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Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1 1 MED RESUMOS 2011 NETTO, Arlindo Ugulino; ELOY, Yuri Leite. SEMIOLOGIA SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA (Professora Alexandrina Lopes) A pediatria pode ser conceituada como a especialidade da medicina que cuida do ser humano durante seu período de desenvolvimento: da fecundação à puberdade. Desta forma, a semiologia pediátrica é definida como a ciência que estuda os sinais e sintomas que vão constituir as síndromes na infância, com finalidade diagnóstica. Portanto, a semiologia pediátrica é a ferramenta que médico pediatra lança mão para guiá-lo na consulta pediátrica. Ela é, basicamente, composta por três partes: Anamnese Exame Físico Exames Complementares ANAMNESE A anmanese do paciente pediátrico deve ser o mais completa e detalhada possível, representando a evolução da criança até o momento da consulta. Para isso, é necessário ao pediatra utilizar uma linguagem acessível e demonstrar respeito e interesse na história contada pelo paciente. Os seguintes passos caracterizam a anamnese: a) Identificação; b) Queixa Principal (QP) c) História da Moléstia Atual (HMA) d) Antecedentes Gineco-obstétricos (AGO) e) História Mórbida Pregressa (HMP) f) Antecedentes Alimentares (AA) g) Desenvolvimento Psico-motor (DPM) h) Antecedentes Imunológicos (AI) i) História Mórbida Familiar (HMF) j) Revisão de sistemas (RS) k) Condições e Hábitos de Vida (CHV) Durante a anamnese, o médico deve coletar uma história clínica adequada, preferencialmente com a ajuda do responsável legal pela criança. Dessa forma, o médico deve estabelecer os fatos relevantes da anamnese, levantar todos os achados clínicos relevantes, confrontar os achados da anamnese para a realização do exame físico, identificando os fatos veríditos e dessa forma exclindo excessos e percebendo alterações não relatadas pela mãe ou criança. Depois disso, o médico deve formular um diagnóstico hipotético, baseado nos sinais e sintomas coletados e comprovados através dp exame físico e, da mesma forma, estabelecer o diagnóstico diferencial com outra entidades nosológicas. Com essas medidas, pode-se estabelecer com segurança o plano terapêutico daquele paciente. Caso seja necessário, pode-se fazer uma investigação complementar, para tornar o diagnóstico mais claro. Identificação. A identificação possui múltiplos interesses. O primeiro deles é de iniciar o relacionamento com o paciente. Saber o nome de uma paciente é indispensável para que se comece um processo de comunicação em nível afetivo. São obrigatórios os seguintes interesses: Nome; Data de nascimento; Sexo; Cor; Naturalidade; Procedncia; Tipo de residncia; Ocupao (estudante?). Deve-se escrever o nome completo do paciente, por extenso (no entanto, para fins de apresentação de casos clínicos com ilustração visual ou em publicação, o nome do paciente deve ser registrado apenas pelas iniciais). Os dados introdutórios devem ser anotados de modo telegráfico e de forma dissertativa, de preferência. Anote também data de internação, número da enfermaria, do leito e o hospital. Queixa principal. Em poucas palavras, registra-se a queixa principal que levou o paciente a procurar o médico, além do tempo de duração do sinal deste sinal. Portanto, a queixa principal registra o motivo pelo qual a família levou a criança ao médico e deve ser escrito com as próprias palavras do informante. A QP é, em outras palavras, a resposta da seguinte pergunta: “Qual o problema que o (a) trouxe consulta? H quanto tempo o(a) senhor(a) sente isso?”. A resposta deve ser reescrita pelo médico buscando seguir os seguintes pontos: Repetir as expressões utilizadas pelo paciente; Incluir sempre a duração da queixa. Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1 2 História Mórbida Atual. É a parte principal da anamnese e costuma ser a chave-mestra para se chegar ao diagnóstico. Tudo que foi dito, quando analisamos o método clínico e a anamnese, encontra sua melhor aplicação na feitura da história da doença atual (HDA). Esta HDA deve conter as seguintes informações: Início e evolução da doença; Sintomas associados; Medicamentos utilizados (se houve melhora ou não); Escrever em ordem cronológica e linguagem técnica; Intervir e investigar - quando necessário; História Mórbida Pregressa. Neste momento, devemos coletar dados sobre as doenças e internações ocorridas anteriormente: infecções; doenças próprias da infância; procedimentos cirúrgicos; alergias; uso de medicamentos; etc. Antecedentes Gineco-obstétricos. Os seguintes pontos devem ser abordados: Estado de saúde da mãe durante a gestação; Idade da mãe; Grupo sanguíneo e Rh; Intercorrências no parto; Se fez pré-natal (número de consultas); Tipo de parto e local; Condições de nascimento. Antecedentes Alimentares. É necessário levantar os seguintes questionamentos: Se foi amamentado exclusivo ao seio materno e quanto tempo; Idade do desmame e condições; Qualidade e quantidade dos alimentos ofertados; Número de refeições; Pesquisar intolerância ou alergia alimentar. Desenvolvimento Psico-motor. Assinalar c/ que idade:-sorriu ,sustentou a cabeça, sentou, engatinhou, andou; Quantidade e qualidade do sono; Controle esfíncteres; Sociabilidade; Escolaridade e aproveitamento escolar. Antecedentes imunológicos. Verificar carteira de vacinas; Verificar sinal de BCG; Obter informações sobre reações vacinais. História mórbida familiar. Pesquisar doenças na família; Idade,sexo e estado de saúde dos irmãos; Idade e estado de saúde dos pais. Revisão dos sistemas. Diurese e aspecto da urina; Hábito intestinal. Condições de hábito de vida. Condições da habitação:número de cômodos ,banheiro,água encanada,rede de esgoto,luz elétrica; Escolaridade dos pais; Quem mora na casa; Uso de cigarros, álcool e drogas pela criança ou parente. EXAME FSICO Neste ponto, é pertinente fazer a seguinte observação: o exame físico na criança não segue as regras estabelecidas para o exame físico sistemático dos adulto. Geralmente, o médico pediatra deve iniciar o exame pela região que esteja mais acessível e/ou que seja menos estressante ou dolorosa para criança, de modo que o paciente aceite, com uma maior facilidade, o exame. No próprio colo da mãe, por exemplo, o médico pediatra já é capaz de avaliar o padrão respiratório do paciente, a presença de deformidades ou abaulamentos, coloração da pele, batimentos de aletas nasais, sinais evidentes de síndromes, etc. Só então devemos iniciar alguns procedimentos e técnicas que são desagradáveis (o que inclui: oroscopia, otoscopia, exame ocular e inspeção da região inguinal). Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1 3 OBS1: Durante o exame físico, a cooperação da criança é indispensável para que o exame tenha algum valor diagnóstico. Crianças estressadas inquietas tornam a avaliação médica dificultosa e incômoda (principalmente para mães e acompanhantes). Com isso, algumas medidas simples podem acalmar a criança, tais como: Conquistar amizade da criança: item indispensável para avaliação dessa criança, isso é importante não só para a a consulta, mas também porque o vínculo pediátrico com aquela estará presente até os 21 anos. Falar com voz suave; Explicar antes o que vai fazer: Evite dominar a criança; Iniciar por áreas menos ameaçadoras ou incômodas para a criança; Procedimentos desagradáveis no fim (avisar a criança sobre a realização de exames de sangue e ainda exames de imagem) Aquecer mãos e equipamentos; Usar objetos para distração. OBS2: O local do exame físico também é um fator relevante. Como foi dito anteriormente,os consultórios pediátricos são salas decoradas de modo que a criança se sinta mais agradável. Para o médico, deve ser um ambiente bem iluminado, com temperatura ambiente, tendo espaço e aparelhos adequados para a realização dos exames. Geralmente consultórios médicos muito frios podem mascarar algumas patologias e simular outras. Salas muito frias podem predispor as crianças a hiportemia e cianose. Por isso, deve-se sempre tentar manter o consultório em uma temperatura ambiente. OBS3: Com relação a faixa etária, as consultas podem ser conduzidas de maneiras diferentes: 1os meses: nos primeiros meses de vida, a consulta não é tão dificultosa, e geralmente é feito acompanhamentos mensais até o 3º mês, avaliando o diâmetro torácico, perímetro cefálico, peso, avaliação e confirmação de vacinas, exame físico do tórax, abdome e genitália externa. 6 - 8 meses 2 - 3 anos: Geralmente nessa época a consulta passa a se tornar mais dificil. A partir dos 6 meses a criança já é capaz de reconhecer os pais, daí a importância de frequentar sempre o mesmo pediatra, pois com a criança identificando aquela pessoa, a consulta se tornará mais tranquila. Pré-escolar: nessa fase as consultas já são direcionadas para a queixa principal do paciente, entretanto deve- se sempre lembrar de alguns itens que são indispensáveis durante a realização do exame. Escolares / Adolescentes: nos adolescentes normalmente na primeira consulta não é necessária uma avaliação completa, embora adolescente, sabendo das diversas alterações que ocorrem nessa idade, deve-se primeiro conquistar sua confiança para realizar um exame mais específico, ou seja, que seja necessário retirar a roupa. De um modo geral, durante o exame físico de uma criança, o médico vai comprovar todos os achados que foram relevantes coletados durante a anamnese. Dessa forma, os sinais (dados que podem ser verificados de maneira objetiva) e os sintomas (dados subjetivos, que o médico só terá conhecimento com o relato do paciente) poderão ser evidenciados e, desta forma, caracterizar síndromes (conjunto de sinais e sintomas que estão ligados alguma mesma entidade nosológica) e, portanto, todos estes dados devem ser cuidadosamente investigados pelo médico, para que possa ser estabelecido uma hipótese diagnóstica concreta. Em resumo, o exame físico caracteriza-se por: Avaliação dos aspecto gerais e dados vitais Medidas antropometricas Avaliação de órgãos e sistemas AVALIAÇAO DOS ASPECTOS GERAIS (ECTOSCOPIA) Neste momento inicial do exame físico, devemos observar o aspecto geral da criança logo ao chegar, dando ênfase ao seguintes dados: Nível de consciência Atitude e posição: posição que o paciente adota com a finalidade de se sentir confortável. o Atípica (normal): não há preferências. o Típica: Sugere um desconforto. Genupeitoral: geralmente a criança adota essa posição, pois ela permite uma melhor oxigenação e ventilação, por isso, nesses casos deve-se suspeitar de alguma cardiopatia congênita. Ortopnêica: em crianças a ortopnéia deve-se sempre pensar em edema agudo de pulmão. Nesses casos o exame do aparelho respiratório é de extrema importância, podendo nesses casos auscultar ruídos adventícios (estertores finos), mostrando na radiografia congestão bilateral. Diferentemente em adultos ocorre devido a enfisema pulmonar, cardiopatias, insufiência cardíaca congestiva. Cócoras: Também sugere doenças cardíacas. Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1 4 Antálgica: pode se manifestar de vrias formas: (1) Colocao da mo sobre o local, (2) decbito lateral sobre o local, (3) decbito lateral oposto ao local, (4) decbito ventral, (5) decbito dorsal / flexo MMII. Posições contraturais: (1) Opisttono: contratura muscular intensa em que a criana permanea apoiada sobre os calcanhares e regio nuncal. Pode ocorrer devido a irritao men ngea infecciosa (meningite) ou ainda, nos casos avanados de ttano; (2) Orttono, (3) Pleurottono, (4) Gatilho. Condições de higiene Ativo ou hipoativo Estado psíquico Biotipo: Longil neo; Brevil neo; Normol neo; Fala: Disfonia; Afonia; Disfasia; Dislalia; Dislexia. Marcha: forma de andar da criana. o Atxica: leses do SNC Tabtica: leses posteriores da medula Cerebelar: leses cerebelares o Escarvante / Partica. Leso de nervos perifricos Leses Esquistossomticas da medula o “Em Foice”: Hemiplegias o Anserina ou “de pato”: Miopatias o “De passos midos”: Doena de Parkinson o Claudicante: Dor ao andar Coloração da pele: um sinal cl nico importante nesses pacientes a palidez cutâneo-mucosa. Este sinal pode ser simplesmente devido a uma m-alimentao, ou ainda, predizer condies graves, como ocorre por exemplo, nos casos de hipoxemia, que mesmo a criana com hemograma normal, apresenta-se plida, nesses casos necessria a utilizao de O2. Quando a palidez est acompanhada de sudorese, extremidade frias, oligria, pode ser devido a hipotenso, sinais importantes de choque (inclusive, diferentemente do adulto, a hipotensão é um sinal tardio de choque na criança). Dados vitais: Temperatura em graus Celsius: axilar, auricular e retal. Frequncia card aca; Pulso; Frequncia respiratria. Peso: o Desnutrição: ocorre naqueles casos em que h um deficit alimentar, nesses casos so chamadas de desnutrio primria. J nos casos de desnutrio secundria, ocorre devido a patologias espec ficas. o Obesidade: o resultado de um desequil brio energtico, em que, a oferta maior que a gasto de energia. Com isso, o alimento armazenado na forma de tecido adiposo. OBS4: importante estabelecer o diagnstico diferencial de edema com obesidade. Geralmente crianas desnutridas apresentam um quadro de hipoproteinemia e, devido a um desequil brio osmtico, podem apresentar edema generalizado, o que erroneamente pode ser interpretado pelas mes como obesidade. Alm disso, ainda necessrio fazer diagnstico diferencial com doenas renais. Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1 5 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Os dados aqui obtidos devem ser colocados em grficos espec ficos, e incluem: Peso Estatura Per metro ceflico Per metro torcico Per metro abdominal Peso. A pesagem de recm-nascidos (com at 16kg) deve ser feita em balanas prprias para esta faixa etria; quando acima de 16kg, utilizar balana para adultos. IDADE PESO (kg) 03 a 12 meses Idade (meses) + 92 01ano a 6 anos Idade (anos) x 2 + 8 07anos a 12 anos Idade (anos) x 7 - 52 Quanto ao ganho de peso, devemos considerar o seguinte padro: Primeiros 4 ou 5 dias –ocorre perda fisiolgica de 3 a 10% do peso; O peso se recupera em torno do dcimo dia de vida; Primeiro trimestre-em mdia-30g/dia; Segundo trimestre-20g/dia; Terceiro trimestre-10g/dia; Dobra o peso de nasc. entre 5 e 6 meses; Triplica o peso de nasc. em torno os 12 meses; Aos 5 anos-dobra o peso em relao aos 12 meses; Aos 10 anos -triplica o peso em relao aos 12 meses; Aos 14 anos -quadruplica o peso em relao aos 12 meses; Estatura. A medio da estatura deve ser feita mensalmente, pelo menos, e devidamente registrada nas curvas de crescimento. Para crianas menores de 2 anos, devemos med -la deitada, com antropmetro de Harpender; para crianas maiores de 2 anos, a medio deve ser feita em p, com escala mtrica ou em balana antropomtrica. Desta forma, temos os seguintes padres para aumento da estatura: Primeiro ano de vida- 25 cm; Segundo ano de vida- 12,5 cm; Terceiro ano de vida- 9 cm; Cerca de 6cm/ano at a puberdade; Entre 4 e 5 anos - duplica a estatura em relao ao nascimento; Entre12 e 13 anos - triplica a estatura em relao ao nascimento; Perímetro cefálico. A medio do per metro ceflico deve ser feito com aux lio de fita mtrica, passando pela glabela e pelo occip cio, sem abranger as orelhas. O padro normal o que segue: Primeiro ano de vida em torno de 12 cm; Primeiro semestre 1cm /ms; Segundo semestre cm /ms. AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS E SISTEMAS Os seguintes parmetros devem ser avaliados: Cadeias ganglionares Cabea e pescoo Exame do trax Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1 6 Aparelho cardiovascular Exame do abdome Exame da regio inguinal Exame da genitlia Exame do aparelho osteoarticular Otoscopia Exame da boca. Exame das cadeias ganglioares. Localizao Tamanho Consistncia Mobilidade Coalescncia Sensibilidade dolorosa Exame da cabeça e pescoço. a) Observao de fcies; b) Inspeo de crnio: simetria; formato; proporo craniofacial; presena de abaulamentos; implantao de cabelos. c) Palpao de crnio: consistncia ssea; juno das suturas; abaulamentos; palpam-se fontanelas: anterior-bregmtica (18m) e posterior-lambdide(1m). d) Orelhas: implantao(normal-borda sup.do pavilho se encontra na mesma altura dos cantos internos dos olhos); formato; presena de conduto auditivo; alteraes peri auriculares. f) Nariz: forma; permeabilidade das narinas; presena de secrees; crianas maiores: rinoscopia anterior-cor e brilho da mucosa e presena e aspecto das secrees. h) Pescoo: inspeo; palpao; -mobilidade (ativa/passiva); palpao da tireide. Exame de Tórax e Aparelho Respiratório. a) Inspeo: Padro respiratrio (freqncia, ritmo, amplitude) FR 0 a 2 meses - at 60mpm 2meses a 11 meses - at 50mpm 1ano a 4 anos - at 40mpm Adolescente-20mpm b) Palpao: aquecer as mos e pesquisar: pontos dolorosos, tumoraes, ndulos, frmito traco vocal – choro/gemido, expansibilidade – simetria. c) Ausculta: toda a regio torcica; pesquisa de murmurio vesicular; presena de ru dos advent cios; pode ser um dos primeiros passos do exame f sico,dependendo do psiquismo da criana. a) Percusso: toda a regio torcica (anterior e posterior) e maneira suave. Exame do Aparelho Cardiovascular. a) Palpao: com dedo indicador-pesquisa-se o Ictus cordis (extenso,intensidade,ritmo dos batimentos card acos); mo espalmada-verificar presena de frmitos. Localizao do ictus at 3 meses - entre 3 e 4 espao intercostal E para fora da linha hemiclavicular E; -3 meses- 4 EICE para fora da linha hemiclavicular E; -9 meses- 5 EICE para fora de linha hemiclavicular E; -7 anos- 5 EICE na linha hemiclavicular E; b) Ausculta: inicia-se pelo ictus-que corresponde a rea mitral (AM); ainda no 4 EICE mais prximo ao esterno-rea tricspide (AT); no 2 EICE ,prximo ao esterno-rea pulmonar (AP); no 2 EICD,prximo ao esterno-rea artica(AA). Deve-se determinar: freqncia card aca; ritmo das bulhas card acas; intensidade das bulhas card acas; presena de outros ru dos (atrito ou sopros(sistlico,diastlico e cont nuos). FC 0 a 1 ms –70 a 190 bpm 1m a 11 meses-80 a 160 bpm 2 anos-80 a 130 bpm 6 anos-75 a 115 bpm 10 anos-70 a 110 bpm 14 anos-60 a 105 bpm 18 anos-50 a 95 bpm Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1 7 c) Palpao de pulsos: com 2 e 3 dedos, devemos avaliar, de forma comparativa (lados simtricos), a intensidade, ritmo e simetria dos pulsos. Devemos verificar os pulsos radiais, femorais e pediosos. d) Aferio de Presso arterial: o manguito deve ser adequado ao tamanho da criana; s tem valor quando medido com a criana tranquila. Exame do abdome. a) Inspeo: forma; simetria; cicatriz umbilical(hrnias/secrees); presena de movimentos peristlticos; abaulamentos; circulao colateral. b) Ausculta: deve preceder a palpao e a percusso; inicia-se pela fossa il aca esquerda; pesquisar ru dos hidro areos: aumentados (diarria,fase inicial da peritonite) / reduo ou abolidos ( leo paral tico e peritonite avanada). c) Palpao: evitar manobras bruscas; mos devem estar aquecidas e a mo espalmada sobre o abdome (utiliza as popas digitais); aproveitar a inspirao (maior relaxamento muscular). Inicia-se com palpao superficial -deslizando a mo sobre o abdome,observando se h dor. Pesquisa-se presena de massas ou visceromegalias; No lactente –f gado palpado a 2/3 cm abaixo do RCD; Em 14 % dos lactentes palpa-se ponta de bao e em 7% das crianas entre 2 e 7 anos; Palpao de loja renal-c/ a mo esquerda apoiada sob o ngulo costovertebral e palpa-se c/ a mo direita,normalmente os rins no so palpveis; d) Percusso: todo abdome deve ser percutido. O som timpnico na maior parte do abdome devido a presena de v scera ocas (intensidade varivel). Por meio da percusso, podemos realizar hepatimetria e pesquisa de esplenomegalia. Exame da Região Inguinal e da Genitália. De uma forma geral, na regio inguinal, devemos pesquisar a presena de linfonomegalias, hrnias e pulso femoral. O exame da genitlia, por sua vez, deve ser direcionado da seguinte forma: Meninos: Aspecto e tamanho de pnis e bolsa escrotal; Exposio da glande: localizao do orif cio uretral (normal, epispdia, hipospdia), presena de aderncias Palpao do test culos: tpicos, retrteis, presena de tumoraes ou l quidos. Meninas: Simetria de grandes lbios; Presena de pilificao ou tumoraao; Colorao de mucosa da vulva e intrito vaginal; Caracter sticas de clitris,pequenos lbios e h mem; Presena de secrees. No que diz respeito regio anal, devemos, inicialmente, procurar a perfurao anal (alguns recm-nascidos podem nascer com nus imperfurado) e avaliar o pregueamento de esf ncter. Neste momento, devemos observar a presena de mal formaes, fissuras e outras leses. Exame do aparelho osteoarticular. Devemos avaliar a posio do paciente, a proporcionalidade entre os segmentos, o aspecto das articulaes e a amplitude dos movimentos. Algumas estruturas devem ser especialmente avaliados, tais como: Palpa-se msculo esternocleidomastoideo, clav culas, gradil costal, coluna vertebral; Observa-se na regio sacrococc gea se h presena de fosseta ,seio pilonidal,tumoraes; Aavalia-se mobilidade (ativa /passiva) das articulaes. Avaliação da pele. A avaliao cutnea baseia-se pela pesquisa de discromias, tumoraes, descamaes, leses eritematovesiculares, sinais de infeco, alteraes da colorao (cianose, icter cia, anemia, etc.). Oroscopia. Realizado com aux lio de luz e esptula; Avaliar: aspecto e cor da mucosa; condio dos dentes; exame da l ngua (papilas, manchas, leses); visualizao de palato mole,vula e am gdalas e presena de secrees; Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1 8 Otoscopia. Utiliza-se Otoscópio com espéculo de tamanho apropriado p/ cada idade; A criança deve estar imobilizada; Inicia-se por observação do conduto auditivo externo (secreções, cerúmen, traumatismos, corpo estranho); Visualização de membrana timpânica (deve-se tracionar o pavilhão orelha para retificar o conduto). Exame neurológico. Durante o exame físico do RN, é possível iniciar-se simultaneamente a avaliação neurológica, com base na observação da postura, da movimentação espontânea, da resposta ao manuseio, incluindo o choro. Um exame mais acurado deve ser realizado, após 24 horas de vida, a fim de minimizar a influência do estresse do parto sobre sua performance neurológica. O exame neurológico pode ser feito com a pesquisa dos reflexos arcaicos que traduzem uma imaturidade, ou falta de mielinização do SNC. Alguns dessessinais desaparecem e alguns outros se modificam, entre os principais são: Reflexo de Moro (reflexo do abraço): é um movimento global do qual participam os membros superior e inferior; é facilmente provocado por um som ou soltando-se subitamente o RN que estava seguro nos braços. A coluna vertebral arqueia-se para trás, a face mostra surpresa, os braços e mãos se abrem, encurvam-se para frente num movimento que simula um abraço; as pernas se estendem e depois e depois se elevam; pode acompanhar-se de choro. A ausência ou redução deste reflexo indica grave lesão do SNC. Quando assimétrico pode significar paralisia braquial, sífilis congênita (pseudoparalisia de Parrot) ou fratura de clavícula ou úmero. Desaparece aos 3-4 meses de idade. Sua forma completa consta de 3 componentes: abdução dos braços e extensão dos antebraços sobre os braços, abertura das mãos, choro. Desaparece entre 4 e 6 meses. Sucção: o RN normal apresenta sucção reflexa como resposta a qualquer objeto que lhe toque os lábios. Preensão Palmo-Plantar: obtém-se por estimulação da palma das mãos ou planta dos pés com um objeto ou o próprio dedo. Entretanto quando o bebê está com a 6 a 8 meses, a preensão já é considerada voluntária e não reflexa. Marcha Reflexa: sustentando-se o RN sob as axilas em posição supina, encosta-se um dos pés do RN sobre o plano. Este contato vai desencadear uma flexão do outro membro inferior, que se adianta e vai tocar o plano à frente, desencadeando uma sucessão de movimentos que simula a deambulação. Desaparece aos 2 meses. Fuga ou Asfixia: colocando-se o RN em decúbito ventral, de modo que as narinas fiquem obstruídas pelo plano onde está deitado, o RN faz uma rotação da cabeça para respirar melhor.
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