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PCA FISCAL E OPERAÇÕES

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2
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
“PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY”
PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR FISCAL E OPERAÇÕES
RIO DE JANEIRO
2019
 SUMÁRIO
INTRODUÇÃO, p. 3
EMPRESTIMOS, p.4
TIPOS DE EMPRÉSTIMOS, p.4
Empréstimo Pessoal, p.4
Empréstimo Consignado, p.5
Empréstimo Rotativo, p.5
Empréstimo por Cheque Especial, p.5
Empréstimo para Capital de Giro p.6
Cartão BNDES, p.7
Microcrédito, p.7
CONTABILIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS, p.8
APLICAÇÃO FINANCEIRA, p.9
TIPOS DE APLICAÇES DE RENDA FIXA, p.9
LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), p.9
CDB (Certificados de Depósitos Bancários), p12
Tesouro Direto, p.14
Debêntures, p.15
TRIBUTAÇÃO SOBRE APLICAÇOES FINANCEIRAS, p.18
IRRF, p.19
IOF, p.20
CONTABILIZAÇÃO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS p.21
CONCLUSÃO, p.23
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
	
1 INTRODUÇÃO
O lançamento correto em caixa contábil de empréstimos e financiamentos é um problema recorrente para a contabilidade nos dias atuais. Isso porque hoje é muito comum a existência de empréstimos e financiamentos nas empresas, independentemente do seu porte, do seu ramo e de sua riqueza. O sistema financeiro brasileiro proporciona esta facilidade que, devido às variações de juros, estão sempre em evidência estas operações.
Atualmente, as empresas motivadas em aumentar as suas receitas investem com aplicações financeiras no mercado de capitais, no intuito de que esses ativos tragam um retorno financeiro no curto, médio e longo prazo, através de excedentes do valor investido a título de juros e dividendos. Assim como nos empréstimos e financiamentos, existem detalhes importantes que devem ser considerados em suas contabilizações. 
Desta forma, este estudo visa esclarecer algumas dúvidas sobre o conceito de empréstimos e aplicações financeiras, bem como demonstrar com detalhes suas contabilizações. 
2 EMPRÉSTIMOS
Podemos defini-lo como o meio pelo qual uma pessoa, seja física ou jurídica, transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário (devedor), sob determinada condição, correndo por conta do mutuário todos os riscos dela, desde a tradição. As Instituições Financeiras, emprestam dinheiro ao devedor, mediante pagamento de juros. É um contrato entre o cliente e uma instituição financeira (banco, cooperativa de crédito, caixa econômica) pelo qual o cliente recebe uma quantia em dinheiro que deverá ser devolvida em prazo determinado, acrescida dos juros acertados. Os recursos obtidos no empréstimo não têm destinação específica. 
Os empréstimos e financiamentos bancários contraídos pelas empresas alteram o seu patrimônio. O ativo e o passivo de uma entidade são alterados quando do recebimento de recursos liberados pelos bancos. A obrigação de pagamento dos empréstimos e financiamentos deve ser registrada no passivo circulante (parcelas com vencimento no curto prazo) e ou no passivo não circulante (parcelas com vencimento no longo prazo). Sobre os empréstimos e financiamentos contraídos pelas empresas incidem juros, variação monetária, variação cambial (caso a dívida seja contraída em moeda estrangeira) e outras despesas bancárias (comissões, taxas e tributos). Os juros pactuados entre as partes e incidentes sobre os empréstimos e financiamentos somente são contabilizados como despesa financeira no resultado com o transcorrer do prazo (período decorrido entre a data da liberação dos recursos e a data do pagamento dos juros). Exemplo de empréstimos: consignado, Crédito Direto ao Consumidor (CDC), empréstimo pessoal.
2.1 TIPOS DE EMPRÉSTIMOS
2.1.1 Empréstimo Pessoal
Essa modalidade é solicitada a um banco ou agência financeira, mediante assinatura de contrato. Antes que o contrato seja aprovado, é necessário realizar uma avaliação completa da documentação fornecida pelo solicitante.
A contratação costuma ser feita de forma bem ágil e é bastante acessível. Contudo, é necessário estar atento às taxas de juros que são cobradas, que podem ser bem altas, e ao prazo para pagamento.
2.1.2 Empréstimo Consignado
Nesse caso, o limite máximo para pagamento mensal é de, no máximo, 30% referente ao valor do salário do solicitante. Além disso, as taxas de juros cobradas nessa modalidade são bem inferiores ao que é cobrado no caso do empréstimo pessoal, por exemplo.
A principal desvantagem desse tipo de empréstimo é que o pagamento das parcelas é feito pelo desconto em folha, mas isso também contribui para que o valor dos juros seja menor, como mencionado anteriormente, devido à garantia de recebimento.
2.1.3 Empréstimo Rotativo
O empréstimo rotativo está ligado ao uso do cartão de crédito. Se o valor pago na fatura é inferior ao valor total, automaticamente o usuário pega emprestado o valor restante com o banco para pagamento.
Por sua vez, o banco realiza o pagamento desse valor, mas ele é cobrado nas próximas faturas, com juros que costumam ser bem abusivos. A vantagem é a flexibilidade para pagamento e evitar que o usuário seja inserido em serviços de proteção ao crédito.
Entretanto, embora essas vantagens pareçam atraentes, a princípio, esse tipo de empréstimo deve ser evitado a todo custo, em virtude das taxas de juros estratosféricas que são cobradas quando ele é ativado. 
2.1.4 Empréstimo por cheque especial
O cheque especial não tem nada a ver com aquela folha de cheque que conhecemos. É um crédito que o banco deixa pré-aprovado na sua conta concorrente, um valor a mais do que você realmente tem e que já está disponível para quando zerar o dinheiro na conta. Para usá-lo, basta fazer o saque ou realizar compras no débito em alguma loja. A expressão bastante utilizada “entrei no cheque especial” quer dizer, então, que você usou mais dinheiro do que possuía e, assim, ficou com saldo negativo.
Justamente porque é fácil pegar, não havendo a necessidade de análise de crédito, o cheque especial tem uma das maiores taxas de juros entre os empréstimos (em média, 13,53% ao mês, atualmente), já que não há garantia nenhuma para o banco de que o tomador devolverá esse dinheiro.
Por isso, a pessoa física ou jurídica só deve usá-lo em caso de emergência e pagá-lo o quanto antes, de preferência em poucos dias.  O valor a ser pago estará visível no extrato e consiste no que você pegou emprestado + IOF (0,38% ao mês) + juros.
Para pagá-lo, basta depositar o dinheiro na conta corrente. Automaticamente, o limite será quitado e estará disponível outra vez, caso você precise utilizá-lo novamente.
O valor do limite do cheque especial é diferente para cada correntista e é estipulado de acordo com as informações cadastrais e a movimentação financeira do cliente. Para descobri-lo, basta consultar o seu extrato. Se você quiser cancelar esse serviço ou aumentar o limite, é necessário entrar em contato com o atendimento do seu banco.
2.1.5 Empréstimo para Capital de Giro
A Capital de Giro é a quantia de dinheiro em caixa que movimenta todas as demandas básicas de uma empresa, mantendo-a em funcionamento. Ou seja, é o ativo circulante utilizado para pagar contas mensais como luz, água e telefone, salário dos colaboradores, impostos, compra de matérias primas etc.
Diversas instituições financeiras oferecem o empréstimo de capital de giro para ajudar as empresas em situação de crise econômica a reorganizarem o fluxo de caixa e financiarem as suas operações diárias. Diferente do cheque especial, o empréstimo para capital de giro é restrito a pessoas jurídicas e tem uma taxa de juros menor, que atualmente varia entre 1,40% a 3,39% ao mês, a depender do banco e da quantidade de parcelas acordada. Geralmente as condições são mais favoráveis no próprio banco em que a empresa possui conta.
Em agosto de 2016, o governo federal anunciou a abertura de linhas de crédito para capital de giro de micro e pequenas empresas e Microempreendedores Individuais (MEI), com taxas de juros até 30% menores do que as oferecidas no mercado. Esse crédito pode ser solicitado ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal (CEF), ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao Santander,ao Itaú e ao Bradesco. São considerados micro e pequenas empresas os negócios que têm receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões.
2.1.6 Cartão BNDES
Essa é uma das melhores opções de financiamento de uma empresa, devido as suas taxas de juros serem bastante reduzidas (atualmente, 1,12% ao mês. A partir de agosto, passará para 1,35% ao mês).
Similar a um cartão de crédito, o cartão BNDES visa financiar os investimentos do MEI e das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), oferecendo crédito pré-aprovado de até R$ 2 milhões e permitindo o pagamento em até 48 meses, em prestações fixas e iguais.  É emitido por instituições financeiras credenciadas pelo BNDES, como Banco do Brasil, Bradesco, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, dentre outras.
É importante saber que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal, vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e tem como objetivo apoiar empreendimentos ligados aos setores da economia, social, regional e ambiental.
Esse cartão somente pode ser utilizado para a aquisição de determinados bens estipulados pelo Banco, como computadores, softwares, móveis comerciais, materiais para construção civil, insumos para fabricação de móveis e produtos dos setores têxtil, cursos de qualificação profissional etc. As compras desses bens só podem ser realizadas pelo site do Cartão BNDES.
2.1.7 Microcrédito
	A Mais do que uma política de financiamento, o microcrédito se caracteriza como uma política de combate à pobreza. Foi criado na década de 1970 por Muhammad Yunus, economista e banqueiro natural de Bangladesh, com o intuito de estimular o empreendedorismo em populações muito pobres, sem acesso à créditos em banco. A idealização do microcrédito rendeu à Yunus o prêmio Nobel da paz, em 2006.
No Brasil, o microcrédito é um programa social de empréstimo impulsionado pelo governo federal, através do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO). Destina-se a pequenos empreendedores, formais ou informais, pessoa física ou jurídicas, que não têm como oferecer garantias reais a um banco e/ou possuem um faturamento anual muito pequeno (de até R$ 120 mil), motivo pelo qual encontram dificuldades em obter créditos em instituições financeiras.
Artesãos, vendedores, cabeleireiros, eletricistas, chaveiros, faxineiras são alguns exemplos de profissionais que podem acessar o microcrédito. Mas é necessário não possuir restrições em órgãos de proteção de crédito, como SPC, SERASA e CADIN.
Por ser uma modalidade de empréstimo com foco no social,  as taxas de juros cobradas são muito inferiores às linhas de crédito tradicionais do mercado. Dependendo do banco e da renda do tomador, as taxas variam entre 2% e 4% ao mês.  A quantia de dinheiro liberada também é baixa, mas pode ajudar o empreendedor a desenvolver o seu negócio e a aumentar a renda.
Diferente do que acontece no sistema financeiro tradicional, onde o interessado em tomar o empréstimo vai até o banco, nas instituições de microcrédito são os Agentes de Crédito que vão até o local onde o microempreendedor trabalha. Essa visita tem como objetivo avaliar as necessidades e as condições do empreendimento, o valor do financiamento necessário, a capacidade de pagamento do tomador de crédito, bem como acompanhar os resultados e a evolução do negócio.
Para solicitar o microcrédito, não é exigido comprovante de renda, mas é necessário apresentar alguma outra garantia, como um imóvel, ter um fiador, ou ainda um Grupo Solidário, formado por dois a cinco participantes da comunidade que possam assumir o pagamento desse empréstimo.
Para ter acesso ao microcrédito, é preciso entrar em contato com as instituições operadoras dessa modalidade na sua cidade, como o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Federal e Santander. 
2.2 CONTABILIZAÇÃO DE EMPRESTIMOS 
As contas de Empréstimos e Financiamentos registram as obrigações da entidade junto a instituições financeiras do País e do Exterior, cujos recursos são destinados para financiar imobilizações ou para capital de giro.
Como regra geral, os empréstimos e financiamentos são suportados por contratos que estabelecem o seu valor, forma e época de liberação, encargos incidentes, forma de pagamento, garantias além de outras cláusulas contratuais. Os empréstimos distinguem-se dos financiamentos pelo fato de que estes representam um crédito vinculado à aquisição de determinado bem, podendo ter a intervenção de instituição financeira ou diretamente com o fornecedor do bem. Por outro lado, os empréstimos são concessões de crédito em espécie, sem vinculação específica, muito embora conste do contrato a finalidade do mesmo.
Como exemplo de contabilização de empréstimos, temos a seguinte hipótese: Empréstimo requerido em 10/11 no valor de R$ 23.000,00, tendo R$ 650,00 de taxa de abertura de crédito, será pago em 25 parcelas no valor de R$ 1.250,00 e a primeira parcela vencerá em 10/12. IOF 2,5%.
Agora vejamos a contabilização dos eventos relacionados ao empréstimo citado acima:
	Data da liberação
	10/11/2018
	Primeiro vencimento
	10/12/2018
	Último vencimento
	10/12/2018
	Valor do Empréstimo solicitado
	 23.000 
	N° Parcelas
	25
	Valor da parcela
	1.250
	Valor total 
	31.250
	Taxa abertura de crédito
	650
	IOF 2,5%
	575
	Contabilizações
	
	
	D - Bancos c/ movimento
	 21.775 
	D - Taxas bancárias
	 650 
	D - IOF
	 575 
	D - Juros à transcorrer (redutor de empréstimo passivo circ.) 12 parcelas
	 3.960 
	D - Juros à transcorrer (redutor de empréstimo passivo não circ.)13 parcelas
	 4.290 
	C - Empréstimos à pagar (curto prazo 12 parcelas - Passivo Circulante)
	 15.000 
	C - Empréstimos à pagar (Longo prazo passivo não circulante) 13 parcelas
	 16.250 
	
	
	
Pagamento da Parcela com Apropriação de Juros
	
	
	D - Empréstimos à pagar (passivo circulante)
	 1.250 
	D - Despesas com Juros (despesa)
	 330 
	C - Juros a transcorrer (redutor de empréstimo - passivo circulante)
	 330 
	C - Bancos c/ Movimentos (ativo circulante)
	 1.250 
3 APLICAÇÃO FINANCEIRA
A aplicação de renda fixa é uma forma de investimento que traz um retorno financeiro já prefixado desde o momento da aplicação. Em outras palavras, quando o investidor aplica o seu dinheiro nesta modalidade de investimento, ele sabe o quanto renderá. A renda fixa oferece uma segurança maior para o investidor, o que atrai muitas pessoas que ainda não investiram e querem começar a aplicar seu dinheiro.
Os investimentos de renda fixa podem ser classificados quanto ao tipo do emissor do título ou de acordo com sua rentabilidade. O título prefixado é aquele que o investidor já sabe desde o começo qual é a taxa de retorno da sua aplicação. Já nas aplicações pós-fixadas acontece o contrário: o investidor só saberá qual é a sua margem de retorno na data de vencimento do título adquirido. Neste caso, a rentabilidade oscila de acordo com os índices usados. 
3.1 Tipos de Aplicações de Renda Fixa
3.1.1 LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio)
A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são dois tipos de investimento em renda fixa isentos de Imposto de Renda que costumam garantir retornos bem superiores ao da caderneta de poupança. Do ponto de vista do investidor, não faz muita diferença investir em LCI ou LCA – geralmente é melhor optar pelo papel mais rentável.
A LCI é um título de renda fixa emitido por um banco e lastreado por empréstimos imobiliários. Os títulos podem ter rentabilidade pré ou pós-fixada – ou seja, o investidor pode saber exatamente quanto vai receber durante o tempo de aplicação ou então terá um retorno que flutuará de acordo com as taxas de juros praticadas no mercado.
No caso das LCI pós-fixadas, o investidor receberá um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) negociado com a instituição que emite o título. O CDI costuma oscilar bem próximo à Selic, a taxa básica de jurosda economia brasileira, fixada pelo Banco Central a cada 45 dias. Normalmente, quanto maior o prazo e o valor da aplicação, maior o percentual do CDI pago aos investidores. Já no caso das LCI prefixadas, o investidor fica sabendo no momento da aplicação qual será seu rendimento, independentemente da oscilação do CDI no período.
Entre as principais vantagens da aplicação, está o fato de ela ser isenta de IR (Imposto de Renda), o que garante uma rentabilidade líquida maior, principalmente no longo prazo.
Outra vantagem é o fato de a LCI ser garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil. Isso quer dizer que, caso a instituição bancária onde você investe tenha problemas e, na pior das hipóteses, “quebre”, o FGC garante até este limite aplicado. Portanto, é como se o investidor contasse com um “seguro” contra perdas. Para quem quer investir mais do que R$ 250 mil, a dica é optar por vários títulos de instituições diferentes. Assim, o investidor poderá garantir um retorno mais elevado em um investimento cujo risco continuará muito baixo.
Riscos:
Crédito: A LCI tem o risco de crédito – ou seja, em caso de “quebra” do banco que emitiu o título, os investidores podem perder dinheiro. Entretanto, o fato deste investimento ser garantido pelo FGC até R$ 250 mil traz uma grande segurança para o investidor que respeitar esse limite.
Liquidez: A liquidez é a principal desvantagem da LCI, já que o título só pode ser resgatado no vencimento e o dinheiro não poderá ser movimentado até lá. Por isso é sempre importante adequar a aplicação ao seu objetivo. Se você está investindo para comprar um carro daqui a um ano, por exemplo, escolha um papel com vencimento em um ano.
Do ponto de vista do investidor, não há diferença entre investir em LCI ou LCA – o que muda é o lastro do papel. As LCA (Letras de Créditos do Agronegócio) são títulos emitidos por bancos garantidos por empréstimos concedidos ao setor de agronegócio. Esses títulos foram criados pelo governo com objetivo de ampliar os recursos disponíveis ao financiamento agropecuário.
A rentabilidade da LCA pode ser definida por taxa de juro pré ou pós-fixada. No caso da LCA prefixada, o investidor sabe qual será a remuneração no momento da compra do título. Já quando adquire uma LCA pós-fixada, a rentabilidade geralmente é baseada em um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), quem por sua vez, oscila sempre muito próximo da Selic (Taxa Básica de Juros). Isso quer dizer que, no caso da LCA pós-fixada, quanto mais alta estiver a Selic, maior será a rentabilidade do título, e vice-versa.
A LCA tem como uma das principais vantagens o fato de ser isenta de Imposto de Renda. Dessa forma, a rentabilidade líquida para o investidor é mais alta. Além disso, a aplicação também é garantida pelo FGC até o limite de R$ 250 mil, em caso de “quebra” do banco emissor. Para quem quiser investir mais do que R$ 250 mil em LCA, a dica é aplicar em títulos de instituições diferentes, garantindo segurança com um retorno elevado.
Pode ou não haver cobrança de taxa de custódia, mas muitas corretoras não vão cobrar nada se você também já investir em ações por intermédio da instituição. O título é isento de Imposto de Renda para pessoas físicas, assim como as LCI e a caderneta de poupança.
Riscos:
Crédito: A LCA tem o risco de crédito, em caso de “quebra” do banco que emitiu o título. Entretanto, o fato deste investimento ser garantido pelo FGC até R$ 250 mil traz maior segurança para o investidor que respeitar esse limite. É bastante recomendável que um investidor que tenha R$ 400 mil divida os recursos entre dois bancos diferentes (R$ 200 mil em cada um).
Liquidez: A LCA normalmente só pode ser resgatada no vencimento do título. Por isso, caso tenha algum imprevisto e precise do dinheiro com urgência, o investidor não poderá usá-lo e terá de busca outra forma de levantar recursos.
3.1.2 CDB (Certificados de Depósitos Bancários)
O CDB (certificado de depósito bancário) é um título que os bancos emitem para se capitalizar – ou seja, conseguir dinheiro para financiar suas atividades de crédito. Portanto, ao adquirir um CDB, o investidor está efetuando uma espécie de “empréstimo” para a instituição bancária em troca de uma rentabilidade diária.
Existem três tipos principais de CDB: o prefixado, o pós-fixado e híbrido.  A principal diferença entre eles é como a rentabilidade do título é determinada.
Nos CDBs pré-fixados, a taxa de juros já é definida no momento da aplicação, sendo possível determinar quanto renderá o investimento antes do vencimento do prazo do título. Para investir neste tipo de CDB, é bom observar a situação atual do mercado e avaliar os indicadores econômicos do país.
No caso dos CDBs pós-fixados, a rentabilidade é determinada através de um percentual sobre um índice, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Assim, se seu CDB usar a taxa CDI como referência, o retorno esperado poderia ser 110% do CDI no período de investimento sobre o valor inicial aplicado. A taxa CDI é o índice de referência mais utilizado para aplicações em CDB.
O CDB híbrido nada mais é que uma união do CDB pré-fixado com o pós-fixado: uma parte da rentabilidade é estabelecida no momento da aplicação e a outra parte é atrelada a um índice econômico, como o IPCA. Por exemplo, o rendimento do título seria calculado da seguinte forma: IPCA + 5% ao ano.
O tipo mais comum de CDB, no entanto, é o pós-fixado. Neste caso, a rentabilidade do investimento é baseada em alguma taxa de referência. A principal delas é o CDI (certificado de depósito interbancário), que está sempre muito próxima da Selic (taxa básica de juros).
Isso quer dizer que, ao comprar um CDB pós-fixado, você terá uma rentabilidade parecida com a Selic. Mas é preciso se atentar ao seguinte: o percentual que será pago do CDI não é fixo e pode variar de banco para banco, dependendo do valor investido e da negociação efetuada. Existem instituições que oferecem uma rentabilidade de 70% do CDI enquanto outras chegam a pagar 115%, por exemplo. Outro ponto importante e que deve ser levado em consideração na hora de optar por um CDB é o fato de esta aplicação ser garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até o limite de R$ 250 mil. Caso o banco emissor do CDB quebre, o investidor tem a segurança de ter até este valor garantido pelo fundo. Mas atenção: caso você tenha mais dinheiro, o ideal é dividir os recursos entre diferentes instituições financeiras de forma que nunca tenha mais de R$ 250 mil aplicados em papéis de um mesmo banco.
3.1.3 Tesouro Direto
Tesouro Direto é um programa do Governo Federal desenvolvido em 2002 através de uma parceria entre o Tesouro Nacional e a B3 (antiga BM&FBovespa). O objetivo desse programa é facilitar o acesso de pessoas físicas à investimentos em títulos públicos através da internet.
Os títulos públicos são uma forma do governo captar dinheiro para a sua gestão, como por exemplo para as áreas da saúde, educação e infraestrutura. Antes desse programa, era difícil e menos rentável investir no Tesouro Direto, pois só era possível fazê-lo através de fundos de investimento em renda fixa, ou seja, de forma indireta.
O Tesouro Direto possui uma rentabilidade superior comparada a caderneta de poupança, e essa vantagem se torna mais significativa ao longo dos anos, com uma aplicação mínima de R$ 30 já é possível realizar a compra de um título. Ao comprar um título, o Tesouro Nacional paga juros sobre o valor investido durante o tempo da aplicação. Ele é um dos investimentos mais seguros do mercado, pois todo o investimento é feito ao Governo Federal. Ou seja, além de render, ainda temos a tranquilidade de que o nosso dinheiro estará seguro.
O Tesouro Direto é um investimento muito conveniente, pois é possível investir e acompanhar os seus títulos através da internet. Sua liquidez dos títulos é diária. Todo dia através da plataforma do Tesouro Direto ocorre a recompra e venda dos títulos do Tesouro, mesmo que o investidor não tenha ficado com o título pelo prazocontratado. Contudo, o título só pode ser vendido a preço de mercado do dia da operação de venda. Em todo caso, esse tipo de investimento dá segurança e liberdade para manusear o título da forma mais adequada para cada um. Existem cinco tipos de títulos, com perfis diferentes, para investimentos a curto, médio e longo prazo. Por exemplo, se a intenção é investir para comprar um imóvel, existem títulos que são mais rentáveis do que simplesmente reservar o dinheiro mensalmente na poupança para conseguir realizar a entrada da casa ou apto. Um outro objetivo pode ser a aposentadoria. Podem ser encontrados títulos de diversos prazos, porém quanto maior o tempo investido maior a rentabilidade.
Os custos do Tesouro Direto costumam ser mais baixos que os de fundos DI e de renda fixa:
· Taxa de Custódia - Cobrada pela BM&FBovespa sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos. A taxa é cobrada semestralmente e representa o equivalente a 0,3% ao ano
· Taxa dos agentes de custódia - As taxas cobradas pelos agentes de custódia são livremente acordadas com os investidores. São cobradas pelas corretoras. O Tesouro Nacional disponibiliza uma tabela com o valor cobrado por cada corretora.
Como em qualquer aplicação de renda fixa sem isenção, sobre os ganhos com títulos do Tesouro Direto também são cobrados impostos. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é devido apenas quando o prazo da aplicação for inferior a 30 dias. Já o Imposto de Renda é sempre obrigatório. A alíquota é de 22,5% do lucro para investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos de 721 dias ou mais.
3.1.4 Debêntures	
A debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora. 
Consiste em um instrumento de captação de recursos no mercado de capitais, que as empresas utilizam para financiar seus projetos. É uma forma também de melhor gerenciar suas dívidas. Os recursos captados pela empresa por meio da distribuição de debêntures podem ter diferentes usos: investimentos em novas instalações, alongamento do perfil das dívidas, financiamento de capital de giro etc. Ao disponibilizar seus recursos para serem utilizados pela empresa, o comprador (ou debenturista, debenturista proprietário, titular de debênture, como é chamado) faz jus a uma remuneração. 
Desta forma, a debênture é um título de crédito privado em que os debenturistas são credores da empresa e esperam receber juros periódicos e pagamento do principal - correspondente ao valor unitário da debênture - no vencimento do título ou mediante amortizações nas quais se paga parte do principal antes do vencimento, conforme estipulado em um contrato específico chamado "Escritura de Emissão". 
Em regra, a competência para deliberar sobre a emissão de debêntures é privativa da assembleia geral de acionistas, que deverá fixar as condições e critérios da emissão. Entretanto, na companhia aberta, o conselho de administração poderá deliberar sobre a emissão de debêntures não conversíveis em ações, respeitadas as condições estatutárias. Além disso, o estatuto da companhia aberta poderá autorizar o conselho de administração a deliberar sobre emissão de debêntures conversíveis em ações, desde que dentro do limite de capital autorizado e respeitadas as condições estabelecidas em Lei. Uma mesma emissão pode ter várias séries, de forma a adequar o recebimento dos recursos às necessidades da empresa. 
Os maiores compradores das debêntures no mercado brasileiro são os chamados investidores institucionais, tais como grandes bancos, fundos de pensão e seguradoras, os investidores estrangeiros, além dos investidores individuais.
Na emissão de debêntures, é obrigatória a elaboração de um documento chamado "Escritura de Emissão", onde são especificados os direitos e deveres dos debenturistas e da emissora.
A escritura de emissão de debêntures distribuídas ou admitidas à negociação no mercado terá obrigatoriamente a intervenção de um "Agente Fiduciário dos debenturistas", que poderá ser uma pessoa física que atenda aos requisitos para o exercício de cargo em órgão de administração da companhia, ou instituição financeira que tenham por objeto social a administração ou a custódia de bens de terceiros. O Agente Fiduciário representa os interesses dos debenturistas, verificando o cumprimento das condições pactuadas na Escritura, além de ser responsável pela elaboração de relatórios de acompanhamento. Outros agentes também participam da emissão e distribuição das debêntures, tais como a instituição líder, os intermediários contratados, um banco mandatário e escriturador, auditores independentes e consultores legais.
Nas ofertas públicas de distribuição de debêntures (registradas na CVM), todas as informações relativas à emissão são encontradas no Prospecto de Distribuição, o qual é disponibilizado aos investidores durante a oferta.  Esse Prospecto deve seguir a regulamentação da CVM (Instrução CVM Nº 400/03). No entanto, as debêntures podem também ser distribuídas com esforços restritos, de acordo com a instrução CVM nº 476/09, sujeitas a regras mais simples. Porém, nessa hipótese, a oferta somente poderá ser dirigida a no máximo cinquenta investidores qualificados e subscrita ou adquirida por no máximo vinte desses investidores, com restrições para as negociações.
Os debenturistas são credores da Companhia e são remunerados pelo investimento (juros fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia, prêmio etc.), nas condições e prazos definidos na Escritura, além da quantia relativa ao valor investido, que pode ser recebida no vencimento, ou antes, mediante amortização do valor nominal da debênture. O vencimento da debênture ocorre na data fixada na Escritura, que pode variar conforme as condições de emissão, podendo a companhia estipular amortizações parciais de cada série, bem como se reservar o direito de resgate antecipado, parcial ou total, dos títulos de mesma série. No entanto, há um tipo especial de debênture, chamada de "Perpétua", que não possui data de vencimento pré-estabelecida. Caso previsto na Escritura, e com a concordância dos debenturistas e da Companhia, as condições definidas na emissão podem ser repactuadas.
A emissão da debênture poderá ser efetuada com ou sem garantias. No caso da emissão com garantia, temos: 
· Garantia Real - envolvendo o comprometimento de bens ou direitos que não poderão ser negociados sem a aprovação dos debenturistas, para que a garantia não fique comprometida.
· Garantia Flutuante - assegura privilégio geral sobre o ativo da emissora, mas não impede a negociação dos bens que compõe esse ativo.
Existem dois tipos de emissões sem garantia: as Quirografárias (debênture sem privilégio) e as Subordinadas. Em ambos os casos, o debenturista não terá nenhuma garantia ou preferência no caso de liquidação da companhia. Em caso de liquidação da companhia, no pagamento de suas obrigações com os credores, as Quirografárias precedem às Subordinadas.
Por meio da conversibilidade, as debêntures podem ser convertidas em ações, podendo ser classificadas como:
· Simples - não podem ser convertidas em ações da companhia emissora.
· Conversíveis - possuem cláusula permitindo que sejam convertidas em ações ao término de prazo determinado ou a qualquer tempo, conforme estabelecido na escritura de emissão.
Antes de investir em debêntures o investidor deve requisitar o Prospecto à instituição intermediária da qual é cliente. O prospecto deve ser lido por inteiro, com especial atenção para as seguintes seções:
· Fatores de Risco: nessa seção devem ser apresentados os riscos mais importantes aos quais o investidor estará exposto ao comprar as debêntures;
· Discussão e Análise da Administração sobre as Demonstrações Financeiras: seção na qual os diretores da companhia fazem uma análise qualitativa sobre a situação financeira e sobre o resultado das operaçõesda companhia;
· Escritura de Emissão: onde constam os direitos conferidos pelas debêntures e suas garantias, se houver.
· Relatório de Classificação de Risco: documento elaborado por empresas de classificação de risco, que avalia o grau de risco da empresa e sua capacidade de honrar as obrigações assumidas na emissão das debêntures, ou seja, o pagamento do principal e sua remuneração.
As debêntures podem ser negociadas na BM&FBOVESPA, em mercado de bolsa ou de balcão organizado, ou na CETIP. Sendo elas um ativo menos líquido que as ações, o investidor deverá ficar atendo às condições de mercado quando desejar sair do investimento.
Abaixo seguem as principais características das Debêntures:
· A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread, Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
· São negociadas no balcão e registradas na Cetip ou no BovespaFix;
· Podem contar com a isenção de IR e IOF (para pessoa física) no rendimento e no ganho de capital, caso estejam enquadradas como debêntures de infraestrutura (Lei 12.431);
· Liquidez restrita no mercado secundário;
· Produto registrado na CETIP em nome do cliente (CPF/CNPJ).
3.2 Tributação sobre Aplicações Financeira
Para saber o quanto um investimento rende na prática, não basta apenas considerar o seu rendimento bruto. É necessário verificar os impostos que incidem sobre ele e descontá-los do resultado final. Os investimentos feitos no Brasil têm a incidência de dois diferentes tributos: IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR (Imposto de Renda).
3.2.1 IR (Imposto de Renda)
O Imposto de Renda Retido na Fonte é uma obrigação tributária principal em que a pessoa jurídica ou equiparada, está obrigada a reter do beneficiário da renda, o imposto correspondente, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de Renda.
O sistema de retenção do Imposto de Renda na Fonte tem as seguintes características: 
· Atribuição a fonte pagadora do rendimento ou encargo de determinar a incidência;
· Esta mesma fonte pagadora calcula o imposto devido pelo beneficiário do rendimento;
· Dedução do Imposto do rendimento a ser pago;
· Recolhimento mediante documento específico e;
· Regimes de retenção exclusiva na fonte ou antecipação do devido no ajuste anual. 
Nas aplicações financeiras, o IR incide sobre os rendimentos obtidos com uma aplicação e que variam conforme o seu prazo. Em outras palavras, isso significa que o investidor não paga o IR sobre o valor total que foi aplicado, mas sim sobre os lucros que obteve a partir de seu investimento.
Conforme a instrução normativa 1.585/2015, Art. 46:
Os rendimentos das aplicações financeiras, auferidos por qualquer beneficiário, estão sujeitos a incidência do imposto de renda na fonte no momento do seu pagamento, nas seguintes alíquotas:
22,5% (vinte e dois e meio por cento) para aplicações com prazo de até 180 dias;
20% (vinte por cento) para aplicações com prazo entre 181 dias até 360 dias;
17,5% (dezessete e meio por cento) para aplicações com prazo entre 361 dias até 720 dias ou;
15% quinze por cento, para aplicações com prazo superior a 720 dias.
Para fins de tributação, são considerados fundos de investimento de longo prazo aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou superior a 365 dias. Eles estão sujeitos à incidência de Imposto de Renda na fonte com as alíquotas conforme a tabela acima. 
3.2.2	IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
O IOF trata-se de um imposto Federal, que incide sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. Sua base de cálculo é diferente para cada tipo de operação e, com isto, suas alíquotas variam. Ele é regulamentado pelo Decreto Nº 6.306/2007. 
O fato gerador do IOF é a entrega do montante (principal + juros) ou do valor que constitua o objeto da obrigação, conforme o artigo Art. 3º do Decreto Nº 6.306/2007:
O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado.
1o  Entende-se ocorrido o fato gerador e devido o IOF sobre operação de crédito:
I - na data da efetiva entrega, total ou parcial, do valor que constitua o objeto da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado;
II - no momento da liberação de cada uma das parcelas, nas hipóteses de crédito sujeito, contratualmente, a liberação parcelada;
III - na data do adiantamento a depositante, assim considerado o saldo a descoberto em conta de depósito;
IV - na data do registro efetuado em conta devedora por crédito liquidado no exterior;
V - na data em que se verificar excesso de limite, assim entendido o saldo a descoberto ocorrido em operação de empréstimo ou financiamento, inclusive sob a forma de abertura de crédito;
VI - na data da novação, composição, consolidação, confissão de dívida e dos negócios assemelhados, observado o disposto nos §§ 7o e 10 do art. 7o;
VII - na data do lançamento contábil, em relação às operações e às transferências internas que não tenham classificação específica, mas que, pela sua natureza, se enquadrem como operações de crédito.
Nas aplicações financeiras, o IOF é cobrado em saques com menos de 30 dias de aplicação. Para CDBs, Fundos DI e Fundos de Curto prazo, a tributação ocorre para saques com menos de 30 dias de aplicação, sobre a rentabilidade, e é proporcional ao número de dias aplicados. A alíquota, nesse caso, é regressiva, ou seja, diminui à medida que aumenta o prazo de aplicação. Neste contexto, as alíquotas variam de 96%, para aplicações por 1 dia, até 3% para aplicações por 29 dias. Há casos em que o valor é fixo e outros em que o desconto ocorre sobre a rentabilidade, podendo variar proporcionalmente de acordo com o tempo da aplicação.
Tabela Regressiva do IOF:
	Dias
	IOF (%)
	Dias
	IOF (%)
	Dias
	IOF (%)
	1
	96
	11
	63
	21
	30
	2
	93
	12
	60
	22
	26
	3
	90
	13
	56
	23
	23
	4
	86
	14
	53
	24
	20
	5
	83
	15
	50
	25
	16
	6
	80
	16
	46
	26
	13
	7
	76
	17
	43
	27
	10
	8
	73
	18
	40
	28
	6
	9
	70
	19
	36
	29
	3
	10
	66
	20
	33
	30
	0
3.3 CONTABILIZAÇÃO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA
As aplicações financeiras são classificadas:
a) No Ativo Circulante;
a.1) Em disponibilidades, quando resgatáveis a qualquer tempo, sem limite de prazo;
a.2) Como investimentos temporários, quando resgatáveis no prazo de até 12 meses.
b) No Ativo Não Circulante, no subgrupo Ativo Realizável a Longo Prazo, quando resgatáveis após 12 meses.
Como exemplo, vamos supor que uma empresa vai aplicar um valor de R$1.000,00, com a taxa de juros de 10% a.m. e resgate após 30 dias:
	Lançamento Contábil da Aplicação
	
	
	D – Aplicações Financeiras
	 1.000 
	C – Banco conta movimento 
	 1.000 
	
	
	Lançamento Contábil após 30 dias
	
	
	C – Banco conta movimento 
	 1.075 
	C – IOF 
	 10 
	D – IRRF s/ Aplicações financeiras
	 15 
	C – Receitas Financeiras
	 100 
	C – Aplicações Financeiras 
	 1.000 
	
	
	Cálculo
	
	Montante aplicado de 1.000,00 x 10% taxa de correção
	Receita Financeira - R$ 100,00
	IOF - 10,00
	IRRF (15%) - R$ 15,00
	R$ 15,00
3.4 CONCLUSÃO
Neste trabalho, abordamos os conceitos de empréstimos que é um contrato entre o cliente e uma instituição financeira (banco, cooperativa de crédito, caixa econômica) pelo qual o cliente recebe uma quantia em dinheiro, que deverá ser devolvida em prazo determinado, acrescida dos juros acertados. É o meio pelo qual uma pessoa, seja física ou jurídica, transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário (devedor), sob determinada condição, correndo por conta do mutuário todos os riscos dela, desde a tradição. As Instituições Financeiras, emprestam dinheiro ao devedor, mediante pagamento de juros.
Abordamos também sobre as aplicações financeiras e os tributos incidentes nelas. A aplicação de renda fixa é uma forma de investimento que traz um retorno financeiro já prefixado desde o momento da aplicação. Em outras palavras, quando o investidor aplica o seu dinheiro nesta modalidadede investimento, ele sabe o quanto renderá. A renda fixa oferece uma segurança maior para o investidor, o que atrai muitas pessoas que ainda não investiram e querem começar a aplicar seu dinheiro. 
Para saber o quanto um investimento rende na prática, não basta apenas considerar o seu rendimento bruto. É necessário verificar os impostos que incidem sobre ele e descontá-los do resultado final. Os investimentos feitos no Brasil têm a incidência de dois diferentes tributos: IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR (Imposto de Renda).
Nas aplicações financeiras, o IR incide sobre os rendimentos obtidos com uma aplicação e que variam conforme o seu prazo. Em outras palavras, isso significa que o investidor não paga o IR sobre o valor total que foi aplicado, mas sim sobre os lucros que obteve a partir de seu investimento.
Já o IOF é cobrado em saques com menos de 30 dias de aplicação. Para CDBs, Fundos DI e Fundos de Curto prazo, a tributação ocorre para saques com menos de 30 dias de aplicação, sobre a rentabilidade, e é proporcional ao número de dias aplicados. A alíquota, nesse caso, é regressiva, ou seja, diminui à medida que aumenta o prazo de aplicação.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PINTO, João Roberto Domingues. Imposto de Renda, Contribuições Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples.15 ed. Porto Alegre, 2007.
OLIVEIRA, Luis Martins de. Manual de Contabilidade Tributária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Sites:
https://www.bcb.gov.br/pre/pef/port/folder_serie_I_emprestimos_e_financiamentos.pdf
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/emprestimosefinanciamentos.htm
https://www.jornalcontabil.com.br/conheca-as-principais-modalidades-de-emprestimo-para-voce-expandir-a-sua-empresa/
https://educacaocoletiva.com.br/assets/system_files/material/phpCggYZ11779.pdf
http://www.portalava.com.br/ava/includes/downloads/Livro_contabilidade_intermediaria2.pdf
https://portalesafaz.sefaz.pe.gov.br/moodle/cursos/Conceito_Contabilidade_atual/apostila/Apostila%20de%20Contabilidade.pdf
https://www.coachfinanceiro.com/portal/o-que-e-aplicacao-financeira-de-renda-fixa/
http://borainvestir.com/nao-sabe-o-que-e-lci-e-lca-entenda-aqui/
https://www.infomoney.com.br/lci-lca/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6306.htm
https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/tributos-entenda-a-incidencia-de-iof-e-ir-em-aplicacoes-de-renda-fixa/
http://www.comocontabilizar.com.br/como-contabilizar-aplicacoes-financeiras-renda-fixa/

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