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APS - fabrica de pré moldados

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“PRÉ-FABRICADOS” 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
ENGENHARIA CIVIL 
6º SEMESTRE 
 
 
 
EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES 
GEOVANA MARÍNGOLO BARBOSA 
TATIANE DE CASTRO ARAÚJO DE MATA 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2016 
 
Página 2 de 56 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
 
 
“PRÉ-FABRICADOS” 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - APS 
 
 
ENGENHARIA CIVIL 
6º SEMESTRE 
CÓDIGO DA DISCIPLINA: 564X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Atividade Prática 
Supervisionada, referente à vista técnica em 
uma fabrica de peças pré-fabricadas, com a 
finalidade de trabalhar a 
interdisciplinaridade e inserir o contexto 
prático das disciplinas apresentadas no 
sexto módulo do curso de engenharia civil.
 
 
São Paulo – SP 
2016 
EVELYN SOUZA RODRIGUES LOPES RA: T12242-2 TURMA: EC7R39 
GEOVANA MARÍNGOLO BARBOSA RA: B7578A-6 TURMA: EC7Q39 
TATIANE DE CASTRO ARAÚJO DE MATA RA: T68846-9 TURMA: EC7R39 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 3 de 56 
 
RESUMO 
 
Com a área de construção civil, sempre buscando inovações e novas técnicas 
para diminuição da duração das obras, deu-se inicio a execução de peças pré-
fabricadas, que são peças feitas em empresas especializadas e transportadas já 
prontas para a obra, sem ter que passar por todo o processo de execução “in loco”, 
sem esperar o tempo de cura, reduzindo o cronograma final da obra. 
Outro fator que interferiu no surgimento dessa técnica, foi o crescimento dos 
centros urbanos, se perdeu o espaço para montagem de grandes canteiros de 
obras, com espaços mínimos para estoques de materiais, assim uma solução são as 
peças pré-fabricadas, pois não necessitam de locais para produção e 
armazenamento dentro da obra, automaticamente evitando também o desperdício 
de material durante o transporte, descarga, estoque e produção das peças, evitando 
mais gastos indevidos com essas perdas. 
Essa técnica não é tão emprega hoje, por ainda estar com o custo acima do 
valor de execução “in loco”, devido ao transporte e o controle tecnológico rígido 
exigido por normas da ABNT, mas a tendência é que sua demanda tenha um 
crescimento dentro da área de construção civil. 
Porém temos que ter cautela nesse tipo de produção em grande escala, pois 
é extremamente importante o conhecimento da procedência de todos os materiais 
empregados, dos processos de execução e se atendem o mínimo de resistência 
mecânica exigida pela norma. 
Por isso devemos estudar sobre o assunto, e nesse trabalho vamos mostrar 
um pouco da história dos pré-fabricados, sua composição, vantagens e 
desvantagens, detalhar todo o processo de execução dentro de uma fábrica, os 
ensaios realizados e os procedimentos de instalação em obra. 
 
 
Palavras-chave: pré-fabricados; vigas, lajes e pilares, processo de execução. 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 4 de 56 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Objetivo geral Pág. 09 
1.2 Objetivos específicos Pág. 10 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 História do pré-fabricado de concreto Pág. 11 
2.2 Norma Pág. 12 
2.3 Definição de pré-fabricado Pág. 13 
2.4 Indústria de pré-fabricado Pág. 14 
2.4.1. Local Pág. 14 
2.4.2. Pedido Pág. 15 
2.4.3. Análise da indústria e certificação Pág. 16 
2.4.4. Recebimento da peça Pág. 16 
2.5 Instalação de peças Pág. 16 
 
3. ESTUDO DE CASO 
3.1 Localização Pág. 22 
3.2 Layout da fábrica Pág. 23 
3.3 Peças produzidas Pág. 26 
3.3.1. Lajes pré-fabricadas Pág. 26 
3.3.2. Vigas Pág. 29 
3.3.3. Pilares Pág. 31 
3.3.4. Galpões Pág. 34 
3.4 Materiais Pág. 35 
3.4.1. Formas Pág. 35 
3.4.2. Concreto Pág. 37 
3.4.3. Aço Pág. 39 
3.5 Equipamentos Pág. 43 
3.5.1. Esticadeira Pág. 43 
3.5.2. Máquina de Solda Pág. 43 
3.5.3. Mesa vibratória Pág. 43 
3.5.4. Dosadora Pág. 43 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 5 de 56 
 
3.5.5. Betoneira Pág. 44 
3.5.6. Macaco hidráulico Pág. 45 
3.5.7. Lixa circular Pág. 45 
3.5.8. Pórtico Pág. 46 
3.6 Processos de execução Pág. 46 
3.7 Laboratório Pág. 49 
 
 4. DISCUSÃO E RESULTADO Pág. 51 
 
 5. CONCLUSÃO Pág. 53 
 
 6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Pág. 54 
 
 7. ANEXO Pág. 56 
 
LISTA DE FIGURAS 
FIGURA 1 Obra com implantação de pré-fabricados Pág. 14 
 Fonte: Construção Mercado – PINI (2015) 
FIGURA 2 Içamento da peça pré-fabricada Pág. 17 
 Fonte: Construção Mercado – PINI (2015) 
FIGURA 3 Peças de fixação das peças pré-fabricada Pág. 17 
 Fonte: Construção Mercado – PINI (2015) 
FIGURA 4 Peças de fixação das peças pré-fabricada Pág. 18 
 Fonte: Construção Mercado – PINI (2015) 
FIGURA 5 Casa de Maria Amélia Guimarães optou pelo pré-fabricado Pág. 21 
 Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí (2016) 
FIGURA 6 Localização da empresa Salema Pág. 22 
 Fonte: Google Maps – 2016 
FIGURA 7 Fachada da empresa Salema Pág. 22 
 Fonte: Google Maps – 2016 
FIGURA 8 Layout da empresa Salema Pág. 23 
 
Fonte: Projeto fornecido pela Salema 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 6 de 56 
 
FIGURA 9 Cortes do layout da empresa Salema Pág. 23 
 Fonte: Projeto fornecido pela Salema 
FIGURA 10 Distribuição do layout da empresa Salema – Parte 1 Pág. 24 
 Fonte: Projeto fornecido pela Salema - modificado. 
FIGURA 11 Distribuição do layout da empresa Salema – Parte 2 Pág. 25 
 Fonte: Projeto fornecido pela Salema - modificado. 
FIGURA 12 Figura 12 – Galpão da empresa Salema Pág. 25 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 13 Laje Treliça Unidirecional com EPS e cerâmica Pág. 26 
 Fonte: Catálogo do produto – Salema 
FIGURA 14 Painéis Treliçados – com EPS e maciço Pág. 27 
 Fonte: Catálogo do produto – Salema 
FIGURA 15 Painéis Treliçados – maciço Pág. 27 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 16 Painéis Protendidos Pág. 27 
 Fonte: Catálogo do produto – Salema 
FIGURA 17 Lajes Protendidas Pág. 28 
 Fonte: Catálogo do produto – Salema 
FIGURA 18 Peças para laje Pág. 28 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 19 Peças para Laje Protendida Pág. 29 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 20 Vigas já em obra para instalação Pág. 29 
 Fonte: Fotos internas da empresa – Salema 
FIGURA 21 Vigas Prontas no estoque Pág. 30 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 22 Vigas Prontas no estoque (Pilares no plano de fundo) Pág. 30 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 23 Pilares Prontos no estoque – 40x40 por 16 metros Pág. 31 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 24 Arranques e execução das outras armaduras Pág. 32 
 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 7 de 56 
 
FIGURA 25 Armaduras prontas Pág. 32 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 26 Console finalizado Pág. 33 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 27 Furos na lateral do pilar e a cordolha Pág. 34 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 28 
Pilares e vigas sendo montados para execução de um 
galpão industrial 
Pág. 34 
 Fonte: Fotos internas da empresa – Salema 
FIGURA 29 Galpão industrial com os primeiros andares finalizados Pág. 35 
 Fonte: Fotos internas da empresa – Salema 
FIGURA 30 Forma para o console do pilar Pág. 35 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 31 Forma para as vigas Pág. 36 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 32 Ajuste existente na forma Pág. 36 
 Fonte: Arquivopessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 33 Forma para lajes Pág. 37 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 34 
Baias de deposito de areia e pó de pedra ao fundo, com 
baldes para medição de traço 
Pág. 38 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 35 Baias de deposito de areia e pó de pedra ao fundo Pág. 38 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 36 Locais de descarte de óleo e desmoldantes Pág. 39 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 37 Vergalhões Pág. 40 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 38 Depósito de aço e execução de armação Pág. 40 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 39 Execução de armação para pilar Pág. 41 
 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 8 de 56 
 
FIGURA 40 
Detalhe do projeto de armação para uma viga de 30 x80 
com comprimento de 9,46 
Pág. 41 
 Fonte: Projeto Salema 
FIGURA 41 
Projeto de armação para um pilar 30x40 com altura de 
13,70 m 
Pág. 42 
 Fonte: Projeto Salema 
FIGURA 42 Dosadora Pág. 44 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 43 Betoneiras e buraco de encaixe do dosador Pág. 44 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 44 Macaco hidráulico Pág. 45 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 45 Lixa circular Pág. 45 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 46 Pórtico Pág. 46 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 47 
Fluxograma de produção de elementos de concreto 
armado 
Pág. 49 
 Fonte: Melhado - 1998 
FIGURA 48 
Equipamento para testes de compressão no corpo-de-
prova 
Pág. 50 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
FIGURA 49 
Foto das integrantes do grupo na empresa realizando a 
Visita Técnica 
Pág. 52 
 Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
SIGLAS 
m Metro 
cm Centímetro 
% Porcentagem (por cento) 
fck Resistência Característica do Concreto à Compressão 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
R$ Reais 
CA Concreto Armado 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 9 de 56 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As peças pré-fabricadas surgem no mercado como uma nova tecnologia com 
a capacidade de facilitar e simplificar a construção civil moderna, com as inovações 
dentro da área, foi possível o desenvolvimento de fábricas especializadas em peças 
pré-fabricadas de concreto armado, essas peças são desenvolvidas com o mesmo 
processo das peças executadas “in loco”, ressaltando porem a superioridade em 
relação à qualidade, possibilitada pela mão de obra especializada, padronização dos 
métodos construtivos, seleção dos materiais utilizados, cura do concreto em tempo 
correto, acompanhamento de especialistas, fornecedores autorizados e toda a parte 
de testes de controle tecnológico, dos materiais e peças finais. 
Ao implantar em uma obra, as peças pré-fabricadas, reduzem o tempo de 
produção, a mão de obra necessária, o desperdício de material, o que gera grande 
agilidade, flexibilidade e baixo custo. 
Embora seja uma tecnologia não muito empregada na área de construção 
civil, devido seu custo elevado, está em grande ascensão e para conhecer mais 
sobre o assunto desenvolvemos esse trabalho. 
Este trabalho apresenta o conceito de peças pré-fabricadas de concreto 
armado, uma breve história do seu surgimento até os dias atuais, quais são as 
principais atividades desenvolvidas numa fábrica de pré-fabricados, seu layout, todo 
o processo de execução, passo a passo, todos os processos internos da empresa, 
desde a chegada do material até a entrega do produto acabado ao cliente, 
conhecimento obtido através da visita técnica na Indústria Salema, com laudos 
fotográficos, dados de referencias bibliográficas e todo o conhecimento adquirido em 
sala de aula. 
 
1.1. OBJETIVO GERAL 
 
O presente trabalho tem como objetivo principal mostrar todo o processo de 
execução de peças de concreto armado, através da visita técnica a uma fábrica de 
pré-fabricados, desenvolver a análise dos quantitativos dos materiais necessários, o 
layout da empresa, os equipamentos necessários, o procedimento de estocagem de 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 10 de 56 
 
material, a produção em grande escala, os ensaios laboratoriais e análise dos 
procedimentos estabelecidos pela norma da ABNT. 
E com base nas informações, realizar um levantamento das vantagens e 
analise do emprego dessa inovação na área de construção civil. 
 
1.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS 
 
Entre os objetivos específicos desse trabalho, temos: 
 
• A interação com uma empresa já atuante na área de construção, desenvolver 
essa “ponte” de comunicação com pessoas que já vivenciam a experiência de 
trabalhar na área de construção civil, adquirindo informações em geral, no 
funcionamento e organização de uma obra; 
 
• Além do estudo que abordarmos sobre o tema: “pré-fabricados”, citamos 
algumas particularidades e observações da visita técnica, que desenvolve nosso 
olhar crítico e analítico dentro da área; 
 
• O desenvolvimento do trabalho em grupo, que ajuda na interação com 
pessoas novas, mesmo de turmas distintas, aprimorando a convivência com outras 
pessoas dentro da faculdade, aumentando a possibilidade de conhecimento pessoal 
e profissional; 
 
• O agendamento da visita técnica, aprimorando o lado profissional, onde se 
aplica a determinação de prazos, o conceito de reuniões e responsabilidades; 
 
• Conhecer na prática os materiais de construção civil, a produção e traços do 
concreto, observar a divisão das barras de aço, e a parte de gerenciamento de 
produção, aprendido teoricamente nas matérias do 6º semestre do curso de 
Engenharia Civil. 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 11 de 56 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1. HISTÓRIA DO PRÉ-FABRICADO DE CONCRETO 
 
Surgiram as primeiras anotações sobre os pré-fabricados, em meados dos 
anos 1900, nos Estados Unidos, para construção de coberturas, porém o surgimento 
dele foi antes, não podemos afirmar nenhuma data, segundo Vasconcellos, não se 
pode precisar a data em que começou a pré-moldagem, pois o próprio nascimento 
do concreto armado ocorreu com a pré-moldagem de elementos, fora do local de 
seu uso, ou seja, podemos dizer que os pré-fabricados têm sua história, lado a lado, 
com o surgimento do concreto armado. 
Conforme Salas, as peças pré-fabricadas tiveram sua importância na época 
de 1950 a 1970, devido à falta de edificações ocasionadas pela devastação da 
guerra, houve a necessidade de se construir diversos edifícios, tanto habitacionais 
quanto escolares, hospitais e industriais. Os edifícios construídos nessa época eram 
compostos de elementos pré-fabricados. Porém devido algum erro de fabricação, 
ocorreram acidentes com painéis pré-fabricados, o que ocasionou a rejeição pela 
sociedade. 
Após essa crise, os pré-fabricados ganharam seu espaço e a partir de 1980 
voltou a ser empregado em obras de componentes padronizados, onde a modulação 
e a padronização de componentes fornecem a base para a compatibilidade entre os 
elementos e subsistemas. 
A utilização de pré-fabricados em construções de maior porte começou a 
vigorar e ser executadas na França, século XX, no ano de 1981, no Cassino de 
Biarritz. 
Na primeira década do século XX, principalmente nos EUA e Europa, houve 
grandes avanços na tecnologia de concreto pré-fabricado. 
No Brasil, esse sistema tem avançado, porém é mais utilizada em obras com 
padronização em suas plantas, como obras de casas populares e galpões de 
fabricas, ou em obras que a única alternativa é a utilização de pré-fabricados, como 
obrassem espaço físico ou necessidade de agilidade no cronograma de entrega da 
obra. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 12 de 56 
 
Infelizmente, os projetistas não visualizam os pré-fabricados como um 
sistema construtivo, apenas como uma medida preventiva para alguns tipos de 
obras especifica. E, além disso, o Brasil, não possui incentivo técnico e financeiro, 
com isso atrasa o crescimento dos pré-fabricados, sem ser um método usual, 
impossibilita seu desenvolvimento. 
Porém, mesmo diante desse quadro, as peças pré-fabricadas estão em 
crescimento no país, proveniente do empenho de empresários, que tiveram a visão 
das qualidades desse sistema, e tiveram uma analise critica do avanço dessa 
tecnologia dentro do país. 
 Uma prova evidente deste avanço é a produção pela Associação Brasileira 
de normas Técnicas (ABNT), de uma norma especifica para pré-fabricados, que fixa 
as condições exigíveis, no projeto, para a execução e controle de estruturas pré-
fabricadas de concreto armado ou protendido. 
 
2.2. NORMAS 
 
1. NBR-9062: Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado 
 
Esta Norma fixa as condições exigíveis no projeto, na execução e no controle 
de estruturas pré-moldadas de concreto armado ou protendido, excluídas aquelas 
em que se empreguem concreto leve ou outros especiais. 
 
2. NBR 6.118:2014 Versão Corrigida: 2014 - Projeto de Estruturas de 
Concreto - Procedimento 
3. NBR 9.062:2006 - Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-
moldado 
4. NBR 14.860:2002 - Laje Pré-fabricada - Pré-laje - Requisitos 
5. NBR ISO 9.001:2008 - Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos 
6. NBR ISO 14.001:2004 - Sistemas da Gestão Ambiental - Requisitos com 
Orientações Para Uso 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 13 de 56 
 
2.3. DEFINIÇÃO DE PRÉ-FABRICADO 
 
A norma NBR 9062 define estrutura pré-fabricada como elemento pré-
moldado executado industrialmente, mesmo em instalações temporárias em 
canteiros de obra, ou em instalações permanentes de empresa destinada para este 
fim que atende aos requisitos mínimos de mão-de-obra qualificada; a matéria-prima 
dos elementos pré-fabricados deve ser ensaiada e testada quando no recebimento 
pela empresa e previamente à sua utilização. 
O que diferia do método tradicional onde os pilares, vigas e lajes, são 
executadas na obra, é que no método de produção pré-fabricado, os elementos 
estruturais são moldados e adquirem grau de resistência e forma antes de serem 
transportados em definitivo para a edificação. 
Estas estruturas podem ser adquiridas junto a empresas especializadas, ou 
moldadas no próprio canteiro da obra, para serem montadas no momento oportuno. 
Uma estrutura de concreto e aço trabalha na tração e compressão, o aço tem a 
tração necessária e o concreto trabalha com a compressão, dando o necessário 
para suportar a carga estabelecida pelo calculista na construção. 
Com esse sistema temos o controle de cura no tempo correto do concreto, as 
dosagens de materiais são padronizadas, evitando erros na composição. Um 
elemento pré-fabricado deve seguir rigorosamente os tamanhos e resistências 
estabelecidas em projetos para atender a necessidade da estrutura a ser construída, 
pois no processo de montagem acarretará em problemas, podendo causar a perda 
do elemento, atualmente com maquinário moderno que facilita significativamente a 
realização do serviço, garantindo melhor qualidade do produto e diminuindo o 
esforço do homem. 
Como já citato no item anterior, a utilização do pré-fabricado na obra é 
definida de acordo com cada projeto, é mais usado geralmente quando é necessário 
redução de tempo de obra, ou fatores de falta espaço para armazenamento de 
materiais. 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 14 de 56 
 
2.4. INDÚSTRIA DE PRÉ-MOLDADOS 
 
A indústria de pré-fabricados está continuamente desenvolvendo cada vez 
melhor seus produtos, procurando atender a pequena demanda, porem com clientes 
mais exigentes, quanto à economia, eficiência, desempenho técnico, segurança, 
condições favoráveis de trabalho e de sustentabilidade. 
Para se mudar essa base produtiva na construção civil, com uso intensivo da 
força de trabalho, para um modelo mais moderno como a pré-fabricação, envolveria 
a aplicação de uma filosofia industrial ao longo de todo o processo construtivo da 
edificação. 
 
 
Figura 1 – Obra com implantação de pré-fabricados 
Fonte: Construção Mercado – PINI (2015) 
 
2.4.1. LOCAL 
 
Para o surgimento de uma indústria de pré-fabricado, é necessária a pesquisa 
sobre o local de instalação, pois deve ser próximo a rodovias, para facilidade de 
distribuição das peças executadas, também deve ser observado o layout da 
indústria, para otimizar o tempo de execução. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 15 de 56 
 
Apesar dos investimentos crescentes, a presidente-executiva da Associação 
Brasileira de Construção Industrializada de Concreto (Abcic), Íria Lícia Oliva Doniak, 
diz que a distribuição de fornecedores pelo País é desigual. “Há um número 
adequado de fornecedores mais concentrado nas regiões Sul e Sudeste”. Em 
regiões menos abastecidas há possibilidade, desde que viável em projeto, de a 
própria indústria montar fábricas dentro do canteiro de obras. 
 
2.4.2. PEDIDO 
 
Segundo Aline Mariane, nem só a qualidade das peças pré-fabricadas de 
concreto deve ser avaliada pelas construtoras. Quando os projetos se mostram 
viáveis tanto do ponto de vista financeiro quanto logístico, as empresas devem voltar 
suas atenções para os fornecedores dos produtos, especialmente porque o mercado 
se torna mais sofisticado ano após ano, por isso antes de fechar qualquer pedido é 
indispensável à pesquisa do mercado. 
Existem duas formas para contratar uma fornecedora de pré-fabricados: 
Primeira forma: A construtora pode contratar a empresa especializada para 
realizar tanto o projeto do pré-fabricado quanto a execução das peças na fábrica. 
Como o conhecimento especifico é maior, a empresa adapta todo o projeto as suas 
formas, realizando mais repetições no uso e reduzindo os custos, porem o custo de 
uma mão de obra especializada para executar o projeto especifico, pode sair mais 
caro, que a analise de um calculista. 
Segunda forma: Quando a contratante realiza o projeto estrutural e apenas 
solicita para a fornecedora executar as peças pré-fabricadas, muitas vezes a 
repetitividade na obra é menor, encarecendo o serviço. Neste caso, a construtora 
tem de avaliar que fornecedor tem fôrmas mais adaptadas às suas necessidades, o 
próprio calculista entra em contato com a empresa e avaliar os tipos de materiais e 
fixação que eles possuem, e tentar viabilizar seu projeto de acordo com as 
informações obtidas. 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
Página 16 de 56 
 
2.4.3. ANÁLISE DA INDÚSTRIA E CERTIFICAÇÃO 
 
Analisar a empresa e seu histórico é muito interessante, antes de fechar o 
pedido, para análise de comprometimento de prazos e qualidade dos produtos 
fornecidos, e ter certeza de que a empresa tem capacidade de estoque, em sua 
unidade fabril, para executar a sua demanda. 
Uma das possibilidades para ter garantia quanto à idoneidade da empresa é 
verificar se ela está inserida no programa Selo de Excelência Abcic - a única 
certificação disponível para esse tipo de construção no País, a associação monitora 
as fábricas e obras de empresas participantes. 
 
2.4.4. RECEBIMENTO DAS PEÇAS 
 
Para o recebimento das peças é necessário a analise, da qualidade do 
acabamento final, se não possuem manchas ou umidades, deve-se observar 
também, se não possuem trincas, devido avibrações no transporte durante o 
percurso da fabrica até o canteiro de obras, se possível deve medir com a própria 
trena se as dimensões são as mesmas solicitadas em projeto. 
 
2.5. INSTALAÇÃO DAS PEÇAS 
 
Em seu artigo, Maryana Giribola, explica que a colocação de estruturas pré-
fabricadas de concreto em obras de múltiplos pavimentos exige cuidado na 
especificação adequada das ligações de cada uma das peças. O desempenho da 
estrutura está diretamente relacionado ao comportamento de suas ligações. 
Os equipamentos devem ser estudados antes, pois devem possuir na obra no 
momento do recebimento do material, pois para movimentá-los e fixa-los é 
necessários tais equipamentos como: 
1. Gruas em obras verticais, pois suportam cargas maiores e não demandam 
espaço na periferia do terreno para os deslocamentos. 
2. Guindastes em obras horizontais, com mais área livre para movimentação. 
 
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Figura 2 – Içamento da peça pré-fabricada 
Fonte: Construção Mercado – PINI (2015) 
Figura 2 - (1) Içamento 
As alças ou orifícios que permitem a elevação das estruturas pré-moldadas de 
concreto devem ser definidos em projeto para que, durante o posicionamento da 
grua ou do guindaste, os elementos sejam movimentados sem balanço. Toda a área 
abaixo do içamento e do deslocamento deve ser isolada para evitar acidentes. 
 
 
Figura 3 – Peças de fixação das peças pré-fabricada 
Fonte: Construção Mercado – PINI (2015) 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
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Figura 3 - (2) Ligação viga-pilar 
São feitas com solda ou encaixe. Há duas formas de se fazer o encaixe: por 
meio de insertos metálicos aparafusados ou por simples encaixe das vigas nos 
pilares, dependendo da decisão do projetista. Quando o encaixe é aparafusado, é 
necessário preencher o espaço aberto com grauteamento. 
 
Figura 3 - (3) Ligação pilar-pilar 
Em sequência de pilares, normalmente a ligação é feita com insertos 
metálicos: parafusos e porcas localizadas nas duas extremidades das peças, que 
permitem o encaixe umas nas outras. Outra opção é projetar o pilar com seção 
reduzida na parte de cima e armaduras expostas na parte de baixo. Nesse caso, é 
necessário prever pontos de solda e concretagem posterior das peças. 
 
Figura 3 - (4) Proteção 
Para garantir a integridade das ligações, é preciso prever o tipo de proteção 
adequado para cada solidarização escolhida. Em caso de encaixes por insertos ou 
armação, é necessário proteger o orifício com grauteamento ou concretagem. Se as 
ligações forem prejudicadas - por oxidação, por exemplo -, a estrutura ficará 
comprometida. 
 
Figura 3 - (5) Lajes 
Diferente das vigas e dos pilares, as lajes pré-fabricadas em concreto são apenas 
apoiadas na estrutura. Depois de montadas é feito o capeamento com telas de aço 
CA-50, solidarizando toda a estrutura - vigas, pilares e lajes. 
 
Figura 4 - (6) Fachadas 
Podem ter função estrutural ou servir apenas como vedação. Nas fachadas 
estruturais, a viga funciona também como apoio ou travamento das peças, e é 
necessário algum tipo de ligação semelhante às executadas em pilares e vigas, 
como solda ou concretagem. Quando as fachadas têm só a função de fechamento, 
podem ser penduradas por insertos, como se fossem quadros. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 4 – Peças de fixação das peças pré-fabricada 
Fonte: Construção Mercado – PINI (2015) 
 
2.6. VANTAGENS E DESVANTAGENS 
 
Entre as vantagens de se utilizar o concreto pré-moldado protendido estão: 
 
1. Menos fissuras 
Devido o processo de fabricação com qualidade, existe a diminuição 
considerável de fissuras ou até mesmo a eliminação das mesmas; 
 
2. Menor deterioração da estrutura 
Como o concreto tende a não fissurar, a possibilidade de aço à corrosão e da 
deterioração do concreto é reduzido a um mínimo; 
 
3. Menor tempo de execução 
Devido às peças já virem prontas, e podendo ter simultaneidade de serviço, 
uma construção pré-moldada leva, em média, metade do tempo que seria 
dispensado em uma construção convencional; 
 
4. Limpeza 
Elimina a geração de entulho, promove maior organização; 
 
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5. Economia no aço e no concreto. 
Como tudo é medido com exatidão para suportar a carga e o peso, pode-se 
até mesmo diminuir a altura da viga, economizando em material; 
 
6. Processo sem interferências externas 
Os produtos são fabricados em um ambiente fechado, não sofrendo 
interferência exterior de qualquer natureza, ou seja, a construção não é atrasada 
devido a fatores climáticos, como por exemplo, as chuvas demasiadas; 
 
7. Sustentabilidade 
Explicitando, assim como existe a economia dos métodos construtivos, os 
resíduos dos materiais utilizados na construção permanecem na indústria, evitando 
sua exposição à natureza, o que poupa o meio ambiente de sérios problemas. 
 
Com as qualificações citadas, podemos observar claramente que os 
elementos pré-fabricados tornam a construção de uma edificação mais rápida, 
econômica e segura. Porem possui desvantagens, como: 
 
1. Sem investimento 
Como não é um método tão usual, não possui investimentos do governo para 
incentivo ao crescimento dessa técnica, com pesquisas ou ajuda financeira em 
relação a esse mercado. 
 
2. Desemprego 
Com o uso de maquinas, se perde emprego na parte de mão de obra 
operacional, onde se necessitava de vários homens, com essa técnica se faz 
necessário apenas um homem controlador da máquina. 
 
3. Custo mais elevado 
O valor da peça executada é mais alto em relação da peça executada no 
modo tradicional, porem se realizar o somatório dos valores de perda de materiais, 
mão de obra necessária, transporte e prazos, o valor pode ser até mais barato. 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Segundo engenheiro Rogério, o valor do pré-moldado pode variar bastante 
em função das características da obra, mas o valor estimado por metro quadrado 
fica entre R$ 500 e R$ 800. A aposentada Maria Amélia Guimarães, que optou pelo 
método ao construir, diz que não se arrepende de ter optado por essa forma na hora 
de construir. "Não vi desvantagem nenhuma", afirma. 
 
 
Figura 5 – Casa de Maria Amélia Guimarães optou pelo pré-fabricado 
Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí (2016) 
 
3. ESTUDO DE CASO 
 
No nosso estudo de caso apresentamos o processo completo de execução de 
uma peça pré-fabricada, através da visita técnica à empresa Salema Indústria e 
Comércio Ltda., realizada na segunda-feira, dia 15 de maio de 2016, no período da 
tarde. 
Seu horário de funcionamento é das 7:00 as 17:00 horas, podendo ser 
alterado conforme a demanda, devido à situação atual do país, a produção teve uma 
queda de 30%, da produção regular. 
A empresa tem mais de 25 anos de experiência de mercado e é especializada 
no dimensionamento e fabricação de estruturas e lajes pré-fabricadas, atendendo a 
toda grande São Paulo. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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3.1. LOCALIZAÇÃO 
 
A empresa está localizada na região do ABC paulista, na Rua Dr. Vital Brasil, 
1250, bairro de Taboão, na cidade de São Bernardo do Campo – São Paulo. 
Seus principais clientes estão localizados na região da grande São Paulo, e 
sua localização é privilegiada, com acesso fácil à Rodovia dos Imigrantes e Rodovia 
 
 
Figura 6 – Localização da empresa Salema 
Fonte: Google Maps – 2016 
 
Figura 7 – Fachada da empresa Salema 
Fonte: Google Maps – 2016 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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3.2. LAYOUT DA FÁBRICA 
 
A empresa Salema, conseguiu otimizar seu layout, mesmo com o espaço 
inferior as outras empresas de pré-fabricados, o projeto de seu layout foi bem 
desenvolvido, tudo muito bem separado, facilitando a produção. 
Existe a separação dos processos de laje, e de vigas e pilares, devido a sua 
demanda, e evitar algum tipo de acidente na produção. 
 
 
Figura 8 – Layout da empresa Salema 
Fonte: Projeto fornecido pela Salema 
 
 
 
Figura 9 – Cortes do layout da empresa Salema 
Fonte: Projeto fornecido pela Salema 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 10 – Distribuição do layout da empresa Salema – Parte 1 
Fonte: Projeto fornecido pela Salema - modificado. 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 11 – Distribuição do layout da empresa Salema – Parte 2 
Fonte: Projeto fornecido pela Salema - modificado. 
 
 
Figura 12 – Galpão da empresa Salema 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
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3.3. PEÇAS PRODUZIDAS 
 
A empresa Salema produz lajes, pilares e vigas pré-fabricados, as peças mais 
solicitadas e fabricadas, são as lajes que possuem o índice de 70%, dos pedidos, e 
os 30% restantes, são divididos em pilares e vigas. 
Podemos observar que a empresa se preocupa com o acabamento da peça, 
pois as peças finalizadas possuem um visual muito bonito. 
Os maiores clientes da empresa são pequenos e médios empresários, que a 
contrata para construir edifícios comerciais e industriais, como galpões inteiros pré-
fabricados. Em anexo, a essa trabalho, segue as fichas técnicas de alguns produtos, 
contendo as suas especificações. 
 
3.3.1. LAJES PRÉ-FABRICADAS 
 
Segundo o site da empresa, e conforme visto na vista as peças são 
produzidas com o mais alto padrão de qualidade, a Salema oferece aos seus 
clientes diferentes tipos de lajes, que vão desde lajes treliçadas, passando por 
painéis e placas de concreto armado até o considerado mais top de linha, que são 
as lajes protendidas, chamada também de laje alto portante, feitas especialmente 
para vãos livres de 10 a 20 metros, ela possui contra flecha, na sua confecção usa-
se um macaco hidráulico com uma força de 93 toneladas aplicadas em cada cabo. 
 
3.3.1.1. LAJE TRELIÇA 
 
Figura 13 – Laje Treliça Unidirecional com EPS e cerâmica 
Fonte: Catálogo do produto – Salema 
 
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Figura 14 – Painéis Treliçados – com EPS e maciço 
Fonte: Catálogo do produto – Salema 
 
 
Figura 15 – Painéis Treliçados – maciço 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
Figura 16 – Painéis Protendidos 
Fonte: Catálogo do produto – Salema 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 17 – Lajes Protendidas 
Fonte: Catálogo do produto – Salema 
 
 
Figura 18 – Peças para laje 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
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Figura 19 – Peças para Laje Protendida 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
3.3.2. VIGAS 
 
As vigas são executadas de acordo com o projeto, obtendo diversas 
dimensões e comprimentos, o padrão é possuir 30 x 50 e o comprimento variado. 
Em anexo encontra-se um projeto de viga executado pela empresa. 
 
 
Figura 20 – Vigas já em obra para instalação 
Fonte: Fotos internas da empresa – Salema 
 
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Figura 21 – Vigas Prontas no estoque 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
Figura 22 – Vigas Prontas no estoque (Pilares no plano de fundo) 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
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3.3.3. PILARES 
 
Os pilares também são confeccionados conforme projeto especifico, os 
pilares possuem tamanhos variados até 18 metros de altura. Sua fabricação e seu 
transporte são feitos em posição horizontal, como as vigas. 
Em anexo encontra-se um projeto de pilar executado pela empresa. 
 
 
Figura 23 – Pilares Prontos no estoque – 40x40 por 16 metros 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
O Pilar possui uma parte sobressalente chamada console que servem como 
apoio da estrutura da viga, um dos consoles, já vem moldado na forma, porem o 
manual deve ser feito manualmente, é deixado arranques e executa-se a forma e 
demais armações somente após a finalização dele. 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 24 – Arranques e execução das outras armaduras 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
Figura 25 – Armaduras prontas 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 26 – Console finalizado 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
Os pilares possuem alguns furos nas laterais, para encaixe do pino trava que 
é utilizado para o transporte e içamento das peças, e possui a cordoalha que é 
posicionada em cada lateral a distancia de 20 % do tamanho da peça mancal. 
 
 
Figura 27 – Furos na lateral do pilar e a cordolha 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
CORDOALHAS FUROS 
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“PRÉ-FABRICADOS” 
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3.3.4. GALPÕES PRÉ-FABRICADOS 
 
A empresa fabrica e instala estruturas em concreto para galpões em diversas 
opções de modelos e tamanhos, com detalhado estudo de viabilidade técnica e 
econômica. Segundo o site da empresa, a Salema se diferencia no segmento de 
galpões pelo foco na qualidade e acabamento de suas peças pré-fabricadas, tudo 
isso aliado a um compromisso sério com o atendimento e com os prazos de 
fornecimento. 
 
 
Figura 28 – Pilares e vigas sendo montados para execução de um galpão industrial 
Fonte: Fotos internas da empresa – Salema 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 29 – Galpão industrial com os primeiros andares finalizados 
Fonte: Fotos internas da empresa – Salema 
 
3.4. MATERIAIS 
 
Vamos comentar sobre os materiais necessários para a execução das peças 
pré-fabricadas. 
 
3.4.1. FORMAS 
 
As formas são constituídas de chapas metálicas com peças de metal, com 
dispositivos de ajuste, pois cada projeto tem uma dimensão variada. Usa-se um óleo 
desmoldante em toda a forma para facilitar a desenforma das peças. 
 
 
Figura 30 – Forma para o console do pilar 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 31 – Forma para as vigas 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
Figura 32 – Ajuste existente na forma 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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Figura 33 – Forma para lajes 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
3.4.2. CONCRETO 
 
O Concreto é o resultado da mistura de água, cimento, pedra e areia. A 
empresa visitada produz seu próprio concreto, assim todos os materiais são 
comprados e estocados na empresa, analisando o layout, podemos identificar que 
os materiais ficam próximos um dos outros, para facilitar na execução do concreto. 
Os materiais utilizados pela Salema são areia, pedra tipo 1, cimento ARI, póde pedra e aditivos. Algo importante e que é resultado durante a visita, é que as 
matérias primas, adquiridas são de extrema qualidade, com certificados e notas 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
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fiscais. Outro ponto de atenção é o cuidado que se deve ter com a qualidade e a 
quantidade da água utilizada. 
 
 
Figura 34 – baias de deposito de areia e pó de pedra ao fundo, com baldes para medição d traço 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
Figura 35 – Baias de deposito de areia e pó de pedra ao fundo 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
Os traços utilizados para a fabricação do concreto, na Salema, são definidos 
pela própria empresa, os traços variam de acordo com a necessidade de cada 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
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projeto. Para a determinação do traço, são realizados testes em laboratório, que se 
encontra na própria empresa, bem como é considerado as especificações de projeto 
e da norma regulamentadora. 
A empresa dispõe de concreto com 30 fck para os pilares e de 40 fck para as 
vigas, sendo concretos CA-50 e CA-60. 
Os aditivos “retardantes” são utilizados geralmente em todas as peças, 
levando em consideração que a empresa necessita de rápida secagem, para 
liberação das formas, para ostras peças, assim acelerando o processo de execução, 
no caso do concreto protendido usa-se um aditivo chamado “superplastificante”. 
 
 
Figura 36 – Locais de descarte de óleo e desmoldantes 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
3.4.3. AÇO 
 
Os aços são constituídos de barras, fios, telas e cordoalhas, este no caso 
para peças protendidas, este material é empregado na estrutura pré-moldada para 
atuar na parte de tração, enquanto o concreto atua na parte de compressão. A 
empresa Salema compra os vergalhões, aços e arames, e realiza o corte e a dobra 
na fabrica, sendo a montagem de toda a ferragem na própria empresa. 
Os aços solicitados em cada peça se diferenciam pelo projeto especifico, para 
execução do pilar, também se coloca barras roscadas para a execução dos furos 
laterais. 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
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Figura 37 – Vergalhões 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
Figura 38 – Depósito de aço e execução de armação 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
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Figura 39 – Execução de armação para pilar 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
Figura 40 – Detalhe do projeto de armação para uma viga de 30 x80 com comprimento de 9,46 
Fonte: Projeto Salema 
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Figura 41 – Projeto de armação para um pilar 30x40 com altura de 13,70 m 
Fonte: Projeto Salema 
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3.5. EQUIPAMENTOS 
 
Para a fabricação de pré-moldados de concreto é necessário equipamentos 
modernos que facilitam todos os processos, diminuindo os esforços do homem, 
reduzindo custos e garantindo melhor qualidade e satisfação do cliente. 
A empresa Salema não possui muitos equipamentos, embora os poucos 
equipamentos utilizados estão em bom uso de conservação e passam por 
manutenções preventivas, porém os equipamentos básicos são: 
 
3.5.1. ESTIRADEIRA 
 
A estiradeira é responsável pela dobra de estribos podendo ser a mesma 
positiva ou negativa e em diversos tipos de modelagem, além de ser onde se realiza 
o corte dos mesmos. 
 
3.5.2. MÁQUINA DE SOLDA 
 
Outra máquina utilizada pela empresa é a máquina de solda, utilizada para 
realizar as soldas nos estribos depois da dobra e corte dos mesmos. 
 
3.5.3. MESA VIBRATÓRIA 
 
Para o processo de preparação do concreto, é utilizada uma mesa vibratória, 
que é uma mesa de metal, com vibradores acoplados na parte externa e apoiada 
sobre amortecedores, sobre a qual são colocadas peças de concreto 
para adensamento. 
 
3.5.4. DOSADORA 
 
A dosadora faz a parte de dosagem dos agregados na preparação do 
concreto. 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
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Figura 42 – Dosadora 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
3.5.5. BETONEIRA 
 
Após a medição dos volumes necessários de cada material, na dosadora, 
eles são colocados numa betoneira, onde é realizada a mistura com a água e o 
cimento. 
 
Figura 43 – Betoneiras e buraco de encaixe do dosador 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
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3.5.6. MACACO HIDRÁULICO 
 
O macaco hidráulico é utilizado para a protensão dos cabos das lajes alto 
portantes ele possui com uma força de 93 toneladas aplicadas em cada cabo. 
 
 
Figura 44 – Macaco hidráulico 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
3.5.7. LIXA CIRCULAR 
 
Para proporcionar um bom acabamento nas peças, usa-se uma lixa circular. 
 
 
Figura 45 – Lixa circular 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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3.5.8. PÓRTICO 
 
Outro maquinário de extrema importância da empresa é o pórtico, que é 
responsável pelo deslocamento das peças. O transporte das peças é todo feito por 
içamento, a peça é erguida através de ganchos que possuem no pórtico, esse 
pórtico é controlado por um homem que desce os ganchos. Esses ganchos são 
encaixados em alças de aço que são colocadas na peça para poder realizar esse 
transporte, encaixados os ganchos é realizado o içamento da peça que é levada até 
uma carreta e essa a leva por outras partes da fábrica. 
 
 
Figura 46 – Pórtico 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
3.6. PROCESSOS DE EXECUÇÃO 
 
1º. Passo: Compra dos materiais 
É verificado o melhor fornecedor, com o melhor custo, que possua selo de 
qualidade e confiabilidade dos materiais vendidos; 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
“PRÉ-FABRICADOS” 
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2º. Passo: Recebimento dos materiais 
O processo de execução começa com o recebimento dos agregados: areia, 
pedra tipo 1, cimento ARI, pó de pedra e a compra os vergalhões, aço e arames. 
Deve-se atentar ao recebimento da nota fiscal, se esta de acordo com a quantidade 
real entregue, se não é obrigado a fazer a recusa do material; 
 
3º. Passo: Separação dos materiais 
Com os materiais recebidos, devem ser subdivididos em suas baias, ou 
deposito, conforme desenhado no item layout; 
 
4º. Passo: Corte e dobra da armação 
Esta é a etapa onde é feito todos os processos que utilizam o aço para 
posteriormente ser utilizado com o concreto, tornando assim o concreto armado. Os 
processos de armação são feitos através da máquina chamada estiradeira, onde é 
feita os cortes e dobras dos aços e estribos conforme estabelecido em projeto. 
 
5º. Passo: Montagem da armação 
Após a dobra e corte dos aços e estribos, os mesmos são montados 
conforme projeto de aço, e são soldados. Nesta etapa é feita também a colocação 
de ganchos de içamentos, reforços e consolos, exceto o consolo lateral, que é feito 
após a finalização da peça. 
 
6º. Passo: Utilização do macaco hidráulico nas lajes alto portantes 
Na etapa do aço é feito a protensão, como já falado anteriormente, quando se 
trata de laje protendida, é necessário a utilização de um equipamento chamado 
macaco hidráulico de protensão, que é responsável por tracionar as cordoalhas 
obedecendo à força indicada no projeto estrutural. 
 
7º. Passo: Preparação e colocação naforma 
A forma é ajustada, conforme tamanho solicitado em projeto, e após a 
armação finalizada, é colocada dentro da forma. 
 
 
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8º. Passo: Dosagem dos agregados 
Os agregados vão até a dosadora, onde esta é a responsável por pesar os 
agregados conforme programado para cada peça. 
 
9º. Passo: Execução do concreto 
Após a dosagem especifica são despejados em uma betoneira, onde é 
realizada a mistura com a água, cimento e aditivo. 
 
10º. Passo: Concretagem da peça 
Depois de realizada a mistura na betoneira, o concreto é despejado no interior 
das fôrmas, posteriormente sendo executado o adensamento com os vibradores. 
 
11º. Passo: Cura 
Então o processo de cura, varia dependendo o tipo de aditivo colocado na 
mistura, porem o ideal é deixar a peça por 24 horas, em repouso. 
 
12º. Passo: Analise de imperfeições na peça 
E feito uma analise visual das imperfeições nas peças, para verificar a 
necessidade de “arrumar” as pequenas imperfeições, onde no caso de peças 
protendidas primeiramente corta-se as cordoalhas de aço excedente, utilizando 
máquina de solda, sendo depois realizado um acabamento final na face do 
elemento. 
 
13º. Passo: Acabamento com a “pintura” 
Utilizando uma mistura fina de cimento e água (argamassa), com o auxílio de 
uma colher de pedreiro e espuma, para "pintar" cantos dando acabamento visual. 
Para possíveis bolhas ou pequenas quebras no concreto, é realizado processo 
semelhante, porém com a adição de areia na mistura. 
 
14º. Passo: Acabamento com lixa circular 
Utiliza-se uma lixadeira com disco de desbaste com o intuito de igualar as 
rebarbas de concreto nas faces da peça e por fim, utiliza-se uma lixa fina para 
acabamento final. 
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15º. Passo: Estocagem 
Esta é a última etapa de fabricação do pré-moldado de concreto, após o 
período de seca da “pintura”, o pórtico pode retirar com cuidado a peça e 
encaminhar para o setor de armazenamento. 
 
Podemos observar que as existem etapas que podem ser feitas 
simultaneamente, como a armação, preparo da forma e o preparo do concreto. No 
fluxograma conseguimos ver os passos descritos acima: 
 
Figura 47 – Fluxograma de produção de elementos de concreto armado 
Fonte: Melhado - 1998 
Observações importantes: 
Para a montagem em obra, entre os encaixes das estruturas pré-fabricadas, 
são colocadas mastique tipo neoprene, entre a viga e o console, com espessura 
aproximado de 1 cm, evitando assim o escorregamento das peças. 
A empresa Salema não realiza a montagem, nem possui guindastes para 
transporte e movimentação das peças na obra, todo esse serviço é realizado por 
empresas terceirizadas. 
 
 
3.7. LABORATÓRIO 
 
As peças pré-fabricadas devem passar por um rigoroso processo de testes 
laboratoriais, para verificar sua resistência para as cargas à tração e compressão, se 
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esta dentro dos padrões dimensionados, no processo na fabrica, há possibilidade 
menor de erro, devido à rotatividade de produção, tendo o controle dos tipos e 
quantitativos usados de agregados, a relação água cimento água e aditivos, o que 
se torna fundamental no resultado final. 
Existe um laboratório dentro da empresa Salema, que realiza testes 
contínuos, por lotes e semanalmente, para controle interno. Com o laboratório dentro 
da empresa há um ganho de tempo e custo. 
A Salema possui também um convenio comum laboratório para caso algum 
cliente queira realizar o teste específico na peça que ira para sua obra. 
Independente de onde for realizado os testes temos que ressaltar a 
importância desse procedimento rotineiro, para não ter erros nas estruturas, o que 
poderia comprometer a segurança da construção como um todo. 
 
 
Figura 48 – Equipamento para testes de compressão no corpo-de-prova 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
 
 
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4. DISCUSSÕES E RESULTADOS 
 
Para conhecer um pouco sobre os pré-fabricados, realizamos uma pesquisa, 
conforme descrita nas referencias bibliográficas, e analisamos as quantidades de 
vantagens apresentadas, o que gerou uma duvida, porque o uso das peças pré-
fabricadas não possui um número alto? Mesmo com o custo maior, vimos que suas 
vantagens, quanto ao desperdício de material iria cobrir essa diferença. Com um 
pouco mais de estudo de campo, e ao entrar em contato com a empresa a qual 
fomos executar a visita técnica, chegamos à resposta, de que as obras de 
construção civil, muitas não possuem um planejamento anterior a fase de execução, 
o que impossibilita a colocação de peças pré-fabricadas. 
Começamos a entender a fundo, a necessidade real do estudo de viabilidade 
técnica dentro de uma obra, ou seja, o estudo de gerenciamento de projeto, antes e 
durante a execução. 
Com a visita técnica a fabrica Salema, podemos entender os processos de 
execução de uma peça pré-fabrica, uma realidade desconhecida para todos 
integrantes do grupo. 
A execução começa no primeiro contato com o cliente, segundo a empresa 
eles, analisam o perfil de cada cliente para executar a peça ideal para a 
necessidade, após o pedido, vem a análise dos projetos, os projetos têm que ser 
analisados, para ver a viabilidade das formas existentes na empresa, se caso não for 
compatível, um calculista responsável, redistribuirá as cargas e ira refazer o projeto, 
após todos os elementos definidos, se faz a compra dos materiais, com empresas já 
vinculadas a Salema, onde conseguem um produto com o melhor custo beneficio. 
Com o material dentro da empresa, começa efetivamente a montagem das 
peças, existe a separação dos materiais, e ocorre uma seqüência simultânea de 
processos, um é a execução do corte e dobra dos aços, vergalhões ou cordoalhas, 
outra é a execução e preparo do concreto, com o cuidado na dosagem de todos 
materiais e na mistura. 
Finalizando esses processos, é preparada a forma, coloca as ferragens e o 
concreto. Após a cura, existe um cuidado com o acabamento, sendo feito com lixa e 
uma espécie de pintura. E a peça esta finalizada para ir em obra. 
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Nós nos surpreendemos com a agilidade de todo o processo e a importância 
de se conhecer os componentes e processos de fabricação de estruturas pré-
moldadas, pois nos possibilita a conhecer as execuções de uma peça mesmo feita 
“in loco” pois os processos são quase os mesmos, a única diferença são os 
equipamentos específicos, com isso nos prepara para o futuro trabalho em campo.. 
Sem deixar de citar a importância dos estudos sobre as normas NBR’s, pois 
todos os processos de fabricação devem possuir um padrão estabelecido na norma 
para garantir a qualidade mínima ao cliente. 
Os resultados obtidos na execução das peças de concreto dentro de uma 
empresa especializada, são positivos, e confirmam as vantagens descritas no 
trabalho. Certificamos a eficiência da utilização deste método na construção, que 
embora necessite de um custo de compra maior que executado em obra, compensa 
com seus outros benefícios e permite ganhos diversos, como por exemplo, rapidez, 
economia e sustentabilidade. 
 
 
 
Figura 49 – Foto das integrantes do grupo na empresa realizando a Visita Técnica 
Fonte: Arquivo pessoal – Vista Técnica (2016) 
 
 
 
 
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5. CONCLUSÃOATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
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6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
ABESC – Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem. 
Manual do Concreto Dosado em Central. Disponível em: 
http://www.abesc.org.br/pdf/manual.pdf, acesso em: 18 de abril de 2016. 
 
Artigo G1 Sorocaba e Jundiaí - Pré-moldados e pré-fabricados são opções 
rápidas para construir. São Paulo, SP, 01/02/2016 10h38 - Atualizado 
em 01/02/2016 18h13 - Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-
rio-preto-aracatuba/mercado-imobiliario-do-interior/noticia/2016/02/pre-moldados-e-
pre-fabricados-sao-opcoes-rapidas-para-construir.html, acesso em 21 de maio de 
2016. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Tipos de cimento. 
Disponível em: http://www.abcp.org.br/conteudo/basico-sobre 
cimento/tipos/aversatilidade-do-cimento-brasileiro, acesso em 03 de maio de 2016. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9062: Projeto e 
Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado. Rio de Janeiro, 1985. Disponível 
em: http://paginapessoal.utfpr.edu.br/arthurmedeiros/tecnologia-de-pre-
fabricados/C%20NBR-9062-2006.pdf/at_download/file, acesso em 18 de maio de 
2016. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA DE 
CONCRETO - ABCIC – certificação. São Paulo, 2001 – Disponível em: 
http://site.abcic.org.br/index.php, acesso em 10 de abril de 2016. 
 
ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA – PROJETO – PRODUÇÃO EM 
CONCRETO PRÉ-MOLDADO, 1, 2005, São Carlos, SP. Disponível em: 
http://www.ecivilnet.com/artigos/produtividade_na_construcao_civil.htm, acesso em 
11 de maio 2016. 
 
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“PRÉ-FABRICADOS” 
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Giribola, Maryana. Precisão no planejamento e na execução das ligações é 
essencial para garantir estabilidade da montagem, Revista Construção Mercado, 
São Paulo, SP, p. 85-87, Edição 167 - Junho/2015. Disponível em: 
http://construcaomercado.pini.com.br/negociosincorporacaoconstrucao/167/artigo351
098-1.aspx, acesso em 10 de março de 2016. 
 
Mariane, Aline. Capacidade dos parques industriais das fornecedoras de pré-
fabricados de concreto pode ser gargalo, Revista Construção Mercado, São Paulo, 
SP, p. 78-84, Edição 167 - Junho/2015. Disponível em: 
http://construcaomercado.pini.com.br/negociosincorporacaoconstrucao/167/capacida
de-dos-parques-industriais-das-fornecedoras-de-prefabricados-de-concreto-351097-
1.aspx, acesso em 10 de março de 2016. 
 
MELHADO, Silvio Burrattino; BARROS, Mercia Maria S. Bottura. 
Recomendações para a produção de estruturas de concreto armado em edifícios. 
São Paulo. Projeto EPUSP/SENAI, 1998. Disponível em: 
http://www.pcc.poli.usp.br/files/text/publications/TT_00004.pdf, acesso em 20 de 
Abril de 2016. 
 
SALAS, S. J. (1988). Construção Industrializada: pré-fabricação. São Paulo: 
Instituto de pesquisas tecnológicas. 
 
SALEMA PRÉ-FABRICADOS EM CONCRETO. Empresa o qual foi realizado 
a visita técnica. Disponível em: http://www.salemaprefabricados.com.br/, acesso em 
10 de abril de 2016. 
 
VASCONCELOS, A. C. (2002). O Concreto no Brasil: pré-fabricação, 
monumentos, fundações. Volume III. Studio Nobel. São Paulo. 
 
VIERO, Leonardo K. Industrialização da construção civil pré-fabricados em 
concreto. Disponível em: http://www.ufsm.br/engcivil/, acesso em 13 de maio de 
2016. 
 
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Conteúdo das matérias: 
 
362 R - GERENCIAMENTO DE OBRAS CIVIS 
381 X - MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIAIS 
392 R - MATERIAIS DE CONSTRUCAO CIVIL 
514 X - RESISTENCIA DOS MATERIAIS CIVIL 
566 Z - COMPLEM RESIST MATERIAIS 
192 T - ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO 
 
7. ANEXO 
 
7.1. ANEXO I 
Autorização para uso de imagens e informações sobre a empresa. 
 
7.2. ANEXO II 
Catálogos Técnicos da empresa. 
 
7.3. ANEXO III 
Projeto de forma e armação de viga 
 
7.4. ANEXO IV 
Projeto de forma e armação de pilar

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