76, encontra-se a seguinte definição do Ativo imobilizado: “Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens” (...). Dessa definição decorre que os Ativos imobilizados são adquiridos para serem usados, e não vendidos pela companhia. Nesse sentido é que são conhecidos como Ativos não monetários, isto é, Ativos não destinados à conversão em moeda ou venda. Com as alterações na Lei das Sociedades Anônimas, Lei nº 6.404/76, por meio das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, principalmente com relação aos bens que não são propriedade da empresa, ou seja, aqueles que estão representados por operações de leasing ou arrendamento mercantil e que devem agora ser tratados como Ativo imobilizado, prevalecendo o conceito já 5 10 15 20 25 30 34 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 existente em Teoria da Contabilidade, cujas alterações na Lei Societária foram efetuadas para harmonização com as Normas Contábeis Internacionais de Contabilidade, é a prevalência do conceito da “essência sobre a forma”, isto é, ainda que a natureza jurídica do contrato leasing realizado entre a empresa e a arrendadora de bens, cuja previsibilidade contratual de que o bem possa ser adquirido no futuro pela empresa ou até mesmo devolvido pela empresa quando do término do contrato de leasing, o que prevalece é a essência, isto é , o bem foi adquirido pela empresa para ser exercido com a finalidade de manter as atividades da companhia, não importando se foi uma aquisição de fato ou um aquisição na modalidade de arrendamento de bens. Portanto, em operações dessa natureza, o bem deve ser imobilizado, e não mais as suas prestações serem contabilizadas e classificadas como despesas operacionais. Outro conceito importante que foi trazido pelas alterações na lei societária, além da depreciação, amortização e exaustão que sempre existiram, foi a obrigatoriedade da empresa efetuar periodicamente a análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, conhecido com “Imparment Teste” ou Teste de Recuperabilidade. Se um bem é adquirido pelo valor de R$ 400.000,00, que tenha sido depreciado em R$ 120.000,00 e cujo valor residual é exatamente R$ 280.000,00 (R$ 400.000,00 (-) R$ 120.000,00) e na data do encerramento do balanço patrimonial haja evidências de que o valor seja de R$ 150.000,00, implicará que a empresa deverá fazer um provisão de ajuste ao valor de recuperação dos Ativos de R$ 130.000,00 conforme dispõe o CPC 01, que sistematiza a contabilização e o reconhecimento de recuperabilidade dos Ativos imobilizados. 5.1 Classificação dos Ativos imobilizados Tomando-se como exemplo a classificação feita pela professora conteudista Maria José Teixeira, na apostila de Contabilidade Societária, páginas 46 a 47, o imobilizado pode ser classificados em: 5 10 15 20 25 30 35 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 5.1.1 Bens em operação • Terrenos; • edificações; • máquinas e equipamentos; • móveis e utensílios; • instalações (elétricas, hidráulicas etc.); • veículos; • ferramentas; • equipamentos de informática (hardwares); • peças de reposição; • sistemas aplicativos (softwares); • benfeitorias em propriedade de terceiros; • direitos de recursos minerais; • direitos de recursos florestais. 5.1.2 Depreciação, amortização e exaustão acumulada • Edificações– depreciação; • máquinas e equipamentos – depreciação; • móveis e utensílios – depreciação; • instalações (elétricas, hidráulicas etc.) – depreciação; • veículos – depreciação; • ferramentas – depreciação; • peças de reposição – depreciação; • equipamentos de informática (hardwares) – depreciação; • sistemas aplicativos (softwares) – amortização; • benfeitorias em propriedade de terceiros – amortização; • direitos sobre recursos minerais – exaustão; • direitos sobre recursos florestais – exaustão. 5 10 15 20 25 36 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 5.1.3 Imobilizações em andamento • Obras em andamento; • importações em andamento de bens do imobilizado; • adiantamentos a fornecedores – para bens do imobilizado. Como se observa, os bens estão estruturados em “bens em operação“ e “bens em andamento”. Os bens em operação são os que efetivamente estão sendo utilizados nas atividades operacionais da empresa, portanto, sujeitos ao reconhecimento de sua perda através da depreciação, amortização ou exaustão. Quanto aos bens em andamento, referem-se àqueles que estão em fase de construção, que podem ser desde uma obra civil ou máquinas e equipamentos que serão, no futuro, objeto de uso nas atividades da empresa. Classificam-se também os bens que possam estar na condição de importação em andamento e desde o início do processo de importação os seus custos e despesas devem ser contabilizados na conta importações em andamento até a fase em que os mesmos estejam de posse da empresa e em condições de operações, momento que deverá ser classificado para subgrupo de bens em operação. Essas definições estão não só de acordo com as disposições legais, mas também com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, em que se destaca o Princípio do Custo como Base de Valor, cuja definição implica que, além do preço de aquisição do bem, todos os custos devem ser incorporados ou contabilizados como custo de aquisição do Ativo para colocá-lo na condição de uso ou venda. 5.2 Depreciação, amortização e exaustão Os conceitos de depreciação, amortização e exaustão encontram-se no artigo 183 da Lei nº 6.404/76. Contundo, depreciar, amortizar e exaurir, do ponto de vista contábil, 5 10 15 20 25 37 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 significam as mesmas coisas, ou seja, o reconhecimento da perda do valor dos Ativos imobilizados sujeitos a depreciação, amortização ou exaustão, calculado em razão da vida útil ou econômica dos bens. Tal situação significa que a empresa, ao adiquir um Ativo imobilizado e cujo tempo de vida útil ou econômica seja, por exemplo, de quatro anos, vale dizer que a sua perda será contabilizada em quatro anos ou 25% ao ano. Importante ainda destacar que a legislação fiscal do imposto de renda estabelece periodicamente as taxas de depreciação, amortização e exaustão do imobilizado. As Instruções Normativas da Secretaria de Receita Federal nº 162/98 e nº 130/99 estabeleceram os seguintes prazos de vida útil e as respectivas taxas de depreciação: • edifícios 4% ao ano – 25 anos; • máquinas e equipamentos 10% ao ano – 10 anos; • móveis e utensílios 10% ao ano – 10 anos; • instalações 10% ao ano – 10 anos; • veículos 20% ao ano – 5 anos; • ferramentas 20% ao ano – 5 anos; • equipamentos de informática 20% ao ano – 5 anos; • softwares 20% ao ano – 5 anos. Importante ainda informar que o tratamento contábil do Ativo imobilizado, além das classificações em bens em operações, em bens em andamento, existem situações do tratamento contábil das depreciações, amortizações e exaustões de Ativos imobilizados adquiridos usados. As suas respectivas perdas de valor serão reconhecidas e contabilizadas em razão também de sua vida útil ou 5 10 15 20 25 38 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 economicamente existente, observado ainda o que estabelece a legislação fiscal. Tomando-se novamente como referência o exemplo da professora conteudista Maria José Teixeira na apostila Contabilidade Societária, páginas 60 e 61, os bens adquiridos usados de acordo com disposto no artigo 311 do Regulamento do Imposto de Renda de 1999: (...) a taxa de depreciação de bens adquiridos usados é fixada tendo em vista o maior dos seguintes prazos: a. metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo; b. restante da vida útil do bem considerada em relação à primeira instalação para utilização. Desse modo, ao adquirir um bem usado, a empresa deve munir-se de documento que comprove a época da sua aquisição como novo ou a em que ele foi instalado para utilização pela primeira vez, porque, se dessa data até a da sua última aquisição tiver decorrido prazo inferior à metade da vida útil normal admitida para o bem novo, para efeito de depreciação, deve prevalecer o prazo restante de vida útil. Caso contrário, isto é, se já houver decorrido prazo igual ou superior à metade da vida útil normal, prevalece, para fins de depreciação, o prazo correspondente à metade da vida útil admissível para o bem novo (IOB. Manual de procedimentos semana 44/2005). Exemplo 1 Aquisição de uma máquina usada com 24 meses de uso (2 anos). Vida útil estimada: 10 anos. Tempo de uso: 24 meses. Metade do prazo de vida útil = 5 anos. Restante de vida útil = 8 anos. 5 10 15 20 25 30 39 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Dos dois, o maior, portanto, prevalecem 8 anos. Taxa = 100% ÷ 8 anos = 12,5% ao ano. Exemplo 2 Aquisição de um veículo usado após 3 anos de uso. Vida útil estimada: 5 anos. Tempo de uso: 3 anos. Metade do prazo de vida útil = 2,5 anos. Restante de vida útil = 2 anos. Dos dois, o maior, portanto, prevalecem 2,5 anos. Taxa = 100% ÷ 2,5 anos = 40% ao ano. Art. 312. Em relação aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada (Lei nº 3.470, de 1958, art. 69): I - um turno de oito horas............................1,0; II - dois turnos de oito horas.......................1,5; III - três turnos de oito horas.......................2,0. Parágrafo único. O encargo de que trata este artigo será registrado na escrituração comercial. Concluindo, a relativa complexidade no tratamento do Ativo imobilizado não se esgota com o conteúdo aludido neste item 5, pois outras situações quanto ao tratamento contábil e fiscal do ativo imobilizado também são tratadas em Contabilidade Societária e Contabilidade Tributária, que descrevem de forma completa não só a maneira de contabilização das aquisições e suas respectivas depreciações, amortizações e exaustões, o cálculo da estimativa de recuperabilidade dos mesmos, mas também os valores contabilizados como custos ou despesas a títulos de depreciação, amortização e exaustão, provisão para desvalorização em razão do teste de recuperabilidade, gastos com a manutenção dos Ativos imobilizados e bens adquiridos como imobilizado e que possam ser lançados diretamente em custos e despesas, dispensando-se, assim, a sua contabilização no Ativo e também a dedutibilidade do reconhecimento das perdas de utilidade do Ativo imobilizado frente à legislação fiscal e tributária. 5 10 15 20 25 30 35 40 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 5.3 Exemplos de contabilização de depreciação e operaçãode leasing a. Um veículo à vista é adquirido em 30/06/20x9 pelo valor de R$ 100.000,00. A sua contabilização e a respectiva despesa de depreciação são assim contabilizadas: 1. Pela compra do veículo Ativo não circulante Imobilizado D – Veículos 100.000,00 C – Caixa ou Bancos 100.000,00 b. Um veículo pode ser adquirido em janeiro à vista por R$ 25.000,00. Porém, a empresa deseja fazer um contrato de leasing cujas condições são 36 parcelas e juros de 2% ao mês. Ainda, a arrendadora exige um pagamento final junto com a 36ª prestação no valor de R$ 1.000,00, que corresponde ao valor residual do veículo no 36º mês. Diante desses dados, o cálculo das prestações é apresentado a seguir: a. Valor à vista do veículo R$ 25.000,00 b. Valor residual no 36º mês R$ 1.000,00 c. Valor a ser financiado R$ 24.000,00 Entretanto, sem querer entrar no âmbito da matemática financeira, o valor residual de R$ 1.000,00 no 36º mês corresponde, na data de hoje (valor presente), a R$ 490,22. Ou seja, sendo a taxa de 2% ao mês capitalizada por 36 meses equivale a taxa de: (1+ i )n, onde i é igual a 0,02, portanto (1 + 0,02)36 = (1,02)36 = 2,0399 5 10 15 20 25 41 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Logo, o valor atual (presente) de R$ 1.000,00 hoje é de: Valor atual o presente = 1.000,00 / 2,0399 = R$ 490,22. Portanto, o valor a ser financiado é: O valor à vista de R$ 25.000,00 (-) o valor residual a valor presente de R$ 490,22 = R$ 24.509,78. Vide planilha de cálculo a seguir: Planilha para solução do exercício Aplicável ao financiamento do leasing 1 2 3 4 5 Ano Pagamentoprestação Juros 2,000% Amortização Saldo devedor 1 961,59 490,20 471,39 24.509,78 2 961,59 480,77 480,82 24.038,39 3 961,59 471,15 490,44 23.557,56 4 961,59 461,34 500,25 23.067,12 5 961,59 451,34 510,25 22.566,88 6 961,59 441,13 520,46 22.056,62 7 961,59 430,72 530,87 21.536,17 8 961,59 420,11 541,48 21.005,30 9 961,59 409,28 552,31 20.463,82 10 961,59 398,23 563,36 19.911,50 11 961,59 386,96 574,63 19.348,14 12 961,59 375,47 586,12 18.773,52 Soma 11.539,08 5.216,70 6.322,38 18.187,40 5 42 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 Continuação da tabela de cálculo (longo prazo) 13 961,59 363,75 597,84 17.589,55 14 961,59 351,79 609,80 16.979,76 15 961,59 339,60 621,99 16.357,76 16 961,59 327,16 634,43 15.723,33 17 961,59 314,47 647,12 15.076,20 18 961,59 301,52 660,07 14.416,14 19 961,59 288,32 673,27 13.742,87 20 961,59 274,86 686,73 13.056,14 21 961,59 261,12 700,47 12.355,67 22 961,59 247,11 714,48 11.641,19 23 961,59 232,82 728,77 10.912,43 24 961,59 218,25 743,34 10.169,08 25 961,59 203,38 758,21 9.410,88 26 961,59 188,22 773,37 8.637,50 27 961,59 172,75 788,84 7.848,66 28 961,59 156,97 804,62 7.044,05 29 961,59 140,88 820,71 6.223,34 30 961,59 124,47 837,12 5.386,21 31 961,59 107,72 853,87 4.532,35 32 961,59 90,65 870,94 3.661,41 33 961,59 73,23 888,36 2.773,04 34 961,59 55,46 906,13 1.866,91 35 961,59 37,34 924,25 942,66 36 961,59 18,92 942,67 (0,00) soma 23.078,16 4.890,76 18.187,40 Total 34.617,24 10.107,46 24.509,78 A contabilização da operação é a seguinte: Imobilizado Débito Crédito Bens arrendados D – Veículos 25.000,00 Passivo circulante C – Financiamento por arrendamentos 11.539,08 D – Encargos financeiros a transcorrer 5.216,70 Passivo não circulante C – Financiamentos por arrendamentos 23.568,38 C – Encargos financeiros a transcorrer 4.890,76 Total 35.107,46 35.107,46 43 CONTABILIDADE EMPRESARIAL Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 No pagamento das prestações são efetuados os seguintes lançamentos: Exemplo da primeira prestação: Pelo pagamento da primeira prestação Contas Débito Crédito Financiamentos por arrendamento 961,59 Bancos conta movimento 961,59 961,59 Pelo reconhecimento da despesa financeira relativa à primeira prestação: Contas Débito Crédito Despesas financeiras 490,20 Encargos financeiros a transcorrer 490,20 Pela contabilização da despesa de depreciação no primeiro mês, assumindo que a taxa é de 20% ao ano, portanto, 20% de R$ 25.000,00 = R$ 5.000,00 ao ano. Para um mês, a despesa é de R$ 5.000,00 / 12 = R$ 416,66. Contas Débito Crédito Despesas depreciação 416,66 Depreciação acumulada 416,66 Referências bibliográficas FRANCO, Hilário. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 1996. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 2004. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2007. 5 10 44 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 3 0/ 04 /1 0 MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDÍCIBUS, Sérgio de. Manual de contabilidade das sociedades por ações. São Paulo: Atlas; FIPECAFI, 2007. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade comercial fácil. São Paulo: Saraiva, 2009.
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