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Relatório II - Lei de Ohm

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA – UFOB 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS – CCET 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI DE OHM 
 
 
 
 
 
 
 
Bruno Eduardo Cardoso 
Itaylane Malta Santos 
Leonardo de Matos Araújo 
Tácio Henrique Santos Nogueira 
 
 
 
 
Prof. Me. Edward Ferraz 
 
BARREIRAS-BA 
2015 
2 
 
Bruno Eduardo Cardoso 210101441 
Itaylane Malta Santos 213100312 
Leonardo de Matos Araújo 211103941 
Tácio Henrique Santos Nogueira 212105958 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI DE OHM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARREIRAS-BA 
2015 
Relatório referente à atividade de laboratório 
de Física Experimental III - IAD-223, 
ministrada pelo professor Edward Ferraz de 
Almeida Junior, na Universidade Federal do 
Oeste da Bahia – UFOB. 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1. OBJETIVOS ................................................................................................................................................... 6 
2. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 6 
3. LEI DE OHM ................................................................................................................................................. 6 
3.1. RESISTORES ÔHMICOS..................................................................................................................... 7 
3.2. RESISTORES NÃO ÔHMICOS ........................................................................................................... 7 
3.3. DIODO SEMICONDUTOR .................................................................................................................. 9 
3.4. EFEITO JOULE .................................................................................................................................. 12 
3.5. POTÊNCIA ELÉTRICA ..................................................................................................................... 13 
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS .................................................................................................... 15 
4.1. MATERIAIS ........................................................................................................................................ 15 
4.2. METODOLOGIA ................................................................................................................................ 15 
4.2.1. PROCEDIMENTO A (PARA A RESISTENCIA – PARTE 1) .................................................. 15 
4.2.2. PROCEDIMENTO B (PARA A RESISTENCIA – PARTE 2) .................................................. 16 
4.2.3. PROCEDIMENTO C (LÂMPADA– PARTE 1) ........................................................................ 16 
4.2.4. PROCEDIMENTO D (LÂMPADA– PARTE 2) ........................................................................ 17 
4.2.5. PROCEDIMENTO E (DIODO) .................................................................................................. 17 
5. RESULTADOS ............................................................................................................................................. 19 
5.1. PROCEDIMENTO A .......................................................................................................................... 19 
5.2. PROCEDIMENTO B .......................................................................................................................... 20 
5.3. PROCEDIMENTO C .......................................................................................................................... 23 
5.4. PROCEDIMENTO D .......................................................................................................................... 24 
5.5. PROCEDIMENTO E ........................................................................................................................... 25 
6. DISCUSSÃO ................................................................................................................................................. 27 
7. CONCLUSÃO .............................................................................................................................................. 30 
8. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO DE FIGURAS 
 
FIGURA 1: GRÁFICO V VERSUS I DE RESISTORES ÔHMICOS. ......................................................... 7 
FIGURA 2: GRÁFICO V VERSUS I DE RESISTORES NÃO ÔHMICOS. .................................................. 7 
FIGURA 3: CARACTERIZAÇÃO DOS RESISTORES. .......................................................................... 8 
FIGURA 4: O DIODO É SIMBOLIZADO POR UMA FLECHA QUE INDICA O SENTIDO DA CORRENTE 
ELÉTRICA. ............................................................................................................................. 9 
FIGURA 5: O GRÁFICO MOSTRA A TENSÃO DE ENTRADA DO DIODO OSCILANDO ENTRE O POSITIVO 
E NEGATIVO. ......................................................................................................................... 9 
FIGURA 6: O GRÁFICO MOSTRA A TENSÃO DE SAÍDA DO DIODO. AGORA ELA SÓ POSSUI 
POLARIDADE POSITIVA. ....................................................................................................... 10 
FIGURA 7: DIODOS SEMICONDUTORES TÊM A FUNÇÃO DE TRANSFORMAR CORRENTE ALTERNADA 
EM CORRENTE CONTÍNUA. ................................................................................................... 10 
FIGURA 8: DIODO DE JUNÇÃO PN E SÍMBOLO ELÉTRICO. ........................................................... 10 
FIGURA 9: POLARIZAÇÃO DIRETA. ............................................................................................ 11 
FIGURA 10: POLARIZAÇÃO REVERSA. ........................................................................................ 12 
FIGURA 11- A: FOTOGRAFIA DO CIRCUITO EM SÉRIE COM RESISTOR; FONTE: ACERVO PESSOAL. 
B: DESENHO ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO EM SÉRIE; FONTE: ROTEIRO DO EXPERIMENTO 2.
 ........................................................................................................................................... 16 
FIGURA 12: FOTOGRAFIA DO CIRCUITO EM SÉRIE CONTENDO LÂMPADA; B: DESENHO 
ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO EM SÉRIE CONTENDO LÂMPADA. FONTE ‘A’: ACERVO PESSOAL. 
FONTE ‘B’: ROTEIRO DO EXPERIMENTO 2. .......................................................................... 17 
FIGURA 13: CIRCUITO CONTENDO DIODO POLARIZADO DIRETAMENTE. FONTE: ACERVO 
PESSOAL. ............................................................................................................................ 18 
FIGURA 14: GRÁFICO V X I – DIFERENÇA DE POTENCIAL VERSUS CORRENTE. .......................... 19 
FIGURA 15: GRÁFICO R X I – RESISTÊNCIA VERSUS CORRENTE. ................................................ 20 
FIGURA 16: GRÁFICO P X I – POTÊNCIA VERSUS CORRENTE. ..................................................... 20 
FIGURA 17: GRÁFICO V X I – DIFERENÇA DE POTENCIAL VERSUS CORRENTE. .......................... 22 
FIGURA 18: GRÁFICO V X I – DIFERENÇA DE POTENCIAL VERSUS CORRENTE. .......................... 23 
FIGURA 19: GRÁFICO R X I – RESISTÊNCIA VERSUS CORRENTE. ................................................ 24 
FIGURA 20: GRÁFICO V X I – DIFERENÇA DE POTENCIAL VERSUS CORRENTE. .......................... 25 
FIGURA 21: GRÁFICO R X I – RESISTÊNCIA VERSUS CORRENTE. ................................................ 25 
FIGURA22: GRÁFICO V X I – DIFERENÇA DE POTENCIAL VERSUS CORRENTE. .......................... 26 
FIGURA 23: GRÁFICO R X I – RESISTÊNCIA VERSUS CORRENTE. ................................................ 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO DE TABELAS 
TABELA 1: CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO DOS RESISTORES. ........................................................... 8 
TABELA 2: RESULTADOS DO PROCEDIMENTO A. ....................................................................... 19 
TABELA 3: RESULTADOS DO PROCEDIMENTO B. ....................................................................... 21 
TABELA 4: RESULTADOS DO PROCEDIMENTO D. ....................................................................... 23 
TABELA 5: RESULTADOS DO PROCEDIMENTO D. ....................................................................... 24 
TABELA 6: RESULTADOS PROCEDIMENTO E. ............................................................................. 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. OBJETIVOS 
 
 
 O objetivo deste experimento é estabelecer relações entre corrente, resistência e 
tensão. 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
A resistência elétrica mede a propriedade dos materiais de oferecer resistência a 
passagem de corrente elétrica. Neste processo a energia elétrica é dissipada, geralmente, na 
forma de calor. Assim, um resistor corresponde a qualquer dispositivo que dissipe energia 
elétrica. 
Resistores em que a diferença de potencial (ddp) aplicada, é proporcional a corrente 
elétrica (I) são chamados resistores ôhmicos. Para eles a relação entre ddp e corrente é 
constante e chamada de resistência elétrica (R), embora nem todos os resistores se comportem 
desta maneira. 
 
3. LEI DE OHM 
 
No começo do século XIX, Georg Simon Ohm (1787-1854) mostrou 
experimentalmente que a corrente elétrica, em um condutor, é diretamente proporcional à 
diferença de potencial (V) aplicada. Esta constante de proporcionalidade é a resistência R do 
material. Então de acordo com os experimentos de Ohm, temos que: 
 
iRV *
 
 
A qual é conhecida como "Lei de Ohm". Muitos físicos diriam que esta não é uma lei, 
mas uma definição de resistência elétrica. Se nós queremos chamá-la de Lei de Ohm, 
deveríamos então demonstrar que a corrente através de um condutor metálico é proporcional à 
voltagem aplicada, i 

 V. Isto é, R é uma constante, independente da diferença de potencial 
(V) em metais condutores. Mas em geral esta relação não se aplica, como por exemplo, aos 
diodos e transistores. Dessa forma a lei de Ohm não é uma lei fundamental, mas sim uma 
forma de classificar certos materiais. Os materiais que não obedecem a lei de Ohm são ditos 
não ôhmicos. 
7 
 
3.1.RESISTORES ÔHMICOS 
 
Os resistores que obedecem à equação são denominados por resistores ôhmicos. Para 
estes resistores a corrente elétrica (i) que os percorrem é diretamente proporcional à voltagem 
ou ddp (V) aplicada. Consequentemente o gráfico V versus i é uma linha reta, cuja inclinação 
é igual o valor da resistência elétrica do material, como mostra o gráfico abaixo. 
 
 
Figura 1: Gráfico V versus i de resistores ôhmicos. 
 
3.2.RESISTORES NÃO ÔHMICOS 
 
Observa-se, em uma grande família de condutores que, alterando-se a ddp (V) nas 
extremidades destes materiais altera-se a intensidade da corrente elétrica (i), mas as duas 
grandezas não variam proporcionalmente, isto é, o gráfico de V versus i não é uma reta e, 
portanto, eles não obedecem a Lei de Ôhm, como no gráfico abaixo. Estes resistores são 
denominados de resistores não ôhmicos. 
 
 
Figura 2: Gráfico V versus i de resistores não ôhmicos. 
8 
 
A unidade de resistência elétrica é chamada ohm e é abreviado pela letra grega ômega 
(

). Desde que R = V/i, então 1.0

 é equivalente a 1.0 V/A (Volt/Ampère). Em circuitos 
elétricos a resistência é representada pelo símbolo . Em geral, os resistores têm 
resistências que variam de um valor menor do que 1 ohm até milhões de ohms. A Fig. 3, 
juntamente com a tabela 1 mostram as regras de classificação dos resistores. O valor da 
resistência de um dado resistor é escrito no seu exterior ou é feito por um código de cores 
como mostrado na figura 3 e tabela 1 abaixo: as duas primeiras cores representam os dois 
primeiros dígitos no valor da resistência, a terceira cor representa a potência de 10 que o valor 
deve ser multiplicado, e a quarta cor é a tolerância no erro de fabricação. Por exemplo, um 
resistor cujas quatro cores são vermelho, verde, laranja e ouro têm uma resistência de 25.000

 ou 25 k

, com uma tolerância de 5 porcento, dessa forma, o resistor possui uma 
resistência de 
125025000
. 
 
 Figura 3: Caracterização dos resistores. 
 
Cor Número Multiplicador 
Tolerância 
% 
Preto 0 1,00E+00 - 
Marrom 1 1,00E+01 - 
Vermelho 2 1,00E+02 - 
Laranja 3 1,00E+03 - 
Amarelo 4 1,00E+04 - 
Verde 5 1,00E+05 - 
Azul 6 1,00E+06 - 
Violeta 7 1,00E+07 - 
Cinza 8 1,00E+08 - 
Branco 9 1,00E+09 - 
Ouro - 1,00E-01 5 
Prata - 1,00E-02 10 
Sem cor - - 20 
Tabela 1: Código de Classificação dos resistores. 
9 
 
3.3.DIODO SEMICONDUTOR 
 
O diodo semicondutor é um dispositivo eletrônico feito de silício ou germânio que tem 
como função retificar a corrente elétrica ou chavear um circuito. Ele é utilizado em aparelhos 
eletrônicos, como televisão, computador, aparelhos de som, entre outros. O símbolo utilizado 
para diodos em diagramas é o representado na Figura 4: 
 
 
Figura 4: O diodo é simbolizado por uma flecha que indica o sentido da corrente elétrica. 
 
A corrente fornecida pelas empresas energéticas são alternadas, ou seja, mudam sua 
polaridade entre positivo e negativo com uma frequência de 60 Hz. Porém, a maioria dos 
aparelhos eletrônicos que utilizamos funciona somente com corrente contínua, ou seja, uma só 
polaridade. O diodo funciona como uma chave fechada (resistência zero) para uma polaridade 
da tensão de entrada e como uma chave aberta (resistência infinita) para a polaridade oposta. 
Sendo assim, a função do diodo em um circuito é deixar passar a corrente elétrica em 
apenas uma polaridade, como mostrado na Figura 5. 
 
 
 
Figura 5: O gráfico mostra a tensão de entrada do diodo oscilando entre o positivo e negativo. 
 
Após passar pelo diodo, a tensão passa a ter apenas uma polaridade, como mostra a 
Figura 6: 
 
10 
 
 
Figura 6: O gráfico mostra a tensão de saída do diodo. Agora ela só possui polaridade positiva. 
 
 
Figura 7: Diodos semicondutores têm a função de transformar corrente alternada em corrente contínua. 
 
Os diodos (Figura 7) são dispositivos semicondutores confeccionados na maioria das 
vezes por uma junção PN. A Figura 8 mostra o esquema de uma junção de dois materiais 
semicondutores, um do tipo P e o outro do tipo N. O semicondutor tipo P é o anodo e o 
semicondutor tipo N é o catodo. O funcionamento do diodo ocorre na região entre o anodo e o 
catodo, chamada de junção. 
 
 
Figura 8: Diodo de junção PN e símbolo elétrico. 
 
A condução de corrente elétrica dependerá da forma como o diodo está polarizado, 
podendo ser de duas formas: Polarização Direta ou Polarização Reversa. 
11 
 
Uma polarização direta ocorre quando um potencial positivo é aplicado ao lado P, e o 
terminal negativo da fonte é aplicado ao lado N. Assim, os elétrons do lado N ganham energia 
e são repelidos pelo terminal negativo da fonte, sendo atraídos pelo terminal positivo da fonte, 
através do lado P, atravessando a junção.No lado P, eles recombinam-se com as lacunas, 
tornando-se elétrons de valência, mas continuam se deslocando para o terminal positivo da 
fonte. 
Uma polarização direta leva ao estreitamento da região de transição e à redução da 
barreira de potencial (Figura 9). Quando a tensão aplicada superar o valor natural da barreira, 
cerca de 0,7V para diodos de Si (silício), os portadores negativos do lado N serão atraídos 
pelo potencial positivo do ânodo e vice-versa, levando o componente à condução. Uma 
corrente elétrica de alta intensidade, faz com que o diodo se comporte como um condutor de 
resistência muito pequena. 
 
 
Figura 9: Polarização Direta. 
 
Quando se polariza reversamente um diodo, ou seja, quando se aplica uma tensão 
negativa no ânodo (região P) e positiva no cátodo (região N), mais portadores positivos 
(lacunas) migram para o lado N, e vice-versa, de modo que a largura da região de transição 
aumenta (Figura 10), elevando a barreira de potencial. 
Por difusão ou efeito térmico, uma certa quantidade de portadores minoritários penetra 
na região de transição. São, então, acelerados pelo campo elétrico, indo até a outra região 
neutra do dispositivo. Esta corrente reversa (IF) muito pequena, independe da tensão reversa 
aplicada, variando, basicamente, com a temperatura. O diodo se comporta como um circuito 
aberto, pois a resistência é muito alta, impedindo a passagem de corrente. 
12 
 
Se o campo elétrico na região de transição for muito intenso, os portadores em trânsito 
obterão grande velocidade e, ao se chocarem com átomos da estrutura, produzirão novos 
portadores, os quais, também acelerados, produzirão um efeito de avalanche. Dado o aumento 
na corrente, sem redução significativa na tensão na junção, produz-se um pico de potência que 
destrói o componente, como mostrado na Figura 11. 
 
 
Figura 10: Polarização Reversa. 
 
3.4.EFEITO JOULE 
 
Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre a 
transformação de energia elétrica em energia térmica. Este fenômeno é conhecido 
como Efeito Joule, em homenagem ao Físico Britânico James Prescott Joule (1818-1889). 
Esse fenômeno ocorre devido o encontro dos elétrons da corrente elétrica com as 
partículas do condutor. Os elétrons sofrem colisões com átomos do condutor, dessa forma, 
parte da energia cinética (energia de movimento) do elétron é transferida para o átomo 
aumentando seu estado de agitação, consequentemente sua temperatura. Assim, a energia 
elétrica é transformada em energia térmica (calor). 
A descoberta da relação entre eletricidade e calor trouxe ao homem vários benefícios. 
Muitos aparelhos que utilizamos no nosso dia-a-dia têm seus funcionamentos baseados 
no Efeito Joule, alguns exemplos são: 
 Lâmpada: um filamento de tungstênio no interior da lâmpada é aquecido com a 
passagem da corrente elétrica tornando-se incandescente, emitindo luz; 
 Chuveiro: um resistor aquece por Efeito Joule a água que o envolve. 
13 
 
São vários os aparelhos que possuem resistores e trabalham por Efeito Joule, como por 
exemplo, o secador de cabelo, o ferro elétrico e a torradeira. 
Outra aplicação que utiliza esta teoria é a proteção de circuitos 
elétricos por fusíveis. Os fusíveis são dispositivos que têm com objetivo: proteger circuitos 
elétricos de possíveis incêndios, explosões e outros acidentes. O fusível é percorrido pela 
corrente elétrica do circuito. Caso esta corrente tenha uma intensidade muito alta, a ponto de 
danificar o circuito, o calor gerado por ela derrete o filamento do fusível interrompendo o 
fornecimento de energia, protegendo o circuito. 
 
3.5.POTÊNCIA ELÉTRICA 
 
A potência elétrica dissipada por um condutor é definida como a quantidade de 
energia térmica que passa por ele durante uma quantidade de tempo. 
t
E
P


 
Sendo: P=Potência elétrica, unidade Watt (W); 
 E=Energia, unidade Joule (J); 
 
t
= Variação do tempo, unidade segundo (s). 
A unidade utilizada para a potência elétrica é o watt (W), que designa joule por 
segundo (J/s) 
Ao considerar que toda a energia perdida em um circuito é resultado do efeito Joule, 
admiti-se que a energia transformada em calor é igual a energia perdida por uma carga (q) que 
passa pelo condutor. Ou seja: 
PFPI EEE 
 
Mas, sabemos que: 
VqE *
 
Então: 
21 ** VqVqEP 
 
)(* 21 VVqEP 
 
Fazendo: 
21 VVV 
, sendo V(diferença de potencial), temos: 
VqE *
 
Logo: 
14 
 
t
Vq
t
E
P




*
 
Mas sabemos que
t
q
i


 , então podemos escrever que: 
iVP *
 
Pela 1ª Lei de Ohm temos que 
iRV *
, então podemos definir duas formas que 
relacionem a potência elétrica com a resistência. 
iRV *
 
²**)*(* iRiiRiVP 
 
iRV *
 
R
V
i 
 
R
V
R
V
ViVP
²
** 






 
Logo, temos: 
R
V
iRP
²
²* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 
 
Neste item serão descritos os materiais que serviram como ferramenta para a execução 
do experimento e a metodologia utilizada. 
 
4.1. MATERIAIS 
 
 Fonte de tensão; 
 Placa para ensaios de circuitos elétricos; 
 Fios de conexão; 
 Resistores; 
 Diodos; 
 Lâmpadas (6V/2W). 
 Multímetros digitais. 
 
4.2.METODOLOGIA 
 
 Neste item objetiva-se expor os procedimentos adotados na execução do experimento. 
Basicamente é possível subdividir tem cinco etapas, cujas descrições serão denotadas a seguir. 
 
4.2.1. PROCEDIMENTO A (PARA A RESISTENCIA – PARTE 1) 
 
Na primeira parte montou-se o circuito na placa para ensaios de circuitos elétricos (com 
um resistor de 120 

), foi ajustado o seletor de escala do multímetro para medir corrente, 
girando a escala para 200m DCA. As pontas de prova do amperímetro foram colocadas entre 
as ilhas de conexão 2 e 3 (Figura 11). 
 
 
 
 
16 
 
 
Figura 11- A: Fotografia do circuito em série com resistor; Fonte: Acervo Pessoal. B: Desenho esquemático do circuito em 
série; Fonte: Roteiro do Experimento 2. 
 
Posteriormente foi ajustado o seletor de escala do outro multímetro para medir tensão, 
girando a escala até 200 DCV. Em seguida as pontas de prova do voltímetro foram colocadas 
entre as ilhas de conexão 3 e 4. A chave do dial do potenciômetro foi ligada e nela foram 
observadas as variações de tensão, tendo como ponto inicial a aplicação de uma tensão de 1,0 
V DC ao resistor. 
 
4.2.2. PROCEDIMENTO B (PARA A RESISTENCIA – PARTE 2) 
 
Na segunda parte do experimento realizado com resistor montou-se um circuito em 
série com um resistor e a fonte de tensão-corrente, e foram feitas leituras de corrente para a 
voltagem variando de 0 V até 10 V. Salvo que os valores obtidos foram anotados com suas 
respectivas incertezas. 
 
4.2.3. PROCEDIMENTO C (LÂMPADA– PARTE 1) 
 
A posteriori o resistor fora substituído pela lâmpada, de modo que a configuração 
permaneceu praticamente inalterada. Então, montou-se o circuito na placa de ensaios, ajustou-
se o seletor de escala do multímetro para medir corrente, girando a escala até 10 A. 
O cabo preto foi fixado no borne de entrada COM do multímetro e o cabo vermelho no 
borne de entrada 10 ADC, em seguida as pontas de provas do amperímetro foram colocadas 
entre as ilhas 5 e 6 (Figura 12). A chave do dial fora ligada e o mesmo foi girado. 
17 
 
 
Figura 12: Fotografia do circuito em série contendo lâmpada; B: Desenho esquemático do circuito em sériecontendo 
lâmpada. Fonte ‘A’: Acervo Pessoal. Fonte ‘B’: Roteiro do Experimento 2. 
 
Foi ajustado o seletor de escala do outro multímetro para medir tensão, fazendo girar a 
escala até 20 DCV. As pontas de prova do voltímetro foram colocadas nos dois lados da 
lâmpada e posteriormente uma tabela foi montada com valores de tensão de 1,0 V até o valor 
máximo medido, corrente e resistência. 
 
4.2.4. PROCEDIMENTO D (LÂMPADA– PARTE 2) 
 
Foram anotadas as especificações da mesma e montou-se um circuito em série com a 
lâmpada e a fonte de tensão-corrente. Foram feitas leituras de corrente para a voltagem 
variando de 0 V até voltagem especificada na lâmpada. 
 
4.2.5. PROCEDIMENTO E (DIODO) 
 
Primeiramente foi selecionado um diodo, que teve suas especificações devidamente 
anotadas. Em seguida foi montado um circuito em série com o diodo polarizado inversamente, 
o resistor e a fonte de tensão-corrente, e realizou-se leituras de corrente para a voltagem 
variando de 0 V a 10 V. Posteriormente foi montado um circuito em série com o diodo, 
polarizado diretamente, e a fonte de tensão-corrente (Figura 13). E finalmente foram feitas 
leituras de corrente para a voltagem variando de 0 V a 10 V. 
 
18 
 
 
Figura 13: Circuito contendo diodo polarizado diretamente. Fonte: Acervo Pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5. RESULTADOS 
 
5.1.PROCEDIMENTO A 
 
A Tabela 2 se refere aos dados obtidos através do procedimento A (medidos e 
calculados), seus valores deram origem aos três gráficos subsequentes (Figuras: 14, 15 e 16). 
A resistência elétrica (R) foi calculada pela primeira Lei de Ohm (R=V/I), e a potência 
(P) pela fórmula: P=R*i² (deduzida no item 3.5.). 
 
PROCEDIMENTO A 
DADOS MEDIDOS DADOS CALCULADOS 
DDP (V) CORRENTE (mA) RESISTÊNCIA (Ω) POTÊNCIA (W) 
1 8,4 119,047619 0,0084 
1,5 12,6 119,047619 0,0189 
2 16,8 119,047619 0,0336 
2,5 21 119,047619 0,0525 
3 25,3 118,5770751 0,0759 
3,5 29,5 118,6440678 0,10325 
4 33,8 118,3431953 0,1352 
4,5 38,1 118,1102362 0,17145 
5 42,5 117,6470588 0,2125 
5,5 46,9 117,2707889 0,25795 
6 51,3 116,9590643 0,3078 
Tabela 2: Resultados do Procedimento A. 
 
 
Figura 14: Gráfico V x I – Diferença de Potencial versus Corrente. 
0
10
20
30
40
50
60
0 2 4 6 8
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
DDP (V)
V versus I
V versus I
20 
 
 
 
 
Figura 15: Gráfico R x I – Resistência versus Corrente. 
 
 
 
 
Figura 16: Gráfico P x I – Potência versus Corrente. 
 
 
5.2.PROCEDIMENTO B 
 
A Tabela 3 se refere aos dados obtidos através do procedimento B (medidos e 
calculados), seus valores deram origem ao gráfico subsequente (Figura 17) 
A resistência elétrica (R) foi calculada pela primeira Lei de Ohm (R=V/I), 
 
 
0
10
20
30
40
50
60
116.5 117 117.5 118 118.5 119 119.5
C
o
rr
e
n
te
(I
)
Resistência (R)
R versus I
R versus I
0
10
20
30
40
50
60
0 0.1 0.2 0.3 0.4
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
Potência (P)
P versus I
P versus I
21 
 
 
PROCEDIMENTO B 
DADOS MEDIDOS 
DADOS 
CALCULADOS 
DDP (V) 
[FONTE] 
DDP (V) 
[MULTÍMETRO] 
CORRENTE 
(A) [FONTE] 
CORRENTE(A) 
[MULTÍMETRO] 
RESISTÊNCIA (Ω) 
0,6 0,5 0 0 - 
1,1 1 0 0 - 
1,6 1,5 0 0,01 150 
2,1 2 0 0,01 200 
2,6 2,5 0 0,01 250 
3,1 3 0,01 0,02 150 
3,6 3,5 0,01 0,02 175 
4,1 4 0,02 0,03 133,3333333 
4,6 4,5 0,02 0,03 150 
5,1 5 0,03 0,04 125 
5,6 5,5 0,03 0,04 137,5 
6,1 6 0,03 0,04 150 
6,6 6,5 0,04 0,05 130 
7,1 7 0,04 0,05 140 
7,6 7,5 0,05 0,06 125 
8,1 8 0,05 0,06 133,3333333 
8,6 8,5 0,06 0,07 121,4285714 
9,1 9 0,06 0,07 128,5714286 
9,6 9,5 0,07 0,07 135,7142857 
10,1 10 0,07 0,08 125 
Tabela 3: Resultados do Procedimento B. 
 
 
22 
 
 
Figura 17: Gráfico V x I – Diferença de Potencial versus Corrente. 
 
5.2.1. Cálculo da Resistência com incertezas 
 
Para o cálculo da Resistência com incertezas, utiliza-se as seguintes equações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
𝑎 =∑
𝐷.𝐷. 𝑃.𝑛
10
10
0
 
a= 5,25 
𝑏 =∑
𝐼𝑛
10
10
0
 
 �̅�=0,038 
𝑐̅ =
�̅�
�̅�
 
c = 138,16 
 
(
𝛥𝑐
138,16
)
2
= (
0,1
5,25
)
2
+ (
0,0001
0,038
)
2
 
𝛥𝑐≈2,7 
0
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
0.07
0.08
0.09
0 2 4 6 8 10 12
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
DDP (V)
V versus I
V versus I
23 
 
R= 138,16 ±2,7 Ω 
 
5.3.PROCEDIMENTO C 
 
A Tabela 4 se refere aos dados obtidos através do procedimento C (medidos e 
calculados), seus valores deram origem aos dois gráficos subsequentes (Figuras 18 e 19). 
A resistência elétrica (R) foi calculada pela primeira Lei de Ohm (R=V/I). 
 
 
PROCEDIMENTO C 
DADOS MEDIDOS DADOS CALCULADOS 
DDP 
(V) CORRENTE (A) RESISTÊNCIA (Ω) 
0,5 0,04 12,5 
1 0,06 16,66666667 
1,5 0,08 18,75 
2 0,1 20 
2,5 0,11 22,72727273 
3 0,12 25 
3,5 0,13 26,92307692 
4 0,14 28,57142857 
4,5 0,15 30 
5 0,16 31,25 
5,5 0,17 32,35294118 
6 0,18 33,33333333 
Tabela 4: Resultados do Procedimento D. 
 
 
Figura 18: Gráfico V x I – Diferença de Potencial versus Corrente. 
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
0.12
0.14
0.16
0.18
0.2
0 1 2 3 4 5 6 7
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
DDP (V)
V versus I
24 
 
 
Figura 19: Gráfico R x I – Resistência versus Corrente. 
 
 
5.4.PROCEDIMENTO D 
 
A Tabela 5 se refere aos dados obtidos através do procedimento D (medidos e 
calculados), seus valores deram origem aos dois gráficos subsequentes (Figuras 20 e 21). 
A resistência elétrica (R) foi calculada pela primeira Lei de Ohm (R=V/I). 
 
 
PROCEDIMENTO D 
DADOS MEDIDOS DADOS CALCULADOS 
DDP 
(V) 
CORRENTE(A) 
[FONTE] 
CORRENTE (A) 
[MULTÍMETRO] 
RESISTÊNCIA (Ω) 
0,5 0,03 0,04 12,5 
1 0,04 0,05 20 
1,5 0,06 0,07 21,42857143 
2 0,08 0,09 22,22222222 
2,5 0,09 0,1 25 
3 0,1 0,11 27,27272727 
3,5 0,11 0,12 29,16666667 
4 0,12 0,13 30,76923077 
4,5 0,13 0,14 32,14285714 
5 0,14 0,15 33,33333333 
Tabela 5: Resultados do Procedimento D. 
. 
 
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
0.12
0.14
0.16
0.18
0.2
0 10 20 30 40
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
Resistência (Ohm)
R versus I
R versus I
25 
 
 
Figura 20: Gráfico V x I – Diferença de Potencial versus Corrente. 
 
 
 
Figura 21: Gráfico R x I – Resistência versus Corrente. 
 
 
5.5.PROCEDIMENTO E 
 
A Tabela 6 se refere aos dados obtidos através do procedimento E (medidos e 
calculados), seus valores deram origem aos três gráficos subsequentes (Figuras 21 e 22). 
A resistência elétrica (R) foi calculada pela primeira Lei de Ohm (R=V/I). 
 
 
 
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
0.12
0.14
0.16
0 1 2 3 4 5 6
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
DDP (V)
V versus I 
V versus I
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
0.12
0.14
0.16
0 10 20 30 40
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
Resistência [R]
R versus I
R versus I
26 
 
 
PROCEDIMENTO E 
DADOS MEDIDOS DADOS CALCULADOS 
DDP (V) 
[FONTE] 
DDP (V) 
[MULTÍMETRO] 
CORRENTE 
(A) [FONTE] 
CORRENTE (A) 
[MULTÍMETRO] 
RESISTÊNCIA (Ω) 
1,2 0,5 0 0 - 
1,7 1 0 0 - 
2,2 1,5 0 0 - 
2,8 2 0 0,01 200 
3,3 2,5 0 0,01 250 
3,8 3 0,01 0,02 150 
4,3 3,5 0,01 0,02 175 
4,8 4 0,02 0,02 200 
5,3 4,5 0,02 0,03 150 
5,8 5 0,02 0,03 166,66666676,3 5,5 0,03 0,04 137,5 
6,8 6 0,03 0,04 150 
7,3 6,5 0,04 0,05 130 
7,8 7 0,04 0,05 140 
8,3 7,5 0,05 0,05 150 
8,9 8 0,05 0,06 133,3333333 
9,4 8,5 0,06 0,06 141,6666667 
9,9 9 0,06 0,07 128,5714286 
10,4 9,5 0,07 0,07 135,7142857 
10,9 10 0,07 0,08 125 
Tabela 6: Resultados Procedimento E. 
 
 
Figura 22: Gráfico V x I – Diferença de Potencial versus Corrente. 
 
0
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
0.07
0.08
0.09
0 2 4 6 8 10 12
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
DDP (V)
V versus I
V versus I
27 
 
 
Figura 23: Gráfico R x I – Resistência versus Corrente. 
 
6. DISCUSSÃO 
 
Análise dos gráficos: 
 
 Procedimento A: 
 
O gráfico V versus I (Figura 14) é uma equação de primeiro grau (equação de uma 
reta), evidenciada pela linearidade do gráfico, onde podemos observar que a diferença de 
potencial é diretamente proporcional à corrente, ou seja, obedece a Lei de Ohm, dessa forma, 
pode-se concluir que o resistor do circuito é ôhmico. A partir do gráfico, pode-se calcular a 
resistência do circuito através do coeficiente angular da reta. 
O gráfico R versus I (Figura 15) mostra que não existe uma relação de 
proporcionalidade entre a resistência e a corrente. 
O gráfico P versus I (Figura 16) é uma equação do segundo grau, evidenciada pela 
curva do gráfico (o arco de uma parábola), onde se observa que a potência(P) está relacionada 
com a corrente (I). À medida que se aumenta a corrente, aumenta-se a potência dissipada pelo 
resistor, isso se deve ao efeito joule, que ocorre devido as colisões dos elétrons transportados 
pela corrente elétrica e os átomos do condutor. Parte da energia cinética do elétron é 
transferida para o átomo, aumentando seu estado de agitação, consequentemente, 
sua temperatura. Assim, a energia elétrica é transformada em energia térmica (calor). 
 
0
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
0.07
0.08
0.09
0 50 100 150 200 250 300
C
o
rr
e
n
te
 (
I)
Resistência (R)
R versus I
R versus I
28 
 
 Procedimento B: 
 
Na realização desse procedimento, devido a insciência dos componentes do grupo 
quanto as escalas do aparelho multímetro, realizaram-se as aferições de corrente na escala 
DCA. Dessa forma, não se obteve valores precisos de corrente, haja vista que a mesma era 
baixíssima. Assim, ao fazer o tratamento de dados, obteve-se valores de resistência com 
variações significativas e não foi possível comprovar de fato a Lei de Ohm. Apesar disso, a 
partir dos pontos experimentais, pode-se obter uma curva aparentemente linear no gráfico V 
versus I (Figura 17). A resistência do resistor é de 120 Ω e a obtida com incerteza foi de 
138,16 ±2,7 Ω, comparando esse dois valores, observa-se uma grande discrepância entre eles, 
que se deve aos fatos relacionados acima. Dessa forma, conclui-se a importância de se atentar 
à escala do multímetro ao realizar as aferições, tanto de corrente como de tensão. 
 
 Procedimento C: 
 
O gráfico V versus I (Figura 18) é não linear (parábola do 2º grau), observa-se que a 
tensão e a corrente não variam proporcionalmente, diferente do mesmo gráfico do 
procedimento A (Figura 14), que é linear e a tensão e a corrente variam proporcionalmente. 
Conclui-se, dessa forma, que o resistor do procedimento A é ôhmico, pois obedece a Lei de 
Ohm e o filamento de lâmpada é um resistor não ôhmico. 
O gráfico R versus I (Figura 19) tem como semelhança com o gráfico do procedimento 
A (Figura 15) a não relação entre a corrente e a resistência. Assim, conclui-se que tanto em 
um resistor ôhmico quanto em um não ôhmico, não há proporcionalidade entre corrente e 
resistência. 
 
 Procedimento D: 
 
No gráfico V versus I (Figura 20) é demonstrado um comportamento de uma equação 
de segundo grau (parábola), assim pode-se afirmar que o resistor é não ôhmico, ou seja, a 
razão entre a diferença de potencial e a corrente não é constante. Comparando com o mesmo 
gráfico do Procedimento E (Figura 22) de um diodo (que não é um resistor por definição, mas 
tem uma pequena resistência), observa-se que a lâmpada tem uma resistência muito maior que 
o diodo e ambos se diferenciam pela curva gerada, já que a lâmpada é um resistor não ôhmico 
29 
 
e apresenta um gráfico de forma parabólica e o diodo apresenta gráfico com mais linearidade, 
ou seja, o diodo comporta-se como um resistor ôhmico. 
No gráfico R versus I (Figura 21) observa-se um comportamento polinomial, isso se 
dá devido à relação entre a resistência e a temperatura, que com o aumento da corrente, existe 
um aumento de temperatura, causada pela dissipação de energia térmica, explicada pelo efeito 
joule. Em comparação com o gráfico do procedimento E (Figura 23), os gráficos se 
diferenciam porque a resistência do gráfico da Figura 21 aumenta com o aumento da corrente, 
já a resistência do gráfico da Figura 23 diminui. Dessa forma, conclui-se que com o aumento 
da corrente em um filamento de lâmpada, aumenta-se a corrente do mesmo, já em um diodo, 
com o aumento da corrente, a resistência elétrica diminui, isso se dá provavelmente pelo tipo 
de material que foram feitos os elementos utilizados. 
 
 Procedimento E: 
 
O diodo apresenta o gráfico V versus I aparentemente linear, ou seja, a tensão e a 
corrente variam proporcionalmente, dessa forma, segundo a Lei de Ohm, o mesmo é 
classificado como um resistor ôhmico. 
Uma polarização direta de um diodo leva ao estreitamento da região de transição e à 
redução da barreira de potencial. Quando a tensão aplicada superar o valor natural da barreira, 
os portadores negativos do lado N serão atraídos pelo potencial positivo do ânodo e vice-
versa, levando o componente à condução. Dessa forma, o diodo se comporta como um 
condutor de resistência muito pequena. 
Polarizado inversamente, os polos da fonte externa atraem os portadores livres 
majoritários, ou seja, os elétrons são afastados das proximidades da junção. Com esse 
afastamento, aumenta-se o valor da barreira de potencial, tornando a passagem de corrente 
mais difícil, como resultado a corrente através do diodo tende praticamente a zero. No 
presente procedimento observou-se que ao passo que a tensão era variada, a corrente 
permanecia quase inalterada. Portanto podemos concluir que não há passagem de corrente 
elétrica quando o diodo é polarizado inversamente, comportando-se com um circuito aberto. 
O gráfico R versus I (Figura 23) mostra que com o aumento da corrente a resistência 
diminui, isso é causado provavelmente pelo tipo de material que é feito o diodo, em que 
quanto maior a temperatura causada pela dissipação do efeito joule, menor a resistência do 
diodo. Neste gráfico estão ausentes os três primeiros pontos da medida, já que não foi possível 
calcular a resistência porque não foi detectada corrente no experimento. 
30 
 
7. CONCLUSÃO 
 
O experimento foi em parte concluído de forma satisfatória, porém alguns dados não 
estão condizentes com os elementos utilizados, esses erros se deram provavelmente pelo 
aparelho utilizado na medida, insciência do grupo em relação à escala do multímetro e/ou erro 
de acurácia. 
Pôde-se observar e comprovar a veracidade da primeira Lei de Ohm e a “interferência” 
causada pela dissipação tratada no efeito joule, e que quando o condutor está em equilíbrio 
eletrostático não se mede corrente, já que não existe fluxo de cargas e consequentemente não 
há dissipação de energia, já quando existe fluxo, há a dissipação de energia em forma de 
energia térmica (calor). Dessa forma, conclui-se que é necessário que exista um agente 
externo atuando para ordenar o movimento dos elétrons, gerando umfluxo de corrente, ou 
mais precisamente, uma densidade de corrente. 
No que se refere a medida de R (resistência) para a lâmpada, observa-se uma diferença 
com relação ao resistor. A lâmpada é um resistor não-ôhmico, portanto não dá pra obter o 
valor de R de modo similar ao resistor ôhmico. Isso fica perceptível analisando o gráfico de 
ambos, sendo notório que para a lâmpada o comportamento é não-linear, assemelhando-se a 
uma equação do segundo grau. Variando a corrente observou-se um aumento significativo da 
resistência e da dissipação de energia sobre forma de calor, portanto é possível afirmar que a 
resistência varia com a temperatura. 
Nos metais existe grande quantidade de elétrons livres, em movimento desordenado. 
Quando se cria, de alguma maneira, um campo elétrico ( ) no interior de um corpo metálico, 
esses movimentos passam a ser ordenados no sentido oposto ao do vetor campo elétrico ( ), 
constituindo a corrente elétrica. Dessa forma, conclui-se que o movimento dos elétrons nos 
metais se dá pelos elétrons livres que sofrem uma aceleração e geram uma corrente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
NUSSENVEIG, Hergh Moysés. Curso de Física Básica. São Paulo: Edgard Blücher, 1997. 
Só Física. Efeito Joule. Disponível em: 
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrodinamica/efeitojoule.php. 
Acessado em: 3 de agosto de 2015. 
 
 
Só Física. Potência Elétrica. Disponível em: 
<http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrodinamica/potencia.php>. 
Acessado em: 3 de agosto de 2015. 
 
 
Efeito Joule. O Efeito Joule. Disponível em: <http://www.efeitojoule.com/2008/04/efeito-
joule.html>. Acessado em: 16 de agosto de 2015. 
Geocities. Componentes Semicondutores. Disponível em: 
<http://www.geocities.ws/rsalvian/apost/diodos2.pdf>. Acessado em: 17 de agosto de 2015. 
 
 
Mundo Educação. Diodo Semicondutor. Disponível em: 
<http://www.mundoeducacao.com/fisica/diodo-semicondutor.htm>. Acessado em: 17 de 
agosto de 2015.

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