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OCLUSÃO pdf Anatomia e Escultura UNINASSAU

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02/11/2015 
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UNINASSAU 
Profa. Msc. Márcia de Almeida Durão 
AULA – 6 
• É o contato entre os dentes superiores e 
inferiores, quando a mandíbula está numa 
posição estática. 
 
CONCEITO BÁSICO DE OCLUSÃO 
Sistema Mastigatório 
Introdução 
 
 
“É a relação dos dentes superiores e inferiores 
quando em contato estático, dinâmico em 
harmonia com a ATM”. 
 
 Mezzomo (2006) 
 
 
Oclusão 
BOTTINO M. A., (2009) 
Tipos de Oclusão: 
 
 Oclusão Ideal 
 Oclusão Normal 
 Oclusão Patológica 
OCLUSÃO IDEAL 
Permite a realização de todas as funções 
fisiológicas próprias do sistema 
estomatognático, ao mesmo tempo em que é 
preservada a saúde de suas estruturas 
constituintes. 
 
 (Lauritzen, 1974). 
RC = MIH 
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OCLUSÃO NORMAL = USUAL 
Uma boca com a presença de todos os 
dentes ocluindo de forma estável, 
saudável e agradavelmente, com 
variações na posição dental dentro de 
limites mensuráveis. 
Classe II 
Classe III 
Mordida Cruzada 
Mordida Profunda 
Mordida aberta 
Apinhamento 
OCLUSÃO PATOLÓGICA / MÁ OCLUSÃO 
http://www..google/imagens 
• Edward H. Angle, em 1890 estabeleceu 
classificação para a má oclusão. Em seu 
postulado descreveu três classes de má 
oclusão, baseando-se nas relações oclusais 
dos primeiros molares. 
 
OCLUSÃO PATOLÓGICA 
• Relação normal dos molares, podendo 
apresentar linha de oclusão incorreta por 
mau posicionamento dentário, por rotação, 
ou por outras causas 
Classe I 
• Molar inferior distalmente posicionado em 
relação ao molar superior, sem especificação 
em relação a linha de oclusão. 
Classe II 
• Protrusão dos incisivos superiores que 
apresentam uma inclinação axial labial. A 
forma da arcada se assemelha a um “V”. 
 
Classe II- 1° Divisão 
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• Os incisivos superiores estão com inclinação axial 
vertical ou lingual. O arco superior geralmente 
apresenta-se achatado na região anterior, devido 
a inclinação lingual excessiva dos incisivos centrais 
superiores. 
 
Classe II- 2° Divisão 
• Molar inferior mesialmente posicionado em 
relação ao molar superior, sem especificação 
em relação a linha de oclusão. 
Classe III 
 
 RELAÇÃO CÊNTRICA (RC) 
 
 Posição fisiológica reproduzível 
do côndilo; 
 Região mais ântero-superior na 
cavidade glenóide; 
 Independe do contato dental. 
BOTTINO M. A., (2009) 
RELAÇÕES ESTÁTICAS 
RELAÇÃO CENTRAL = POSIÇÃO DE CONTATO 
RETRUÍDO = POSIÇÃO DE ESTABILIDADE ORTOPÉDICA 
 
 
• É o relacionamento maxilo-mandibular no qual o 
côndilo se apóia contra o seu respectivo disco 
articular na sua porção central, avascular e não-
inervada. 
 
• Este complexo localiza-se na porção mais ântero-
superior da cavidade articular, contra a vertente 
posterior da eminência articular, com 
Movimentos limitados puramente rotatórios. 
 
 MCNeil, C. 2000 
 
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO DO PACIENTE PARA DETERMINAR A RC: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Técnica Bilateral 
 ( Dawson) 
BOTTINO M. A., (2009); MEZZOMO (2006) 
 Técnica Frontal 
 
DESPROGRAMADORES OCLUSAIS: 
 
 JIG de Lúcia ( Jaw Immediate Guide) 
 
 Tiras de Long 
 
 Placa de Proteção Anterior 
 
 Roletes de Algodão 
 
 Espátula de Afastamento 
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 RELAÇÕES ESTÁTICAS 
 
 MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL (MIH) / OCLUSÃO CÊNTRICA (OC) 
 
Posição onde ocorre o maior número de contato entre dentes superiores e 
inferiores; na maioria das vezes MIH não coincide com a RC 
 
MIH RC 
 RELAÇÕES ESTÁTICAS 
 
 DIMENSÃO VERTICAL (DV) 
 Distância entre pontos localizados em região superior e inferior da 
face, (espinha nasal anterior / base do mento). 
 
 DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO ( DVO) - é a distância entre a 
maxila e a mandíbula, quando os dentes estão em contato. 
 
 DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO (DVR) - é a distância entre a 
maxila e a mandíbula quando esta se encontra em repouso. É 
mantida pelos músculos , não depende da presença dentária. 
 
 Esse espaço entre os dentes é chamado 
Espaço Funcional Livre ( EFL = +/-3mm). 
 
 
BOTTINO M. A., (2009); PEGORARO (2004) 
Dimensão Vertical de Repouso = DVR Dimensão Vertical de Oclusão = DVO 
DVO 
FATORES QUE DIMINUEM A DVO: 
 Perda de dentes posteriores 
 Atrição severa / Bruxismo 
 Tratamento Ortodôntico/Ortopédico 
 
 FATORES QUE AUMENTAM A DVO: 
 Placas Interoclusais 
 Reabilitações Protéticas 
 Tratamento Ortodôntico/Ortopédico 
 
 MÉTODOS PARA OBTER A DVO “PERDIDA” 
 DIMINUÍDA 
 
 
Fisiológico : DVO = DVR - EFL ( +/- 3mm) 
 
 
 
 Métrico: 
= 
MEZZOMO (2006) 
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 Estético : 
 
 
 
 Fonético : 
 
• Paciente deve pronunciar : Mississipi, sessenta e seis, (SIBILAR); 
• Observa-se o movimento da mandíbula, formando o espaço 
funcional (EFL). 
 DEVEMOS USÁ-LOS INTERLIGADOS, NENHUM É PERFEITO SOZINHO 
É o posicionamento da mandíbula em relação à 
maxila, de forma que consigamos o maior número 
de contatos oclusais entre os dentes dos arcos 
superior e inferior. 
 
Oclusão Cêntrica (OC) ou 
Máxima Intercuspidação Habitual (MIH) 
OC ou MIH FATORES INFLUENCIADORES DA MI 
 
• Equilíbrio da cabeça 
• Perda de elementos dentários 
• Cansaço ou fadiga muscular 
• Estado emocional do paciente 
(aumento da tensão muscular - DTM) 
 
 RELAÇÕES DINÂMICAS 
 
 GUIA ANTERIOR / MOVIMENTO DE PROTRUSÃO 
Dentes anteriores inferiores deslizam pela concavidade palatina dos dentes 
anteriores superiores, desocluindo os dentes posteriores. 
 
 
 
 
BOTTINO M. A., (2009); MEZZOMO (2006) 
 
 RELAÇÕES DINÂMICAS 
 
MOVIMENTO DE LATERALIDADE 
BOTTINO M. A., (2009); MEZZOMO (2006) 
 LADO DE TRABALHO (Mov. de Bennett) 
Lado para o qual a mandíbula se 
movimenta, onde as cúspides de mesmo 
nome se relacionam. 
 LADO DE NÃO TRABALHO/ BALANCEIO/ 
BALANÇO (Âng. de Bennett) 
 
Lado oposto ao lado de trabalho, onde as 
cúspides de nomes diferentes adotam uma 
relação de alinhamento. 
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• DESOCLUSÃO PELO CANINO / GUIA 
CANINA: o canino inferior desliza na 
concavidade palatina do canino 
superior, desocluindo os demais 
dentes. 
 
 
• PARCIAL DE GRUPO (CANINO / PRÉ) 
Além de caninos, se tocam pré-molares. 
 
• DESOCLUSÃO EM GRUPO OU 
FUNÇÃO EM GRUPO: um grupo de 
dentes do segundo molar até o canino 
tocam-se e vão desocluindo os dentes 
do lado de balanceio 
PROTEÇÃO MÚTUA 
 OCLUSÃO BALANCEADA BILATERAL 
 Ocorrem contatos entre dentes posteriores superiores e inferiores 
no lado de trabalho, e no lado de balanceio, na mesma intensidade. 
 
OCLUSÃO MUTUAMENTE PROTEGIDA 
 RELAÇÕES DINÂMICAS 
Nos movimentos excêntricos, os dentes anteriores protegem dentes 
 posteriores e vice versa. Respeitando as forças que incidem sobre eles. 
CONTATOS POSTERIORES BILATERAIS E SIMULTÂNEOS 
Correta relação entre os 
ossos e boa oclusão dental. 
Atresia maxilar e má oclusão 
( mordida cruzada) 
Maxila 
Mandíbula 
Maxila 
Mandíbula 
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CARGAS INCLINADAS ANTERIORES 
CARGAS AXIAIS / 
VERTICAIS 
POSTERIORES 
Transmissão da resultante dasforças 
oclusais para o longo eixo dos dentes 
posteriores (CARGAS AXIAIS) 
Aplicação Clínica 
 Interferência Oclusal 
São os contatos oclusais que podem: 
 
 Gerar impedimento do fechamento total por um contato prematuro; 
 Produzir desvio da mandíbula se o contato for em plano inclinado (vertentes); 
 Impedir ou dificultar os mov. excêntricos da mandíbula. 
 
 Fisiológicos - Não causa problemas ao sistema estomatognático. 
 Patológicos - Pode resultar problemas. 
 
 Depende da capacidade adaptativa de cada paciente, não 
é proporcional ao “tamanho” da interferência. 
 
RESULTANTES DO CONTATO PREMATURO PATOGÊNICO: 
 
• Mobilidade dentária 
• Migração dentária 
• Diastemas 
• Facetas de desgastes 
• Trincas / Fraturas de raízes, 
coroas e restaurações 
 
Aplicação Clínica 
 Interferência Oclusal 
• Reabsorção radicular 
• Pulpite 
• Necrose pulpar 
• Recessão gengival; 
• Dor e disfunção miofascial 
• Lesão de abfração 
• Perda óssea localizada 
AJUSTE OCLUSAL 
Recontorno dos contatos oclusais necessários para adequar a função 
do sistema, consiste em eliminar contatos prematuros, 
liberando ao movimentos. 
 
 OBJETIVOS 
• Proporcionar estabilidade oclusal 
• Permitir a obtenção de contatos bilaterais simultâneos 
• Permitir uma guia de desoclusão lateral e guia anterior 
• Dirigir os vetores de força para o longo eixo dos dentes 
 
 
 
 
Na maioria das vezes que é indicado 
não é possível fazer e vice versa! 
Ex: Paciente classe II, não se faz 
ajuste em mov. excêntrico, só no 
fechamento. 
Vieira L.F.T (2012) 
Esse é o objetivo na reabilitação ou prótese ou tratamento ortodôntico; 
Côncavo / Convexo - suportam carga e gerando estabilidade. 
RESTAURAÇÕES DIRETAS 
 
RESTAURAÇÕES INDIRETAS 
 AJUSTE OCLUSAL 
Realiza-se um recontorno dos contatos oclusais 
 necessários para adequar função e harmonia 
do sistema mastigatório. 
 
ELIMINA-SE: 
 
 CONTATOS PREMATUROS 
( Comprometem o fechamento, impedem a oclusão) 
 
 INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS 
 (comprometem os movimentos mandibulares) 
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Protocolo Ajuste Oclusal 
 INSTRUMENTAL 
 
• Pinça de Müller 
• Fitas para demarcação 
do contato 
• Pontas diamantadas 
 
 
 
 
ETAPAS 
 
- Ajuste em POSIÇÃO ORTOPÉDICA ESTÁVEL, seria (RC), = Paciente 
confortável, assintomático e sem limitações de função 
- Ajuste em lateralidade 
- Ajuste em protrusão 
Dr J. Alberto Franceschine 
Sulivan Leite 
APÓS A RESTAURAÇÃO 
CONFECÇÃO DA 
PLACA 
MIORRELAXANTE 
Victor Ferzeli 
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ARTICULADOR 
 É a representação mecânica da articulação 
têmporomandibular. 
 
Quando ajustado de acordo com os movimentos 
mandibulares do paciente, ele aproxima-se 
muito mais da realidade. 
COROAS PROVISÓRIAS 
INICIAL ATUAL 
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Curva Ântero-posterior ou de Spee: 
 
É a curva ântero-posterior bem 
definida, descrita na face oclusal dos 
dentes do arco inferior (“toca” cúspides 
de canino às cúspides vestibulares dos pré-
molares e molares). 
 
Seu prolongamento coincide com a 
inclinação da vertente posterior da 
eminência do osso temporal 
CURVA DE WILSON 
É uma curvatura, vista sob uma perspectiva 
frontal, de sentido vestíbulo-lingual, 
passando pelas cúspides vestibulares e 
linguais dos dentes posteriores 
de ambos os lados. 
 
É côncava no arco inferior e convexa no superior. 
Oclusão essencial importância em todas as 
especialidades da odontologia; 
 
Ter conhecimento dos fatores oclusais, 
respeitando a função e a estética. 
Conclusão 
 Obrigada !

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