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Sistema Mastigatório e Oclusão

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Prévia do material em texto

LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
 
 
DEFINIÇÕES: ¬Literal: ato de fechar, ao estado de estar fechado. – com a boca 
fechada tocar todos os dentes, colocar todos os dentes em contato. ( os primeiros 
molares e caninos são os pontos principais). 
A relação dos dentes maxilares e mandibulares quando estão em contato funcional, 
durante a atividade da mandíbula./ Relação entre todos os componentes do sistema 
mastigatório em função e na parafunção, incluindo as características morfológicas e 
funcionais da superfícies contactantes dos dentes opostos; trauma oclusal, fisiologia 
neuromuscular, ATM e função muscular, deglutição e mastigação, estado psicológico, 
diagnostico, prevenção e tratamento de distúrbios funcionais do sistema mastigatório./ 
Abrange todos os fatores que causam, afetam, influenciam ou resultam da posição 
mandibular de sua função, parafunção e disfunção. Implica muito mais que as relações 
de contato oclusal da dentição e inclui a referência a um sistema musculoesquelético 
biomecânico dinâmico: Sistema Mastigatório. O exercício da Odontologia deverá ter 
como proposta primaria, manter a integridade funcional do sistema mastigatório. 
 
SISTEMA MASTIGATÓRIO: sistema dentário (oclusão); Sistema ósteo-articular 
(maxila, mandíbula, ATM’s); Sistema Neuro-muscular (músculos mastigatórios e 
sistema nervoso de controle e de coordenação) REVISAR ESSES SISTEMAS, CAI NA 
PROVA. 
No princípio... O início dos estudos da Oclusão data em 
 1850 – Bonwill, matemático e dentista. “Leis geométricas e mecânicas de articulação”. 
1885. 
 
TRIANGULO EQÜILÁTERO DE BONWILL- a distancia que se tem entre os côndilos é 
a distancia que tenho que ter até a linha media inf. Todos os lados do triangulo iguais 
 Ferdenand Graf Spee (Spee) – 1890 – Observou que: as superfícies mastigatórias dos 
molares são alinhadas em uma curva convexa para baixo, ao longo da mandíbula. 
 
 CURVA DE SPEE é a inclinação, quanto maior a curva de spee menos estabilidade vai 
possuir o arco, pois vou estar tocando praticamente canino e molar, pré molar não, 
mas essa curva também não pode ser reta, pois se não quando eu morder vou tocar 
apenas posteriormente, ela tem que fazer uma curva em que eu comece a morder atrás 
e ao mesmo tempo ir tocando todos os dentes. 
George S. Monson - 1920, 1922, 1932. Propôs o princípio esférico na solução do 
problema da oclusão humana. Adaptou o triangulo eqüilátero de Bonwill de 4 
polegadas (10,1 cm) e adicionou ao conceito do eixo de rotação central oclusal de 
curvatura fixa de Spee. 
“Todas essas abordagens e teorias visavam em objetivo: uma Oclusão totalmente 
balanceada para próteses totais”. “Estabilidade da prótese era primordial”. 
Conceitos aplicados a dentição natural. B.B. McCollum e um grupo de dentistas em 
1926- fundaram a sociedade Gnatológica da Califórnia, 
criando o termo Gnatologia – Estudo dos movimentos da 
articulação temporomandibular, sua medição seletiva, 
reprodução e uso como determinantes no diagnóstico e 
tratamento da Oclusão. Os estudos de McCollum e outros 
membros da sociedade Gnatológica deram origem aos 
nossos articuladores atuais: semi ajustáveis e totalmente 
ajustáveis. 
Por que estudar Oclusão?Com quais disciplinas a Oclusão 
está relacionada ? TODAS! 
 
 
OCLUSÃO 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OCLUSÃO X DENTISTICA /OCLUSÃO X PERIODONTIA 
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO SISTEMA MASTIGATÓRIO: 
MASSETER :Músculo retangular que se origina no arco zigomático e se estende até a 
borda inferior do ramo da mandíbula. Possui duas porções: a superficial que se 
estende para baixo e um pouco para trás e a interna que consiste de fibras que se 
direcionam verticalmente para baixo. 
Ação: Quando se contrai, promove elevação da mandíbula. A porção superficial 
também Auxilia na protusão mandibular. Durante a protrusão e com uma força de 
mastigação aplicada, as fibras internas estabilizam os côndilos contra a eminência. 
 
TEMPORAL : Em forma de leque, se origina na fossa temporal e da superfície lateral 
do crânio. Insere-se, em forma de tendão, no processo coronóide e na borda anterior 
do ramo ascendente. É dividido em 3 partes distintas de acordo com a direção das 
fibras: Porção anterior, média e posterior. 
Ação: Quando todo o Temporal se contrai ele eleva a mandíbula e os dentes entram em 
contato. Se somente uma parte se contrai, a mandíbula se move de acordo com a 
direção das fibras. Devido à variação na angulação das fibras musculares, o Temporal 
é capaz de coordenar os movimentos de fechamento. Desta forma é um importante 
músculo posicionador da mandíbula. 
 
PTERIGÓIDEO MEDIAL: Origina – se na fossa pterigóidea e se estende para baixo, 
para trás e para fora para inserir-se na superfície interna do ângulo mandibular. 
Ação: Forma junto com o Masseter, um suspensório muscular que sustenta a 
mandíbula na altura do ângulo mandibular. Quando se contrai , a mandíbula é elevada e 
os dentes entram em contato. Também atua para protruir a mandíbula. 
 
PTERIGÓIDEO LATERAL: 
PTERIGÓIDEO LATERAL INFERIOR: Origina-se na superfície externa da lâmina 
lateral pterigóidea e se estende para trás, para cima e para fora para sua inserção no 
pescoço do côndilo. 
Ação: Quando o lado direito e esquerdo se contraem simultaneamente, os côndilos são 
puxados para baixo nas eminências articulares e a mandíbula se protrui. A contração 
unilateral promove um movimento de lateralidade do lado oposto. Quando atuam 
juntamente com os depressores da mandíbula, a mesma é abaixada e os côndilos 
deslizam para frente e para baixo nas eminências. 
 
 PTERIGÓIDEO LATERAL SUPERIOR: É menor que o inferior e origina-se na 
superfície infratemporal da asa maior do esfenóide, estendendo-se quase que 
horizontalmente, para trás e para fora para inserir-se primariamente na cápsula 
articular e no disco articular e, depois, uma pequena parte no pescoço do côndilo. 
Ação: Atua em conjunção com os músculos elevadores. É muito atuante quando há 
força de resistência, como na mastigação. Promove o controle do movimento do disco 
articular e translação. 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
DIGÁSTRICO: Dividido em dois feixes. O posterior origina-se na parte medial do 
processo mastóide. Suas fibras se direcionam para frente, para baixo e para dentro até 
o tendão intermediário preso ao osso hióide. O feixe anterior origina-se na superfície 
lingual da mandíbula, próximo a linha mediana. Suas fibras estendem-se para baixo e 
para trás para inserir-se no mesmo tendão intermediário. 
Ação: Eleva hióide ; Abaixa a MD; VA – abertura inicial VP – estabiliza o hióide. 
Oclusão UNIP : O objetivo de qualquer trabalho restaurador, seja grande ou pequeno é 
reconstruir a anatomia Oclusal que foi destruida e devolver a função, seja de um dente 
ou da boca toda . 
 
OCLUSÃO X DTM :“ O verdadeiro problema não é saber se há ou não relação entre 
DTM e Oclusão, mas saber identificar a Oclusão funcional da mal oclusão patogênica 
dentro do quadro estrutural e comportamental do indivíduo.” 
 
ATM:FIGURA//OCLUSÃO X DTM 
PARTICIPAÇÃO MUSCULAR NOS MOVIMENTOS MANDIBULARES: Antes dos 
dentes entrarem em contato o temporal e o feixe superior do pterigoideo lateral já se 
contraem, enquanto o masseter e o pterigoideo medial contraem-se quando os dentes 
entram em contato ( Williamson 1978, 1981 ). 
 O pterigoideo lateral inferior atua na abertura mandibular, movimento de protrusiva e 
látero-protrusiva ( Moyers 1950, Vaughn 1954, 1955 ) “ Numa função sem guia anterior , 
poderá haver contração patológica dos músculos masseter , Medial e temporal, 
submetendo a ATM a uma carga desnecessária.” 
“ Quando há toque nos incisivos e/ou caninos a EMG do masseter e temporal diminui” 
 
CONTROLE NEUROMUSCULAR : Função muscular – Unidade motora (número de 
fibras musculares que são inervadas por um neurônio motor) desempenha somente 
uma ação, contração ou encurtamento. O músculo inteiro tem 3 funções em potencial = 
* Contração isotônica – grande númerode unidades motoras do músculo é estimulado, 
contração ou encurtamento generalizado do músculo, ocorre no masseter quando a 
mandíbula é inervada. Contração isométrica – número correto de unidades motoras se 
contrai em oposição a uma determinada força, função de segurar ou estabilizar a 
mandíbula (masseter quando um objeto é mantido entre os dentes) Relaxamento 
controlado – quando o estímulo de uma unidade motora é interrompido, as fibras da 
unidade motora relaxam e retornam ao seu comprimento normal, no masseter quando a 
boca abre para receber novo bolo alimentar durante a mastigação. 
 
FUNÇÃO DOS RECEPTORES SENSORIAIS - equilíbrio dinâmico dos músculos da 
cabeça e pescoço previamente descrito é possível através do estímulo proveniente de 
vários receptores sensoriais. Quando um músculo é estirado passivamente, os fusos 
informam ao SNC desta atividade. 
 
AÇÃO REFLEXA – é a resposta resultante de um estímulo que passa como um 
impulso ao longo de um neurônio aferente e vai até a raiz posterior do nervo ou seu 
equivalente craniano, onde ele é transmitido a um neurônio eferente que o leva de volta 
ao músculo esquelético. A resposta é independente da vontade e ocorre, normalmente, 
sem a influência do córtex ou do tronco encefálico. 
Ações reflexas no sistema mastigatório= Reflexo miotático e reflexo nociceptivo 
 
REFLEXO MIOTÁTICO – único reflexo monossináptico da mandíbula, quando o 
músculo se estira rapidamente, este reflexo protetor é iniciado e gera a contração do 
músculo estirado. Clinicamente, este reflexo pode ser demonstrado pelo relaxamento 
dos músculos da mandíbula, permitindo que os dentes se separem de forma suave. 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
Uma pancadinha repentina no queixo fará com que a mandíbula seja elevada de modo 
reflexo. A contração do masseter resulta em contato dentário. O reflexo miotático 
ocorre sem resposta específica do córtex e é importante na determinação da posição 
de repouso da mandíbula. 
 
REFLEXO NOCICEPTIVO (FLEXOR) – O reflexo flexor ou nociceptivo é um reflexo 
polissináptico a estímulos nocivos e, desta forma é considerado um reflexo protetor. No 
sistema mastigatório este reflexo torna-se ativo quando um objeto duro é 
repentinamente encontrado durante a mastigação. “É fundamental inibir os músculos 
elevadores para evitar que a mandíbula se feche mais sobre o objeto duro, como 
também é de suma importância que os músculos que abrem a mandíbula sejam 
ativados a fim de separar os dentes e evitar um dano em potencial.” Normalmente os 
pacientes com dores ou limitação de abertura apresentam a EMG (avaliação 
eletromiográfica) aumentada nos movimentos. 
Solberg & Clark 1975 - demonstraram que uma placa anterior de mordida reduz a dor e 
a atividade muscular durante o sono. 
 
2- FUNDAMENTOS BÁSICOS DE OCLUSÃO. 
CARACTERISTICAS DA OCLUSÃO NORMAL: número de dentes: 32 ; forma do arco 
de acordo com o padrãoesquelético; curva de Wilson; curva de spee; sobremordida = 1 
a 3 mm; sobressaliência = 0 a 3 mm; chave de oclusão 
 
FORMA DO ARCO: Segundo Strang e Thompson (1958), a forma da arcada dentária está 
relacionada ao tipo craniano. 
CURVA DE WILSON: É observada no 
sentido transversal, mostra pra gente a 
inclinação dos dentes, se eles estão 
mais vestibularizados ou não. 
CURVA DE SPEE: É a curvatura do 
plano oclusal, vista em norma sagital. 
Apresenta-se plana ou levemente 
côncava. Ela é medida do ultimo molar 
até incisal do incisivo inf. 
SOBREMORDIDA : Traduz o 
relacionamento vertical dos incisivos. 
Normal: 1 a 3mm (Overbite) quanto a 
cúspide superior cobre o dente inferior 
SOBRESSALIÊNCIA :Traduz o 
relacionamento horizontal dos incisivos. 
Normal: 0 a 3mm (Overjet) da vestibular do inf até a lingual do superior 
CHAVE DE OCLUSÃO: Plano inclinado mesial da cúspide vestibular do 2º pré-molar superior 
oclui com o plano inclinado Distal da cúspide vestibular do 2o pré-molar inf. /Plano inclinado 
mesial da cúspide mésiovestibular do 1o molar sup. oclui com o plano inclinado distal da 
cúspide mesiovestibular do 1o Molar inf. 
OCLUSÃO NORMAL - vista oclusal /transversal figuras frontal e lateral 
SEIS CHAVES DA OCLUSÃO NORMAL: Estudo de 120 modelos ortodônticos, sem ter feito 
tratamento ortodôntico, dentes retos e com boa aparência, mordida aparentemente normal, 
sem necessidade de tratamento ortodôntico, nesse estudo foi feito uma media da angulação de 
cada dente para obter uma oclusão perfeita -
Andrews – 1972 
 
 
 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
1) RELAÇÃO MOLAR: Porção distal da cúspide disto-vestibular do molar superior oclui com a 
superfície mesial do segundo molar inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) ANGULAÇÃO DA COROA: Todos os dentes tem a sua coroa com angulação negativa 
(porção 
gengival da coroa mais para distal que a porção incisal ou oclusal) Todas as coroas 
apresentam angulação positiva para mesial. 
3)INCLINAÇÃO DA COROA: Também chamado de Torque-> Medido de uma linha 
perpendicular ao plano oclusal a outra linha que passa pelo meio da face vestibular da 
coroa.Valores positivos indicam inclinação vestibular da coroa. 
A) Dentes anteriores superiores possuem inclinação positiva; Dentes anteriores inferiores 
possuem 
inclinação próximo a zero. 
B) Inclinação negativa das coroas superiores posteriores (Molares mais negativos que pré-
molares e caninos) 
C) Inclinação negativa das coroas inferiores posteriores; Inclinação progressiva do canino ao 
2º molar. 
4) ROTAÇÕES: Os dentes não devem possuir rotações. Dentes girados ocupam mais espaços. 
5)ESPAÇOS: Os dentes devem possuir pontos de contato bem justo. 
6) PLANO OCLUSAL: A curva de Spee deve ser plana ou bem suave. Conformação dos arcos : 
A forma de arco tem forma de elipse. 
Eu tenho estabilidade quando as forças da língua e das bochechas e lábios são iguais 
RELAÇÃO INTERARCOS: 1.A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior 
permanente oclui no sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior permanente. 
2.A crista marginal distal do primeiro molar superior oclui com a crista marginal mesial do 
segundo molar inferior. 
3.A Cúspide mésio-lingual do primeiro molar superior permanente oclui na fossa central do 
primeiro molar inferior. 
4.A cúspide vestibular dos prémolares superiores mantêm uma relação cúspide-ameia com os 
pré-molares 
inferiores. 
5.As cúspides linguais dos pré-molares superiores buscam uma relação cúspide fosse com os 
pré inferiores. 
6.O canino superior tem uma relação cúspide ameia com o canino e pré molar inferiores. 
LL – INOCLUSÃO FISIOLÓGICA ESTÁTICA= POSIÇÃO FISIOLÓGICA DE REPOUSO= 
INOCLUSÃO FISIOLOGICA ESTÁTICA DE IZARD. 
- Corresponde a uma posição fisiológica da mandíbula na qual ela está separada do maxilar por 
uma distância mínima, dependente da contração muscular (tonomuscular) necessária pra 
resistir à ação da gravidade. O Masseter que faz essa contração segurando a mandíbula 
- Para Seaver“ a inoclusão fisiológica está regulada por uma contração contínua do tipo tônico, 
como reação às forças da gravidade. Corresponde à posição postural em que se iniciam e 
terminam todos os movimentos mastigatórios. Seu caráter de constância advém da simetria 
dos meios de união da mandíbula ao maxilar”. 
III- OCLUSÃO : A posição oclusal (oclusão propriamente dita) se estabelece quando, a partir 
da inoclusão, a mandíbula se move para colocar em contato os dentes de ambos os maxilares, 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
existindo, pois, contração muscular. Para que a oclusão dental se estabeleça é preciso existir 
contato dental, em um ou vários pontos, 
com imobilidade mandibular. A contração muscular refere-se somente ao movimento suficiente 
pra vencer a ação da gravidade. Deduz-se que existem inúmeras posições de oclusão. 
Precisamos ter pelo menos 20 dentes tocando em oclusão no min. 
I- OCLUSÃO CENTRAL: Partindo-se de uma inoclusão fisiológica, estática, parauma posição 
de contato dental, 
sem desvios laterais da linha mediana da mandíbula com respeito ao plano sagital, obtém-se 
uma fase da oclusão dita oclusão central. Há o maior nº possível de contatos dentais, 
conferindo a este tipo de oclusão um caráter de constância, face às inúmeras referências 
fornecidas pelas cúspides, sulcos e fóssulas dos dentes. Quando a mandíbula passa da fase de 
relaçãocentral, encontrando-se os côndilos em posição de equilíbrio na cavidade glenóide, 
para a fase de oclusão central, deve ser mantida a situação de equilíbrio dos côndilos. 
Contudo, existindo contatos prematuros entredentes, planos inclinados anormais etc., a 
mandíbula entrará em uma relação excêntrica com respeito ao maxilar, quando dos contatos 
dentais. 
 
2- OCLUSÃO CENTRAL NA DENTADURA PERMANENTE: Na prática, inúmeros fatores 
concorrem para aalteração das condições de oclusão central normal requeridas a uma 
dentadura. Entre estes fatores pode-se citar ausência de dentes, modificações morfológicas, 
anomalias de implantação etc. Os dentes em oclusão central devem ser estudados e 
observados por suas faces vestibular, proximal eoclusal. 
 A. Aspecto vestibular – Em posição de oclusão central, todos os dentes de um arco ocluem 
com 2 do arco oposto, com exceção dos incisivos centrais inferiores e dos terceiros molares 
superiores, que ocluem apenas com seus homólogos antagonistas. 
 
ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE : Também denominado de espaço interoclusal é a distância 
entre as superfícies oclusais dos dentes mandibulares e maxilares, quando a mandíbula se 
encontra em sua posição postural 
ou de repouso fisiológico. Corresponde a diferença entre a dimensão vertical de repouso e a de 
oclusão (DVR – DVO = EFL), que em média de 2 a 4 mm dependendo do paciente. Quando da 
reabilitação oclusal de um paciente, a manutenção ou a necessidade de se criar um novo EFL 
exige que o mesmo realmente exista que seu seja testado e que se consiga sua harmonização 
com o mecanismo neuromuscular e a articulação temporomandibular, sendo, portanto, de 
grande importância na área de prótese total. Num conceito mais abrangente em qualquer 
reabilitação oclusal, em qualquer tratamento restaurador, o espaço funcional livre não deve 
ser invadido. 
 
MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL: Depende de contatos dentários, e está 
relacionada com a posição onde ocorre o maior número deles. Representa a posição mais 
fechada entre a mandíbula e a maxila quando os dentes estão presentes, estando os côndilos 
fora da RC. É uma posição mutável que pode ser alterada por qualquer interferência oclusal. 
Esperamos que esteja igual a RC 
 
RELAÇÃO CÊNTRICA: Posição em que os côndilos estão apoiados na vertente posterior da 
eminencia articular e os discos estão corretamente interpostos entre os côndilos e as fossas 
mandibulares. Posição em que os côndilos estão apoiados na vertente posterior da eminencia 
articular e os discos estão corretamente interpostos entre os côndilos e as fossas 
mandibulares É uma condição fisiológica reproduzível, que independe do contato dental e é de 
extrema importância no diagnóstico dos problemas oclusais. A posição que os côndilos 
ocupam fica sendo secundária, dada a importância que esta posição tem não só no diagnóstico 
dos problemas oclusais 
como também no planejamento dos trabalhos restauradores. Existem básicamente duas 
técnicas para manipulação da mandíbula em relação cêntrica: 1) Frontal : Paciente na posição 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
horizontal com a cabeça para trás, para evitar a ação muscular com a boca aberta no máximo 1 
cm. O polegar direito é colocado na região cervical dos incisivos inferiores, enquanto os outros 
três dedos firmam o mento. No arco superior, o polegar e o indicador da mão esquerda apóiam- 
se na região cervical dos caninos, com leve pressão e, com movimentos oscilatórios, manipula-
se delicadamente a mandíbula para RC, até a observação do primeiro contato. 
2) Bilateral : Paciente colocado numa posição reclinada na cadeira e deve ficar o mais relaxado 
possível. A cabeça é posicionada entre os braços e o peito do operador para oferecer 
estabilidade. Os polegares são postos sobre o queixo e os demais dedos suportam o corpo da 
mandíbula. Com leve pressão dos polegares para baixo e pressão dos dedos para cima, a 
mandíbula é delicadamente manipulada com pequenos movimentos oscilatórios, para a 
posição de relaxamento cêntrica. O paciente relaxado, vai fechando a boca até que o contato 
inicial seja sentido. 
 
OCLUSÃO EM RELAÇÃO CÊNTRICA (ORC): Acontece quando a RC coincide com a MIH. 
Quando há o maior número de contatos dentários ao mesmo tempo em que os discos 
articulares estão corretamente interspostos entre os côndilos e a vertente posterior da 
eminência articular. *Não coincide na maioria da população / Posição ideal para qualquer tipo 
de reabilitação. 
 
RELAÇÃO MOLAR (figura) Classes 1,2,3. 
 As cúspides, apresentam o formato geométrico de uma pirâmide de base quadrangular 
(exceto a cúspide mesiolingual do primeiro molar superior). São formadas por: vertentes, 
arestas e sulcos secundários. 
Vertentes são as faces de uma cúspide, e arestas são segmentos de retas formadas pelo 
encontro de vertentes de uma mesma cúspide. As arestas paralelas ao eixo mesiodistal 
denominam-se arestas longitudinais, e as perpendiculares a esse mesmo eixo são 
denominadas arestas transversais . 
VERTENTE INTERNA DA CÚSPIDE LINGUAL/VERTENTE INTERNA DA CÚSPIDE VESTIBULAR 
>> O ENCONTRO DELAS FORMA O SULCO MESIODISTAL 
VERTENTE INTERNA DA CÚSPIDE LINGUAL / VERTENTE INTERNA DA CÚSPIDE VESTIBULAR 
>>O ENCONTRO DELAS FORMA O SULCO MESIODISTAL .. 
 
CÚSPIDES DE SUPORTE E BALANCEIO: Existem as cúspides de suporte que são 
denominadas de funcional, cúspides cêntricas, cêntrica de parada, cêntrica de sustentação 
que correspondem a cúspide palatina superior e a vestibular inferior. Já a cúspide de corte, 
também conhecida como não cêntricas e não suporte, corresponde a cúspide vestibular 
superior e a lingual inferior. Se não há o balanceio acontece o contato deflectivo 
Contato Deflectivo: Extrusão dos antagonistas, gerando um contato Deflectivo com deslize 
mandibular . Extrusão dos antagonistas, gerando um contato deflectivo (estrutura mesial do 
superior versus estrutura distal do inferior) com deslize mandibular para anterior. Pode haver 
fratura de esmalte 
 
RELAÇÃO ENTRE VERTENTES 
Regra dos terços: que divide a vertente interna da cúspide de contenção em três partes. Vai cair 
na prova 
A)Quando a ponta da cúspide de contenção toca no terço mais próximo do sulco central indica-
se o ajuste 
oclusal, e isto é consensual. 
B)Quando a ponta da cúspide contata o terço médio, os livros de Prótese indicam coroas ou 
próteses fixas, quando a Ortodontia deveria ser a melhor solução. 
C)Só quando a ponta da cúspide de contenção contata o terço mais próximo da ponta da 
cúspide do antagonista, os livros de Oclusão indicam a Ortodontia, quando na verdade tratar-
se-ia de caso cirúrgico. 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
DIMENSÃO VERTICAL: Comprimento da face determinado pela distância de separação do 
maxilar. A dimensão vertical oclusal (DVO/OVD ou DOV/ VDO) ou dimensão vertical de contato 
é a altura reduzida da face com os dentes na oclusão central. 
A dimensão vertical de repouso (DVR/VDR) é altura reduzida da face medida de um ponto do 
queixo a um ponto abaixo do nariz, com a mandíbula em posição de repouso. 
PLANO OCLUSAL: Plano que passa entre as arcadas dentárias em oclusão. Para Steiner e o 
workshop de Salzmann, o plano oclusal deverá cortar o entrecruzamento dos 1º molares e dos 
incisivos em oclusão. Segundo Interlandi (padrão USP) o plano oclusal tem com referências a 
borda incisal do incisivo inferior e o ponto médio, tangente a face oclusal, na direção póstero-
anterior do último molar inferior em oclusão. 
 
FUNDAMENTOS BÁSICOS DE OCLUSÃO 
Relações interoclusais estáticas entre dentes posteriores 
A maxila é ligeiramente maiorque a mandíbula - cada dente oclui contra seu correspondente 
mandibular e contra o dente distal a ele. Existe uma relação anatômica clássica entre as 
arcadas, onde as cúspides vestibulares dos dentes inferiores , deveriam ter um contato 
máximo e simultâneo em ambos os lados, contra o fundo das fossas ou cristas marginais dos 
dentes superiores. 
 As cúspides vestibulares dos dentes inferiores e as cúspides palatinas dos dentes superiores ( 
V.I.P.S ) são também chamadas: Cúspides de contenção centrica (Mantém a M.I.O ) Cúspides 
funcionais ( São elas que “mastigam” ) Cúspides de suporte ( Mantém a D.V.O ) 
As cúspides línguais dos dentes inferiores e as vestibulares dos dentes superiores ( L.I.V.S ) 
são também 
chamadas: Cúspides não – funcionais, Cúspides de não contenção, Cúspides guias ( guiam os 
movimentos laterais da mandíbulas para que os alimentos possam ser triturados. 
 
TIPOS DE RELAÇÕES DE CONTATO DENTÁRIOS 
Os dentes podem se relacionar com seu antagonista de duas maneirais: 
Quanto ao número de dentes que se relacionam: 
 
a) Oclusão dente - a - dente ( 1 : 1 ) 
b) Oclusão dente - a - dois ( 1 : 2 ) 
 
Quanto ao local onde as VIPS “ devem “ ocluir: 
(a) Cúspide - fossa b) Cúspide - crista ) Estabilidade 
A estabilidade mandibular é conseguida através dos contatos dos dentes posteriores 
antagonistas. 
Estabilidade no sentido V-L 
Estabilidade no sentido M-D 
1 - Estabilidade mandibular no sentido do V-L.. 
2 - Estabilidade mandibular no sentido M-D. 
 
Relacionamento de Contatos Dentários 
A) Cúspide -fossa - Direciona as forças oclusais no sentido do longo eixo dos dentes. 
- Favorecem travamento VL e DM necessários a estabilidade oclusal . 
b) Cúspide - crista marginal - Impacção alimentar no espaço interproximal. 
- Pode abrir espaço entre os dentes. 
 
Movimentos de Rotação e Translação Articular 
. Rotação: Processo onde a articulação gira em torno de um eixo fixo (rodar em torno do seu 
próprio centro), e acontece o movimento giratório da articulação porém não há deslocamento. 
Em relação ao eixo, quando há abertura ou fechamento da “boca” , temos um movimento no 
eixo horizontal, como uma dobradiça. Área Envolvida - Superfícies superior do côndilo e 
inferior do disco (O côndilo rotaciona em relação a fossa articular). 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
TRANSLAÇÃO: Movimento onde todos os pontos de um corpo se movem numa mesma direção 
ao mesmo tempo. Há deslocamento da articulação, acontece quando há a protrusão da 
mandíbula. Área Envolvida – Superior do disco e inferior da fossa articular ( O côndilo 
excursiona com o disco interposto). 
TRANSROTAÇÃO: É a combinação do movimento de rotação com o de translação da ATM 
Movimentos Bordejantes e intrabordejantes :Translação da mandíbula para trás, enquanto se 
mantêm os dentes em leve contato. Quando os incisivos inferiores encontram os superiores, a 
mandíbula deve abaixar um pouco para permitir que os dentes se cruzem. Daí a mandíbula se 
desloca até chegar à oclusão central . O gráfico traçado é um esquema dos limites extremos 
dos movimentos mandibulares normais, os movimentos bordejantes da mandíbula (contorno 
externo máximo de todos os movimentos mandibulares) (Posselt). A mandíbula não se 
movimenta rotineiramente nas bordas extremas do gráfico. Ela se move livre e fácil dentro do 
gráfico, em movimentos intrabordejantes, nas funções de falar, mastigar (abertura e 
fechamento + protrusão e retrusão + lateralidades executados normalmente durante a função 
mastigatória). Destes, o movimento mais reprodutível é o que ocorre quando se abre bem a 
boca, inconscientemente, e a fecha diretamente em oclusão central. Esse movimento é 
conhecido por fechamento habitual. 
 
MOVIMENTOS CONTACTANTES E NÃO CONTACTANTES 
CONTACTANTE: Plano horizontal. 
NÃO CONTACTANTE: Plano vertical (Sagital). 
. BORDEJANTES: limites onde a mandíbula pode movimentar-se em qualquer direção e não são 
comuns na função mandibular, esses podem ser contactantes, movimentos da mandíbula com 
contato em uma ou mais superfícies oclusais do arco oposto (movimentos realizados em plano 
horizontal) ou nãocontactantes; realizados em plano sagital. Os movimentos bordejantes são 
forçados, que delimitam o contorno externo máximo de todos os tipos de movimentos 
mandibulares. 
. LNTRABORDEJANTES: Qualquer movimento mandibular localizado dentro do perímetro dos 
movimentos bordejantes, associado com movimentos livres como mastigação ou fonação. 
Correspondem aos movimentos de abertura e fechamento, protrusão e retrusão e de 
lateralidade executados normalmente pelos pacientes. 
Oclusão mutuamente protegida: Dentes anteriores protegem os posteriores durante 
movimentos protrusivos e os posteriores protegem os anteriores durante o fechamento; 
Ausência de contatos prematuros. 
Guia anterior e Guia-canino: A guia anterior pode ser caracterizada a partir de três arranjos 
oclusais: proteção pelo canino, função de grupo e oclusão balanceada bilateral. 
Guia-canino e função de grupo são bastante aceitas e empregadas como tipo de oclusão 
terapêutica para a 
dentição natural. A proteção pelo canino é caracterizada pelo contato único entre os caninos 
maxilar e mandibular no lado de trabalho. 
 
PROTRUSÃO 
Guia Anterior 
 
MOVIMENTOS MANDIBULARES 
MOVIMENTOS MANDIBULARES 
LADO DE TRABALHO 
Função de Grupo 
LADO DE TRABALHO 
Guiado pelo Canino (TUDO IMAGEM) 
Oclusão Balanceada Bilateral: A função de grupo caracteriza-se por contatos entre um 
segmento de dentes antagonistas no lado de trabalho. A oclusão balanceada, é uma oclusão 
terapêutica ideal e reprodutível, quando se trata de dentaduras completas, porém não 
classificada em qualquer tipo de arranjo natural 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
pré-existente. 
.A oclusão balanceada tem como característica principal a presença de contatos bilaterais 
simultâneos nos dentes posteriores, durante as excursões laterais, para conferir estabilidade 
às próteses totais suportadas por tecidos resilientes. Não apropriada para a dentição natural. 
A oclusão balanceada bilateral é o tipo de configuração oclusal indicada para próteses totais 
bimaxilares. Entretanto, alguns autores ainda questionam essa recomendação e apontam 
razões para que a desoclusão pelos caninos seja estabelecida. 
 
OCLUSÃO IDEAL E OS MOVIMENTOS MANDIBULARES 
Durante os movimentos mandibulares ideais, devem apresentar-se 2 elementos fundamentais: 
- liberdade de movimentos 
- economia de energia muscular 
. Tais quesitos são patrocinados pelas guias anteriores, durante os movimentos protrusivo e 
de 
lateralidade. No movimento protrusivo, participa a guia pelos incisivos. Nos movimentos de 
lateralidade podem estar presentes a guia pelos caninos ou a função de grupo, que pode ser 
parcial ou total. 
- Observando-se os movimentos mandibulares envolvidos na mastigação, adotando-se como 
referência o ponto de contato interproximal entre os incisivos inferiores, evidencia-se um 
padrão funcional denominado “ envelope 
funcional” 
- Este é contido pelo envelope de Posselt (1952), que constitui, por sua vez, um diagrama 
representativo dos deslocamentos máximos ou limítrofes da mandíbula, denominados 
movimentos bordejantes mandibulares. 
Ciclo Mastigatório (plano sagital) 
Ciclo Mastigatório (plano frontal) Imagens 
 
GUIAS DE OCLUSÃO DINÂMICA 
. É preciso se obter: desoclusão do lado de balanceio nos movimentos de lateralidade; 
desoclusão de todos os dentes posteriores em movimento protrusivo; guia incisal em 
harmonia com os movimentos bordejantes; espaço funcional livre correto, possibilitando uma 
função harmoniosa da oclusão com o complexo neuromuscular e A.T.M. 
. O lado para o qual a mandíbula se movimenta é chamado lado de trabalho e as relações de 
contato entre os dentes inferiores com os superiores, neste lado, podem ser: 
. a) função de grupo – quando todas as cúspides vestibulares inferiores e superiores se 
contatam no 
lado de trabalho, desde o canino até o molar, distribuindoforças laterais a este grupo de 
dentes. 
. b) guia canino – quando há uma desoclusão, pelo canino, de todos os dentes em excursões 
laterais. 
EQUILÍBRIO DENTAL: Está diretamente relacionado a fatores harmônicos e definidos que, 
ao atuarem em conjunto, garantem a estabilidade das diferentes posições dos dentes nos 
ossos maxilares. 
- Qualquer tratamento objetivando só um posicionamento estético dental pode fracassar caso 
não se leve em consideração as forças funcionais advindas dos dentes, ligamentos, músculos 
mastigadores e da mímica, da língua, do palato e da faringe. O desequilíbrio entre estes 
elementos acarretará, conseqüentemente, a perda da oclusão normal. 
. Fatos que devem ser previamente observados: o dente é um órgão móvel e não fixado em 
seu alvéolo. Esta mobilidade é pequena, mas evidenciável através do surgimento das áreas de 
contato proximais; para que o dente esteja em equilíbrio, é necessário que o eixo geométrico 
e o eixo funcional sejam coincidentes (Robin) 
- a teoria que se invocar deverá ser muito geral, e não suscetível de ser contraditada por 
qualquer fenômeno 
funcional ou patológico. 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
- Fatores mecânicos responsáveis pelo equilíbrio dental: 
a) Forças Motoras – representadas pela ação dos músculos mastigadores que aplicam a 
mandíbula contra a maxila (músculos propulsores, retropulsores, elevadores, abaixadores e 
diductores), bem como os demais grupos musculares citados. 
b) Forças Resistentes e Resistência Passiva – reveladas pelos próprios dentes, quer 
antagonistas, quer vizinhos, que se opõem ao deslocamento vertical e mesiodistal; pelo 
alvéolo que se opõe ao aprofudamento dos dentes; pela musculatura labioglossogeniana 
. c) Elementos que distribuem as Forças Motoras – a força que atua sobre um dente não age 
sobre um ponto nem em uma única direção. Os planos inclinados das cúspides dividem a 
força primitiva em secundária, repartindo-a em várias direções. Os choques assim divididos 
são melhor suportados e a trituração dos alimentos é mais perfeita; 
. d) Coxim-elástico – graças ao verdadeiro coxim elástico representado pelo ligamento 
alveolodental, os choques que se manifestam sobre os dentes são amortecidos. 
 
EQUILÍBRIO DENTAL NO SENTIDO VESTIBULOLINGUAL 
. 1. Garantido por diversos fatores, que atuam de maneira diferente nos dentes anteriores e 
nos posteriores, no seu estado estático e dinâmico. 
. a) Para os dentes posteriores, o equilíbrio é obtido, no estado estático, pela dupla ação da 
musculatura jugo-lingual. No estado dinâmico, isto é, durante a mastigação, 2 novos fatores 
intervêm. Para os dentes posteriores – 1º verifica-se que o esforço mastigatório se produz 
conforme o próprio eixo do dente. 
. Em 2º lugar interferem os planos inclinados, que, mantendo o equilíbrio, impedem a sua 
ruptura. Considerando-se as forças de pressão que agem sobre a superfície de contato de 
uma cúspide, no caso de um dente multicuspidado, e estabelecendo-se o paralelograma de 
forças, observa-se que as componentes horizontais, tendo sentido contrário, se anulam, 
mantendo o equilíbrio. 
 b) Para os dentes anteriores – a situação é diferente. A dupla ação da musculatura 
lábiolingual realiza o equilíbrio estático e o dinâmico, favorecendo a manutenção deste último 
durante o ato mastigatório. 
. Estes dentes incisivos não possuem, como os molares, os duplos planos inclinados 
cuspídeos e o ângulo de ação das forças mastigadoras não se faz conforme o eixo do próprio 
dente. Para os dentes anteriores verifica-se que a componente horizontal é muito maior que a 
vertical, tendendo o equilíbrio a ser romper no sentido vestibular, se a musculatura labial não 
se opuser. Os lábios também se opõem à ruptura do equilíbrio durante a fonação, como é o 
caso na pronúncia das consoantes linguais, que precisam de um apoio lingual nos incisivos. 
 
EQUILÍBRIO MESIODISTAL : No estado normal, o arco sendo completo, a ruptura deste 
equilíbrio dental não é viável. O fator principal para a sua manutenção é constituído pelo apoio 
dos dentes proximais, uns em contato com outros. O periodonto se organiza, garantindo ativa 
segurança a esta movimentação, tanto estática quanto dinâmica. 
. No curso da evolução da dentadura, quando a queda dos dentes temporários se faz 
normalmente, o dente de substituição vai muito rapidamente ocupar seu lugar no arco, a fim 
de evitar a quebra do equilíbrio mesiodistal. 
. Quando, no entanto, a queda é precoce e a substituição retardada, o 
desequilíbrio é total. O mesmo ocorre em relação aos dentes 
permanentes. 
. A perda de 1 ou mais elementos do arco, provocando quebra do 
equilíbrio articular, como por exemplo pela falta do 1º molar inferior, faz 
ocorrer a mesialização do 2º e 3º molares inferiores. 
. Ao mesmo tempo, formam-se diastemas entre os 2º e 1º premolares 
inferiores, além da extrusão do 1º molar superior, em decorrência da 
ausência do dente antagonista. 
 
 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
EQUILÍBRIO VERTICAL : 2 fatores favorecem para garantir este equilíbrio: 
a) Força Mastigadora – impede a egressão ou saída do dente do alvéolo, sendo exercida por 
intervalos, pois a cada deglutição produz-se uma oclusão com conseqüente pressão sobre os 
dentes. 
b) Ligamento Alveolodental – opõe-se à ingressão do dente no alvéolo. Decompondo-se as 
forças que se 
manifestam sobre os dentes e transmitido-as sob forma de tensão à parede alveolar, os 
diferentes feixes de ligamento impedem o aprofundamento do dente no alvéolo. 
HARMONIA FACIAL : Para o estudo da oclusão normal ser completo é preciso que sua 
definição considere o 
componente estético. A harmonia das linhas faciais e um perfeito equilíbrio entre suas partes, 
incluindo os dentes, são essenciais para o entendimento e o verdadeiro objetivo da oclusão 
normal. 
 
ARTICULADORES- 
Articulador: Aparelho que representa os maxilares e as articulações temporomandibulares, 
no qual os modelos são fixados para simular alguns movimentos mandibulares. 
Classificação: 
 1. Não ajustáveis 
2. de trajetória condilar fixa 
3. Fossa moldada ou de ATM 
4. totalmente ajustáveis 
5. semi-ajustáveis 
 
 1. Não ajustáveis 
-Dobradiças simples ou charneiras 
-reproduz MIH 
- necessita que se ajuste as restaurações diretamente na boca 
 
2. De trajetória condilar fixa 
-Permitem movimentos laterais e protrusivos por intermédio de inclinação condilar fixo, com 
uma distância intercondilar fixa 
-prótese fixa de pequena extensão 
 
 3. De Fossa Moldada ou de ATM 
- Guia condilar modelavel 
- Cavidade glenóide é feito em resina 
- Individualiza a forma da fossa, individualizando as trajetórias dos côndilos (desgaste ou 
acréscimo de 
resina) 
 
4. Articulador Totalmente Ajustável 
- É o que permite ajustes em todos os planos: Permite reproduzir os movimentos 
tridimensionais das ATMs. 
- Para casos complexos e pesquisas 
 
5. Articulador Semi-Ajustável 
-É o articulador que permite ajustes limitados aos planos sagital e horizontal. 
- Possibilitam o registro e a duplicação de alguns movimentos mandibulares 
a) Subdivisão 
- Arcon ; Não Arcon 
Articulador Arcon: Os ramos superiores são separados dos inferiores. As caixas articulares 
são fixadas ao 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
Ramo maxilar, que representa a base do crânio e sustenta o modelo da maxila. O ramo inferior 
representa a mandíbula. Retendo as esferas condilares fixando o modelo inferior. Mais fiel a 
situação do paciente. 
Articulador Não Arcon : A cavidade articular é fixa ao Ramo inferior e côndilo ao ramo 
superior . 
 
ASA 
Partes Componentes : Ramos Superior e Inferior 
Guia de montagem 
Pino Guia Incisal 
Esferas condilares 
Estojo condilar 
Aletas para regularem do ângulo de Bennet 
 
ASA 
Acessórios 
Arco facial: Extra – auricular e os de ogiva intra-auricular 
Garfos – para dentado e desdentado Násio 
 
Montagem 
Registro do Arco Facial 
Finalidades : Relacionar modelo superior ao mesmo de orientaçãono articulador que aquele 
que ocorre com a maxila em relação às ATMs. 
É fundamental para que o modelo superior seja fixado em relação à base do crânio, eixo 
terminal de bisagna, eixos verticais, guias condilares e guias dentárias anteriores. 
 
Montagem dos Modelos 
Registro do Arco Facial 
– Material Necessário: 
Arco facial completo 
Garfos 
Godiva em bastão – 3 pontos, um anterior e dois posteriores 
Lamparina à álcool 
Pasta zinco eugenólica 
Placa de vidro 
Espátula n° 24 
Linha média como referência – manter na boca até esfriar 
Marcar as pontas das cúspides, marcas de papilas (tecidos moles) devem ser eliminadas, 
para evitar básculas 
Assenta o modelo na godiva, se necessário repete 
Posicionar novamente o arco godiva na boca 
Auxílio do paciente, segurando nos braços do arco, coloca no conduto auditivo externo 
Aperta os 3 parafusos superiores do arco 
Terceiro ponto é fixado na barra transversal e com a chave hexagonal aperta-se firmemente 
(cuidado para evitar torção) 
Registrar a distância intercondilar – pequena, média e grande. Remove-se o conjunto. 
 
Os modelos são montados em ASA, com vários objetivos, tais como: 
Análise da Oclusão, nos casos de Patologias 
Oclusais 
Planejamento de reabilitações protéticas 
Ajuste Oclusal Preliminar 
Tratamentos Ortodônticos 
Confecção de trabalhos protéticos em laboratórios, quer sejam próteses fixas, parciais 
removíveis, próteses totais ou placas oclusais 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
“Clayton, afirma que as restaurações requerem aproximadamente 5% de ajuste oclusal 
quando confeccionadas 
em articuladores totalmente ajustáveis, 50% quando confeccionadas em ASA, e 95% quando 
confeccionadas em articulador Charneira.” 
 
Seqüência de Procedimentos: 
Preparo do Garfo 
Levar em posição na maxila (centralizar) 
Posicionar o arco facial (ajustar) 
Fixar arco facial 
Remover arco facial 
 
Montagem do Modelo Superior 
Seqüência de Procedimentos 
Determinação da distância Intercondilar 
Preparação dos Ramos do articulador – ramo inferior tamanho P, M, G ou 1, 2, 3 
Espaçadores são colocados ou retirados de acordo com a distância Intercondilar, parte 
chanfrada voltada para guia (para fora) 
Ajustar as guias condilares em 30 graus ou 0 graus 
Ângulo de Bennett em 15 graus (aleta de movimento lateral) 
Posicionar arco facial no ramo superior do Articulador 
Posicionar modelo no Garfo 
Vazar gesso no conjunto modelo/ placa de montagem 
 
Montagem do Modelo Inferior 
Material necessário : 
Modelo Superior Montado (através do arco facial) 
Registro de R.C. 
A grande dificuldade da manipulação da mandíbula em R.C., reside na obtenção de um 
movimento de abertura e de fechamento mandibular em rotação pura (movimento axial 
terminal). 
Registro de RC- Métodos 
Manipulações: 
– Monomanual ou Frontal: 1) relaxamento muscular (“jig”ou rolo de algodão) Jig de Lucia : 
inibir os contatos dentários posteriores e promover o relaxamento dos músculos da 
mastigação. 
2) dedo polegar frontalmente aos incisivos e o dedo indicador sob o mento. 
Paciente: “relaxe” 
 Guie sua mandíbula, a partir da abertura mínima (5mm), para trás e para cima até que os 
côndilos se assentem na posição de RC 
**Músculos contraídos são estirados pela pressão e respondem com maior contração 
 Deve-se trabalhar com movimentos lentos de abertura e fechamento 
A guia é exercida na porção anterior da mandíbula, o que leva os côndilos a tomarem uma 
posição mais posterior e superior na fossa mandibular. 
 
– Bimanual : Posição de 11 horas: o operador estabiliza firmemente a cabeça do paciente 
entre o seu antebraço e a caixa torácica. 
 Posiciona-se os quatro dedos de cada mão sob a borda inferior da mandíbula. 
Manipulação suave movimento lento de abertura e fechamento em RC 
O propósito principal deste procedimento é desativar os músculos, e deixar os côndilos irem 
onde fisiologicamente devem estar, estavelmente assentados em suas fossas. 
– Manipulação Assistida 
Leaf – Gauge (tiras de Long) 
DAF – Dispositivo Anterior Funcional 
Métodos 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
Dispositivo Anterior Funcional 
 
Montagem do Modelo Inferior 
Seqüência de Procedimentos: 
Modelo superior montado 
Registro de RC 
Posicionar o registro de RC entre os modelos 
Medir espessura do Registro de RC 
Dar desconto da espessura de Registro de RC no pino Incisal 
Encaixar registro de RC entre os modelos superior/ inferior 
Virar ASA ao contrário 
Fixar Pino Incisal, já com o desconto da espessura do registro 
Vazar gesso/ especial 
 
CONFECÇÃO DE PLACA OCLUSAL MAXILAR- Sequências Clínicas e laboratoriais 
APARELHOS E DISPOSITIVOS INTEROCLUSAIS 
Introdução: 
 As desordens temporomandibulares são disfunções de múltipla etiologia que atingem os 
músculos faciais e a ATM e são caracterizadas por dor na região pré-auricular, limitações de 
movimentos mandibulares, ruídos na ATM, sensibilidade muscular à palpação e inflamação 
articular. 
O tratamento conservador, reversível e não invasivo, é um dos princípios básicos no 
gerenciamento das DTMs e as placas interoclusais apresentam uma efetividade elevada como 
um componente desta terapia. 
 
Os aparelhos interoclusais são úteis para: 1. Auxiliar de diagnóstico 2. Tratamento de DTMs 3. 
Controlar prematuridades 4. Minimizar efeitos de apertamento 5. Fator stress / Hiperatividade 
muscular 6. Terapia relaxamento muscular 7. Alívio / espasmo muscular 
 
Tipos de Placas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aparelhos ou 
dispositivos 
anteriores
Jig de Lucia
Front-Plateau
Cobertura Completa
Termopolimerizável
Estabilizadora ou 
Miorelaxante
Pet-G (à vácuo)
Resiliente (à vácuo)
Reposicionadora
Posterior
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
Mecanismos de ação: 1. Elimina temporariamente a informação nociceptiva da região 
oral, periodontal e articular, rompendo total ou parcialmente o mecanismo de 
contração e estiramento prolongado dos músculos 
 2. Pode reposicionar o côndilo 
 3. Elimina contatos interferentes 
 4. Promove deslize mandibular em cêntrica 
 
Indicações de uso: 
 1. Mialgias, espasmos e artralgias 
 2. Trismo e limitação de abertura 
3. Deslocamento condilar posterior 
 4. Finalidade diagnóstica 
 5. Romper o círculo vicioso 
6. Eliminar espasmos 
7. Estabilizar côndilos 
8. Minimizar forças – Bruxismo 
 
Vantagens no uso: 
 1.Facilidade de confecção 
2.Rápida instalação 
 3.Aparelho auto-retentivo 
4.Resultados rápidos 
 5.Reversibilidade no tratamento 
 
Orientações de uso.. 
 
TEMPO: 
1.Gravidade 
 2. Bruxismo 
3. Posição condilar 
 4. Resposta ao tratamento 
5. Dificuldade do caso 
 6. Stress 
 7. Encaminhamento 
 
Sequência I montagem dos modelos- Montagem do modelo maxilar e mandibular. 
 
Preparação para o registro mandibulomaxilar 
>ž Confecção da placa de registro, em cera No 7 ž 
> Recorte da porção anterior da placa de registro 
>ž Adaptação da placa de registro ao modelo maxilar. 
 
Obtenção do registro em relação Centrica 
>ž Estabelecimento do espaço interoclusal para a confecção da placa, usando o leaf-
gauge (tiras de Long Jr.) ž 
> Adaptação da placa de registro aos dentes maxilares 
> Colocação Leaf-gauge em posição 
>žPaciente ocluindo em posição de relação cêntrica 
 
Adaptação do Registro ao modelo maxilar 
>ž Com o modelo maxilar já montado 
> Ajusta-se a inclinação da guia condilar para os valores médios de 30º e do ângulo de 
Bennett para 15º >ž Inverte-se o articulador 
Adaptação do Modelo Mandibular ao Registro 
>ž Inverte-se o articulador 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
> Adapta-se o registro ao modelo maxilar 
> ž Adapta-se o modelo mandibular ao registro 
> ž Fixa-se os dois modelos entre si, com silicona aquecida 
 
Fixação do Conjunto á placa de montagem inferior: 
>ž Coloca-se gesso sobre a placa de montagem inferior e sobre a base do modelo 
mandibular ž >Aproxima-se as partes ž 
>Fixa-se os ramos com elástico 
ž> Após a presa do gesso, retorna-se o articulador àsua posição normal 
 
Liberação da Fixação e do Registro 
>ž Remove-se a fixação dos modelos 
>ž Remove-se o registro interoclusal 
> ž Faz-se a avaliação da montagem, observando-se, principalmente, o espaço 
disponível para a confecção da placa 
 
Avaliação do espaço disponível para a confecção da placa (detalhes) 
 
Sequência II- Condutas laboratoriais na confecção da placa oclusal estabilizadoras 
 
Alívio das áreas de retenção excessiva e desenho da placa 
> Com gesso, de preferência de cor diferente, faz-se o alívio das áreas de retenção 
excessiva 
> Executa-se o desenho, delimitando toda a área de extensão da placa, por vestibular e 
por palatino 
 
Ceroplastia da Placa 
> Com cera, número 7, faz-se a ceroplastia da placa, seguindo-se o desenho realizado 
 
Técnica de confecção de placa termopolimerizável 
> Espaçamento interoclusal (2 a 3 mm) 
5. Enceramento da placa 
a) Instrumental: •Articulador semi ajustável •Lâminas de cera 7 •Lamparina a álcool 
•Lamparina Hannau •Espátula 7 e Lecron •Meias de seda para acabamento 
b) Requisitos físicos: Limite de extensão vestibular (máximo de 2mm além da borda 
incisal) 
a, b, c: Arredondamento e biselamento dos ângulos. 
Espessura interoclusal (molares): 2 a 3 mm 
Guia canina de desoclusão para os movimentos de lateralidade e protrusão 
CONTATOS SIMULTÃNEOS E BILATERAIS >> A: contatato de cúspides cêntricas e não 
cêntricas B: contato de cúspides cêntricas. 
O contato cêntrico das pontas das cúspides deverá apresentar uma liberdade em 
cêntrica 
Checa-se os contatos durante a intercuspidação ž 
Verifica-se as lateralidades, deixando as desoclusões guiadas pelos caninos ou por 
função em grupo, conforme indicado em cada caso. 
 
Inclusão em Mufla, Prensagem, Maturação, Polimerização: 
Com a ceroplastia concluída ->ž Remove-se o modelo maxilar do articulador, 
preservando-se os encaixes confeccionados para servir como guias de remontagem 
(split cast) ->ž Faz-se inclusão do modelo, remoção da cera, prensagem da resina ->ž 
Aguarda-se a maturação da resina, por um período médio de 6-8 horas =>ž Executa-se 
a polimerização. 
Demuflagem e Remontagem no Articulador: 
> Aguarda-se o resfriamento pós-polimerização 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
> Remove-se o conjunto, modelo maxilar/placa, da mufla 
> Remonta-se o modelo maxilar no articulador JP30, reencaixando-se o mesmo através 
dos guias (split cast) 
> Fixa-se este, ao remanescente de gesso da placa de montagem, com cola “super 
bonder 
 
Ajustes da Placa Oclusal após a remontagem: 
> Observa-se que há um desajuste do pino incisal em relação à mesa, por alteração de 
polimerização da resina. 
> Inicia-se o ajuste oclusal da placa, utilizando-se um marcador oclusal fino e flexível 
(Accu Film II). 
> Ajusta-se a placa até que o pino incisal volte a tocar na mesa incisal 
 
Finalização do ajuste da placa oclusal no articulador: 
Acabamentos e Polimentos: ž Concluído o adequado ajuste da placa oclusal no JP30 
> ž Remove-se a mesma do modelo maxilar 
> ž Executa-se os acabamentos e, finalmente, o polimento 
> ž Ao término da fase laboratorial, sob adequado acondicionamento, a placa é 
encaminhada ao CD. 
> Detecção dos pontos de oclusão 
 
Jig de Lucia: 
 Definição: Anteparo anterior para obtenção do registro interoclusal da relação 
maxilomandibular ou desprogramador. 
Técnica de confecção de Jig de Lucia (laboratorial): 
1. Montagem dos modelos em articulador semi-ajustável 
2. Delimitação das extensões do Jig de Lucia (vestibular e palatino) nos incisivos 
centrais superiores 
3. Isolamento com vaselina sólida ou com papel alumínio 
4. Espaçamento interoclusal (2 a 3 mm) 
5. Manipulação de resina do tipo Duralay 
6. Adaptação da resina nos limites de extensão pré- determinados 
7. Registro da posição de relação cêntrica no Jig 
8. Polimerização 
9. Ajustes oclusais (fresas e carbono articular)com pontos de oclusão correspondentes 
aos incisivos centrais inferiores 
 
Front-Plateau: 
Mecanismos de ação: 
 1. Eliminação da informação nociceptiva (temporária) 
2. Pode reposicionar a cabeça condilar, eliminar contato dental, eliminar deslizamento 
em cêntrica 
3. Estimula o relaxamento dos músculos 
 4. Permite que se rompa total ou parcialmente o mecanismo de contração e 
estiramento muscular 
 
Indicações de uso: 
1. Finalidade diagnóstica (terapia reversível) 
2. Casos agudos de : mialgia, espasmo, artralgia (trismo e limitação de abertura). 
 3. Facilitar uma análise oclusal mais acurada. 
4. Utilização prévia a procedimentos de ajustes oclusais. 
 5. Levantar temporariamente a mordida dos dentes posteriores, permitindo o 
descruzamento dos dentes anteriores superiores (Pseudo Classe III). 
 6. Para fixar dentes que foram recentemente submetidos a cirurgia periodontal 
 7. Alívio de sintomatologia aguda 
 
LEONARDO DE SOUZA LIMA @LSLREAL 
 8.Sinusites agudas (proximidade de raízes com o seio maxilar) 
Vantagens no uso: 1. Estabilização de dentes fracos. 2. Distribuição de forças oclusais. 
3. Redução do desgaste oclusal. 4. Estabilização de dentes sem antagonistas 
(erupção). 5. Facilidade e rapidez na confecção. 6. Instalação imediata 7. Auto-
retentividade 8. Baixo custo 9. Rapidez na obtenção dos resultados 10. Terapia 
reversível e não invasiva 11. Não apresenta efeitos colaterais (desde que 
confeccionada corretamente). 
 
Requisitos para o uso: 
1. Respeitar o EFL. 
 2. Contato de todos os dentes anteriores inferiores no aparelho. 
3. Usar durante 24 até 72 horas ininterruptamente (ou somente para dormir). 
4. Não havendo regressão do quadro, uma nova tentativa de diagnóstico deve ser feita. 
 
Técnica de confecção de Front-Plateau (laboratorial) 
1. Montagem dos modelos em articulador semi-ajustável 
2. Delimitação das extensões do Front-Plateau (vestibular e palatino) de canino a 
canino 
3. Isolamento com vaselina sólida ou com papel alumínio 
4. Espaçamento interoclusal (2 a 3 mm) 
5. Manipulação de resina acrílica incolor autopolimerizável e adaptação da resina nos 
limites de extensão pré-determinados 
6. Registro da posição de relação cêntrica no Front Plateau 
9. Polimerização e ajustes oclusais (fresas e carbono articular) com pontos de oclusão 
correspondentes aos dentes anteriores inferiores 
 
Sequência III- Condutas Clinicas de instalação e ajuste 
 
Instalação da Placa no Paciente e inicio do ajuste oclusal em ORC: 
Adapta-se a placa oclusal estabilizadora ao arco maxilar do paciente ž Marca-se os 
primeiros contatos em oclusão 
Continua-se a marcação dos contatos e os ajustes necessários, nesta posição, até sua 
finalização 
Checagem após os ajustes em ORC e nos movimentos excursivos: ORC, lateralidade e 
protusão. 
 
Finalização do Ajuste Clínico: 
O ajuste é considerado concluído quando se obtém: ž O máximo possível de contatos 
oclusais em ORC ž Contatos na placa: puntiformes, bem distribuídos, das cúspides de 
suporte dos dentes antagonistas ž Trajetórias excursivas (protrusão e lateralidades) 
sem impedimentos 
 
Recomendações: Após a instalação da placa, o paciente é orientado por escrito, sobre 
seu uso, manutenção e controles pós-instalação.

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