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Cada evento mental é causado pela condição consciente ou inconsciente e é determinado pelos fatos que o precederam. Em suas investigações na prática clínica sobre as causas e funcionamento das neuroses, Freud descobriu que a grande maioria de pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflitos de ordem sexual, acontecidos nos primeiros anos de vida, isto é, na vida infantil estavam as experiências de caráter traumatico, reprimidas, que se configuram como origem dos sintomas atuais. Confirmando-se assim que as ocorrências desse período da vida deixam marcas profundas na estruturação da personalidade. Essas descobertas colocam a sexualidade como centro de suas pesquisas. No terceiro ensaio, sobre a puberdade, constatamos que essa fase é cheia de transformações, que passa da auto-erótica para a consideração de um objeto sexual externo a si, de pulsões erógenas distintas para alvo sexual. É atingida pois a ultima fase quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo - o Outro. Neste momento meninos e meninas estão conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais. Para investir nos objetos sexuais é criada a libido do ego, que se converte em libido do sexo, também chamada de libido narcisista, estado originário realizado na primeira infância. Conclusão: No entanto, há um engano em quem pensa que os tabus impostos sobre a sexualidade infantil são ocultos, pois os contatos da mae com seu filho despertam nele as primeiras vivencias do prazer, como o chuchar, citado anteriormente. Essas experiências podem ser de amor e carinho ou rejeição e agressividade não podem ser consideradas essencialmente biológicas, mas se constituem no acervo psíquico do sujeito, podem ser considerados como os embriões da vida mental do bebe. Assim, a vida sexual do sujeito se desenvolve desde o nascimento e segue em manifestações diferentes em cada momento da infância. É assim que o sujeito cresce e se desenvolve constituindo fantasias e práticas em sua vida sexual. Portanto, do mesmo jeito que a inteligência é desenvolvida a partir das possibilidades individuais, da mesma forma acontece com a sexualidade, pois é construída a partir de suas vivencias pessoais e da interação com o meio e a cultura. Assim, convencidas dos princípios da existência e da importância da sexualidade para o desenvolvimento de criança e jovens. A sexualidade infantil deve ser respeitada e estudada, assim como as crianças. Ao contrário do que pensa o senso comum, a sexualidade infantil existe e deve ser respeitada, defendida e principalmente assumida como condição humana essencial.
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