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Anamnese Pediátrica

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1 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) 
 
Anamnese Pediátrica 
LIVRO... 
A ANAMNESE 
A anamnese do paciente pediátrico deve ser o mais 
completa e detalhada possível, representando a evolução da 
criança até o momento da consulta. 
Os seguintes passos caracterizam a anamnese: 
a) Identificação; 
b) Queixa Principal (QP) 
c) História da Moléstia Atual (HMA) 
d) História Mórbida Pregressa (HMP) 
e) Antecedentes Gineco-obstétricos (AGO) 
f) Antecedentes Alimentares (AA) 
g) Desenvolvimento Psico-motor (DPM) 
h) Antecedentes Imunológicos (AI) 
i) História Mórbida Familiar (HMF) 
j) Revisão de sistemas (RS) 
k) Condições e Hábitos de Vida (CHV) 
O médico deve estabelecer os fatos relevantes da 
anamnese, levantar todos os achados clínicos relevantes, 
confrontar os achados da anamnese para a realização do 
exame físico. 
O médico deve formular um diagnóstico hipotético, 
baseado nos sinais e sintomas coletados e comprovados 
através do exame físico e, da mesma forma, estabelecer o 
diagnóstico diferencial com outras entidades nosológicas. 
Com essas medidas, pode-se estabelecer com segurança o 
plano terapêutico daquele paciente. Caso seja necessário, 
pode-se fazer uma investigação complementar, para tornar 
o diagnóstico mais claro. 
A IDENTIFICAÇÃO 
São obrigatórios os seguintes interesses: 
• Nome; 
• Data de nascimento; 
• Sexo; 
• Cor; 
• Naturalidade; 
• Procedência; 
• Tipo de residência; 
• Ocupação (estudante?); 
Deve-se escrever o nome completo do paciente, por extenso 
(no entanto, para fins de apresentação de casos clínicos com 
ilustração visual ou em publicação, o nome do paciente deve 
ser registrado apenas pelas iniciais). Os dados introdutórios 
devem ser anotados de modo telegráfico e de forma 
dissertativa, de preferência. Anote também data de 
internação, número da enfermaria, do leito e o hospital. 
QUEIXA PRINCIPAL (QP) 
Registra-se a queixa principal que levou o paciente a 
procurar o médico, além do tempo de duração do sinal deste 
sinal. Portanto, a queixa principal registra o motivo pelo qual 
a família levou a criança ao médico e deve ser escrito com 
as próprias palavras do informante. 
QP 
 
“Qual o problema que o(a) trouxe a consulta? Há quanto tempo 
o(a) senhor(a) sente isso?” 
A resposta deve ser reescrita pelo médico buscando seguir 
os seguintes pontos: 
• Repetir as expressões utilizadas pelo paciente; 
• Incluir sempre a duração da queixa. 
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL (HMA) 
É a parte principal da anamnese e costuma ser a chave-
mestra para se chegar ao diagnóstico. Tudo que foi dito, 
quando analisamos o método clínico e a anamnese, 
encontra sua melhor aplicação na feitura da história da 
doença atual (HDA). Esta HDA deve conter as seguintes 
informações: 
• Início e evolução da doença; 
• Sintomas associados; 
• Medicamentos utilizados (se houve melhora ou 
não); 
• Escrever em ordem cronológica e linguagem 
técnica; 
• Intervir e investigar - quando necessário; 
HISTÓRIA MÓRBIDA PROGRESSIVA 
Momento da coleta de dados sobre as doenças e internações 
ocorridas anteriormente: infecções; doenças próprias da 
 
2 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) 
infância; procedimentos cirúrgicos; alergias; uso de 
medicamentos; etc. 
ANTECEDENTES GINECO-OBSTÉTRICOS 
Os seguintes pontos devem ser abordados: 
• Estado de saúde da mãe durante a gestação; 
• Idade da mãe; 
• Grupo sanguíneo e Rh; 
• Intercorrências no parto; 
• Se fez pré-natal (número de consultas); 
• Tipo de parto e local; 
• Condições de nascimento. 
ANTECEDENTES ALIMENTARES 
É necessário levantar os seguintes questionamentos: 
• Se foi amamentado exclusivo ao seio materno e 
• quanto tempo; 
• Idade do desmame e condições; 
• Qualidade e quantidade dos alimentos ofertados; 
• Número de refeições; 
• Pesquisar intolerância ou alergia alimentar. 
DESENVOLVIMENTO PISICO-MOTOR 
• Assinalar c/ que idade: sorriu, sustentou a cabeça, 
sentou, engatinhou, andou; 
• Quantidade e qualidade do sono; 
• Controle esfíncteres; 
• Sociabilidade; 
• Escolaridade e aproveitamento escolar. 
ANTECEDENTES IMUNOLÓGICOS 
• Verificar carteira de vacinas; 
• Verificar sinal de BCG; 
• Obter informações sobre reações vacinais. 
HISTÓRIA MÓRBIDA FAMILIAR 
• Pesquisar doenças na família; 
• Idade, sexo e estado de saúde dos irmãos; 
• Idade e estado de saúde dos pais. 
REVISÃO DOS SISTEMAS 
• Diurese e aspecto da urina; 
• Hábito intestinal. 
CONDIÇÕES DE HÁBITO DE VIDA 
• Condições da habitação: número de cômodos, 
banheiro, água encanada, rede de esgoto, luz 
elétrica; 
• Escolaridade dos pais; 
• Quem mora na casa; 
• Uso de cigarros, álcool e drogas pela criança ou 
parente. 
EXAME FÍSICO 
O exame físico na criança não segue as regras estabelecidas 
para o exame físico sistemático dos adultos. Geralmente, o 
médico pediatra deve iniciar o exame pela região que 
esteja mais acessível e/ou que seja menos estressante ou 
dolorosa para criança, de modo que o paciente aceite, com 
uma maior facilidade, o exame. 
No próprio colo da mãe, por exemplo, o médico pediatra já 
é capaz de avaliar o padrão respiratório do paciente, a 
presença de deformidades ou abaulamentos, coloração da 
pele, batimentos de aletas nasais, sinais evidentes de 
síndromes, etc. Só então devemos iniciar alguns 
procedimentos e técnicas que são desagradáveis (o que 
inclui: oroscopia, otoscopia, exame ocular e inspeção da 
região inguinal). 
A cooperação da criança é indispensável para que o exame 
tenha algum valor diagnóstico. Crianças estressadas 
inquietas tornam a avaliação médica dificultosa e incômoda 
(principalmente para mães e acompanhantes). Com isso, 
algumas medidas simples podem acalmar a criança, tais 
como: 
• Conquistar amizade da criança: item indispensável 
para avaliação dessa criança, isso é importante não 
só para a consulta, mas também porque o vínculo 
pediátrico com aquela estará presente até os 21 
anos. 
• Falar com voz suave; 
• Explicar antes o que vai fazer: 
• Evite dominar a criança; 
• Iniciar por áreas menos ameaçadoras ou incômodas 
para a criança; 
• Procedimentos desagradáveis no fim (avisar a 
criança sobre a realização de exames de sangue e 
ainda exame de imagem) 
• Aquecer mãos e equipamentos; 
• Usar objetos para distração. 
OBSERVAÇÕES 
1. O local do exame físico também é um fator 
relevante. Como foi dito anteriormente, os 
consultórios pediátricos são salas decoradas de 
modo que a criança se sinta mais agradável. Salas 
muito frias podem predispor as crianças a 
hiportemia e cianose. Por isso, deve-se sempre 
tentar manter o consultório em uma temperatura 
ambiente. 
2. Com relação a faixa etária, as consultas podem ser 
conduzidas de maneiras diferentes: 
a. 1os meses: nos primeiros meses de vida, a 
consulta não é tão dificultosa, e 
geralmente é feito acompanhamentos 
mensais até o 3o mês, avaliando o 
diâmetro torácico, perímetro cefálico, 
peso, avaliação e confirmação de vacinas, 
exame físico do tórax, abdome e genitália 
externa. 
 
3 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) 
b. 6 - 8 meses → 2 - 3 anos: Geralmente 
nessa época a consulta passa a se tornar 
mais dificil. A partir dos 6 meses a criança 
já é capaz de reconhecer os pais, daí a 
importância de frequentar sempre o 
mesmo pediatra, pois com a criança 
identificando aquela pessoa, a consulta se 
tornará mais tranquila. 
c. Pré-escolar: nessa fase as consultas já são 
direcionadas para a queixa principal do 
paciente, entretanto deve-se sempre 
lembrar de alguns itens que são 
indispensáveis durante a realização do 
exame. 
d. Escolares/Adolescentes: nos adolescentes 
normalmente na primeira consulta não é 
necessária uma avaliação completa, 
sabendo das diversas alterações que 
ocorrem nessa idade, deve-se primeiro 
conquistar sua confiança para realizar um 
exame mais específico, ou seja, que seja 
necessário retirar a roupa. 
Em resumo, o exame físico caracteriza-se por: 
• Avaliação dos aspectos geraise dados vitais 
• Medidas antropométricas 
• Avaliação de órgãos e sistemas 
AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS GERAIS (ECTOSCOPIA) 
Aspecto geral da criança logo ao chegar, dando ênfase aos 
seguintes dados: 
• Nível de consciência 
• Atitude e posição: posição que o paciente adota 
com a finalidade de se sentir confortável. 
• Condições de higiene 
• Ativo ou hipoativo 
• Estado psíquico 
• Biotipo 
o Longilíneo 
o Brevilíneo 
o Normolíneo 
• Fala 
o Disfonia 
o Afonia 
o Disfasia 
o Dislalia 
o Dislexia 
• Marcha: forma de andar da criança 
• Coloração da pele: um sinal clínico importante 
nesses pacientes é a palidez cutâneo-mucosa. Este 
sinal pode ser simplesmente devido a uma má 
alimentação, ou ainda, predizer condições graves, 
como ocorre por exemplo, nos casos de hipoxemia. 
Quando a palidez está acompanhada de sudorese, 
extremidade frias, oligúria, pode ser devido a 
hipotensão, sinais importantes de choque 
(inclusive, diferentemente do adulto, a hipotensão 
é um sinal tardio de choque na criança). 
• Dados vitais: 
o Temperatura em graus Celsius: axilar, 
auricular e retal. 
o Frequência cardíaca; 
o Pulso; 
o Frequência respiratória. 
• Peso: 
o Desnutrição: ocorre naqueles casos em 
que há um déficit alimentar, nesses casos 
são chamadas de desnutrição primária. Já 
nos casos de desnutrição secundária, 
ocorre devido a patologias específicas. 
o Obesidade: é o resultado de um 
desequilíbrio energético, em que, a oferta 
é maior que a gasto de energia. 
OBSERVAÇÕES 
• É importante estabelecer o diagnóstico diferencial 
de edema com obesidade. Geralmente crianças 
desnutridas apresentam um quadro de 
hipoproteinemia e, devido a um desequilíbrio 
osmótico, podem apresentar edema generalizado, 
o que erroneamente pode ser interpretado pelas 
mães como obesidade. Além disso, ainda é 
necessário fazer diagnóstico diferencial com 
doenças renais. 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
Os dados aqui obtidos devem ser colocados em gráficos 
específicos, e incluem: 
• Peso; 
• Estatura; 
• Perímetro cefálico; 
• Perímetro torácico; 
• Perímetro abdominal; 
PESO 
• A pesagem de recém-nascidos (com até 16kg) deve 
ser feita em balanças próprias para esta faixa etária; 
quando acima de 16kg, utilizar balança para 
adultos. 
 
ESTATURA 
A medição da estatura deve ser feita mensalmente, pelo 
menos, e devidamente registrada nas curvas de 
crescimento. Para crianças menores de 2 anos, devemos 
medi-la deitada, com antropômetro de Harpender; para 
crianças maiores de 2 anos, a medição deve ser feita em pé, 
 
4 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) 
com escala métrica ou em balança antropométrica. Desta 
forma, temos os seguintes padrões para aumento da 
estatura: 
• Primeiro ano de vida- 25 cm; 
• Segundo ano de vida- 12,5 cm; 
• Terceiro ano de vida- 9 cm; 
• Cerca de 6cm/ano até a puberdade; 
• Entre 4 e 5 anos - duplica a estatura em relação ao 
nascimento; 
• Entre 12 e 13 anos - triplica a estatura em relação 
ao nascimento; 
PERÍMETRO CEFÁLICO 
A medição do perímetro cefálico deve ser feita com auxílio 
de fita métrica, passando pela glabela e pelo occipício, sem 
abranger as orelhas. O padrão normal é o que segue: 
• Primeiro ano de vida em torno de 12 cm; 
• Primeiro semestre 1cm /mês; 
• Segundo semestre 1/2 cm /mês. 
AVALIAÇÃO DOS ORGÃOS E SISTEMAS 
Os seguintes parâmetros devem ser avaliados: 
• Cadeias ganglionares; 
• Cabeça e pescoço; 
• Exame do tórax; 
• Aparelho cardiovascular; 
• Exame do abdome; 
• Exame da região inguinal; 
• Exame da genitália; 
• Exame do aparelho osteoarticular; 
• Otoscopia; 
• Exame da boca. 
AULA... 
CONCEITOS 
SINTOMA: Queixas do paciente relativas à doença. São 
dados subjetivos. Ex: dor de ouvido, dor abdominal. 
SINAL: do latim signale – tudo que podemos verificar no 
paciente através dos nossos sentidos. Ex: abaulamento de 
MT, visceromegalia 
SINDROME: do grego syndrome – Conjunto de sinais e 
sintomas ligados a uma entidade mórbida que consta no 
quadro geral de uma doença 
IMPORTANTE 
• Treinamento, paciência 
• É necessário mostrar interesse e ter respeito no ato 
de colher a história; 
• Não suprimir informações; Detalhar ao máximo 
possível. Deve ser o mais COMPLETA possível; 
• Saber dirigir e conduzir a entrevista numa 
linguagem acessível 
• Não cabe ao médico questionar qualquer conduta 
ou tratamento realizado por outro médico. 
ANAMNESE PEDIÁTRICA 
• Características próprias; 
• Obtenção através das informações do 
acompanhante (pais ou responsáveis) 
• Sempre valorizar toda e qualquer queixa; 
• Durante a obtenção da história clínica observar: 
o As relações interfamiliares, 
o Personalidade – comportamento dos pais 
o Relacionamento pais-criança 
• Diagnósticos pediátricos: 
o Nutricional – eutrofia, sobrepeso, 
obesidade 
o Alimentar – erros 
o Imunológico – vacinas 
o DNPM 
o Patológicos 
IDENTIFICAÇÃO 
• Nome Completo 
• Data de nascimento (dia, mês, ano) 
• Idade 
• Sexo 
• Cor (raça – grupo étnico), 
• Naturalidade/Nacionalidade 
• Religião 
• Procedência 
• Endereço 
• Nome e idade dos pais e/ou informante 
HISTÓRIA CLÍNICA 
• Queixa Principal (QP) 
• História da Doença Atual (HDA) 
• Interrogatório dos diversos Sistemas (ISDA) 
• História Patológica Pregressa (HPP) 
• História de Gestação, Parto e Nascimento 
• História Alimentar 
• História do Desenvolvimento (DNPM) 
• História das Vacinações 
 
5 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) 
Detalhar: Proteína (Carnes, ovos) – Cereal – 
Leguminosa – (Hortaliças (verduras e legumes) 
– Frutas / * Guloseimas, refrigerantes 
Alimentação: Adequada / Inadequada (Erros 
alimentares?) - Suplementação Vitaminas e Fe. 
• História Patológica Familiar 
• História Social 
QUEIXA PRINCIPAL 
• Motivo da Consulta 
• Queixa Principal (QP) Escrito com as próprias 
palavras dos pais ou acompanhantes 
HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL 
História da Doença Atual (HDA): 
• Início da doença 
• Duração 
• Forma de evolução 
• Medicações que fez uso- Outras manifestações 
(Sintomas associados) 
 Cronologia dos sintomas 
• IMPORTANTE: 
o Não interferir nas informações- apenas 
colocar em ordem; 
o Descrever de forma técnica e não leiga; 
o Não omitir informações; 
o Necessidade de intervenção do médico- 
detalhar alguns informes; 
o Comunicação: clara e em linguagem sem 
termos técnicos 
▪ Escrever no prontuário ou ficha 
Lembretes Importantes 
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO 
Interrogatório Sobre Diversos Sistemas (ISDA) 
• Sintomas gerais, pele, anexos 
• Cabeça, olhos, ouvidos, nariz e garganta 
• Sistema respiratório 
• Sistema cardiovascular 
• Sistema digestório 
• Sistema genital 
• Extremidades 
• Sistema hemolinfopoiético 
• Sistema nervoso 
• Estado psíquico 
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS 
• Doenças prévias 
• Internamentos 
• Doenças da infância: Sarampo, Rubéola, Parotidite 
Amigdalites, PNM, Diarréia 
• Cirurgias 
• Acidentes 
• Uso regular de medicamentos 
• Acompanhamento com especialistas 
HISTÓRIA OBSTÉTRICA E NEO 
A- Gestação 
 
B - Parto e Nascimento 
 
ALIMENTAÇÃO 
• Tipo de Aleitamento; 
• Início da alimentação complementar; 
• Quais alimentos? - Alimentação artificial? Início? 
Tipo de Leite? LV (Modificado? (Fórmula infantil) 
Não modificado? Em Pó? In Natura?) Diluição? - 
Alimentação atual? Nº de refeições /dia Cardápio? 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
6 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) 
Frequência respiratória: 
• <2 meses – FR<ou= 60 
• 3 a 11 meses – FR<ou=50 
• 12 meses a 5 anos – FR<ou=40 
• >6 anos – FR<ou=30 
Frequência cardíaca: 
• RN – 120 a 180 bpm 
• Lactente – 90 a 140 bpm 
• Pre-escolar – 80 a 110 bpm 
• Escolar – 75 a 100 bpm 
• Adolescente – 60 a 90 bpm. 
História do Desenvolvimento 
• Marcos do DNPM: 
Sorriso Social? Sustentou a cabeça? 
Sentou s/ apoio? Engatinhou? Ficou de pé 
sozinha? Andou? 
• Desenvolvimento Comportamental? 
o Sono (qualitativo/quantitativo)o Controle esfíncter (vesical-anal?) Enurese 
Noturna? 
o Agressividade/ Passividade – Negativismo 
• Adaptação social: 
Emotividade/ Hábitos com a família e com outras 
crianças – Desempenho escolar 
VACINAÇÃO 
História das vacinações 
• Vacinas 
• Complicações (efeitos adversos) 
• Cicatriz de CBG 
• Calendários Vacinas 
o SBP X PNI 
SEMPRE conferir a vacinação na caderneta da criança! 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
• História Familiar; 
• Consanguinidade? 
o Muito importante → Doenças congênitas 
• Doenças: HAS, Diabetes, Asma, Arterioesclerose, 
Dislipidemias, AIDS, Hepatite; 
• Irmãos: Idade, Estado saúde, Falecidos? Causa 
óbito? 
HISTÓRIA SOCIAL 
Ambiente: condições de Habitação – moradia 
• Rural/ Urbana/ Apartamento ou casa (Taipa, 
alvenaria, madeira, favela) 
• Nº Cômodos / Nº pessoas que habitam 
• Condições de Saneamento: água tratada – (saneada 
ou filtrada) 
• Instalações hidroelétricas - sanitárias 
• Animais domésticos (cães, gatos) / quintal de terra 
/ banhos de rios 
Estrutura Familiar: Nº de pessoas que trabalham/ Renda 
familiar 
• Profissão- Instrução dos pais - Escolaridade filhos 
• Verificar: uso de cigarros, drogas, tóxicos 
EXAME FÍSICO 
• Tentar se aproximar da criança, criar vínculo 
• Paciência e tranquilidade 
• Capacidade de adaptação 
• O Início da observação deve ocorrer desde o 
momento da entrada do consultório 
• Se dirigir a criança maior – criar empatia 
• Evitar deitá-la imediatamente/subitamente 
• Ouvidos e garganta ao final 
IMPRESSÃO GERAL 
• Avaliação geral do grau de doença ou de bem-estar 
da criança (exemplo: bom, regular ou mau estado 
geral). 
• Atitude: Observar atividade, posições eletivas, 
choro fácil, irritabilidade, depressão, torpor. 
• Fáceis: Descrever o tipo de expressão facial 
(exemplo: facies de sofrimento ou medo) ou a 
presença de fácies típicas de determinadas doenças 
(exemplo: Síndrome de Down). 
• Estado nutritivo: Observar panículo adiposo ou 
edema. Descrever eventuais sinais típicos de 
desnutrição (exemplo: manchas “pelagróides” ou 
alterações capilares do kwashiorkor). 
SINAIS VITAIS 
• Temperatura 
• Frequencia de pulso: na criança é feita por um dos 
seguintes métodos: (a) Palpação dos pulsos 
periféricos (femoral, radial e carotídeo); (b) 
Ausculta cardíaca direta; (c) Observação da 
pulsação das fontanelas. 
• Frequencia respiratória: Observar, a amplitude e a 
facilidade ou dificuldade dos movimentos 
respiratórios. 
• Pressão arterial: A pressão arterial deve ser medida 
rotineiramente a partir dos 3 anos de idade, na 
criança assintomática. 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
7 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) 
• Peso: os bebês são pesados em balança infantil, 
despidos. Crianças de 1 a 3 anos pode ser 
necessária a aferição indireta (pesar a mãe com a 
criança no colo e subtrair o peso). 
• Estatura: Os lactentes têm seu comprimento 
medido em posição supina, usando-se o 
antropômetro. Para aferir a estatura de crianças 
maiores, recomenda-se colocá-las eretas, 
encostadas em uma superfície vertical graduada 
• Perímetro cefálico: Deve ser medida regularmente 
durante os dois primeiros anos 
AVALIAÇÃO DOS ORGÃOS E SISTEMAS 
• Pele e mucosas 
• Tecido celular subcutâneo e hidratação 
• Fâneros 
• Gânglios 
• Cabeça – conformação e fontanelas 
o A fontanela anterior mede, ao nascer, 4 a 
6 cm no diâmetro frontoparietal, e fecha 
entre 4 e 26 meses. A posterior mede 1 a 2 
cm, e costuma fechar por volta dos 2 
meses de idade. 
• Ouvidos 
• Boca e orofaringe 
• Pescoço – linfonodos, rigidez de nuca 
• Tórax 
o PULMÃO 
▪ INSPEÇÃO: Observar tiragem, 
tipo respiratório, ritmo, 
expansibilidade torácica e uso de 
músculos acessórios. 
▪ PALPAÇÃO: pesquisa de frêmito 
tóraco-vocal 
▪ PERCUSSÃO: Percutir face 
anterior, lateral e posterior do 
tórax. 
▪ AUSCULTA: Se a criança chora 
moderadamente, pode auxiliar 
na ausculta, pois o choro equivale 
à voz, e a inspiração profunda 
auxilia a ausculta do murmúrio 
vesicular. 
o CORAÇÃO: 
▪ INSPEÇÃO: Ver impulso apical 
▪ PALPAÇÃO: Palpar ictus; 
presença de frêmitos 
▪ AUSCULTA: As bulhas são mais 
facilmente audíveis do que em 
adultos. Mais do que 70% das 
crianças normais pode 
apresentar sopros cardíacos 
inocentes. 
• Abdome 
o INSPEÇÃO 
o PALPAÇÃO – Atenção para choro intenso, 
descrever extensão do fígado (normal 1 a 
3 cm em lactentes) 
o PERCUSSÃO 
o AUSCULTA - RHA 
Observar distensão, visceromegalias, 
massas palpaveis, hérnias 
• Genitália 
o Nos meninos, observar presença de fimose 
(a aderência bálano-prepucial é fisiológica 
nos lactentes) e testículos na bolsa 
escrotal. Observar também hidrocele, 
hipospádia ou hipogonadismo. 
o Nas meninas, ver orifício himenal, 
presença de secreção vaginal e sinéquia de 
pequenos lábios. 
o Enquadrar a criança em um dos cinco 
estágios de desenvolvimento sexual 
segundo os critérios de Tanner. 
 
• Extremidades: 
o Observar deformidades, hemiatrofia, 
valgismo/varismo, paralisias, edema, 
alterações da temperatura, postura, 
assimetria, alterações da marcha. 
o PULSOS: Palpar pulsos radiais, femorais e 
pediosos. 
o ARTICULAÇÕES: Observar sinais 
inflamatórios (edema, calor, rubor e dor), 
alterações da mobilidade (limitação ou 
hipermobilidade), nódulos. 
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL: No recém-
nascido realizar a manobra de Ortolani 
o MÃOS E PÉS 
• Coluna vertebral: 
 
8 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) 
o Examinar, em diversas posições, rigidez, 
postura, mobilidade, curvaturas, etc. 
Registrar presença de espinha bífida, 
fosseta ou cisto pilonidal, tufos de pelos, 
hipersensibilidade. 
• Exame neurológico: 
o Não há necessidade de realizar um exame 
neurologico completo de rotina, 
especialmente quando não existem 
queixas diretamente relacionadas a esta 
área. 
o FUNÇÃO CEREBRAL: Comportamento 
geral, consciencia, memória, orientação, 
comunicabilidade e compreensão, fala, 
escrita e atividade motora. 
o NERVOS CRANIANOS 
o FUNÇÃO CEREBELAR: Testes simples de 
coordenação. equilíbrio e marcha. 
o SISTEMA MOTOR: Postura, tonus e força 
muscular, simetria e paralisias. 
o REFLEXOS 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
ASPECTOS RELEVANTES 
• A queixa principal 
• A história da doença atual Sintomas associados 
• A cronologia dos sintomas 
• A duração da doença Antecedentes (pessoais, 
familiares) 
• Relação médico-paciente-família

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