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3 EMPRÉSTIMOS
Um empréstimo é um tipo de dívida. Como todos os 
instrumentos de dívida, um empréstimo acarreta a redistribuição 
de bens financeiros no decurso do tempo entre o devedor 
e o credor. Este período de tempo é denominado serviço do 
empréstimo.
O devedor recebe uma quantia em dinheiro do credor, 
que pode lhe ser dada na totalidade inicialmente, como, por 
exemplo, para a compra de uma habitação já construída, ou 
aos poucos, como no caso da construção de uma habitação, 
em que o dinheiro é disponibilizado segundo as fases 
de construção, na medida em que vai sendo necessário. 
O devedor devolve o dinheiro ao credor geralmente em 
prestações regulares e este serviço é fornecido por um preço, 
denominado de juros da dívida.
Os principais fornecedores de empréstimos para as empresas 
e pessoas físicas são as instituições financeiras. Quando uma 
empresa precisa de recursos para sanar problemas emergenciais 
ou expandir seus negócios, poderá recorrer aos bancos e obter 
os valores necessários para sua expansão.
Estas operações, sempre formalizadas através de um contrato, 
poderão ser feitas em moeda nacional ou moeda estrangeira.
Os empréstimos a curto prazo devem ser efetuados, 
exclusivamente, para atender às necessidades que aparecem 
periodicamente dentro de cada ciclo operacional, isto é, para 
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pagamento de gastos que, normalmente, são recuperados com 
a venda dos produtos ou serviços. Quando, porém, a empresa 
planeja aumentar seus negócios, o empréstimo deverá ser o de 
longo prazo.
São denominados empréstimos a curto prazo aqueles cujo 
prazo de pagamento vai no máximo até 360 dias. Os de longo 
prazo são os que ultrapassam este prazo de pagamento.
Nos empréstimos recebidos, a empresa tem que fornecer 
certa garantia aos bancos. Essa garantia pode ser em bens, ou 
emitindo nota promissória,16 ou entregando duplicatas a receber 
de seus clientes.
3.1 Empréstimo – operação pré-fixada
A operação financeira pode ter os encargos financeiros 
(juros, taxas, etc) conhecidos no momento da contratação. 
Nesse caso, dizemos que é uma operação pré-fixada, já que no 
momento tem-se a condição de conhecer o valor dos encargos 
que envolvem a operação como um todo.
Suponhamos que a empresa Ambiciosa S/A efetue 
um empréstimo junto ao Banco Norte S/A, nas seguintes 
condições:
• empréstimo no Banco Norte S/A, em 31-10-x8, no valor 
de 2.000.000,00 com vencimento para 29-01-x9. Como 
garantia foi assinada uma nota promissória;
• juros descontados pelo Banco Norte, antecipadamente, 
de 6% ao mês;
• despesas cobradas pelo Banco: comissões de 1% sobre 
o valor da nota promissória; despesas de cobrança: 
1.400,00.
16 Nota promissória: título que representa uma promessa direta de 
pagamento ao credor, emitida pelo devedor.
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Esta operação é conhecida como pré-fixada, já que estão, 
desde o início, definidos e pré-fixados os valores dos encargos 
financeiros e do montante total a pagar.
A efetivação do empréstimo implicará os seguintes 
lançamentos feitos pelo banco na conta corrente da 
empresa, mediante a emissão de um aviso de lançamento 
com os seguintes dados:
A crédito
2.000.000,00 – valor nominal da nota promissória.
A débito
360.000,00 – valor do desconto, a 6% ao mês s/ 90 dias;
20.000,00 – valor da comissão de 1%;
1.400,00 – valor das despesas de cobrança.
De posse do aviso, a empresa procederá em sua contabilidade 
os seguintes lançamentos:
São Paulo, 31 de outubro de x8.
D – Bancos c/ movimento
C – Promissórias a pagar 2.000.000,00
São Paulo, 31 de outubro de x8.
D – Despesas bancárias
- Despesa de comissão 1% 20.000,00
- Despesa de cobrança 1.400,00
C – Bancos c/ movimento 21.400,00
D – Juros a vencer (redutora do Passivo)
C – Bancos conta movimento 360.000,00
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Os valores de despesa de comissão e de cobrança costumam 
ir diretamente para a conta de resultado, já que esses valores 
são irrecuperáveis e não serão reduzidos se houver, por exemplo, 
quitação antecipada do empréstimo.
O valor dos juros não pode ser lançado como despesa 
imediatamente, já que se refere ao tempo a decorrer da data do 
empréstimo até a data do vencimento. E essa conta de juros a 
vencer fica como redutora de passivo para fazer com que esse 
passivo fique a valor presente.
Como os juros se referem a um período que abrange dois 
exercícios, torna-se necessário fazer apropriação da parte da 
despesa de x8, em 31-12-x8.
São Paulo, 31 de dezembro de x8.
D – Despesas de juros
C – Juros a vencer 240.000,00
Exercício resolvido
Em 1º de setembro de x7, Cia. Delta S/A tomou emprestado 
R$ 50.000,00 do banco Creditício S/A, pelo desconto de uma 
nota promissória para 90 dias, a taxa de 2% ao mês. As despesas 
cobradas pelo banco foram, além dos juros, R$ 500,00 a título 
de (TAC) taxa de abertura de crédito. A nota promissória foi paga 
em 01 de dezembro de X7.
1. Em 1º de setembro, o banco Creditício S/A enviou o 
aviso com as seguintes informações: (a) crédito na conta 
corrente da Cia Delta S/A do valor de R$ 50.000,00; (b) 
débito referente aos juros de R$ 3.000,00; (c) débito da 
despesa com a (TAC) taxa de abertura de crédito no valor 
de R$ 500,00.
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a. D – Bancos conta movimento
 C – Promissórias a pagar 50.000,00
b. D – Juros a vencer
 C – Bancos conta movimento 3.000,00
c. D – Despesas bancárias
 C – Bancos conta movimento 500,00
2. Em 01 de dezembro o banco Creditício S/A enviou o aviso 
com a informação que havia debitado na conta corrente 
da Cia Delta S/A o valor de R$ 50.000,00 referente à 
liquidação do empréstimo.
D – Promissórias a pagar
C – Bancos conta movimento 50.000,00
3. A Cia. Delta S/A faz a apropriação dos juros, tendo em 
vista o transcurso e o encerramento da operação.
D – Despesas de juros
C – Juros a vencer 3.000,00
3.2 Empréstimo – operação pós-fixada
A operação financeira pode ter o encargo financeiro 
vinculado à conjugação de juros com algum outro fator cujo 
valor só será conhecido no futuro, como variação do dólar. 
Nesse caso, dizemos que é uma operação pós-fixada, já que, só 
após certo tempo, ter-se-á condição de conhecer o valor dos 
encargos totais.
Além da variação do dólar, temos outros indicadores que 
servem para medir a variação da moeda no tempo, os mais 
conhecidos são:
• INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
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• IGPM/FGV: Índice Geral de Preços – Mercado, da Fundação 
Getúlio Vargas;
• TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
3.2.1 Diferenças entre os principais índices
IPC – Fipe
Índice de Preços ao Consumidor, calculado semanalmente 
pela Fipe-USP, mede a variação dos preços de produtos e serviços 
consumidos pelas famílias com rendas entre 1 e 20 salários 
mínimos, na cidadede São Paulo. 
As variações são obtidas comparando-se preços médios das 
quatro últimas semanas (referência) com os das quatro semanas 
anteriores (base).
IPCA 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, 
calculado mensalmente pelo IBGE, é o índice oficial do governo 
para medição das metas inflacionárias, estabelecidas no acordo 
com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mede a variação 
nos preços de bens e serviços consumidos por famílias com 
rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos. A taxa é calculada 
nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, 
Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e 
Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
IGP
A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 
e IGP-DI —, que diferem entre si apenas pelo período de coleta 
de dados. 
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Os três são calculados com base em outros três indicadores: 
o Índice de Preços no Atacado (IPA), o Índice de Preços ao 
Consumidor (IPC) e o Índice Nacional do Custo da Construção 
(INCC), que representam, respectivamente, 60%, 30% e 10% em 
cada um dos IGPs. Base: Rio de Janeiro e São Paulo.
• IGP-DI compreende o período entre o primeiro e o último 
dia do mês de referência;
• IGP-M compreende o período entre o dia 21 do mês 
anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência; 
• IGP-10 compreende o período entre o dia 11 do mês 
anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência.
INPC 
Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE, 
foi criado com o objetivo de orientar os reajustes dos salários 
dos trabalhadores. Mede a inflação para famílias com renda 
entre 1 e 8 salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões 
metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, 
Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito 
Federal e do Município de Goiânia. 
ICV 
Apurado pelo Dieese, o Índice do Custo de Vida mede a 
variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas 
famílias com renda entre 1 e 3 salários mínimos da cidade de 
São Paulo.
Exemplo: Fazer todos os lançamentos relativos à seguinte 
operação financeira e demonstrar o efeito da operação no 
balanço de 31-12-x8:
• empréstimo no Banco Yellow, em 01-12-x8, no valor de 
US$ 1.000.000,00 (câmbio do dia 1,00), com vencimento 
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para 31-12-x8. Como garantia foi assinada uma nota 
promissória em moeda estrangeira;
• despesas cobradas pelo banco: comissão de 1% sobre 
o valor do empréstimo; despesas de cobrança: US$ 
1.400,00;
• juros de 3% ao mês a ser aplicado sobre a dívida já 
atualizada. 
• sabe-se que em 31-12-x8, o câmbio estava cotado em 
1,05.
São Paulo, 01 de dezembro de x8.
D – Bancos c/ movimento
C – Promissória em moeda estrangeira 1.000.000,00
São Paulo, 01 de dezembro de x8.
D – Despesas bancárias
C – Bancos c/ movimento
- Despesa de comissão 1% 10.000,00
- Despesa de cobrança 1.400,00
 11.400,00
Em 31/12/x8, será necessário apropriar as despesas com a 
variação cambial e com os juros, já incorridos e não pagos, cujo 
teor será o seguinte:
Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, 
que se incorpora à própria conta original da dívida.
São Paulo, 31 de dezembro de x8.
D – Despesa com variação cambial
C – Promissória em moeda estrangeira 50.000,00
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Depois, o registro dos juros em contas separadas:
São Paulo, 31 de dezembro de x8.
D – Despesa de juros
C – Juros a pagar 31.500,00
Exercício resolvido
Fazer todos os lançamentos relativos à seguinte operação 
financeira nos livros da Cia. Trading:
• empréstimo no Banco Orange, em 15-10-x1, no valor de 
US$ 100.000,00 (câmbio do dia R$ 1,00), com vencimento 
para 15-11-x2. Como garantia foi assinada uma nota 
promissória em moeda estrangeira;
• despesas cobradas pelo banco: comissão de 2% sobre o 
valor do empréstimo; despesas de cobrança: US$ 100,00;
• juros de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já 
atualizada;
• sabe-se que em 15-11-x2, o câmbio estava cotado em R$ 
1,10 (o real se desvalorizou perante o dólar em 10%).
1. Em 15 de outubro de x1, o Banco Orange envia para a Cia 
Trading o aviso comunicando os seguintes dados da operação: 
(a) R$ 100.000,00 relativos ao empréstimo; (b) R$ 2.000,00 
relativos à despesa de comissão e (c) R$ 100,00 referentes à 
despesa de cobrança.
a. D – Bancos c/ movimento
 C – Promissória em moeda estrangeira 100.000,00
b. D – Despesas bancárias
 C – Bancos conta movimento 2.000,00
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c. D – Despesas bancárias
 C – Bancos conta movimento 100,00
2. Em 15 de novembro de x1, o Banco Orange envia 
outro aviso com as seguintes informações: (d) R$ 10.000,00 
relativos à atualização da dívida em 10% (variação do dólar 
de R$ 1,00 para R$ 1,10); (e) R$ 3.300,00 relativos aos juros 
de 3% ao mês sobre a dívida já atualizada; (f) R$ 110.000,00 
relativos ao débito do valor da dívida atualizada.
d. D – Despesa com variação cambial
 C – Promissória em moeda estrangeira 10.000,00
e. D – Despesa de juros
 C – Bancos conta movimento 3.300,00
f. D – Promissória em moeda estrangeira
 C – Bancos conta movimento 110.000,00
4 APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Uma aplicação financeira é a operação que se espera produza 
um retorno financeiro, ou seja, que com o tempo devolva não só 
o capital investido, como também uma componente de retorno 
em excesso, a título de juros.
Com o objetivo de auferir receitas financeiras, as 
empresas aplicam em bancos, praticamente todo dinheiro 
que elas têm disponível. Normalmente, são aplicações de 
curto prazo em fundos de investimentos, certificados de 
depósitos bancários, etc.
Estas operações financeiras podem ser contratadas a taxas 
pré-fixadas ou pós-fixadas. 
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4.1 Operações pré-fixadas
Nas operações pré-fixadas, no momento da aplicação, os 
contratantes já conhecem a taxa de juros efetiva em que está 
sendo efetuada a transação.
Exemplo de operação com taxa de juros pré-fixada
A Empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no banco 
Intercontinental S/A no valor de R$ 500.000,00, em CDB 
(Certificado de Depósito Bancário), por 90 dias, a uma taxa de 
juros de 1,5 % ao mês.
Data da aplicação: 05 de junho de X6.
Data do vencimento: 03 de setembro de x6.
Contabilização da aplicação em 05/06/x6:
D – Aplicações financeiras 522.500,00
C – Bancos c/ movimento 500.000,00
C – Juros a apropriar 22.500,00
Contabilização da receita ao final da aplicação:
D – Juros a apropriar
C – Receita de juros 22.500,00
Observação: a contabilização da receita foi registrada ao 
final do prazo da aplicação. Normalmente, as empresas fazem 
esta contabilização mensalmente.
Contabilização do resgate em 03/09/x6
D – Bancos c/ movimento
C – Aplicações financeiras 522.500,00
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Exercício resolvidoA Cia Gama Ltda. efetuou a seguinte aplicação financeira:
• 01-12-x6 – data da aplicação;
• R$ 100.000,00 – valor da aplicação;
• 3% a.m – taxa de juros simples;
• 31-01-x7 – vencimento da aplicação.
Pede-se: Contabilizar a operação e atualizar na data do 
balanço (31/12/x6).
a. Contabilização da aplicação financeira em 01/12/x6:
D – Aplicação financeira
C – Bancos conta movimento 100.000,00
b. Calcular e contabilizar os juros pré-fixados:
100.000,00 x 6% = 6.000,00
D – Aplicação financeira
C – Juros a apropriar 6.000,00
 
c. Calcular e contabilizar os juros na data do balanço:
6.000,00: 2 = 3.000,00
D – Juros a apropriar
C – Receita de juros 3.000,00
4.2 Operações pós-fixadas
A taxa pós-fixada é quando, na contratação da operação, 
é aplicada uma taxa de juros, mais um índice de preços, uma 
moeda estrangeira, etc.
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Exemplo de operação com rendimento pós-fixado
 A empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no banco 
Intercontinental S/A, no valor de R$ 200.000,00, com variação 
cambial mais juros de 1% ao mês.
Data da aplicação: 05 de abril de x6.
Data do vencimento: 02 de outubro de x6.
Variação do dólar no período 9%.
Contabilização da aplicação em 05/04/x6:
D – Aplicações financeiras
C – Bancos c/ movimento 200.000,00
Contabilização da receita auferida ao final da 
aplicação:
D – Aplicações financeiras 31.080,00
C – Receita de variação monetária 18.000,00 (A)
C – Receita de juros 13.080,00 (B)
a. Variação cambial (200.000,00 x 9% = 18.000,00).
b. Juros (218.000,00 x 6% = 13.080,00).
Observação: a contabilização da receita foi registrada ao 
final do prazo da aplicação. Normalmente, as empresas fazem 
esta contabilização mensalmente.
 
Contabilização do resgate da aplicação em 02/10/x6:
D – Bancos c/ movimento
C – Aplicações financeiras 231.080,00
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Exercício resolvido
A Cia. Beta S/A fez a seguinte aplicação financeira:
• 01-10-x7 – data da aplicação;
• R$ 50.000,00 – valor da aplicação;
• 2% a.m. – variação do IGPM/FGV no período;
• 1% a.m. – taxa de juros simples.
Pede-se: contabilizar a operação e atualizar na data do 
balanço (31/12/x7).
a. Contabilização da aplicação financeira em 01/10/x7:
D – Aplicação financeira
C – Bancos conta movimento 50.000,00
b. Calcular e contabilizar a atualização da aplicação financeira 
pela variação do IGPM na data do balanço (31/12/x7):
50.000,00 x 6% = 3.000,00
D – Aplicação financeira
C – Receita de variação monetária 3.000,00
c. Calcular e contabilizar os juros na data do balanço (31/12/x7):
53.000,00 x 3% = 1.590,00
D – Aplicação financeira
C – Receita de juros 1.590,00
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5 ATIVO IMOBILIZADO, DEPRECIAÇÃO, 
AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
A definição do ativo imobilizado encontra-se no artigo 179, 
inciso IV, da Lei nº 6.404/76, que sofreu alterações através da 
Lei nº 11.638/07, que excluiu da classificação do imobilizado os 
bens de natureza não corpórea, passando esses bens a serem 
classificados em grupo próprio do Ativo intangível. Além dessa 
alteração, a Lei nº 11.638/07 introduziu novo conceito relativo aos 
bens que não são propriedade da empresa, e quando adquiridos 
e exercidos com a finalidade de manutenção das atividades da 
empresa, devem ser classificados como Ativo imobilizado. Nessa 
categoria de bens, estão aqueles bens adquiridos em operações 
de leasing e cujas prestações decorrentes desses contratos 
de leasing anteriormente eram tratadas como despesas 
operacionais.
Essas foram as principais alterações no tratamento contábil 
do Ativo imobilizado. De acordo com o inciso IV do Artigo 179 
da Lei nº 6.404/76, encontra-se a seguinte definição do Ativo 
imobilizado: “Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou 
da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os 
decorrentes de operações que transfiram à companhia os 
benefícios, riscos e controle desses bens” (...). 
Dessa definição decorre que os Ativos imobilizados são 
adquiridos para serem usados, e não vendidos pela companhia. 
Nesse sentido é que são conhecidos como Ativos não monetários, 
isto é, Ativos não destinados à conversão em moeda ou venda. 
Com as alterações na Lei das Sociedades Anônimas, Lei 
nº 6.404/76, por meio das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, 
principalmente com relação aos bens que não são propriedade da 
empresa, ou seja, aqueles que estão representados por operações 
de leasing ou arrendamento mercantil e que devem agora ser 
tratados como Ativo imobilizado, prevalecendo o conceito já 
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existente em Teoria da Contabilidade, cujas alterações na Lei 
Societária foram efetuadas para harmonização com as Normas 
Contábeis Internacionais de Contabilidade, é a prevalência 
do conceito da “essência sobre a forma”, isto é, ainda que a 
natureza jurídica do contrato leasing realizado entre a empresa 
e a arrendadora de bens, cuja previsibilidade contratual de que o 
bem possa ser adquirido no futuro pela empresa ou até mesmo 
devolvido pela empresa quando do término do contrato de 
leasing, o que prevalece é a essência, isto é , o bem foi adquirido 
pela empresa para ser exercido com a finalidade de manter as 
atividades da companhia, não importando se foi uma aquisição 
de fato ou um aquisição na modalidade de arrendamento de 
bens. Portanto, em operações dessa natureza, o bem deve ser 
imobilizado, e não mais as suas prestações serem contabilizadas 
e classificadas como despesas operacionais.
Outro conceito importante que foi trazido pelas alterações 
na lei societária, além da depreciação, amortização e exaustão 
que sempre existiram, foi a obrigatoriedade da empresa efetuar 
periodicamente a análise sobre a recuperação dos valores 
registrados no imobilizado, conhecido com “Imparment Teste” 
ou Teste de Recuperabilidade. Se um bem é adquirido pelo 
valor de R$ 400.000,00, que tenha sido depreciado em R$ 
120.000,00 e cujo valor residual é exatamente R$ 280.000,00 
(R$ 400.000,00 (-) R$ 120.000,00) e na data do encerramento 
do balanço patrimonial haja evidências de que o valor seja de R$ 
150.000,00, implicará que a empresa deverá fazer um provisão 
de ajuste ao valor de recuperação dos Ativos de R$ 130.000,00 
conforme dispõe o CPC 01, que sistematiza a contabilização e o 
reconhecimento de recuperabilidade dos Ativos imobilizados. 
5.1 Classificação dos Ativos imobilizados 
Tomando-se como exemplo a classificação feita pela 
professora conteudista Maria José Teixeira, na apostila de 
Contabilidade Societária, páginas 46 a 47, o imobilizado pode 
ser classificados em: 
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5.1.1 Bens em operação
• Terrenos;
• edificações;
• máquinas e equipamentos;
• móveis e utensílios;
• instalações (elétricas, hidráulicas etc.);
• veículos;
• ferramentas;
• equipamentos de informática (hardwares);
• peças de reposição;
• sistemas aplicativos (softwares);
• benfeitorias em propriedade de terceiros;
• direitos de recursos minerais;
• direitos de recursos florestais.
5.1.2 Depreciação, amortização e exaustão acumulada
• Edificações– depreciação;
• máquinas e equipamentos – depreciação;
• móveis e utensílios – depreciação;
• instalações (elétricas, hidráulicas etc.) – depreciação;
• veículos – depreciação;
• ferramentas – depreciação;
• peças de reposição – depreciação;
• equipamentos de informática (hardwares) – depreciação;
• sistemas aplicativos (softwares) – amortização;
• benfeitorias em propriedade de terceiros – amortização;
• direitos sobre recursos minerais – exaustão;
• direitos sobre recursos florestais – exaustão.
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5.1.3 Imobilizações em andamento
• Obras em andamento;
• importações em andamento de bens do imobilizado;
• adiantamentos a fornecedores – para bens do imobilizado.
Como se observa, os bens estão estruturados em “bens 
em operação“ e “bens em andamento”. Os bens em operação 
são os que efetivamente estão sendo utilizados nas atividades 
operacionais da empresa, portanto, sujeitos ao reconhecimento 
de sua perda através da depreciação, amortização ou exaustão. 
Quanto aos bens em andamento, referem-se àqueles que 
estão em fase de construção, que podem ser desde uma obra 
civil ou máquinas e equipamentos que serão, no futuro, objeto 
de uso nas atividades da empresa. 
Classificam-se também os bens que possam estar na 
condição de importação em andamento e desde o início do 
processo de importação os seus custos e despesas devem ser 
contabilizados na conta importações em andamento até a 
fase em que os mesmos estejam de posse da empresa e em 
condições de operações, momento que deverá ser classificado 
para subgrupo de bens em operação. Essas definições estão não 
só de acordo com as disposições legais, mas também com os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade, em que se destaca 
o Princípio do Custo como Base de Valor, cuja definição implica 
que, além do preço de aquisição do bem, todos os custos devem 
ser incorporados ou contabilizados como custo de aquisição do 
Ativo para colocá-lo na condição de uso ou venda. 
5.2 Depreciação, amortização e exaustão
Os conceitos de depreciação, amortização e exaustão 
encontram-se no artigo 183 da Lei nº 6.404/76. Contundo, 
depreciar, amortizar e exaurir, do ponto de vista contábil, 
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significam as mesmas coisas, ou seja, o reconhecimento da 
perda do valor dos Ativos imobilizados sujeitos a depreciação, 
amortização ou exaustão, calculado em razão da vida útil ou 
econômica dos bens. 
Tal situação significa que a empresa, ao adiquir um Ativo 
imobilizado e cujo tempo de vida útil ou econômica seja, 
por exemplo, de quatro anos, vale dizer que a sua perda será 
contabilizada em quatro anos ou 25% ao ano. Importante 
ainda destacar que a legislação fiscal do imposto de 
renda estabelece periodicamente as taxas de depreciação, 
amortização e exaustão do imobilizado. As Instruções 
Normativas da Secretaria de Receita Federal nº 162/98 e nº 
130/99 estabeleceram os seguintes prazos de vida útil e as 
respectivas taxas de depreciação:
• edifícios 4% ao ano – 25 anos;
• máquinas e equipamentos 10% ao ano – 10 anos;
• móveis e utensílios 10% ao ano – 10 anos;
• instalações 10% ao ano – 10 anos;
• veículos 20% ao ano – 5 anos;
• ferramentas 20% ao ano – 5 anos;
• equipamentos de informática 20% ao ano – 5 anos;
• softwares 20% ao ano – 5 anos. 
Importante ainda informar que o tratamento contábil do 
Ativo imobilizado, além das classificações em bens em operações, 
em bens em andamento, existem situações do tratamento 
contábil das depreciações, amortizações e exaustões de Ativos 
imobilizados adquiridos usados. 
As suas respectivas perdas de valor serão reconhecidas 
e contabilizadas em razão também de sua vida útil ou 
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economicamente existente, observado ainda o que estabelece 
a legislação fiscal. 
Tomando-se novamente como referência o exemplo 
da professora conteudista Maria José Teixeira na apostila 
Contabilidade Societária, páginas 60 e 61, os bens adquiridos 
usados de acordo com disposto no artigo 311 do Regulamento 
do Imposto de Renda de 1999:
(...) a taxa de depreciação de bens adquiridos usados é 
fixada tendo em vista o maior dos seguintes prazos:
a. metade da vida útil admissível para o bem adquirido 
novo;
b. restante da vida útil do bem considerada em relação 
à primeira instalação para utilização.
Desse modo, ao adquirir um bem usado, a empresa 
deve munir-se de documento que comprove a época 
da sua aquisição como novo ou a em que ele foi 
instalado para utilização pela primeira vez, porque, 
se dessa data até a da sua última aquisição tiver 
decorrido prazo inferior à metade da vida útil normal 
admitida para o bem novo, para efeito de depreciação, 
deve prevalecer o prazo restante de vida útil. Caso 
contrário, isto é, se já houver decorrido prazo igual ou 
superior à metade da vida útil normal, prevalece, para 
fins de depreciação, o prazo correspondente à metade 
da vida útil admissível para o bem novo (IOB. Manual 
de procedimentos semana 44/2005).
Exemplo 1
Aquisição de uma máquina usada com 24 meses de uso (2 anos).
Vida útil estimada: 10 anos.
Tempo de uso: 24 meses.
Metade do prazo de vida útil = 5 anos.
Restante de vida útil = 8 anos.
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Dos dois, o maior, portanto, prevalecem 8 anos.
Taxa = 100% ÷ 8 anos = 12,5% ao ano.
Exemplo 2
Aquisição de um veículo usado após 3 anos de uso.
Vida útil estimada: 5 anos.
Tempo de uso: 3 anos.
Metade do prazo de vida útil = 2,5 anos.
Restante de vida útil = 2 anos.
Dos dois, o maior, portanto, prevalecem 2,5 anos.
Taxa = 100% ÷ 2,5 anos = 40% ao ano.
Art. 312. Em relação aos bens móveis, poderão ser 
adotados, em função do número de horas diárias de 
operação, os seguintes coeficientes de depreciação 
acelerada (Lei nº 3.470, de 1958, art. 69):
I - um turno de oito horas............................1,0;
II - dois turnos de oito horas.......................1,5;
III - três turnos de oito horas.......................2,0.
Parágrafo único. O encargo de que trata este artigo 
será registrado na escrituração comercial.
Concluindo, a relativa complexidade no tratamento do Ativo 
imobilizado não se esgota com o conteúdo aludido neste item 5, 
pois outras situações quanto ao tratamento contábil e fiscal do 
ativo imobilizado também são tratadas em Contabilidade Societária 
e Contabilidade Tributária, que descrevem de forma completa não 
só a maneira de contabilização das aquisições e suas respectivas 
depreciações, amortizações e exaustões, o cálculo da estimativa 
de recuperabilidade dos mesmos, mas também os valores 
contabilizados como custos ou despesas a títulos de depreciação, 
amortização e exaustão, provisão para desvalorização em razão 
do teste de recuperabilidade, gastos com a manutenção dos Ativos 
imobilizados e bens adquiridos como imobilizado e que possam 
ser lançados diretamente em custos e despesas, dispensando-se, 
assim, a sua contabilização no Ativo e também a dedutibilidade do 
reconhecimento das perdas de utilidade do Ativo imobilizado frente 
à legislação fiscal e tributária. 
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5.3 Exemplos de contabilização de 
depreciação e operaçãode leasing
a. Um veículo à vista é adquirido em 30/06/20x9 pelo valor 
de R$ 100.000,00. A sua contabilização e a respectiva despesa 
de depreciação são assim contabilizadas:
1. Pela compra do veículo
 Ativo não circulante
 Imobilizado
 D – Veículos 100.000,00
 C – Caixa ou Bancos 100.000,00
b. Um veículo pode ser adquirido em janeiro à vista por 
R$ 25.000,00. Porém, a empresa deseja fazer um contrato de 
leasing cujas condições são 36 parcelas e juros de 2% ao mês. 
Ainda, a arrendadora exige um pagamento final junto com a 36ª 
prestação no valor de R$ 1.000,00, que corresponde ao valor 
residual do veículo no 36º mês.
Diante desses dados, o cálculo das prestações é apresentado 
a seguir:
a. Valor à vista do veículo R$ 25.000,00
b. Valor residual no 36º mês R$ 1.000,00
c. Valor a ser financiado R$ 24.000,00
Entretanto, sem querer entrar no âmbito da matemática 
financeira, o valor residual de R$ 1.000,00 no 36º mês 
corresponde, na data de hoje (valor presente), a R$ 490,22. 
Ou seja, sendo a taxa de 2% ao mês capitalizada por 36 meses 
equivale a taxa de:
 
(1+ i )n, onde i é igual a 0,02, portanto (1 + 0,02)36 = (1,02)36 = 2,0399
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Logo, o valor atual (presente) de R$ 1.000,00 hoje é de:
Valor atual o presente = 1.000,00 / 2,0399 = R$ 490,22.
Portanto, o valor a ser financiado é:
O valor à vista de R$ 25.000,00 (-) o valor residual a valor 
presente de R$ 490,22 = R$ 24.509,78. Vide planilha de cálculo 
a seguir:
Planilha para solução do exercício
Aplicável ao financiamento do leasing
1 2 3 4 5
Ano Pagamentoprestação
Juros
2,000% Amortização 
Saldo
devedor 
1 961,59 490,20 471,39 24.509,78
2 961,59 480,77 480,82 
 
24.038,39 
3 961,59 471,15 490,44 
 
23.557,56 
4 961,59 461,34 500,25 
 
23.067,12 
5 961,59 451,34 510,25 22.566,88 
6 961,59 441,13 520,46 
 
22.056,62 
7 961,59 430,72 530,87 
 
21.536,17 
8 961,59 420,11 541,48 
 
21.005,30 
9 961,59 409,28 552,31 
 
20.463,82 
10 961,59 398,23 563,36 
 
19.911,50 
11 961,59 386,96 574,63 
 
19.348,14 
12 961,59 375,47 586,12 
 
18.773,52 
Soma 11.539,08 5.216,70 6.322,38 
 
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Continuação da tabela de cálculo (longo prazo)
13 961,59 363,75 597,84 17.589,55
14 961,59 351,79 609,80 16.979,76
15 961,59 339,60 621,99 16.357,76
16 961,59 327,16 634,43 15.723,33
17 961,59 314,47 647,12 15.076,20
18 961,59 301,52 660,07 14.416,14
19 961,59 288,32 673,27 13.742,87
20 961,59 274,86 686,73 13.056,14
21 961,59 261,12 700,47 12.355,67
22 961,59 247,11 714,48 11.641,19
23 961,59 232,82 728,77 10.912,43
24 961,59 218,25 743,34 10.169,08
25 961,59 203,38 758,21 9.410,88
26 961,59 188,22 773,37 8.637,50
27 961,59 172,75 788,84 7.848,66
28 961,59 156,97 804,62 7.044,05
29 961,59 140,88 820,71 6.223,34
30 961,59 124,47 837,12 5.386,21
31 961,59 107,72 853,87 4.532,35
32 961,59 90,65 870,94 3.661,41
33 961,59 73,23 888,36 2.773,04
34 961,59 55,46 906,13 1.866,91
35 961,59 37,34 924,25 942,66
36 961,59 18,92 942,67 (0,00)
soma 23.078,16 4.890,76 18.187,40
Total 34.617,24 10.107,46 24.509,78
 A contabilização da operação é a seguinte:
Imobilizado Débito Crédito
Bens arrendados
D – Veículos 25.000,00
Passivo circulante
C – Financiamento por arrendamentos 11.539,08
D – Encargos financeiros a transcorrer 5.216,70
Passivo não circulante
C – Financiamentos por arrendamentos 23.568,38
C – Encargos financeiros a transcorrer 4.890,76
Total 35.107,46 35.107,46
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No pagamento das prestações são efetuados os seguintes 
lançamentos: 
Exemplo da primeira prestação:
Pelo pagamento da primeira prestação
Contas Débito Crédito
Financiamentos por arrendamento 961,59
Bancos conta movimento 961,59 961,59
Pelo reconhecimento da despesa financeira relativa à 
primeira prestação:
Contas Débito Crédito
Despesas financeiras 490,20
Encargos financeiros a transcorrer 490,20
Pela contabilização da despesa de depreciação no primeiro 
mês, assumindo que a taxa é de 20% ao ano, portanto, 20% de 
R$ 25.000,00 = R$ 5.000,00 ao ano. Para um mês, a despesa é 
de R$ 5.000,00 / 12 = R$ 416,66. 
Contas Débito Crédito
Despesas depreciação 416,66
Depreciação acumulada 416,66
Referências bibliográficas
FRANCO, Hilário. Contabilidade comercial. São Paulo: Atlas, 
1996.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade 
comercial. São Paulo: Atlas, 2004.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. São Paulo: 
Atlas, 2007.
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MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDÍCIBUS, Sérgio 
de. Manual de contabilidade das sociedades por ações. São 
Paulo: Atlas; FIPECAFI, 2007.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade comercial fácil. São Paulo: 
Saraiva, 2009.

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