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1 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) Anamnese Pediátrica LIVRO... A ANAMNESE A anamnese do paciente pediátrico deve ser o mais completa e detalhada possível, representando a evolução da criança até o momento da consulta. Os seguintes passos caracterizam a anamnese: a) Identificação; b) Queixa Principal (QP) c) História da Moléstia Atual (HMA) d) História Mórbida Pregressa (HMP) e) Antecedentes Gineco-obstétricos (AGO) f) Antecedentes Alimentares (AA) g) Desenvolvimento Psico-motor (DPM) h) Antecedentes Imunológicos (AI) i) História Mórbida Familiar (HMF) j) Revisão de sistemas (RS) k) Condições e Hábitos de Vida (CHV) O médico deve estabelecer os fatos relevantes da anamnese, levantar todos os achados clínicos relevantes, confrontar os achados da anamnese para a realização do exame físico. O médico deve formular um diagnóstico hipotético, baseado nos sinais e sintomas coletados e comprovados através do exame físico e, da mesma forma, estabelecer o diagnóstico diferencial com outras entidades nosológicas. Com essas medidas, pode-se estabelecer com segurança o plano terapêutico daquele paciente. Caso seja necessário, pode-se fazer uma investigação complementar, para tornar o diagnóstico mais claro. A IDENTIFICAÇÃO São obrigatórios os seguintes interesses: • Nome; • Data de nascimento; • Sexo; • Cor; • Naturalidade; • Procedência; • Tipo de residência; • Ocupação (estudante?); Deve-se escrever o nome completo do paciente, por extenso (no entanto, para fins de apresentação de casos clínicos com ilustração visual ou em publicação, o nome do paciente deve ser registrado apenas pelas iniciais). Os dados introdutórios devem ser anotados de modo telegráfico e de forma dissertativa, de preferência. Anote também data de internação, número da enfermaria, do leito e o hospital. QUEIXA PRINCIPAL (QP) Registra-se a queixa principal que levou o paciente a procurar o médico, além do tempo de duração do sinal deste sinal. Portanto, a queixa principal registra o motivo pelo qual a família levou a criança ao médico e deve ser escrito com as próprias palavras do informante. QP “Qual o problema que o(a) trouxe a consulta? Há quanto tempo o(a) senhor(a) sente isso?” A resposta deve ser reescrita pelo médico buscando seguir os seguintes pontos: • Repetir as expressões utilizadas pelo paciente; • Incluir sempre a duração da queixa. HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL (HMA) É a parte principal da anamnese e costuma ser a chave- mestra para se chegar ao diagnóstico. Tudo que foi dito, quando analisamos o método clínico e a anamnese, encontra sua melhor aplicação na feitura da história da doença atual (HDA). Esta HDA deve conter as seguintes informações: • Início e evolução da doença; • Sintomas associados; • Medicamentos utilizados (se houve melhora ou não); • Escrever em ordem cronológica e linguagem técnica; • Intervir e investigar - quando necessário; HISTÓRIA MÓRBIDA PROGRESSIVA Momento da coleta de dados sobre as doenças e internações ocorridas anteriormente: infecções; doenças próprias da 2 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) infância; procedimentos cirúrgicos; alergias; uso de medicamentos; etc. ANTECEDENTES GINECO-OBSTÉTRICOS Os seguintes pontos devem ser abordados: • Estado de saúde da mãe durante a gestação; • Idade da mãe; • Grupo sanguíneo e Rh; • Intercorrências no parto; • Se fez pré-natal (número de consultas); • Tipo de parto e local; • Condições de nascimento. ANTECEDENTES ALIMENTARES É necessário levantar os seguintes questionamentos: • Se foi amamentado exclusivo ao seio materno e • quanto tempo; • Idade do desmame e condições; • Qualidade e quantidade dos alimentos ofertados; • Número de refeições; • Pesquisar intolerância ou alergia alimentar. DESENVOLVIMENTO PISICO-MOTOR • Assinalar c/ que idade: sorriu, sustentou a cabeça, sentou, engatinhou, andou; • Quantidade e qualidade do sono; • Controle esfíncteres; • Sociabilidade; • Escolaridade e aproveitamento escolar. ANTECEDENTES IMUNOLÓGICOS • Verificar carteira de vacinas; • Verificar sinal de BCG; • Obter informações sobre reações vacinais. HISTÓRIA MÓRBIDA FAMILIAR • Pesquisar doenças na família; • Idade, sexo e estado de saúde dos irmãos; • Idade e estado de saúde dos pais. REVISÃO DOS SISTEMAS • Diurese e aspecto da urina; • Hábito intestinal. CONDIÇÕES DE HÁBITO DE VIDA • Condições da habitação: número de cômodos, banheiro, água encanada, rede de esgoto, luz elétrica; • Escolaridade dos pais; • Quem mora na casa; • Uso de cigarros, álcool e drogas pela criança ou parente. EXAME FÍSICO O exame físico na criança não segue as regras estabelecidas para o exame físico sistemático dos adultos. Geralmente, o médico pediatra deve iniciar o exame pela região que esteja mais acessível e/ou que seja menos estressante ou dolorosa para criança, de modo que o paciente aceite, com uma maior facilidade, o exame. No próprio colo da mãe, por exemplo, o médico pediatra já é capaz de avaliar o padrão respiratório do paciente, a presença de deformidades ou abaulamentos, coloração da pele, batimentos de aletas nasais, sinais evidentes de síndromes, etc. Só então devemos iniciar alguns procedimentos e técnicas que são desagradáveis (o que inclui: oroscopia, otoscopia, exame ocular e inspeção da região inguinal). A cooperação da criança é indispensável para que o exame tenha algum valor diagnóstico. Crianças estressadas inquietas tornam a avaliação médica dificultosa e incômoda (principalmente para mães e acompanhantes). Com isso, algumas medidas simples podem acalmar a criança, tais como: • Conquistar amizade da criança: item indispensável para avaliação dessa criança, isso é importante não só para a consulta, mas também porque o vínculo pediátrico com aquela estará presente até os 21 anos. • Falar com voz suave; • Explicar antes o que vai fazer: • Evite dominar a criança; • Iniciar por áreas menos ameaçadoras ou incômodas para a criança; • Procedimentos desagradáveis no fim (avisar a criança sobre a realização de exames de sangue e ainda exame de imagem) • Aquecer mãos e equipamentos; • Usar objetos para distração. OBSERVAÇÕES 1. O local do exame físico também é um fator relevante. Como foi dito anteriormente, os consultórios pediátricos são salas decoradas de modo que a criança se sinta mais agradável. Salas muito frias podem predispor as crianças a hiportemia e cianose. Por isso, deve-se sempre tentar manter o consultório em uma temperatura ambiente. 2. Com relação a faixa etária, as consultas podem ser conduzidas de maneiras diferentes: a. 1os meses: nos primeiros meses de vida, a consulta não é tão dificultosa, e geralmente é feito acompanhamentos mensais até o 3o mês, avaliando o diâmetro torácico, perímetro cefálico, peso, avaliação e confirmação de vacinas, exame físico do tórax, abdome e genitália externa. 3 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) b. 6 - 8 meses → 2 - 3 anos: Geralmente nessa época a consulta passa a se tornar mais dificil. A partir dos 6 meses a criança já é capaz de reconhecer os pais, daí a importância de frequentar sempre o mesmo pediatra, pois com a criança identificando aquela pessoa, a consulta se tornará mais tranquila. c. Pré-escolar: nessa fase as consultas já são direcionadas para a queixa principal do paciente, entretanto deve-se sempre lembrar de alguns itens que são indispensáveis durante a realização do exame. d. Escolares/Adolescentes: nos adolescentes normalmente na primeira consulta não é necessária uma avaliação completa, sabendo das diversas alterações que ocorrem nessa idade, deve-se primeiro conquistar sua confiança para realizar um exame mais específico, ou seja, que seja necessário retirar a roupa. Em resumo, o exame físico caracteriza-se por: • Avaliação dos aspectos geraise dados vitais • Medidas antropométricas • Avaliação de órgãos e sistemas AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS GERAIS (ECTOSCOPIA) Aspecto geral da criança logo ao chegar, dando ênfase aos seguintes dados: • Nível de consciência • Atitude e posição: posição que o paciente adota com a finalidade de se sentir confortável. • Condições de higiene • Ativo ou hipoativo • Estado psíquico • Biotipo o Longilíneo o Brevilíneo o Normolíneo • Fala o Disfonia o Afonia o Disfasia o Dislalia o Dislexia • Marcha: forma de andar da criança • Coloração da pele: um sinal clínico importante nesses pacientes é a palidez cutâneo-mucosa. Este sinal pode ser simplesmente devido a uma má alimentação, ou ainda, predizer condições graves, como ocorre por exemplo, nos casos de hipoxemia. Quando a palidez está acompanhada de sudorese, extremidade frias, oligúria, pode ser devido a hipotensão, sinais importantes de choque (inclusive, diferentemente do adulto, a hipotensão é um sinal tardio de choque na criança). • Dados vitais: o Temperatura em graus Celsius: axilar, auricular e retal. o Frequência cardíaca; o Pulso; o Frequência respiratória. • Peso: o Desnutrição: ocorre naqueles casos em que há um déficit alimentar, nesses casos são chamadas de desnutrição primária. Já nos casos de desnutrição secundária, ocorre devido a patologias específicas. o Obesidade: é o resultado de um desequilíbrio energético, em que, a oferta é maior que a gasto de energia. OBSERVAÇÕES • É importante estabelecer o diagnóstico diferencial de edema com obesidade. Geralmente crianças desnutridas apresentam um quadro de hipoproteinemia e, devido a um desequilíbrio osmótico, podem apresentar edema generalizado, o que erroneamente pode ser interpretado pelas mães como obesidade. Além disso, ainda é necessário fazer diagnóstico diferencial com doenças renais. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Os dados aqui obtidos devem ser colocados em gráficos específicos, e incluem: • Peso; • Estatura; • Perímetro cefálico; • Perímetro torácico; • Perímetro abdominal; PESO • A pesagem de recém-nascidos (com até 16kg) deve ser feita em balanças próprias para esta faixa etária; quando acima de 16kg, utilizar balança para adultos. ESTATURA A medição da estatura deve ser feita mensalmente, pelo menos, e devidamente registrada nas curvas de crescimento. Para crianças menores de 2 anos, devemos medi-la deitada, com antropômetro de Harpender; para crianças maiores de 2 anos, a medição deve ser feita em pé, 4 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) com escala métrica ou em balança antropométrica. Desta forma, temos os seguintes padrões para aumento da estatura: • Primeiro ano de vida- 25 cm; • Segundo ano de vida- 12,5 cm; • Terceiro ano de vida- 9 cm; • Cerca de 6cm/ano até a puberdade; • Entre 4 e 5 anos - duplica a estatura em relação ao nascimento; • Entre 12 e 13 anos - triplica a estatura em relação ao nascimento; PERÍMETRO CEFÁLICO A medição do perímetro cefálico deve ser feita com auxílio de fita métrica, passando pela glabela e pelo occipício, sem abranger as orelhas. O padrão normal é o que segue: • Primeiro ano de vida em torno de 12 cm; • Primeiro semestre 1cm /mês; • Segundo semestre 1/2 cm /mês. AVALIAÇÃO DOS ORGÃOS E SISTEMAS Os seguintes parâmetros devem ser avaliados: • Cadeias ganglionares; • Cabeça e pescoço; • Exame do tórax; • Aparelho cardiovascular; • Exame do abdome; • Exame da região inguinal; • Exame da genitália; • Exame do aparelho osteoarticular; • Otoscopia; • Exame da boca. AULA... CONCEITOS SINTOMA: Queixas do paciente relativas à doença. São dados subjetivos. Ex: dor de ouvido, dor abdominal. SINAL: do latim signale – tudo que podemos verificar no paciente através dos nossos sentidos. Ex: abaulamento de MT, visceromegalia SINDROME: do grego syndrome – Conjunto de sinais e sintomas ligados a uma entidade mórbida que consta no quadro geral de uma doença IMPORTANTE • Treinamento, paciência • É necessário mostrar interesse e ter respeito no ato de colher a história; • Não suprimir informações; Detalhar ao máximo possível. Deve ser o mais COMPLETA possível; • Saber dirigir e conduzir a entrevista numa linguagem acessível • Não cabe ao médico questionar qualquer conduta ou tratamento realizado por outro médico. ANAMNESE PEDIÁTRICA • Características próprias; • Obtenção através das informações do acompanhante (pais ou responsáveis) • Sempre valorizar toda e qualquer queixa; • Durante a obtenção da história clínica observar: o As relações interfamiliares, o Personalidade – comportamento dos pais o Relacionamento pais-criança • Diagnósticos pediátricos: o Nutricional – eutrofia, sobrepeso, obesidade o Alimentar – erros o Imunológico – vacinas o DNPM o Patológicos IDENTIFICAÇÃO • Nome Completo • Data de nascimento (dia, mês, ano) • Idade • Sexo • Cor (raça – grupo étnico), • Naturalidade/Nacionalidade • Religião • Procedência • Endereço • Nome e idade dos pais e/ou informante HISTÓRIA CLÍNICA • Queixa Principal (QP) • História da Doença Atual (HDA) • Interrogatório dos diversos Sistemas (ISDA) • História Patológica Pregressa (HPP) • História de Gestação, Parto e Nascimento • História Alimentar • História do Desenvolvimento (DNPM) • História das Vacinações 5 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) Detalhar: Proteína (Carnes, ovos) – Cereal – Leguminosa – (Hortaliças (verduras e legumes) – Frutas / * Guloseimas, refrigerantes Alimentação: Adequada / Inadequada (Erros alimentares?) - Suplementação Vitaminas e Fe. • História Patológica Familiar • História Social QUEIXA PRINCIPAL • Motivo da Consulta • Queixa Principal (QP) Escrito com as próprias palavras dos pais ou acompanhantes HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL História da Doença Atual (HDA): • Início da doença • Duração • Forma de evolução • Medicações que fez uso- Outras manifestações (Sintomas associados) Cronologia dos sintomas • IMPORTANTE: o Não interferir nas informações- apenas colocar em ordem; o Descrever de forma técnica e não leiga; o Não omitir informações; o Necessidade de intervenção do médico- detalhar alguns informes; o Comunicação: clara e em linguagem sem termos técnicos ▪ Escrever no prontuário ou ficha Lembretes Importantes INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO Interrogatório Sobre Diversos Sistemas (ISDA) • Sintomas gerais, pele, anexos • Cabeça, olhos, ouvidos, nariz e garganta • Sistema respiratório • Sistema cardiovascular • Sistema digestório • Sistema genital • Extremidades • Sistema hemolinfopoiético • Sistema nervoso • Estado psíquico ANTECEDENTES PATOLÓGICOS • Doenças prévias • Internamentos • Doenças da infância: Sarampo, Rubéola, Parotidite Amigdalites, PNM, Diarréia • Cirurgias • Acidentes • Uso regular de medicamentos • Acompanhamento com especialistas HISTÓRIA OBSTÉTRICA E NEO A- Gestação B - Parto e Nascimento ALIMENTAÇÃO • Tipo de Aleitamento; • Início da alimentação complementar; • Quais alimentos? - Alimentação artificial? Início? Tipo de Leite? LV (Modificado? (Fórmula infantil) Não modificado? Em Pó? In Natura?) Diluição? - Alimentação atual? Nº de refeições /dia Cardápio? DESENVOLVIMENTO 6 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) Frequência respiratória: • <2 meses – FR<ou= 60 • 3 a 11 meses – FR<ou=50 • 12 meses a 5 anos – FR<ou=40 • >6 anos – FR<ou=30 Frequência cardíaca: • RN – 120 a 180 bpm • Lactente – 90 a 140 bpm • Pre-escolar – 80 a 110 bpm • Escolar – 75 a 100 bpm • Adolescente – 60 a 90 bpm. História do Desenvolvimento • Marcos do DNPM: Sorriso Social? Sustentou a cabeça? Sentou s/ apoio? Engatinhou? Ficou de pé sozinha? Andou? • Desenvolvimento Comportamental? o Sono (qualitativo/quantitativo)o Controle esfíncter (vesical-anal?) Enurese Noturna? o Agressividade/ Passividade – Negativismo • Adaptação social: Emotividade/ Hábitos com a família e com outras crianças – Desempenho escolar VACINAÇÃO História das vacinações • Vacinas • Complicações (efeitos adversos) • Cicatriz de CBG • Calendários Vacinas o SBP X PNI SEMPRE conferir a vacinação na caderneta da criança! ANTECEDENTES FAMILIARES • História Familiar; • Consanguinidade? o Muito importante → Doenças congênitas • Doenças: HAS, Diabetes, Asma, Arterioesclerose, Dislipidemias, AIDS, Hepatite; • Irmãos: Idade, Estado saúde, Falecidos? Causa óbito? HISTÓRIA SOCIAL Ambiente: condições de Habitação – moradia • Rural/ Urbana/ Apartamento ou casa (Taipa, alvenaria, madeira, favela) • Nº Cômodos / Nº pessoas que habitam • Condições de Saneamento: água tratada – (saneada ou filtrada) • Instalações hidroelétricas - sanitárias • Animais domésticos (cães, gatos) / quintal de terra / banhos de rios Estrutura Familiar: Nº de pessoas que trabalham/ Renda familiar • Profissão- Instrução dos pais - Escolaridade filhos • Verificar: uso de cigarros, drogas, tóxicos EXAME FÍSICO • Tentar se aproximar da criança, criar vínculo • Paciência e tranquilidade • Capacidade de adaptação • O Início da observação deve ocorrer desde o momento da entrada do consultório • Se dirigir a criança maior – criar empatia • Evitar deitá-la imediatamente/subitamente • Ouvidos e garganta ao final IMPRESSÃO GERAL • Avaliação geral do grau de doença ou de bem-estar da criança (exemplo: bom, regular ou mau estado geral). • Atitude: Observar atividade, posições eletivas, choro fácil, irritabilidade, depressão, torpor. • Fáceis: Descrever o tipo de expressão facial (exemplo: facies de sofrimento ou medo) ou a presença de fácies típicas de determinadas doenças (exemplo: Síndrome de Down). • Estado nutritivo: Observar panículo adiposo ou edema. Descrever eventuais sinais típicos de desnutrição (exemplo: manchas “pelagróides” ou alterações capilares do kwashiorkor). SINAIS VITAIS • Temperatura • Frequencia de pulso: na criança é feita por um dos seguintes métodos: (a) Palpação dos pulsos periféricos (femoral, radial e carotídeo); (b) Ausculta cardíaca direta; (c) Observação da pulsação das fontanelas. • Frequencia respiratória: Observar, a amplitude e a facilidade ou dificuldade dos movimentos respiratórios. • Pressão arterial: A pressão arterial deve ser medida rotineiramente a partir dos 3 anos de idade, na criança assintomática. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 7 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) • Peso: os bebês são pesados em balança infantil, despidos. Crianças de 1 a 3 anos pode ser necessária a aferição indireta (pesar a mãe com a criança no colo e subtrair o peso). • Estatura: Os lactentes têm seu comprimento medido em posição supina, usando-se o antropômetro. Para aferir a estatura de crianças maiores, recomenda-se colocá-las eretas, encostadas em uma superfície vertical graduada • Perímetro cefálico: Deve ser medida regularmente durante os dois primeiros anos AVALIAÇÃO DOS ORGÃOS E SISTEMAS • Pele e mucosas • Tecido celular subcutâneo e hidratação • Fâneros • Gânglios • Cabeça – conformação e fontanelas o A fontanela anterior mede, ao nascer, 4 a 6 cm no diâmetro frontoparietal, e fecha entre 4 e 26 meses. A posterior mede 1 a 2 cm, e costuma fechar por volta dos 2 meses de idade. • Ouvidos • Boca e orofaringe • Pescoço – linfonodos, rigidez de nuca • Tórax o PULMÃO ▪ INSPEÇÃO: Observar tiragem, tipo respiratório, ritmo, expansibilidade torácica e uso de músculos acessórios. ▪ PALPAÇÃO: pesquisa de frêmito tóraco-vocal ▪ PERCUSSÃO: Percutir face anterior, lateral e posterior do tórax. ▪ AUSCULTA: Se a criança chora moderadamente, pode auxiliar na ausculta, pois o choro equivale à voz, e a inspiração profunda auxilia a ausculta do murmúrio vesicular. o CORAÇÃO: ▪ INSPEÇÃO: Ver impulso apical ▪ PALPAÇÃO: Palpar ictus; presença de frêmitos ▪ AUSCULTA: As bulhas são mais facilmente audíveis do que em adultos. Mais do que 70% das crianças normais pode apresentar sopros cardíacos inocentes. • Abdome o INSPEÇÃO o PALPAÇÃO – Atenção para choro intenso, descrever extensão do fígado (normal 1 a 3 cm em lactentes) o PERCUSSÃO o AUSCULTA - RHA Observar distensão, visceromegalias, massas palpaveis, hérnias • Genitália o Nos meninos, observar presença de fimose (a aderência bálano-prepucial é fisiológica nos lactentes) e testículos na bolsa escrotal. Observar também hidrocele, hipospádia ou hipogonadismo. o Nas meninas, ver orifício himenal, presença de secreção vaginal e sinéquia de pequenos lábios. o Enquadrar a criança em um dos cinco estágios de desenvolvimento sexual segundo os critérios de Tanner. • Extremidades: o Observar deformidades, hemiatrofia, valgismo/varismo, paralisias, edema, alterações da temperatura, postura, assimetria, alterações da marcha. o PULSOS: Palpar pulsos radiais, femorais e pediosos. o ARTICULAÇÕES: Observar sinais inflamatórios (edema, calor, rubor e dor), alterações da mobilidade (limitação ou hipermobilidade), nódulos. ARTICULAÇÃO DO QUADRIL: No recém- nascido realizar a manobra de Ortolani o MÃOS E PÉS • Coluna vertebral: 8 Carolina Gondim – 5º Semestre (2020.2) o Examinar, em diversas posições, rigidez, postura, mobilidade, curvaturas, etc. Registrar presença de espinha bífida, fosseta ou cisto pilonidal, tufos de pelos, hipersensibilidade. • Exame neurológico: o Não há necessidade de realizar um exame neurologico completo de rotina, especialmente quando não existem queixas diretamente relacionadas a esta área. o FUNÇÃO CEREBRAL: Comportamento geral, consciencia, memória, orientação, comunicabilidade e compreensão, fala, escrita e atividade motora. o NERVOS CRANIANOS o FUNÇÃO CEREBELAR: Testes simples de coordenação. equilíbrio e marcha. o SISTEMA MOTOR: Postura, tonus e força muscular, simetria e paralisias. o REFLEXOS CONSIDERAÇÕES FINAIS ASPECTOS RELEVANTES • A queixa principal • A história da doença atual Sintomas associados • A cronologia dos sintomas • A duração da doença Antecedentes (pessoais, familiares) • Relação médico-paciente-família
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