CURSO COMPLETO DE ESTRADAS AULA 06

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DISCIPLINA – PROJETO DE ESTRADAS
AULA 06
2016
ESTUDOS PARA PROJETO E CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS
AS REGRAS BÁSICAS PARA UM PROJETO DE ESTRADAS EFICIENTE SÃO:
AS CURVAS DEVEM TER O MAIOR RAIO POSSÍVEL;
A RAMPA MÁXIMA SOMENTE DEVE SER EMPREGADA EM CASOS PARTICULARES E COM A MENOR EXTENSÃO POSSÍVEL;
A VISIBILIDADE DEVE SER ASSEGURADA EM TODO O TRAÇADO, PRINCIPALMENTE NAS CURVAS HORIZONTAIS E VERTICAIS, ALÉM DOS CRUZAMENTOS;
DEVEM SER MINIMIZADOS OU EVITADOS OS CORTES EM ROCHA;
DEVEM SER COMPENSADOS OS CORTES E ATERROS;
AS DMT’S DEVEM SER AS MENORES POSSÍVEIS.
ESTUDOS PARA PROJETO E CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS
 A PLANTA DA RODOVIA DEVERÁ CONTER AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:
EIXO DA ESTRADA COM A INDICAÇÃO DO ESTAQUEAMENTO;
BORDAS DA PISTA, PONTOS NOTÁVEIS DO ALINHAMENTO HORIZONTAL (PC’S, PT’S PI’S), E ELEMENTOS DE CURVA COMO RAIOS, COMPRIMENTOS, ÂNGULOS CENTRAIS);
LOCALIZAÇÃO E LIMITE DAS OBRAS DE ARTE CORRENTES, ESPECIAIS E DE CONTENÇÃO;
LINHAS INDICATIVAS DOS OFFSETS DE TERRAPLENAGEM, (PÉS DE ATERRO E CRISTAS DE CORTE).
ESTUDOS PARA PROJETO E CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS
 O PERFIL LONGITUDINAL DEVE INDICAR:
O PERFIL DO TERRENO;
A LINHA DE GREIDE;
AS ESTACAS E AS COTAS DOS PIV’S, PCV’S, PTV’S;
OS COMPRIMENTOS DAS CURVAS VERTICAIS DE CONCORDÂNCIA;
AS RAMPAS, EM %;
OS RAIOS DAS CURVAS VERTICAIS;
AS ORDENADAS DAS CURVAS VERTICAIS SOB OS PIV’S
PERFIL GEOLÓGICO;
AS COTAS DA LINHA DO GREIDE EM ESTACAS INTEIRAS E EM LOCAIS DE SEÇÕES TRANSVERSAIS ESPECIAIS.
ESTUDOS PARA PROJETO E CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS
 AS SEÇÕES TRANSVERSAIS SÃO PROJEÇÕES DA ESTRADA SOBRE PLANOS VERTICAIS PERPENDICULARES AO EIXO E DEVEM INDICAR:
DIMENSÕES E INCLINAÇÕES TRANSVERSAIS DOS ACOSTAMENTOS, FAIXAS DE TRÁFEGO E DEMAIS ELEMENTOS DA PLATAFORMA;
TALUDE DE CORTE E ATERRO;
INDICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DE OBRAS DE ARTE, DISPOSITIVOS DE DRENAGEM;
POSIÇÃO DOS OFFSETS DE TERRAPLENAGEM;
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES.
ESTUDOS PARA PROJETO E CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS
 FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DO TRAÇADO:
A TOPOGRAFIA DA REGIÃO;
AS CONDIÇÕES GEOLÓGICAS E GEOTÉCNICAS DO TERRENO;
A HIDROLOGIA E HIDROGRAFIA DA REGIÃO;
A PRESENÇA DE BENFEITORIAS AO LONGO DA FAIXA DE DOMÍNIO.
OBS: QUANDO A DECLIVIDADE DE UMA REGIÃO FOR ÍNGREME, DE MODO QUE NÃO SEJA POSSÍVEL LANÇAR O EIXO DA ESTRADA COM DECLIVIDADE INFERIOR A VALORES ADMISSÍVEIS, DEVE-SE DESENVOLVER O TRAÇADO.
ESTUDOS PARA PROJETO E CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS
 FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DO TRAÇADO:
QUANDO O EIXO DA ESTRADA ACOMPANHA AS CURVAS DE NÍVEL, HÁ UMA REDUÇÃO DO VOLUME DE MATERIAL ESCAVADO. ESTA REDUÇÃO OCORRE PORQUE, AO SE ACOMPANHAR AS CURVAS DE NÍVEL, A PLATAFORMA DA ESTRADA CRUZARÁ MENOS COM AS MESMAS;
QUANDO O EIXO DA ESTRADA TIVER QUE CRUZAR UM ESPIGÃO, DEVE FAZÊ-LO NOS SEUS PONTOS MAIS BAIXOS, (GARGANTAS), SENDO QUE DESTE MODO, AS RAMPAS DAS RODOVIAS PODERÃO TER DECLIVIDADES MENORES, DIMINUINDO OS MOVIMENTOS DE TERRA.
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
 CURVAS DE CONCORDÂNCIA HORIZONTAL:
A) SIMPLES: QUANDO SE EMPREGA APENAS UM ARCO DE CÍRCULO;
B) COMPOSTAS COM TRANSIÇÃO: QUANDO SÃO EMPREGADAS AS RADIÓIDES NA CONCORDÂNCIA DOS ALINHAMENTOS RETOS; EX: CURVAS COMPOSTAS COM DOIS CENTROS E TRÊS CENTROS.
C) COMPOSTAS SEM TRANSIÇÃO: QUANDO SÃO UTILIZADOS MAIS ARCOS DE CÍRCULO DE RAIOS DIFERENTES;
D) CURVAS REVERSAS; QUANDO DUAS CURVAS SE CRUZAM EM SENTIDOS OPOSTOS COM O PONTO DE TANGÊNCIA EM COMUM.
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
 OBS: A AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTATION OFFICIALS (AASHTO) RECOMENDA QUE A UTILIZAÇÃO GENERALIZADA DAS CURVAS CIRCULARES COMPOSTAS NOS TRAÇADOS DE RODOVIAS DEVERÁ SER EVITADA SEMPRE QUE POSSÍVEL, SENDO QUE A RELAÇÃO ENTRE O RAIO MAIOR E O RAIO MENOR NÃO DEVERÁ SER SUPERIOR A 1,5, QUANDO A TOPOGRAFIA DA REGIÃO MOSTRAR SER IMPRESCINDÍVEL O SEU USO. AS CURVAS COMPOSTAS SÃO ELEMENTOS IMPORTANTES NA ADAPTAÇÃO DO TRAÇADO DE UMA ESTRADA A UMA TOPOGRAFIA ACIDENTADA, ESPECIALMENTE EM TERRENOS MONTANHOSOS.
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
 GREIDES: CONJUNTO DAS ALTURAS A QUE DEVE OBEDECER O PERFIL LONGITUDINAL DA ESTRADA QUANDO CONSTRUÍDA. OS GREIDES SÃO CLASSIFICADOS EM RETOS E CURVOS. SÃO RETOS QUANDO POSSUEM UMA INCLINAÇÃO CONSTANTE EM UM DETERMINADO TRECHO, E OS GREIDES SÃO CURVOS QUANDO SE UTILIZA UMA CURVA DE CONCORDÂNCIA PARA CONCORDAR OS GREIDES RETOS. A CURVA NORMALMENTE USADA PARA ESSAS CONCORDÂNCIAS É A PARÁBOLA DE 2º GRAU.
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
 GREIDES: DURANTE O LANÇAMENTO DO GREIDE DE UMA ESTRADA, ALGUMAS CONDIÇÕES DEVEM SER OBSERVADAS EM RELAÇÃO ÀS RAMPAS MÁXIMAS E MÍNIMAS E ÀS DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE:
A) MINIMIZAÇÃO DAS RAMPAS LONGITUDINAIS – A PRINCIPAL LIMITAÇÃO AO EMPREGO DE RAMPAS SUAVES RESIDE NO FATOR ECONÔMICO;
B) OTIMIZAÇÃO DAS MASSAS – O GREIDE DEVE SER UMA LINHA QUE MINIMIZE OS VOLUMES DE CORTE E ATERROS, EQUILIBRANDO-OS;
C) EVITAR QUE PONTOS DE COTA MAIS BAIXA FIQUEM SITUADOS DENTRO DE CORTES, ASSIM COMO TRECHOS COM DECLIVIDADE < 1% , INTERFERINDO COM A DRENAGEM SUPERFICIAL.
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
 GREIDES:
D) AS CURVAS VERTICAIS DEVEM SER SUAVES E BEM CONCORDADAS COM AS TANGENTES VERTICAIS, E FREQUENTES QUEBRAS NO GREIDE DEVEM SER EVITADAS;
E) PARA RAMPAS ASCENDENTES LONGAS É PREFERÍVEL COLOCAR RAMPAS MAIORES NO INÍCIO E DIMINUÍ-LAS NO TOPO, TIRANDO PROVEITO IMPULSO ACUMULADO NO SEGMENTO ANTERIOR À SUBIDA;
F) HARMONIZAR OS PROJETOS GEOMÉTRICOS HORIZONTAL E VERTICAL – AS CURVAS VERTICAIS DEVEM ESTAR CONTIDAS NOS TRECHOS DE CURVA HORIZONTAL, MELHORANDO O ASPECTO TRIDIMENSIONAL.
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
 GREIDES:
G) ONDE HOUVER RAMPAS DE COMPRIMENTO ACIMA DO CRÍTICO E SE O VOLUME DE TRÁFEGO DE VEÍCULOS LENTOS FOR CONSIDERÁVEL, DEVE-SE PREVER UMA 3º FAIXA PARA USO DESTES VEÍCULOS;
H) GARANTIR AMPLAS CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE;
I) EVITAR CORTES PROFUNDOS, ESPECIALMENTE EM ROCHAS.
TIPOS DE GREIDE
 A) GREIDES CURVOS:
A.1.A) CURVAS VERTICAIS CONVEXAS SIMPLES;
A.1.B) CURVAS VERTICAIS CONVEXAS COMPOSTAS;
A.2.A) CURVAS VERTICAIS CÔNCAVAS SIMPLES;
A.2.B) CURVAS VERTICAIS CÕNCAVAS COMPOSTAS;
B) GREIDES RETOS:
B.1) RAMPA (i >0);
B.2) NÍVEL (i=0);
B.3) CONTRA-RAMPA (i<0);
SEÇÕES TRANSVERSAIS
 TIPOS DE SEÇÕES TRANSVERSAIS:
A) SEÇÃO EM CORTE;
B) SEÇÃO EM ATERRO;
C) SEÇÃO MISTA;
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
 LARGURAS E INCLINAÇÃO TRANSVERSAL DE PISTA:
A LARGURA DAS FAIXAS DE ROLAMENTO É OBTIDA ADICIONANDO À LARGURA DO VEÍCULO DE PROJETO A LARGURA DA FAIXA DE SEGURANÇA, FUNÇÃO DA VELOCIDADE DIRETRIZ E DO NÍVEL DE CONFORTO DE VIAGEM.
NAS ESTRADAS, A INCLINAÇÃO TRANSVERSAL MÍNIMA ACONSELHÁVEL DE UM PAVIMENTO ASFÁLTICO É DE 2%, E PARA PAVIMENTOS RÍGIDOS DE 1,5%, PODENDO ESSA INCLINAÇÃO SER DE 5% NO CASO DE ESTRADAS COM SOLO ESTABILIZADO.
TODAS AS RODOVIAS DEVERÃO POSSUIR ACOSTAMENTOS, QUE QUANDO PAVIMENTADOS CONTRIBUEM PARA A ESTABILIDADE DA PISTA.
LARGURA DAS FAIXAS DE ROLAMENTO
 
LARGURA DOS ACOSTAMENTOS EXTERNOS (m)
 
PROJETO GEOMÉTRICO
PROJETO GEOMÉTRICO: FASE DO PROJETO DE ESTRADAS QUE ESTUDA AS DIVERSAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DO TRAÇADO EM FUNÇÃO DAS LEIS DO MOVIMENTO E SEGURANÇA DAS ESTRADAS.
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS INADEQUADAS SÃO CAUSAS DE ACIDENTES DE TRÁFEGO E BAIXA EFICIÊNCIA DAS ESTRADAS.
PROJETO GEOMÉTRICO
VELOCIDADE DE PROJETO: A AASHTO DEFINE VELOCIDADE DE PROJETO, OU VELOCIDADE DIRETRIZ COMO A MÁXIMA VELOCIDADE QUE UM VEÍCULO PODE MANTER EM CONDIÇÕES NORMAIS COM SEGURANÇA.
VELOCIDADE DE OPERAÇÃO: MÉDIA DE VELOCIDADES PARA TODO O TRÁFEGO OU PARTE DELE, OBTIDA PELA SOMA DAS DISTÂNCIAS PERCORRIDAS DIVIDIDA PELO TEMPO OU PERCURSO. É UTILIZADA NOS ESTUDOS DE CAPACIDADE E NÍVEIS DE SERVIÇO DA VIA.
DEVIDO A UMA SÉRIE DE FATORES, OS VEÍCULOS NÃO CONSEGUEM PERCORRER TODA A ESTRADA NA VELOCIDADE DE PROJETO, SENDO QUE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DEVEM SER DETERMINADAS EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE DE OPERAÇÃO
VELOCIDADE DE PROJETO
VEÍCULOS DE PROJETO
VEÍCULO DE PROJETO É O VEÍCULO TEÓRICO DE UMA CERTA CATEGORIA, CUJAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E OPERACIONAIS REPRESENTAM UMA ENVOLTÓRIA DAS CARACTERÍSTICAS DA MAIORIA DOS VEÍCULOS
EXISTENTES DA RESPECTIVA CATEGORIA.
A LARGURA DO VEÍCULO DE PROJETO INFLUENCIA NA LARGURA DA PISTA DE ROLAMENTO, DOS ACOSTAMENTOS E DOS RAMOS DE INTERSEÇÕES
A DISTÂNCIA ENTRE EIXOS INFLUI NO CÁLCULO DA SUPERLARGURA E NA DETERMINAÇÃO DOS RAIOS MÍNIMOS INTERNOS E EXTERNOS DAS PISTAS.
A RELAÇÃO PESO BRUTO TOTAL/POTÊNCIA INFLUENCIA O VALOR DA RAMPA MÁXIMA E DETERMINA A NECESSIDADE DE 3º FAIXA.
VEÍCULOS DE PROJETO
EXISTEM QUATRO GRUPOS DE VEÍCULOS A SEREM ADOTADOS CONFORME AS CARACTERÍSTICAS PREDOMINANTES DE TRÁFEGO:
VP: VEÍCULOS DE PASSEIO LEVES, INCLUINDO AUTOMÓVEIS, UTILITÁRIOS, FURGÕES E SIMILARES;
CO: VEÍCULOS COMERCIAIS RÍGIDOS, COMPOSTOS DE UNIDADE TRATORA SIMPLES. ABRANGEM OS CAMINHÕES E ÔNIBUS CONVENCIONAIS, NORMALMENTE DE 2 EIXOS;
SR: VEÍCULO COMERCIAL ARTICULADO, COMPOSTO NORMALMENTE DE UNIDADE TRATORA SIMPLES E SEMI-REBOQUE;
O: VEÍCULOS COMERCIAIS RÍGIDOS DE MAIORES DIMENSÕES QUE O VEÍCULO CO BÁSICO COMO CAMINHÕES LONGOS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARNETT, J. – TRANSITION CURVES FOR HIGHWAYS. Public Road Administration, Washington, D.C., 1940;
BALBO, J.T. – PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: MATERIAIS, PROJETO E RESTAURAÇÃO. São Paulo, Oficina de Textos, 2012.
BORGES, A.C – TOPOGRAFIA. Editora Edgard Blücher Ltda, São Paulo, 1977;
PONTES FILHO, G. – ESTRADAS DE RODAGEM; PROJETO GEOMÉTRICO . São Carlos, 1998;
Y.SUZUKI, C. ; MARTINS,A.A.; ISSA,K.J.F. – DRENAGEM SUBSUPERFICIAL DE PAVIMENTOS, CONCEITOS E DIMENSIONAMENTO, Oficina de Textos, 2013.