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SOBRECAPA, INDICE E DESENVOLVIMENTO APS

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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE
ATIVIDADE PRÁTICA SU
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS
 
ENGENHARIA CIVIL 
7º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
DIEGO APARECIDO ROD
EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES
RICHARD RODR
SONIA CARVAL
THAWAN SILVA CONCEIÇÃO 
 
 
São Paulo – SP 
2016 
ARMADO” 
APS 
 
DRIGUES DA SILVA 
SOUZA RODRIGUES LOPES 
RIGUES SEGANTINI 
ALHO DOS SANTOS 
THAWAN SILVA CONCEIÇÃO 
 
 
Página 2 de 56 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
 
 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
 
 
 
ENGENHARIA CIVIL 
7º SEMESTRE 
CÓDIGO DA DISCIPLINA: 584X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Atividade Prática 
Supervisionada, referente à Visita Técnica 
em uma obra para análise do 
desenvolvimento da construção e cálculos 
utilizados para as peças estruturais de 
concreto armado, com a finalidade de 
trabalhar a interdisciplinaridade e 
desenvolver o contexto prático das 
disciplinas apresentadas no sétimo módulo 
do curso de engenharia civil.
 
São Paulo – SP 
2016 
 
DIEGO APARECIDO RODRIGUES DA SILVA RA: T447HB-0 TURMA: 
EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES RA: T12242-2 TURMA: EC7R39 
RICHARD RODRIGUES SEGANTINI RA: B6513I-2 TURMA: 
SONIA CARVALHO DOS SANTOS RA: B83544-3 TURMA: 
THAWAN SILVA CONCEIÇÃO RA: B750CE-4 TURMA: 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 3 de 56 
 
RESUMO 
 
Ao analisar uma obra, olhamos para um prédio ou uma casa e não vemos que 
existem estruturas principais envolvidas, para que todo aquele conjunto permaneça 
ali, quase estático. Essas principais estruturas são as mais importantes dentro do 
contexto da obra, elas são denominadas lajes, vigas e pilares, e vamos tratar delas 
nesse trabalho, também iremos falar sobre fundações para entendermos todo o 
conceito. 
As lajes, vigas e pilares, podem ser de diversos materiais e tamanhos, vamos 
tratar especificamente dos elementos em concreto armado, onde focamos o estudo 
nos diferentes tipos de concreto e armaduras (aço) que podemos utilizar, e quais as 
diferença entre eles. 
Para entendermos um pouco mais, podemos comparar essas estruturas, com 
os ossos humanos, juntando em conjuntos, temos o esqueleto da obra, é ela que 
sustenta todo o conjunto, ela que determina a vida útil de um prédio, portanto o 
estudo delas é fundamental, não pode haver erros, tudo é muito bem calculado e 
dimensionado, com projetos bem detalhados e é composto por um processo de 
execução fiscalizado para não haver erros, pois uma boa obra, não depende de 
estética, e sim de uma ótima estrutura envolvida. 
 
Palavras-chave: Concreto Armado, Pilares, Lajes, Vigas, Memória de Cálculo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 4 de 56 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Objetivo geral Pág. 10 
1.2 Objetivos específicos Pág. 10 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Conceito de concreto Pág. 11 
2.1.1 Tipos de concretos Pág. 13 
2.2 Conceito de aço Pág. 15 
2.1.1 Tipos de aços Pág. 16 
2.3 Definição de concreto armado Pág. 20 
2.4 Breve história do concreto armado Pág. 22 
2.5 Vantagens e desvantagens Pág. 23 
2.6 Tipos de fissuras causadas no concreto armado Pág. 24 
2.7 Vida útil das peças Pág. 25 
2.8 Peças de concreto armado Pág. 25 
2.8.1. Lajes Pág. 29 
2.8.2. Vigas Pág. 31 
2.8.3. Pilares Pág. 35 
 
3. ESTUDO DE CASO 
3.1 Descrição da obra Pág. 37 
3.2 Etapas da execução Pág. 38 
3.3 Cronograma de execução Pág. 46 
3.4 Custos Pág. 47 
 
 4. DISCUSÃO E RESULTADO Pág. 52 
 
 5. CONCLUSÃO Pág. 53 
 
 6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Pág. 54 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 5 de 56 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 Locais indicados de aplicação do aço Pág. 16 
 Fonte: Manual técnico Gerdau 
FIGURA 2 Composição do Concreto armado Pág. 21 
 Fonte: Manual do Concreto Dosado em central – ABESC 
FIGURA 3 Viga de concreto simples (a) e armado (b) Pág. 21 
 Fonte: PFEIL, 1989 
FIGURA 4 
Fissuras em uma viga após ensaio experimental em 
laboratório 
Pág. 24 
 Fonte: PFEIL, 1989 
FIGURA 5 Classificação geométrica dos elementos estruturais Pág. 25 
 Fonte: Fusco-1976 
FIGURA 6 Classificação geométrica dos elementos estruturais Pág. 26 
 Fonte: Fusco-1976 
FIGURA 7 Classificação geométrica dos elementos estruturais Pág. 26 
 Fonte: Fusco-1976 
FIGURA 8 Indicação das peças de concreto armado em uma edificação Pág. 27 
 Fonte: PFEIL, 1989 
FIGURA 9 
Inter-relação entre elementos estruturais de um edifício de 
múltiplos pavimentos 
Pág. 28 
 Fonte: Francisco Patrick A. Almeida e Luciano B. dos Santos 
FIGURA 10 
Elementos em concreto armado em um edifício na fase de 
colocação de alvenaria. 
Pág. 28 
 Fonte: Catálogo Arcelormittal, 2000 
FIGURA 11 Figura 11 - Tipos de laje Pág. 30 
 Fonte: O Pedreirão (2011-2015) 
FIGURA 12 Figura 12 – Planta de forma simples com duas lajes maciças Pág. 31 
 
Fonte: Elementos Estruturais - Dr. Paulo Sérgio dos Santos 
Bastos - 2014 
 
FIGURA 13 Viga e a carga recebida Pág. 32 
 
Fonte: Elementos Estruturais - Dr. Paulo Sérgio dos Santos 
Bastos - 2014 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 6 de 56 
 
FIGURA 14 Viga e a carga recebida Pág. 32 
 
Fonte: Elementos Estruturais - Dr. Paulo Sérgio dos Santos 
Bastos - 2014 
 
FIGURA 15 Viga V27 Pág. 33 
 Fonte: Projeto - JLC Engenharia 
FIGURA 16 Pilar na fachada de edifício Pág. 36 
 
Fonte: Elementos Estruturais - Dr. Paulo Sérgio dos Santos 
Bastos - 2014 
 
FIGURA 17 Perspectiva da fachada do prédio pronto Pág. 37 
 Fonte: Google - 2016 
FIGURA 18 Localização da obra Pág. 38 
 Fonte: Google - 2016 
FIGURA 19 Projeto estrutural de um pavimento. Pág. 38 
 Fonte: Questões de concurso - 2011 
FIGURA 20 Escoramento de pilares, vigas e laje. Pág. 39 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 21 Posicionamento das armações do pilar, com pé direito duplo Pág. 40 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 22 Posicionamento das armações nas formas do pilar Pág. 40 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 23 Posicionamento das armações nas formas das lajes Pág. 41 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 24 Pequena quantidade de concreto feito “in loco” Pág. 41 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 25 Concretagem de laje tipo “cubeta” Pág. 42 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2014) 
FIGURA 26 Concretagem de laje Pág. 43 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 27 Reescoramento 100% de vigas e laje Pág. 44 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 28 Reescoramento 50% de vigas e laje Pág. 44 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 29 Escoramento e formas de vigas sendo retiradas após a Pág. 45 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 7 de 56 
 
concretagem e cura 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 30 Retirada total das formas e escoramento Pág. 45 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 31 Cronograma de execução Pág. 47 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
FIGURA 32 Integrantes do grupo na Visita Técnica Pág. 52 
 Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1 
Proporções típicas de materiais emdosagem diferentes 
resistência 
Pág. 12 
 Fonte: METHA, P.K., MONTEIRO P.J. 
TABELA 2 Tipos de concretos segundo sua massa específica Pág. 13 
 Fonte: METHA, P.K., MONTEIRO P.J. 
TABELA 3 Tipos de concretos segundo sua resistência à compressão Pág. 14 
 Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
TABELA 4 Tipos de concretos segundo sua composição Pág. 14 
 Fonte: Manual do Concreto Dosado em central – ABESC 
TABELA 5 Classificação dos aços-carbono e ligados segundo a SAE Pág. 17 
 Fonte: Welding – classificação dos aços 
TABELA 6 Tipos de aço CA-50 Pág. 18 
 Fonte: Manual técnico Gerdau 
TABELA 7 Tipos de aço CA-60 Pág. 18 
 Fonte: Manual técnico Gerdau 
TABELA 8 Tipos de aço CA-25 Pág. 19 
 Fonte: Manual técnico Gerdau 
TABELA 9 Tipos de arame recozido Pág. 19 
 Fonte: Manual técnico Gerdau 
 
 
TABELA 10 Fluxograma de produção das armaduras para o aço Pág. 39 
 Fonte: FACHINI (2005) 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 8 de 56 
 
TABELA 11 Custo unitário por m² de laje maciça de concreto armado Pág. 48 
 Fonte: Base SINAPI - Arquivo Pessoal (2016) 
TABELA 12 Custo unitário por m³ de viga de concreto armado Pág. 49 
 Fonte: Base SINAPI - Arquivo Pessoal (2016) 
TABELA 11 Custo unitário por m³ de pilar de concreto armado Pág. 50 
 Fonte: Base SINAPI - Arquivo Pessoal (2016) 
 
 
SIGLAS 
 
Un. Unitário 
m Metro 
cm Centímetro 
mm Milímetro 
m³ Metro cúbico 
E Módulo de elasticidade 
GPa Giga Pascal 
MPa Mega Pascal 
kg Quilograma 
m³ Metro cúbico 
tf Tonelada força 
kN Kilo Newton 
SAE Society of Automotive Engineers – EUA 
FIHP Federación Iberoamericana de Hormigón Premesclado 
VUP Vida útil de projeto 
 
 
 
SÍMBOLOS 
 
% Porcentagem (por cento) 
* Multiplicação 
/ Divisão 
- Subtração ou indicado na frente de um número é a indicação de negativo. 
+ Soma ou indicado na frente de um número é a indicação de positivo. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 9 de 56 
 
= Igual 
≈ Aproximado 
˃ Menor 
˂ Maior 
γ Peso especifico 
γc 
ys 
bw Menor largura da secção transversal na área tracionada 
h Altura 
C Cobrimento da armadura em relação à face do elemento 
d Operador diferencial 
Mk 
Md 
X 2lim 
X 3lim 
LN 
fcd 
∆ Delta 
ß 
σ Tensão 
As Área da armadura de tração prolongada de um comprimento superior 
Ø Diâmetro (bitola do aço) 
a Distância ou dimensão, deslocamento máximo (flecha) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 10 de 56 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
1.1. OBJETIVO GERAL 
 
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar os elementos 
estruturais em concreto armado, como laje, vigas e pilares, entendermos todo o 
processo de projeto e execução, suas técnicas construtivas, suas funcionalidades e 
importância, em uma visita técnica a uma obra de edifício residencial multifamiliar. 
 
1.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS 
 
Entre os Objetivos específicos desse trabalho, podemos mencionar a 
aprendizagem sobre os materiais envolvidos, a pesquisa sobre concreto e aço, a 
diversidade desses materiais, e as características desses elementos juntos. 
A análise dos cálculos necessários para o dimensionamento exato desses 
elementos, a análise de projetos e quantificação de material. 
O desenvolvimento da pesquisa em campo, que nos traz mais conhecimento 
da área, analisando não só o objetivo do trabalho, como o desenvolvimento e 
relacionamento entre os engenheiros e a equipe operacional da obra, a conduta em 
um canteiro de obra, a grandiosidade das maquinas, o riscos e acidentes que podem 
ocorrer e o contexto todo de uma obra. 
Ressaltando, também, o desenvolvimento do trabalho em grupo, que nos 
ajuda na comunicação, liderança e desenvolvimento profissional, onde cada um 
exerce uma função. 
Desenvolvendo na prática toda a teoria aprendida em sala de aula com as 
matérias de materiais de construção civil, resistência dos materiais civil, ergonomia, 
estrutura de concreto armado, tecnologia da construção com ênfase nos sistemas 
construtivos e teoria das estruturas, fundações e sistemas estruturais, colocando em 
prática, aplicando os conhecimentos adquiridos até o 7º semestre do curso de 
Engenharia Civil. 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 11 de 56 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
2.1. CONCEITO DE CONCRETO 
 
Segundo a ASTM (American Society for Testing and Materials), o concreto é 
um material compósito que consiste de um meio aglomerante no qual estão 
aglutinadas partículas de diferentes naturezas. 
Em análise ao uso no o aglomerante é o cimento, que em presença de água, 
se torna o aglomerante, o que une todos os componentes na mistura, os agregados 
são qualquer material granular, como areia, brita escória de alto-forno, podendo ser 
utilizado até mesmo resíduos de construção e de demolição 
Os agregados são classificados por seu tamanho, se as partículas de 
agregado são maiores do que 4,75mm, o agregado é denominado graúdo, caso 
contrário, o agregado é miúdo. 
Alem desses dois componentes, o aglomerante e o agregado, são colocados 
substâncias químicas, no concreto fresco, que alteram algumas características do 
concreto final, com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas, 
essas substancias são denominadas aditivos e adições 
Podemos definir então, que a composição do concreto é: 
 
CIMENTO + ÁGUA + AGREGADOS (MIÚDOS E/OU GRAÚDOS) 
COM OU SEM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS (ADITIVOS E/OU ADIÇÕES) 
 
O processo de mistura e preparo do concreto está diretamente ligado no 
cimento, sendo ele uma mistura finamente moída de compósitos inorgânicos 
calcinados que, quando combinada com água, endurece. As reações químicas entre 
os minerais do cimento e a água, chamada de reações de hidratação, resultam na 
pasta que se solidificará com o tempo, reunindo em torno de si os agregados. 
O concreto ideal é obtido tendo uma proporção dos materiais empregados, o 
que define a quantidade de cada um dos diferentes materiais é a finalidade do uso 
do concreto, pois ao alterar as quantidades podemos proporcionar ao concreto 
diversas características diferentes, tanto no estado fresco quanto no estado 
endurecido. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 12 de 56 
 
 
Tabela 1 – Proporções típicas de materiais em dosagem diferentes resistência 
Fonte: METHA, P.K., MONTEIRO P.J. 
 
A vantagem de se trabalhar com o concreto, pois é um material de fácil 
execução, para entender devemos saber que o concreto apresenta duas fases: o 
concreto fresco e o concreto endurecido. 
O estado fresco dura de uma a cinco horas, tempo que compreende os 
processos de mistura, transporte, lançamento e adensamento, isso varia de acordo 
com os materiais existentes na mistura, temos uma grande propriedade, nessa fase 
e estado fresco, que é a trabalhabilidade, que facilita a mistura e modelagem de 
qualquer tipo de estrutura, que possibilita a sua passagem por todos esses 
processos, mantendo-se homogêneo. O concreto fluido e coeso passa por todos os 
obstáculos preenchendo toda a fôrma da peça estrutural sem que ocorram falhas, 
exsudação e segregação. 
O outro estado, o concreto endurecido, dura por toda a vida do concreto tem 
início na hidratação do cimento, é nessa fase que verificamos o grau de hidratação e 
o fator água/cimento do concreto, para realização de testes, retiramos corpos de 
prova do concreto no estado fresco e moldamos de maneira padrão, para futura 
análise desses dados, pois são os principaisparâmetros que dirigem as 
propriedades do concreto, e temos a principal informação sobre a sua a resistência à 
compressão, que está diretamente relacionada à durabilidade das estruturas. 
O concreto quando submetido a esforços de compressão sofre 
comportamento elástico antes de sofrer alguma deformação plástica e finalmente 
romper, diferentemente dos agregados que rompem em estado elástico e possuem 
resistências superiores às do concreto. A relação tensão e deformação, dada por E, 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 13 de 56 
 
no concreto, na compressão, varia de 14 à 40 GPa. O E do concreto se refere ao 
comportamento da estrutura, é importante dado que orienta a hora que deve ser 
retirado a forma, pois ele já se auto-sustenta. 
Por mais fácil que seja sua trabalhabilidade temos que tomar cuidado com a 
umidade existente no concreto e no ambiente onde ele esta sendo empregado, pois 
pode sofrer deformação por retração, gerando tensões de tração que ocasionam 
fissuras no concreto, existem dois tipos de retração, sendo elas, a retração por 
secagem, pode ocorrer quando o concreto em estado fresco entra em contato com a 
umidade ambiente, e a retração térmica, quando a peça de concreto, aquecida pela 
hidratação do cimento, sofre resfriamento. 
O concreto quanto seu uso estrutural, só é resistente à compressão, portanto 
pode ser empregado em locais específicos, para emprego em estruturas requer a 
união à um material resistente à tração, geralmente o aço, na forma de barra ou 
cabo, formando o concreto armado, resistente às solicitações de tração, de 
compressão e à flexão. 
 
2.1.1. TIPOS DE CONCRETO 
 
Existem vários tipos de concreto existentes no mundo, e ainda vêm sendo 
desenvolvidos outros tipos para atender demandas específicas relativas ao meio 
ambiente ao qual estará sujeito, ao tempo de execução, à configuração arquitetônica 
projetada, aos requisitos de durabilidade, técnicos e de sustentabilidade, podemos 
classificar de concordo com algumas propriedades: 
 
• Massa específica 
 
Tipo Massa Específica (Kg/m³) Aplicação 
Concreto de densidade 
normal 
≈ 2.400 Estruturas gerais 
Concreto leve ˂ 1.800 Requisito valor alto de 
resistência/peso 
Concreto pesado ˃ 3.200 Blindagem contra radiação 
Tabela 2 – Tipos de concretos segundo sua massa específica 
Fonte: METHA, P.K., MONTEIRO P.J. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 14 de 56 
 
• Resistência à compressão 
 
Baixa resistência < 20 MPa 
Resistência moderada de 20 MPa a 40 MPa 
Alta resistência > 40 MPa 
Tabela 3 – Tipos de concretos segundo sua resistência à compressão 
Fonte: Arquivo pessoal (2016) 
 
• Sua composição, com alterações no traço dos componentes 
utilizados, com adições e aditivos. 
 
 
Tabela 4 – Tipos de concretos segundo sua composição 
Fonte: Manual do Concreto Dosado em central – ABESC 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 15 de 56 
 
2.2. CONCEITO DE AÇO 
 
Podemos definir o aço como uma liga metálica, sendo seus componentes 
principais o ferro e carbono, e a porcentagem do carbono variando entre 0,008 e 
2,11%. Para entendermos a resistência do aço, analisamos o carbono existente na 
sua estrutura, que age como um agente químico de resistência ao deslocamento, em 
que um átomo de ferro em uma estrutura cristalina passa para outro. 
Além dos componentes principais indicados, o aço incorpora 
outros elementos químicos, alguns prejudiciais, provenientes do processo de 
fabricação, como o enxofre e o fósforo, pois nas suas propriedades físicas, deixa o 
aço quebradiço. Outros componentes são adicionados intencionalmente para 
melhorar algumas características do aço para aumentar a 
sua resistência, durabilidade, dureza ou para facilitar algum processo de fabricação. 
O aço é atualmente é a liga metálica mais utilizada, sendo empregue em 
máquinas, ferramentas, em construção, entre outras, mesmo que os outros 
materiais, como o alumínio, possuem vantagens técnicas superiores emprega-se o 
aço devido a sua nítida superioridade frente às demais ligas considerando-se o seu 
fácil acesso e seu preço, pois existem numerosas jazidas de minerais de ferro 
suficientemente ricas, puras e fáceis de explorar, além da possibilidade de reciclar a 
sucata. 
O processo de fabricação é relativamente simples e econômico, é chamado 
de aciaria, onde se utiliza elétrodos e processo de aciaria LD, onde se utiliza sopro 
de oxigênio no metal líquido por meio de uma lança. 
As armações estão presentes em todas as peças de concreto armado. As 
principais peças são as estacas de fundação, blocos de fundação, sapatas, cintas, 
pisos armados, pilares, vigas e lajes, como podemos ver na figura a seguir. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
Página 16 de 56 
 
 
 Figura 1 – Locais indicados de aplicação do aço 
Fonte: Manual técnico Gerdau 
 
2.2.1. TIPOS DE AÇOS 
 
O aço pode ser classificado da seguinte maneira: 
 
• Quantidade de carbono em porcentagem; 
Variando entre 0,008 e 2,11%. 
 
• Composição química; 
A classificação mais comum é de acordo com a composição química, dentre 
os sistemas de classificação química das normas da SAE é o mais utilizado, e adota 
a notação ABXX, em que AB se refere a elementos de liga adicionados 
intencionalmente, e XX ao percentual em peso de carbono multiplicado por cem. 
ATIVIDADE PRÁTICA
“PEÇAS ESTRUTURAIS D
 
Tabela 5 – Classificação dos aços
 
• Quanto à constituição
No aço comum o teor 
estará sempre abaixo dos 2%. Acima dos 2 até 5% de outros elementos já pode 
considerado aço de baixa
• Quanto à sua aplicação.
Como estamos falando de construção
trabalhar com o aço: 
1. Cortar, dobrar e montar na obra;
2. Comprar cortado e dobra e apenas montar na obra.
 
Obras que vão consumir grandes quantidades de aço
do aço, seu diâmetro nominal pela dificuldade de dobra sem maquina
e econômico comprar cortado e dobra
 Os aços são vendidos comercialmente na forma de barras retas de 12m de 
comprimento ou em telas soldadas.
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO”
Classificação dos aços-carbono e ligados segundo a SAE
Fonte: Welding – classificação dos aços 
Quanto à constituição microestrutura; 
No aço comum o teor de impurezas (elementos além do ferro e do carbono) 
estará sempre abaixo dos 2%. Acima dos 2 até 5% de outros elementos já pode 
considerado aço de baixa-liga, acima de 5% é considerado de alta
Quanto à sua aplicação. 
Como estamos falando de construção civil, em obras há duas formas de 
1. Cortar, dobrar e montar na obra; 
2. Comprar cortado e dobra e apenas montar na obra. 
que vão consumir grandes quantidades de aço e dependendo da bitola 
do aço, seu diâmetro nominal pela dificuldade de dobra sem maquina
econômico comprar cortado e dobrado de acordo com o seu projeto
Os aços são vendidos comercialmente na forma de barras retas de 12m de 
ou em telas soldadas. Separados em: 
E CONCRETO ARMADO” 
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ligados segundo a SAE 
de impurezas (elementos além do ferro e do carbono) 
estará sempre abaixo dos 2%. Acima dos 2 até 5% de outros elementos já pode 
liga, acima de 5% é considerado de alta-liga 
m obras há duas formas de 
e dependendo da bitola 
do aço, seu diâmetro nominal pela dificuldade de dobra sem maquina é mais rápido 
do de acordo com o seu projeto. 
Os aços são vendidos comercialmente na forma de barras retas de 12m de 
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Aços CA-50: 
Tem a superfície obrigatoriamente com nervuras transversais(rugosa), é 
obtido por laminação a quente e sua resistência característica de tensão de 
escoamento de 50 kgf/mm2 ou 500 MPa; 
 
 
Tabela 6 – Tipos de aço CA-50 
Fonte: Manual técnico Gerdau 
 
Aço CA-60: 
Os fios até 10,0mm deve obrigatoriamente ter entalhes ou nervuras, são 
obtidos através de trefilação fio a fio e sua resistência característica de tensão de 
escoamento de 60 kgf/mm2 ou 600 Mpa. 
 
 
Tabela 7 – Tipos de aço CA-60 
Fonte: Manual técnico Gerdau 
 
 
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Aço CA-25: 
Superfície obrigatoriamente lisa e sua resistência característica de tensão de 
escoamento de 25 kgf/mm² ou 250 Mpa. 
 
 
Tabela 8 – Tipos de aço CA-25 
Fonte: Manual técnico Gerdau 
 
Arames Recozidos: 
Tem a função de fazer a amarração dos elementos de aço (barras, estribos) 
na montagem das peças de aço. 
 
Tabela 9 – Tipos de arames recozidos 
Fonte: Manual técnico Gerdau 
 
 
 
 
 
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2.3. DEFINIÇÃO DE CONCRETO ARMADO 
 
Como já visto no item anterior, o concreto é um material que apresenta alta 
resistência às tensões de compressão, porém, apresenta baixa resistência à tração 
(cerca de 10 % da sua resistência à compressão), que causa nos elementos 
estruturais o surgimento de fissuras e rompimento frágil na zona tracionada, para 
tornar o uso do concreto viável em estruturas, como nas estudadas nesse trabalho, é 
necessário que faça a adição de um material que apresenta resistência a tração, 
então são introduzidas barras de aço, colocadas em posições convenientes para 
resistir à tração aplicada no elemento, visto que o aço possui alta resistência a esse 
esforço, conforme já citada no item anterior 
Com esse material composto, o concreto e armadura (barras de aço), surge 
então o chamado “concreto armado”, no entanto, o conceito de concreto armado 
envolve ainda o fenômeno da aderência, que é essencial e deve obrigatoriamente 
existir entre o concreto e a armadura, pois não basta apenas juntar os dois materiais 
para se ter o concreto armado. Para a existência do concreto armado é 
imprescindível que haja real solidariedade entre ambos o concreto e o aço, e que o 
trabalho seja realizado de forma conjunta. 
Conforme descrita na norma brasileira ABNT NBR 6118/03 (item 3.1.3) - 
Projeto de Estruturas de Concreto, onde define que elementos de concreto armado, 
são: “aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e 
armadura e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da 
materialização dessa aderência”, com isso de forma esquemática pode-se indicar 
que concreto armado é: 
 
CONCRETO SIMPLES + ARMADURA + ADERÊNCIA. 
 
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Figura 2 – Composição do Concreto armado 
Fonte: Manual do Concreto Dosado em central – ABESC 
 
As barras de aço, no concreto armado são chamadas de “armaduras 
passivas”, o que significa que as tensões e deformações nela aplicadas devem-se 
exclusivamente aos carregamentos aplicados nas peças onde está inserida, 
podemos analisar em um simples exemplo o trabalho conjunto entre o concreto e a 
armadura, na análise de uma viga de concreto simples, ou seja, sem armadura, no 
item a da figura, que após a tensão de tração atuante alcançar a resistência do 
concreto à tração (que é baixa), se rompe bruscamente tão logo surge à primeira 
fissura, porém no item b, da figura, colocando-se uma armadura posicionada na 
região das tensões de tração, eleva-se s a capacidade de resistência da viga. 
 
 
Figura 3 – Viga de concreto simples (a) e armado (b) 
Fonte: PFEIL, 1989 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Porem temos que ressaltar que esse trabalho em conjunto do concreto e do 
aço só é possível porque os coeficientes de dilatação térmica dos dois materiais são 
praticamente iguais. 
 
2.4. BREVE HISTÓRIA DO CONCRETO ARMADO 
 
Embora o concreto seja um material mais antigo, a implantação da armadura 
em sua composição, é mais recente, segundo o professor Dr. Paulo Sérgio dos 
Santos Bastos, relata que o primeiro caso foi em 1850, onde o norte americano 
Tadeu Sat, realizou experimentos e verificou a eficiência da função das armaduras 
no trabalho conjunto com o concreto, porém seus estudos ganharam repercussão 
somente após a publicação em 1877. Os alemães realizaram uma teoria mais 
completa sobre o material, assim, denominou-se que o verdadeiro desenvolvimento 
do concreto armado no mundo iniciou-se com Gustavo Adolpho Wayss. Em 1880, 
realizou-se a primeira laje armada com barras de aço de seção circular. 
O primeiro livro sobre o dimensionamento das peças de concreto armado 
surgiu com uma publicação de Edward Mörsch em 1902, eminente engenheiro 
alemão, professor da Universidade de Stuttgart na Alemanha. Suas teorias 
resultaram de ensaios experimentais, dando origem às primeiras normas para o 
cálculo e construção em concreto armado. 
O método de cálculo treliça clássica de E. Mörsch é uma das maiores 
invenções, permanecendo ainda aceita, apesar de ter surgido há mais de 100 anos. 
Outras datas significativas nos primeiros desenvolvimentos foram: 
Já o desenvolvimento do concreto armado no Brasil iniciou em 1901 no Rio 
de Janeiro, com a construção de galerias de água, e em 1904 com a construção de 
casas e sobrados. Em 1908 foi construída uma primeira ponte com 9 m de vão. Em 
São Paulo, em 1910 foi construída uma ponte com 28 m de comprimento. O primeiro 
edifício em São Paulo data de 1907, sendo um dos mais antigos do Brasil em 
“cimento armado”, com três pavimentos. A partir de 1924 quase todos os cálculos 
estruturais passaram a ser feitos no Brasil, com destaque para o engenheiro 
estrutural Emílio Baumgart. 
 
 
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2.5. VANTAGENS E DESVANTAGENS 
 
O concreto armado é um dos materiais mais utilizados na construção civil, 
podemos encontrá-lo, em pequenas e grandes construções, como casas 
residenciais, edifícios, em pontes, em usinas hidrelétricas e nucleares, em obras de 
saneamento, e em diversas finalidades. Estima-se pela segundo a FIHP, que 
anualmente são consumidas 11 bilhões de toneladas de concreto, 
aproximadamente, um consumo médio de 1,9 toneladas de concreto por habitante 
por ano, valor inferior apenas ao consumo de água. E então abrimos a discussão 
para o porquê do uso tão comum do concreto armado? Devido as suas vantagens, 
que vemos a seguir: 
 
• A facilidade de obtenção e o baixo custo do material; 
• Durabilidade; 
• Boa resistência à compressão e tração; 
• A resistência do concreto à água (caixas d'água, barragens, represas, 
canais, pavimentos, estruturas etc.); 
• Rapidez e facilidade na execução; 
• Outro aspecto positivo é que o aço, convenientemente envolvido pelo 
concreto, fica protegido contra a corrosão; garantindo a durabilidade do conjunto. 
• Suporta altas temperaturas provocadas por incêndio, pelo menos 
durante certo período de tempo, desde que tenha o correto cobrimento; 
• A diversidade de aplicação (edifícios, obras de infra-estrutura, etc.); 
• Resistência a choques e vibrações: as estruturas de concreto 
geralmente tem massa e rigidez que minimizam vibrações e oscilações, provocadas 
pelas ações de utilização e o vento; 
• Conservação: desde que o projeto e a execução tenham qualidade, as 
estruturas de concreto podem apresentar grande resistência às intempéries, aos 
agentes agressivos e às ações atuantes; 
• Em termos de sustentabilidade,o concreto armado consome menos 
energia do que o alumínio, o aço, o vidro, e também emite proporcionalmente menos 
gases e partículas poluentes. 
 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Porém o concreto armado possui suas desvantagens: 
• Peso próprio elevado, relativamente à resistência: peso específico 
γ=25kN/m3 = 2,5 tf/m³; 
• Reformas e adaptações são de difícil execução; 
• Fissuração (normalmente existe, ocorre e deve ser controlada, 
conforme explicada no item seguinte); 
• Transmite calor e som; 
• Fôrmas e escoramentos: na execução do concreto armado é 
necessário se obter fôrmas e escoramentos para ser montados no local, acarretando 
mais custo de material e de mão de obra. 
• Alterações de volume com o tempo: o concreto pode fissurar sob 
alterações de volume provocadas pela retração e pela fluência, o que pode dobrar a 
flecha num elemento fletido. 
 
2.6. TIPOS FISSURAS CAUSADAS NO CONCRETO ARMADO 
 
A fissura é uma abertura de pequena espessura no concreto, seu 
aparecimento deve-se à baixa resistência do concreto à tração. A abertura das 
fissuras é normal com a movimentação da peça estrutural, ou surgem também 
devido ao fenômeno da retração no concreto, e pode ser significativamente 
diminuída com uma cura cuidadosa nos primeiros dias de idade do concreto, porém 
deve ser controlada, geralmente até 0,3 mm, a fim de atender condições de 
funcionalidade, estética, durabilidade e impermeabilização. 
 
 
Figura 4 – Fissuras em uma viga após ensaio experimental em laboratório 
Fonte: PFEIL, 1989 
 
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2.7. VIDA ÚTIL DAS PEÇAS 
 
Conforme a NBR 15575-1:2012, a vida útil é uma indicação do tempo de vida 
ou da durabilidade de um edifício e suas partes. A vida útil de projeto, conhecida 
pela sigla VUP é definida no projeto e no Brasil, para os edifícios habitacionais, foi 
adotado, em caráter informativo, o período de 40 anos como vida útil de projeto 
mínima (VUP mínima) e o período de 60 anos como vida útil de projeto superior 
(VUP superior), sendo que a escolha de um ou outro período cabe aos 
intervenientes no processo de construção. 
Lembrando que os fatores que influenciam na vida útil de projeto são os 
materiais empregados, técnicas escolhidas de construção, qualidade da execução 
dos serviços e o aspecto fundamental é o uso e manutenção da construção 
 
2.8. PEÇAS EM CONCRETO ARMADO 
 
As peças em concreto armado podem ser compostas por um só tipo de 
elemento estrutural, ou por um conjunto deles, como é mais comum de ocorrer nas 
construções. As peças podem ser classificadas de diferentes maneiras, sendo uma 
delas a geometria do elemento. 
Essa classificação é determinada de acordo com os valores do comprimento, 
altura e espessura das peças, sendo chamados: 
• Elementos lineares 
São aqueles que têm a espessura da mesma ordem de grandeza da altura, 
mas ambas muito menores que o comprimento. São os elementos chamados como 
“barras”. Como exemplos mais comuns encontram-se as vigas e os pilares. 
 
Figura 5 – Classificação geométrica dos elementos estruturais 
Fonte: Fusco-1976 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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• Elementos bidimensionais 
São aquelas onde duas dimensões, o comprimento e a largura, são da 
mesma ordem de grandeza e muito maiores que a espessura. São os chamados em 
“cascas”, quando a superfície é curva e chamadas “placas” ou “chapas”, quando a 
superfície é plana. Como exemplos mais comuns encontram-se as lajes, as paredes 
de reservatórios, etc. 
 
Figura 6 – Classificação geométrica dos elementos estruturais 
Fonte: Fusco-1976 
• Elementos tridimensionais 
São aqueles onde as três dimensões têm a mesma ordem de grandeza. São 
os chamados elementos de volume. Como exemplos mais comuns encontram-se os 
blocos e sapatas de fundação, consolos, etc. 
 
Figura 7 – Classificação geométrica dos elementos estruturais 
Fonte: Fusco-1976 
 
As peças estruturais básicas podemos indicar sendo as vigas, lajes e pilares, 
os quais iremos estudar nesse trabalho, temos também peças estruturais de 
fundação, as sapatas, blocos e tubulões e peças complementares como 
reservatórios, muros e escadas. 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Figura 8 – Indicação das peças de concreto armado em uma edificação 
Fonte: PFEIL, 1989 
 
Estes elementos são vinculados entre si, com a armação existente dentro 
deles, as chamadas “ferros de arranque” para conectar uma peça a outra. Pensando 
no cálculo, esse vínculo existe entre duas peças é a articulação que não absorve 
rotações, porém introduz esforços nas direções dos eixos das peças por elas 
ligadas. Quando é imposta restrição de movimento em uma direção, cria-se um 
apoio simples. Já para restrições em duas direções há um apoio duplo e, finalmente, 
quando todos os movimentos ficam restritos, temos um engastamento. 
Outro ponto que é importante destacar que as peças se inter-relacionam de 
modo a transmitirem para o solo as cargas que lhes são aplicadas. As cargas 
atuantes na laje são transferidas para as vigas, das vigas para os pilares, e dos 
pilares para os blocos de fundação. Ao chegarem à fundação são transmitidas ao 
solo onde são dissipadas. Conforme a figura a seguir: 
 
ATIVIDADE PRÁTICA
“PEÇAS ESTRUTURAIS D
 
Figura 9 – Inter-relação entre elem
Fonte:
 
Figura 10 – Elementos em concreto armado em um edifício na fase de colocação de alvenaria.
Dando continuidade
execução dessas peças, o objetivo do projeto de uma estrutura é fazer com que a 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO”
relação entre elementos estruturais de um edifício de múltiplos pavimentos 
Fonte: Francisco Patrick A. Almeida e Luciano B. dos Santos
Elementos em concreto armado em um edifício na fase de colocação de alvenaria.
Fonte: Catálogo Arcelormittal, 2000 
 
continuidade, temos que citar que é necessário ter um projeto para 
execução dessas peças, o objetivo do projeto de uma estrutura é fazer com que a 
E CONCRETO ARMADO” 
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entos estruturais de um edifício de múltiplos pavimentos 
Francisco Patrick A. Almeida e Luciano B. dos Santos 
 
Elementos em concreto armado em um edifício na fase de colocação de alvenaria. 
temos que citar que é necessário ter um projeto para 
execução dessas peças, o objetivo do projeto de uma estrutura é fazer com que a 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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mesma cumpra a função para a qual foi idealizada sem entrar em colapso e sem se 
deformar ou vibrar excessivamente. 
De uma forma simplificada, as etapas de um projeto de estruturas são: 
• Definição do esquema estrutural, ou da disposição das diversas peças 
que compõem a estrutura; 
• Determinação das cargas que irão atuar na estrutura; 
• Análise da estrutura para avaliar se ela está em equilíbrio e determinar 
os esforços internos e deformações; 
• Dimensionamento dos elementos estruturais; 
• Detalhamento do projeto para execução. 
 
Tudo começa a partir do projeto arquitetônico, nele são apresentadas muitas 
informações, tais como os materiais a serem empregados na obra, a localização das 
aberturas para ventilação e circulação de pessoas. Assim, precisa encontrar uma 
estrutura que se molde a necessidade solicitada no projeto arquitetônico, conhecido 
o arranjo estrutural, o passo seguinte é a determinação das cargas que irão atuar 
sobre seus diversos elementos, o que é feito a partir de informações contidas nopróprio projeto arquitetônico e em normas técnicas apropriadas. 
Conhecida a geometria da estrutura, conforme já explicada no item anterior, e 
as cargas que vão atuar sobre ela, chega o momento de conhecer os efeitos 
produzidos por essas cargas, os quais se manifestam por meio de esforços internos 
e deformações, conforme dito anteriormente. A determinação dos esforços internos 
e deformações são feitas na etapa de análise estrutural, que atualmente costuma 
ser realizado com o auxílio de programas computacionais altamente sofisticados, 
porem vamos apresentar cálculos básicos aprendidos em sala de aula, para todas 
as peças básicas de concreto armado, separamos em lajes, vigas e pilares, o ultimo 
de modo mais vago, por não ter tido aulas sobre o assunto tão afundo. 
 
 
2.8.1. LAJES 
 
As lajes são os elementos planos que, além das cargas permanentes, 
recebem ações de uso, como de pessoas, móveis, pisos, que são transferidas para 
as vigas, que por sua vez transfere para os pilares. 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Existem vários tipos de laje de concreto armado, as mais usuais e qual vamos 
estudar nesse trabalho são as lajes moldadas “in loco”, maciças de concreto, com 
espessuras que normalmente variam de 7 cm a 15 cm. 
 
2.8.1.1. LAJES MOLDADAS “IN LOCO” 
 
São lajes que em que a maior parte do processo construtivo é executada na 
própria obra. São elas: maciças, maciça protendida e Bubble Deck. 
 
2.8.1.2. LAJES PRE-FABRICADAS 
 
São lajes em que a maior parte do processo construtivo é executada fora da 
obra, em uma fábrica de pré-moldados com larga escala. Na obra, geralmente, 
necessitam apenas de um capeamento de concreto. São elas: steel deck, alveolar 
protendida, pré-moldada com lajota, pré-moldada com EPS, painel. 
 
 
Figura 11 - Tipos de laje 
Fonte: O Pedreirão (2011-2015) 
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Figura 12 – Planta de forma simples com duas lajes maciças 
Fonte: Elementos Estruturais - Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos - 2014 
 
 
2.8.2. VIGAS 
 
Pela definição da NBR 6118/03, vigas “são elementos lineares em que a 
flexão é preponderante”. As vigas são barras, na maioria das vezes retas e 
horizontais, recebem cargas distribuídas da laje e cargas pontuais de outras vigas 
transversais, conforme figura, e transmite essas cargas diretamente ao apoio, que 
normalmente são os pilares. Existem vigas em balaço que não possuem apoio, e 
seu calculo é feito como engaste, mas não vamos exemplificar nesse trabalho, este 
caso. 
As armaduras das vigas são geralmente compostas por estribos, chamados 
“armadura transversal”, e por barras longitudinais, chamadas “armadura 
longitudinal”. 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Figura 13 – Viga e a carga recebida 
Fonte: Elementos Estruturais - Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos - 2014 
 
2.8.2.1. CÁLCULOS E PROJETOS 
 
Quando a carga da laje é aplicada na vida, ela sofre duas reações: o esforço 
de compressão, ou seja, a parte superior é encurtada e o esforço de tração, parte 
inferior é esticada. O concreto trabalha na parte de compressão e o aço na parte de 
tração, por isso se coloca a maior parte dos aços na parte de baixo da viga. 
 
 
Figura 14 – Viga e a carga recebida 
Fonte: Elementos Estruturais - Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos – 2014 
 
Para um exemplo de calculo utilizamos a viga V27, que se encontra no 
pavimento térreo da obra. 
 
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Figura 15 – Viga V27 
Fonte: Projeto - JLC Engenharia 
 
 
Dados: γc = 1.4; 
γs = 1,15; 
Aço CA 50; 
C 30; 
bw = 19cm; 
h = 55cm; 
a = 4cm; 
d = 51cm; 
a = d'; 
Mk = - 21,7 tf. 
 
• Cálculo do momento fletor de projeto: 
Md = Mk * γc 
Md = 21700 * 1,4 
Md = 30380 kN.cm 
 
• Cálculo X 2lim, X 3lim: 
X 2lim = 0,26 * 51 = 13,26 cm 
X 3lim = 0,63 * 51 = 32,13 cm 
 
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• Cálculo do LN (posição do X) 
fcd = (30/10)/ 1,4 = 2,14 kN/cm² 
Md = 0,68 * bw * fcd * x * (d - 0,4x) 
Md = 0,68 * 19 * 2,14 * x * (51 – 0,4*x) 
30380 = 1410,08x – 11,06x² 
 
∆ = (-1410,08)² – 4* 11,06 * 30380 
∆ = 644314,4 
 
x = 91410,08 + ou – 802,69)/ 22,12 
x1 = 100,03 cm > 55 
x2 = 27,44 cm 
 
A posição do x encontra-se no domínio 3. 
 
• Ajuste do ßx: 
 Por norma concretos até C35, x = 05*d. 
X = 0,5 * 51 = 25,5 cm 
 
M1d = 0,68 * 19 * 2,14 * 25,5 * (51 – 0,4 * 25,5) 
M1d = 28765,8 kN/cm² 
 
M2d = Md – M1d 
M2d = 30380 – 28765,8 = 1614,18 kN/cm² 
 
• Cálculo da área do aço tracionada: 
 As1 = (M1d) / ( σad * (d – 0,4x)) 
 σad = (500/10) / 1,15 = 43,48 kN/cm² 
 
As1 = (28765,8) / (43,48*(51-0,4*25,5)) 
As1 = 16,215 cm² 
 
As2 = (M2d) / ( σad*(d-d')) 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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As2 = 1614,18 / (43,48*(51 – 4)) 
AS2 = 0,789 cm² 
 
AS total = 17 cm² 
 
• Cálculo da área do aço comprimida: 
A'S = k's * ((M2d/(d-d')) 
A'S = 0,0264 * ((1614,18/(51-4)) 
A'S = 0,907 cm² 
ASmin = 0,0015*bw*h 
ASmin = 0,0015 * 19 * 55 
ASmin = 1,57 cm² 
 
Utilizamos a área do aço Asmin, pois este é superior ao A'S. 
 
• Sugestão de Barras 
Área tracionada 
5 Ø 20; área = 15,75cm² 
1 Ø 12,5; área = 1,25cm² 
Sendo que deverão ser distribuídas em duas camadas. 
 
Área comprimida 
2 Ø 10; área = 1,60cm² 
 
2.8.3. PILARES 
 
Pilares são elementos lineares, geralmente retos, retangulares, quadrados ou 
circulares, dispostos na vertical. Transmitem a carga recebida das vigas e/ou lajes, 
para as fundações. 
Podemos indicar que os pilares, dentre as peças estruturais, são os de maior 
importância nas estruturas, pois alem de transmitir as cargas “finais”, ou seja, possui 
maior concentração de cargas, por serem elementos verticais, eles que garantem o 
contraventamento da estrutura, em relação às ações verticais e horizontais. 
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Figura 16 – Pilar na fachada de edifício 
Fonte: Elementos Estruturais - Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos - 2014 
 
2.8.3.1. CÁLCULOS E PROJETOS 
 
Como não possuímos aulas referentes a dimensionamento de pilares, devido 
à carga horária de aula, não possuímos conhecimento suficiente para executar os 
cálculos e dimensões de pilares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. ESTUDO DE CASO 
 
 
3.1. DESCRIÇÃO DA OBRA 
 
A obra visita é um empreendimento comercial, chamado Icon Berrini, da 
construtora JLC Engenharia, fica localizado na Rua Jaceru, 200, bairro Vila 
Gertudes, na cidade de São Paulo, em uma das regiões mais conceituadas em 
relação a centros comerciais da cidade de São Paulo. 
Em construção e com data de entrega prevista para o segundo trimestre de 
2018, com padrão corporativo de ocupação, o edifício é ideal para médias e grandes 
empresas. O edifício possui um total de 11 andares com lajes a partir de 900 m². 
 
 
Figura 17 – Perspectiva da fachada do prédio pronto 
Fonte: Google - 2016 
 
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Figura 18 – Localização da obra 
Fonte: Google - 2016 
 
3.2. ETAPAS DE EXECUÇÃO 
 
A obra em estudo trabalha com lajes maciças, vigas e pilares de concretoarmado, feita “in loco”. 
 
1º. Passo: Realizado o projeto da peça a ser executada, no projeto tem 
indicação de tamanhos, largura, comprimento, altura e secções, com os cálculos 
devido a sua funcionalidade no contexto geral da obra; 
 
Figura 19 – Projeto estrutural de um pavimento. 
Fonte: Questões de concurso - 2011 
 
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2º. Passo: Preparar uma forma ou molde, com as dimensões descritas no 
projeto; 
3º. Passo: Recebimento das armaduras, armazenamento, corte e dobra na 
obra. 
 
Tabela 10 – Fluxograma de produção das armaduras para o aço 
Fonte: FACHINI (2005) 
 
O primeiro elemento a ser montado é o pilar, depois as vigas e por ultimo a 
laje. 
 
4º. Passo: Montar o escoramento, se necessário, para apoiar e suportar a 
peça estrutural; 
 
Figura 20 – Escoramento de pilares, vigas e laje. 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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5º. Passo: As armaduras de aço são previamente posicionadas na fôrma, 
na obra visitada, os pilares são os primeiros, e a montagem das formas de vigas e 
lajes, são feitas simultâneas; 
 
 
Figura 21 – Posicionamento das armações do pilar, com pé direito duplo 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
Figura 22 – Posicionamento das armações nas formas do pilar 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Figura 23 – Posicionamento das armações nas formas das lajes 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
6º. Passo: Nas lajes, na seqüência da montagem das armaduras, são 
posicionados os eletrodutos e caixas de interruptores e tomadas. Nesta fase os 
espaçadores são posicionados para garantir o cobrimento especificado no projeto. 
 
7º. Passo: Preparo do concreto, maior parte do concreto é usinado, 
transportado por caminhões betoneiras e lançado traves de um magote com bomba, 
porem pequenos locais, como caixas de inspeção, regularização de falhas na 
concretagem, fechamento de furos, são feitos o concreto “in loco”; 
 
 
Figura 24 – Pequena quantidade de concreto feito “in loco” 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
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8º. Passo: Antes da concretagem, realiza-se o “lump test”, para verificar a 
fluidez do concreto, e realiza-se a montagem dos corpos de prova para futuros 
testes laboratoriais, referente à resistência. 
 
9º. Passo: O concreto fresco é lançado para preencher a fôrma, na obra 
em questão, o pilar é o primeiro elemento a ser concretado, dando diferença de sete 
dias para a concretagem das vigas e laje; Na laje deve-se fazer um mapa de 
concretagem, indicando cada caminhão, pois ao realizar testes em laboratórios fica 
mais fácil para localizar. 
 
10º. Passo: Simultaneamente vai-se realizando o adensamento do 
concreto, que deve envolver e aderir às armaduras, geralmente é feito com o 
equipamento denominado “vibrador”; 
 
 
Figura 25 – Concretagem de laje tipo “cubeta” 
Fonte: Arquivo Pessoal (2014) 
 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Figura 26 – Concretagem de laje 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
11º. Passo: Deve ser feito a cura do concreto, umedecendo o local, para 
que não haja evaporação de água da sua composição; 
 
12º. Passo: O escoramento deve ser reduzido conforme a resistência 
calculada do concreto, nesse processo o escoramento, é chamado de 
reescoramento, onde possuem somente escoras metálicas, com o passar de algum 
tempo pré-estabelecido pelo calculista, as escoras são reduzidas pela metade da 
sua quantidade; 
 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Figura 27 – Reescoramento 100% de vigas e laje 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
 
Figura 28 – Reescoramento 50% de vigas e laje 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
13º. Passo: Após a cura e com o endurecimento do concreto, onde ele já 
se intitula autoportante, pode ser realizada a retirada das fôrmas e escoramento 
total. Geralmente a desenforma dos pilares são feitas após 24 horas da 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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concretagem, desde que o concreto tenha resistência à compressão mínima de 3 
MPa. 
 
 
Figura 29 – Escoramento e formas de vigas sendo retiradas após a concretagem e cura 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
 
Figura 30 – Retirada total das formas e escoramento 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
14º. Passo: São feitos testes em laboratórios especializados, em todos os 
corpos de prova, para verificar a resistência do concreto. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Alguns cuidados devem ser tomados na execução doa elementos de concreto 
armado, o mais importante é o posicionamento das armaduras, elas devem ser 
armadas exatamente de acordo com o projeto, pois isto irá garantir as hipóteses de 
cálculo adotadas pelo engenheiro projetista. Muitas vezes, durante a execução, o 
fluxo de operários em cima da armadura faz com que a mesma seja concretada em 
uma posição deslocada, alterando assim o rendimento da peça, e, às vezes, até a 
própria hipótese de cálculo. Outro item importante são os espaçadores, pois para 
garantir a cobertura do aço pelo concreto, devem-se colocar espaçadores. 
Para execução dos pilares, devemos nos atentar, as formas, com o cuidado 
com o prumo e o aperto das formas, pois costuma-se ser a forma que mais abre 
durante a concretagem, devido a pressão exercida pelo lançamento do concreto, na 
concretagem, atentar-se na vibração do elemento, por possuir limitação de altura e o 
“vibrador” não alcançar, deve ser executada aos poucos para devido adensamento 
na peça. Na desforma, deve ser verificado o tempo mínimo para a cura, pois é o 
primeiro elemento a ser desformado, e dando seqüência aos demais elementos, 
regrando o cronograma da obra. 
Nas lajes e vigas, deve-se ter o cuidado com o nivelamento, a precisão dos 
limites, o transito de pessoas durante a colocação das armaduras e concretagem, 
não se esquecer de colocar todos os elementos de elétrica, eletrodutos e caixas de 
interruptores e tomadas. Fazer um mapa de concretagem, para descobrir o teste 
realizado em cada caminhão e o local que foi empregado tal concreto, verificar o 
acabamento, pois deve estar lisos, para reduzir o custo na execução de contra piso. 
Se atentar no tempo certo, estimado para a retirada do escoramento e 
reescoramento. 
 
3.3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 
 
Em um cronograma de execução, analisamos o tempo da obra, o tempo para 
cada elemento realizado, no nosso estudo vamos analisar apenas as peças de 
concreto armado, laje, vigas e pilares. 
Como vigos, o processo de execução, se resume em forma - confecção e 
montagem, armação - confecção e montagem, escoramento, instalçaoa de 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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embutidos na laje, concretagem - confecção e lançamento, cura e desforma. Com 
esse itens podemos definir qual elemento que ira ser determinante no prazo da obra. 
Analisamos que o sistema de fôrmas, montagem e desmontagem, e 
escoramento consomem cerca de 60% do prazo para a execução da estrutura. Os 
40% restantes são para os serviços de armação e concretagem. Portanto, pode-se 
dizer que o sistema de fôrmas consome aproximadamente 30% do prazo total do 
empreendimento. 
 
 
Figura 31 – Cronograma de execuçãoFonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
3.4. CUSTOS 
 
O custo que temos na execução de peças de concreto armado, esta 
relacionada aos materiais, que seria a forma, armação e concreto, e a mão de obra, 
que se trata da parte de pessoas para execução. 
Para analise desse custo, analisamos a cada item necessário para montagem 
de cada peça estrutural, os preços da composição foram utilizados como base o 
SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, de 
julho de 2014, para o estado de São Paulo. 
Na laje executamos o preço unitário de acordo com a execução da obra 
visitada, onde o concreto utilizado é o C30, com classe de agressividade ambiental II 
e tipo de ambiente urbano, com brita 1, para melhor adensamento, considerando o 
concreto dosado em central, e concretagem com bomba e grua, a armação feita com 
1.2.3 ARMAÇÃO 
1.2.2 FORMAS
ESTRUTURA DO PAVIMENTO1.
1.1.5 DESMONTAGEM DAS FORMAS
2012 17 1816 193 98 10 11 13 14 15
CRONOGRAMA FÍSICO
1 2 4 5ITEM DISCRIMINAÇÃO 6 7
1.1.1 PLANTA DE EIXOS
1.1. PILARES
1.2.4 CONCRETO
1.1.4
ESTRUTURA DO PAVIMENTO
1.1.2 ARMAÇÃO 
CONCRETO
1.2. VIGAS E LAJES
1.2.1 DESMONTAGEM DAS FORMAS 
DO PAVIMENTO INFERIOR
1.1.3 FORMAS
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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aço CA-50, com a quantidade aproximada de 22kg de armação para cada metro 
quadrado, a forma de madeira com escoramento metálico, utilizando escoramento 
continuo e altura considerada de piso de até 3 m. A altura da laje aproximadamente 
de 15 centímetros, pois é a média das alturas das lajes da obra visitada. 
 
Laje maciça 
 
m² 
 
Un Descrição Quant. Preço 
unitário 
Preço 
Insumo 
m² 
Sistema contínuo de escoramento e fôrmas para 
laje de concreto armado, até 3 m de altura livre de 
piso, composta de: escoras, travessas metálicas e 
superfície moldante de madeira tratada reforçada 
com barras e perfis. 
1,100 33,75 37,13 
Un Separador certificado para lajes maciças. 3,000 0,17 0,51 
kg Aço em barras nervuradas, CA-50, diâmetros 
vários, segundo ABNT NBR 7480. 22,00 3,89 85,58 
m³ 
Concreto C30 classe de agressividade ambiental II 
e tipo de ambiente urbano, brita 1, consistência 
S100, dosado em central, segundo ABNT NBR 
8953. 
0,158 351,45 55,53 
h 
Caminhão bomba estacionado na obra, para 
bombeamento de concreto. Inclusive parte 
proporcional de deslocamento. 
0,006 384,47 2,31 
h Oficial de estruturas de concreto armado. 0,515 14,74 7,59 
h Ajudante de estruturas de concreto armado. 0,515 10,86 5,59 
% Meios auxiliares 2,000 194,24 3,88 
% Custos indiretos 3,000 198,12 5,94 
Total: R$ 204,06 
Tabela 11 – Custo unitário por m² de laje maciça de concreto armado 
Fonte: Base SINAPI - Arquivo Pessoal (2016) 
 
A estimativa de custo por metro quadrado de laje é de R$ 204,06, 
considerando os meios auxiliares e custos indiretos. 
A viga foi considerada rasa e reta, na dimensão de 40x60 cm, realizada como 
a laje em concreto C30 classe de agressividade ambiental II e tipo de ambiente 
urbano, brita 1, para melhor adensamento, considerando o concreto dosado em 
central, e concretagem com bomba e grua, a armação de aço CA-50, quantidade 
considerada de 150 kg/m³. As formas de painéis de madeira compensada resinados 
de 6 mm de espessura e sarrafos de madeira serrada, e sistema de escoramento 
metálico, com escoras metálicas, incluso montagem e desmontagem, em piso de até 
3 m de altura livre. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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Viga de concreto armado. m³ 
 
Un Descrição Quant. Preço 
unitário 
Preço 
Insumo 
m² Painel de madeira compensada, resinado de 6 mm 
de espessura, com faces e bordas retos revestidos 
com resina fenólica, segundo NBR ISO 1096. 
0,160 7,62 1,22 
m Escora metálica telescópica, até 3 m de altura. 1,233 30,54 37,66 
m Sarrafo de madeira serrada, de pinus (pinus spp), 
de 2,5x7 cm, de 2ª qualidade, segundo ABNT NBR 
11700. 
0,958 3,00 2,87 
kg Pregos comuns 17x21 com cabeça, de 3 mm de 
diâmetro e 48 mm de comprimento. 
0,067 6,17 0,41 
l Agente desmoldante, à base de óleos especiais, 
emulsionante em água para fôrmas metálicas, 
fenólicas ou de madeira. 
0,050 4,52 0,23 
Un Separador certificado para vigas. 4,000 0,17 0,68 
kg Aço em barras nervuradas, CA-50, diâmetros 
vários, segundo ABNT NBR 7480. 
157,50
0 
3,89 612,68 
kg Arame galvanizado para atar, de 1,30 mm de 
diâmetro. 
3,000 2,51 7,53 
m³ Concreto C30 classe de agressividade ambiental II 
e tipo de ambiente urbano, brita 1, consistência 
S100, dosado em central, segundo ABNT NBR 
8953. 
1,050 351,45 369,02 
h Caminhão bomba estacionado na obra, para 
bombeamento de concreto. Inclusive parte 
proporcional de deslocamento. 
0,148 384,47 56,90 
h Montador de fôrmas. 0,663 14,74 9,77 
h Ajudante de montador de fôrmas. 0,663 10,86 7,20 
h Armador. 2,728 14,74 40,21 
h Ajudante de armador. 2,455 10,86 26,66 
h Oficial de trabalhos de concretagem. 0,097 14,74 1,43 
h Ajudante de trabalhos concretagem. 0,381 10,86 4,14 
% Meios auxiliares 2,000 1178,61 23,57 
% Custos indiretos 3,000 1202,18 36,07 
Total: R$1.238,25 
Tabela 12 – Custo unitário por m³ de viga de concreto armado 
Fonte: Base SINAPI - Arquivo Pessoal (2016) 
 
A estimativa de custo por metro cúbico de viga de concreto aramado é de R$ 
1.238,25, considerando os meios auxiliares e custos indiretos. 
O pilar considerou de seção quadrada com dimensão de 30x30 cm, realizado 
com concreto C30 classe de agressividade ambiental II e tipo de ambiente urbano, 
brita 1, considerando o concreto dosado em central, e concretagem com bomba e 
grua, armação de CA-50, quantidade estimada de 120 kg/m³. As formas com 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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acabamento tipo industriais para revestir, e sistema de escoramento na lateral e 
estrutura suporte vertical de escoras metálicas, em piso de até 3 m de altura livre. 
 
Pilar retangular ou quadrado de concreto armado. m³ 
 
Un Descrição Quant. Preço 
unitário 
Preço 
Insumo 
Un Separador certificado para pilares. 12,000 0,12 1,44 
kg Aço em barras nervuradas, CA-50, diâmetros 
vários, segundo ABNT NBR 7480. 126,000 3,89 490,14 
kg Arame galvanizado para atar, de 1,30 mm de diâmetro. 0,840 2,51 2,11 
m² 
Chapa metálica de 50x50 cm, para fôrmas de 
pilares de concreto armado de seção retangular ou 
quadrada, de até 3 m de altura, inclusive parte 
proporcional de acessórios de montagem. 
0,320 109,61 35,08 
Un Escora metálica telescópica, até 3 m de altura. 0,099 30,54 3,02 
Un 
Quebra cantos de PVC, de 15x22 mm e 2500 mm 
de comprimento, para bisel de cantos em 
elementos de concreto. 
17,800 0,80 14,24 
l 
Agente desmoldante, à base de óleos especiais, 
emulsionante em água para fôrmas metálicas, 
fenólicas ou de madeira. 
0,400 4,52 1,81 
m³ 
Concreto C30 classe de agressividade ambiental II 
e tipo de ambiente urbano, brita 1, consistência 
S100, dosado em central, segundo ABNT NBR 
8953. 
1,050 351,45 369,02 
h 
Caminhão bomba estacionado na obra, para 
bombeamento de concreto. Inclusive parte 
proporcional de deslocamento. 
0,158 384,47 60,75 
h Montador de fôrmas. 5,304 14,74 78,18 
h Ajudante de montador de fôrmas. 6,062 10,86 65,83 
h Armador. 0,982 14,74 14,47 
h Ajudante de armador. 1,091 10,86 11,85 
h Oficial de trabalhos de concretagem. 0,114 14,74 1,68 
h Ajudante de trabalhos concretagem. 0,455 10,86 4,94 
% Meios auxiliares 2,000 1154,56 23,09 
% Custos indiretos 3,000 1177,65 35,33 
 
Total: R$ 1. 212,98 
Tabela 13 – Custo unitário por m³ de pilar de concreto armado 
Fonte:Base SINAPI - Arquivo Pessoal (2016) 
 
A estimativa de custo por metro cúbico de pilar de concreto aramado é de R$ 
1.212,98, considerando os meios auxiliares e custos indiretos. 
Em todas as composições de custo foram considerada duas porcentagens, 
em cima do valor total, uma que chamamos de meios auxiliares, que seria os 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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recursos destinados ao pagamento de tributos, ao rateio dos custos da 
administração central, à remuneração ao construtor pela assunção de riscos do 
empreendimento e à compensação de despesas financeiras ocasionadas pelo 
descompasso entre gastos, medição e recebimento, e outra de custos indiretos que 
se aplicam na infraestrutura e gestão necessária para a realização da obra 
correspondem os custos previstos para a mobilização e desmobilização, custo com a 
equipe de administração e gestão técnica da obra (engenheiros, mestres de obra, 
encarregados, almoxarifes, apontadores, secretárias, etc), custos com a manutenção 
do canteiro (água, energia, internet, suprimentos de informática e papelaria), dentre 
outros, nesse custo não consideramos o lucro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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4. DISCUSSÕES E RESULTADOS 
 
 
 
Figura 32 – Integrantes do grupo na visita técnica 
Fonte: Arquivo Pessoal (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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5. CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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“PEÇAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO” 
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PRODUCT_ID=1&PROVA=25131&URL_SOLR=MASTER&USER_ID=0, acesso em 
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Conteúdo das matérias: 392 R - MATERIAIS DE CONSTRUCAO CIVIL 
514 X - RESISTENCIA DOS MATERI CIVIL 
381 X - MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIA 
122 T - TOP DE FIS GERAL/EXPERIMENTAL 
566 Z - COMPLEM RESIST MATERIAIS 
192 T - ESTRUT DE CONCRETO ARMADO 
342 X - SISTEMAS ESTRUTURAIS (CONCRETO) 
353 R - TEORIA DAS ESTRUTURAS