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HERMENEUTICA JURIDICA

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
CARLOS EDUARDO SILVA DE GOIS
HERMENÊUTICA JURÍDICA
BRAGANÇA PAULISTA
2016
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
CARLOS EDUARDO SILVA DE GOIS
HERMENÊUTICA JURÍDICA
Trabalho realizado sob orientação do Prof. Dr. Mário de Camargo Sobrinho para computação de nota
BRAGANÇA PAULISTA
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO…………………………….......................................……..............3
HERMENÊUTICA JURÍDICA...........................................................................4
ESPÉCIES DE INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS.......................5
ESCOLAS HERMENÊUTICAS..........................................................................6
CONCLUSÃO....................................................................................................8
REFERÊNCIAS..................................................................................................9
INTRODUÇÃO
Palavra de origem grega, fazendo referência direta ao deus da mitologia grega, Hermes, o mensageiro dos deuses, que possuía o dom de interpretar e o dever de levar a vontade divina aos diversos lugares. Sendo assim, hermenêutica é, a interpretação dos textos, das escrituras ou das palavras. 
Segundo Betioli, as afirmações de que o trabalho dos interpretes só é necessário quando as leis são consideradas obscuras não são corretas por três razões: o conceito de clareza é relativo e subjetivo; uma mesma palavra pode ter um significado comum e claro e um técnico que difere do outro; o art. 5º da LICC expõe que toda e qualquer aplicação das leis deverá conformar-se aos seus fins ‘’sociais e à exigências do bem comum’’, sendo assim, todas as leis necessitam da interpretação visando à descoberta dos mesmos.
Maria Helena Diniz afirma que por mais clara que a norma seja, ela requer sempre um interpretação, pois pode ser precisa em certos casos, e duvidosa quando se aplica a outras relações que nela se enquadrem e a demais questões que surgem com sua prática. Interpretar a norma possibilita descobrir seu alcance ao mesmo tempo em que procura o significado dos conceitos jurídicos.
Paulo Nader distingue:
No mundo do Direito, hermenêutica e interpretação constituem um dos muitos exemplos de relacionamento entre princípios e aplicações. Enquanto a hermenêutica é teórica e visa a estabelecer princípios, critérios, métodos, orientação geral, a interpretação é de cunho prático, aplicando tais diretrizes. Não se confundem, pois, os dois conceitos apesar de ser muito frequente o emprego indiscriminado de um e de outro. A interpretação aproveita, portanto, os subsídios da hermenêutica. [..] O magistrado não pode julgar um processo sem antes interpretar as normas reguladoras da questão. Além de conhecer os fatos, precisa conhecer o Direito, ou seja, dominar a arte de revelar o sentido e o alcance das normas aplicáveis.
HERMENÊUTICA JURÍDICA
É o ramo da hermenêutica que se ocupa da interpretação das normas jurídicas, estabelecendo métodos para a compreensão legal. Utilizando-se do círculo hermenêutico, o jurista coteja elementos textuais e extratextuais para chegar-se a uma compreensão. Fundamentado na argumentação, a hermenêutica é um método humanístico de pesquisa, sendo distinto em escopo e procedimento do método científico
Segundo Carlos Maximiliano: 
A Hermenêutica Jurídica tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito.
As leis positivas são formuladas em termos gerais; fixam regras, consolidam princípios, estabelecem normas, em linguagem clara e precisa, porem ampla, sem descer a minucias. E tarefa primordial do executor a pesquisa da relação entre o texto abstrato e o caso concreto, entre a norma jurídica e o fato social, isto e, aplicar o Direito. Para consegui-lo, se faz mister um trabalho preliminar: descobrir e fixar o sentido verdadeiro da regra positiva; e, logo depois, o respectivo alcance, a sua extensão. Em resumo, o executor extrai da norma tudo o que na mesma se contem: e o que se chama interpretar, isto é, determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito.
De acordo com Betioli, interpretar o Direito revela seu alcance e conteúdo, temos assim, três elementos que integram o conceito de interpretação.
Norma jurídica: todas as normas jurídicas devem ser interpretadas, em seu sentido de gênero, englobando as legais, jurisdicionais (sentenças jurisdicionais), os negócios jurídicos e costumes.
Revelar o seu sentido: descobrir a finalidade da norma jurídica como parte do universo cultural; ir além das palavras permite conhecer a força e o poder das leis, o que elas possibilitam.
Fixar seu alcance: delimitar o campo de incidência, em que circunstâncias a norma pode ser aplicada.
ESPÉCIES DE INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
Segundo Antonio Bento Betioli a interpretação pode ser classificada por diversos critérios:
QUANTO À ORIGEM OU FONTE
Autêntica: quando emana do próprio poder, órgão que a produziu. O legislador que a construiu determina melhor seu conteúdo visando evitar confusão no meio jurídico. Sendo assim, nenhum regulamento posterior ou ato ministerial possui o valor de interpretação autêntica da norma, pois só o possui o poder que a criou;
Judicial: resulta das decisões judiciais, encontrada nas Sentenças, Acórdãos e Súmulas dos Tribunais, formando jurisprudência;
Administrativa: são as interpretações elaboradas pela Administração Pública, através de seus órgãos por meio de pareceres, despachos, decisões, circulares, portarias e demais;
Doutrinária: realizada cientificamente por doutrinadores, juristas, pesquisadores e estudiosos do Direito em suas obras e pareceres, onde comentam e interpretam normas, códigos e consolidações baseando-se em critérios científicos. Não possuem força coercitiva, mas são relevantes para as interpretações do Direito.
QUANTO A SUA NATUREZA
Histórica: reflete sobre as condições do meio e do momento em que foi elaborada, além das causas pretéritas da solução dada pelo legislador;
Teleológica: busca o fim que a norma tenciona tutelar e servir.
Literal ou gramatical: examina cada uma das palavras da norma jurídica, seu significado e alcance;
Lógico-sistemática: busca descobrir o alcance e sentido da norma no sistema jurídico, visando compreende-la como parte integrante e conectada com do todo, articulando logicamente com o mesmo.
QUANTO AOS EFEITOS OU RESULTADOS DA INTERPRETAÇÃO
Extensiva: quando o intérprete conclui que a norma possui um alcance maior do que o expresso. Diz-se que o legislador escreveu menos do que queria dizer (‘’minus scripsit quam voluit”).
Restritiva: quando o intérprete limita o alcance da norma ou restringe seu sentido, o legislador escreveu mais do que realmente pretendia dizer (“plus scripsit quam voluit”).
Declarativa: quando se limita a declarar o pensamento expresso na norma jurídica, sem estendê-la ou restringi-la. Nela o intérprete concluiu que as palavras expressam, como medidas exatas, o espírito da lei.
ESCOLAS HERMENÊUTICAS
Após a promulgação dos Códigos de Napoleão, principalmente o Código Civil de 1804, a interpretação ganha relevância, sendo objeto de reflexão para a formulação de teorias. Surgem assim, as “escolas hermenêuticas”. 
Escola da Exegese: formou-se na França, no começo do século XIX. Possui três postulados básicos: Dogmatismo legal, onde se supervalorizava o código ou sua autossuficiência em relação ao Direito, era necessário somente ele para todos os casos que viessem a ocorrer e por afirmarem não haver lacunas, o intérprete não precisava procurar soluções, só ater-se rigorosamente a lei; Subordinação à vontade do legislador e revelar sua vontade, nada, além disso, chegando a afirmarem que “se o intérprete substituir a intenção do legislador pela sua, o Judiciário estará invadindo a esfera de competência do Legislador”; e O Estado como único autor do Direito, pois o Estado detinha o monopólio das leis, ondeestava o direito. O intérprete possuía poderes limitados visando a garantia do respeito ao Código de Napoleão. 
Escola dos Glosadores: também conhecida por Escola de Bolonha, séculos XI a XIII, baseava-se na interpretação gramatical do “Corpus Juris Civilis” de Justiniano, por meio de glosas, que eram anotações acrescentadas aos textos estudados.
Escola dos Comentaristas ou dos Pós-Glosado: conhecidas também por Tratadista, Escolásticos ou Bartolistas, séculos XIII a XV, adaptavam o Direito Romano, restaurado pelos glosadores, às novas relações econômicas e sociais do sistema feudal, acrescentando apreciações próprias e adotando o método dialético escolástico, buscando sempre aplica-los na prática. 
Escola do Direito Natural ou Jusnaturalismo: Segundo Paulo Nader, a Escola do Direito Natural defendeu a existência de um Direito eterno, imutável e universal, não apenas nos princípios, mas também no conteúdo e na aplicação prática, e que poderia ser deduzido, more geométrico, da razão. Completa dizendo que este se fundamenta na natureza humana e em um conjunto de amplos princípios, a partir dos quais o legislador deverá compor a ordem jurídica. Os princípios mais apontados referem-se ao direito à vida, à liberdade, à participação na vida social, à união entre os seres para a criação da prole, à igualdade de oportunidades.
Escola Histórico-Evolutiva: surgiu na Alemanha, no século XIX. O intérprete possuía o papel relevante de manter o Direito sempre atual, de acordo com as exigências sociais. O conteúdo de sua teoria trazia a lei como realidade histórica (não se prendia na pessoa do legislador, passando a ter vida própria), a necessidade de uma interpretação atualizadora, como dito anteriormente, e não criadora. 
Escola da Livre Criação do Direito: visando solucionar as falhas da Escola Histórico-Evolutiva (não se pode atualizar uma lei que não existe, sendo assim, as lacunas persistem; seu método possui limites), esta Escola. 
Escola Teleológica: Rudolph Von Ihering, antes adepto do formalismo jurídico teve a percepção de observar que o cenário mundial estava mudado, as demandas advindas dessas novas relações sociais eram mais complexas e exigiam do direito uma adaptação a essa nova realidade, os conceitos imutáveis que regiam o direito não mais atendiam as necessidades. 
Ihering via o direito como fruto das lutas, não como algo natural, sua existência tendo como sentido maior a finalidade, não sendo possível a norma que não sirva a um propósito prático. Então para ele o direito não se limitava a um aglomerado de conceitos e sim a uma construção histórica visando atender a necessidades sociais.
 CONCLUSÃO
A efetividade do Direito depende, de um lado, das entidades que formulam as leis, decretos e códigos e, de outro lado, da qualidade da interpretação realizada pelo aplicador das normas. Da simplicidade, clareza e concisão do Direito escrito, vai depender a boa interpretação, aquela que oferece uma diretriz segura, que orienta quanto às normas de leitura a serem utilizadas no convívio social, nos pretórios e onde mais for utilizada a hermenêutica como recurso de interpretação (obras doutrinárias, salas de aula, palestras e etc.). O êxito da interpretação depende de um bom trabalho de técnica legislativa na hora de criar as normas e, da leitura na hora de interpretar o que fora legislado.
REFERÊNCIAS
BETIOLI, Antonio Bento. Introdução ao Direito- lições de Propedêutica Jurídica. Hermes Editora e Informações Ltda. 1989 (págs. 211, 212, 215, 216, 217 e 218)
DINIZ, Maria Helena. Compendio de Introdução à Ciência do Direito. Editora Saraiva. 22º Edição. São Paulo. 2011 (págs. 447)
MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e Aplicação do Direito. 20º Edição. 2011 (págs. 1)
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 36º Edição. Editora Forense. Rio de Janeiro. 2014 (págs. 206, 244, 343, 344, 345)
CAMARGO, Margarida Maria Lacombe. (p. 90)
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