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Farmacologia (aula 1)

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Farmacologia (FAR 532) Clara L. Vianna 
Aula 1 -> Introdução à Farmacologia (01-03-12) 
 
� Um medicamento vai sofrer um grande processo de desdobramento, podendo 
demonstrar efeitos adversos, tóxicos, colaterais, etc. 
 
� Apos essa fase, esse vai ser lançado ao mercado, e deverá chegar ao consumidor, 
que será administrado nesse por uma VIA. 
 
� Essas vias são importantes pois dependendo de qual doença ou situação fisio-
patológica do paciente, pode-se dispor de várias vias além da de primeira escolha, que 
é a ORAL. 
 
� Existem diferenças entre FÁRMACO, DROGA E MEDICAMENTO. FÁRMACO é uma 
substância química que irá modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou em estados 
patológicos. Essa é a definição é a mesma da DROGA, porém a diferença , é que o 
FÁRMACO tem um objetivo, que é ser BENEFÍCO ao organismo receptor. Enquanto que 
a DROGA pode ser tanto BENÉFICA quanto MALÉFICA. 
 Concluindo que, NEM TODA DROGA É FÁRMACO, MAS TODA FÁRMACO É 
DROGA!! 
 O MEDICAMENTO é o FÁRMACO tecnicamente elaborado (tem forma, 
embalagem, nome comercial). Logo, um medicamento pode ser um fármaco, ou uma 
junção desses associados à um fim terapêutico. Um exemplo seria o PARACETAMOL 
como fármaco, e o TYLENOL (nome fantasia) como medicamento. 
 
� REMÉDIO pode ser qualquer coisa que leve a um alívio do estado patológico do paciente 
(viagem, massagem, mudança de hábito alimentar, etc.). Logo, TODO MEDICAMENTO É UM 
REMÉDIO, PORÉM, NEM TODO REMÉDIO É UM MEDICAMENTO. 
 
� O PLACEBO pode ser água, farinha, ou quantidades diminutas do medicamento que não 
chegam à tratar o paciente. Esse comprimido não tem o príncipio ativo de um comprimido 
normal, pórem faz o mesmo efeito. Ou seja, faz a cura. 
 
� Já o NOCEBO provém do mesmo princípio do placebo, porém ao invés de ter um efeito 
benéfico ao indivíduo, ocorre um MALÉFICO. 
 
� Pessoas administradas com o mesmo medicamento podem gerar respostas diferentes 
(como por exemplo, um com efeito placebo e outro com nocebo)? 
Sim 
 
� A FORMA FARMACÊUTICA é um medicamento exposto para uso IMEDIATO. Dependendo 
dela, tem-se uma via de administração, pois não tem como administrar um comprimido por via 
endovenosa. Logo, essa FF dá a flexibilidade de poder usar vias diferentes. O interressante da 
FF também, é que dependendo do medicamento, pode ser que não exista de forma líquida ou 
em comprimido, pois pode perder seu princípio ativo. Essas diversas FF são de interesse 
clínico, pois se por acaso o paciente está com problema na deglutição, pode-se utilizar um 
supositório. 
 
� O efeito PLACEBO serve para demonstrar a eficácia de um medicamento em um estado 
patológico. 
 
� Pode-se concluir que o medicamento homeopático provém do mesmo conceito do efeito 
PLACEBO (do ponto de vista alopático). 
 
� Existem várias formas farmacêuticas: MAGISTRAL, OFICINAL, DE ESPECIALIDADE. A 
MAGISTRAL, é a qual em que o proprio clínico prescreve a fórmula e diz ao farmacêutico como 
ele quer que tal seja feito; tal nao existe no mercado, foi feito de acordo como o clínico quer; é 
feito por demartologistas, endocrinologistas, etc. A OFICINAL é somente possessão do 
farmacêutico; utiliza-se a farmacopéia (compêndio de fórmulas) pra fazer o medicamento; 
somente ele tem acesso a esse livro. A DE ESPECIALIDADE normalmente apresenta um nome 
fantasia; e já está prontamente embalada, estocada e pronto para a compra. 
 
� O que é a farmacologia? 
 É o estudo dos fármacos nos organismos animais (muito mais nos homens), e a relação 
entre o medicamento e o organismo receptor. É o estudo das substâncias químicas no 
tratamento da situações patológicas que existem nos organismos. 
 
� Qual sua importância? 
 Faz parte da situação econômica atual; e além disso, os fármacos em si, podem ser 
utilizados como medidas profiláticas, em radiografias, tratamento de doenças, para evitar a 
gravidez. 
 
� Porém é esquecido de que a farmacologia quando entra em contato com o sistema 
biológico, pode gerar um efeito benéfico (fármaco eficiente) ou um maléfico (veneno). 
 
� Quando um fármaco é administrado, em um psicótico por exemplo, o medicamento não 
atingirá só o cérebro, ele irá pra todos os tecidos que possuem suprimento sanguíneo. Por isso 
podem ocorrer efeitos colaterais, que acompanham o efeito do medicamento. E em doses 
muito elevadas pode haver a geração do EFEITO TÓXICO. 
 
� A FARMACODINÂMICA, é o estudo dos mecanismos de ação dos medicamentos no 
organismo. Já a FARMACOCINÉTICA, é tudo aquilo que o organismo vai fazer com o 
medicamento (absorver, metabolizar e excretar). 
 
� O medicamento ideal tem que ser excretado do organismo, porque se não, ele se acumula 
(XENOBIÓTICO – algo invasor no organismo). 
 
� O melhor medicamento é aquele que tem mais benefícios que malefícios, logo, seu objetivo 
terapêutico, é melhorar a qualidade de vida. 
 
� Todo fármaco tem uma MARGEM DE SEGURANÇA TERAPÊUTICA. Normalmente é defenida 
de uma maneira matemática; gerando um INDÍCE TERAPÊUTICO. Tal pode ser AMPLO ou 
ESTREITO. Caso o medicamento tenha um índice amplo, ele é seguro; no caso inverso, não. 
Normalmente varia de 0-5, 5-10 e de 10 pra cima; no primeiro caso, esse é estreito, no 
segundo, é amplo, e no último, muito amplo. Ex.: Diazepam – AMPLO; Digoxina – ESTREITO. 
No caso de suicídio então, seria utilizado a Digoxina. 
 Como se calcula esse índice? 
 Tem-se um grupo de estudos, onde é utilizado um medicamento (nesse caso 
hipnótico); quando 50% dos indivíduos estiverem dormindo, tem-se a DOSE EFETIVA MÉDIA. Já 
quando 50% desses, desenvolverem uma toxicidade a tal (entram em coma por exemplo), 
tem-se a DOSE TÓXICA MÉDIA. Divide-se então a DTM pela DEM, resultando em um número. 
 
� O medicamento (tirando pela via endovenosa), sofre ABSORÇÃO e vai para a circulação 
sistêmica. A partir dessa, esse pode sofrer alguns resultados: ir para o tecido de sua ação, se 
armazenar em outros tecidos, ser excretado. 
 
� ATENÇÃO! Não confundir, efeito TERAPÊUTICO com FARMACOLÓGICO, pois esse segundo 
relata o que o medicamento faz no organismo, sendo isso benefíco ou maléfico, já o primeiro 
so favorece tal. 
 
� Pode-se considerar as seguintes vias: Oral, endovenosa, parentais (muscular, subcutânea, 
intravenosa,etc.), tecal, inalatória ou pulmonar, enterais ( vai fazer uso da via gastrointestinal : 
mucosa, bucal, lingual,..) 
 
� PARENTAL quer dizer FORA do trato alimentar, e não porque está usando injeção. Logo, 
pode-se classificar essa via de duas formas: DIRETA (com uso de injeção: muscular, 
subcutânea, intratecal), INDIRETA (sem uso de injeção e não passa pelo trato alimentar). 
 
� A via ORAL é boa pois é indolor; tem menor custo econômico; é de mais fácil reversão; 
tem efeito sistêmico e local; em casos não emergenciais, é mais segura. Pórem, também há 
desvantagens: absorção lenta (20 min a 1 hr); absorção limitadas pelas características físico-
químicas do fármaco (medicamentos hidrosolúveis e liposolúveis, no qual a lipossolubilidade 
faz com que esse seja mais absorvido); depende do estado do paciente (por exemplo caso esse 
esteja com êmese); pode ser desativado pelas enzimas digestivas caso tenha a embalagem 
violada; alguns não reagem bem com alimentos (ex.: azitromicina); paciente apresentando 
diarréia também diminui a absorção de tal; a maior desvantagem desse, é o METABOLISMO 
HEPÁTICO DE PRIMEIRA PASSAGEM. 
 O que seria isso? 
 Metabolismo do medicamento, antes de tal chegar na circulação sistêmica; reduzindo 
assim sua BIODISPONIBILIDADE (quantidade do fármaco que chega intacto à circulação 
sistêmica); demonstrando o porquê de na via oral a quantidade do fármaco ser maior do que 
na via endovenosa. Alguns medicamentos sofrem grande metabolismo de primeira passagem, 
como por exemplo o propanolol, que só chega 20% na circulação sanguínea. Como também hámedicamentos que não estão nem disponíveis na forma oral, pois sofrem 100% de 
metabolismo, como a lidocaína. Porém também há medicamentos que são 100% absorvidos, 
como a aminofilina (broncodilatador). 
 Existe também o METABOLISMO ENTÉRICO ou ESTOMACAL DE PRIMEIRA PASSAGEM, 
no qual o medicamento é metabolizado no estômago (como a penicilina por exemplo) ou no 
intestino. 
 
� Há fatores que podem prejudicar a absorção do medicamento pela via oral, como por 
exemplo o ESVAZIAMENTO GÁSTRICO. Pois tal vai depender da área absortiva disponível, 
como no intestino há uma maior área, esse esvaziamento tem que ser rápido, para tal ser 
absorvido no intestino logo. Logo, se esse esvaziamento gástrico for rápido, o medicamento 
terá uma maior absorção; caso contrário, terá menor. O PH DO MEIO também pode modificar 
essa absorção. 
 Por que? ? 
 Pois todo medicamento, ou é um ácido fraco, ou é uma base fraca. Logo, esse no 
líquido corporal pode estar de duas formas : ionizada ou não ionizada; este vai estar dissociado 
ou não, tendo como fator para tal, o ph do meio. 
 Outro fator que consta na absorção, é a DESINTEGRAÇÃO e DISSOLUÇÃO do 
medicamento, como por exemplo: um medicamento em forma de comprimido vai demorar 
mais a ser absorvido do que um em forma líquida, o qual já vai estar sendo absorvido à partir 
da mucosa oral. 
 Outro fator seria a INTERÇÃO COM OS ALIMENTOS; se a peristalse do indivíduo estiver 
elevada, o tempo de absorção será reduzido. 
 A VASCULARIZAÇÃO também conta na absorção, pois quanto menos vascularizado é o 
tecido, menor absorção ele terá. 
 
� As vias bucais (lingual e sublingual) têm fácil acesso à aplicação. O medicamento feito por 
via sublingual, não sofrerá metablismo hepático de primeira passagem, pois além do plexo 
subligual, esse vai pra cava superior e já vai cair direto na circulação sistêmica. Sendo essa, 
uma grande vantagem; além de também ter um período menor de latência comparada com a 
oral (comprimido). Porém, tais fármacos tem desvantagem em irritar a mucosa oral, por isso 
não são utilizados periodicamente. 
 
� Também há uma alternativa retal, praticada em pessoas comatosas, pessoas com êmese ou 
sem capacidade de deglutição. Tem a vantagem de cair diretamente na cava superior e na 
circulação sanguínea; porém tem sua desvantagem de ser incômodo e também ter a chance de 
ser expluso e não ter sua absorção feita perfeitamente. 
 
� As vias parentais diretas são: ENDOVENOSA, INTRAMUSCULAR e SUBCUTÂNEA. 
 A via ENDOVENOSA pode ser utilizada de duas maneiras: CONTÍNUA ou ÚNICA. 
Vantagens são: Biodisponibilidade de 100%, não precisa do processo farmacêutico de 
absorção; pode ser administrado em quantidade mínimas e na hora desejada; possibilita a 
administração de grandes volumes (ao contrário da muscular); possibilita a administrção de 
substâncias que seriam irritantes em outras regiões (na região subcutânea), pois o vaso nao 
possui muitos receptores de dor. Porém, também possui desvantagens: material TEM que ser 
estéril; tem que ser aplicado por uma pessoa capacitada; é desconfortável; aplicação tem que 
ser lenta; capacidade de reversibilidade quase nula; impróprio para substâncias oleaginosas. 
 A via INTRAMUSCULAR tem suas vantagens: mais rápida que a oral; utilizada em 
pacientes com incapacidade de deglutição; mais segura que a endovenosa; não sofre 
metabolismo de primeira passagem. LOGO, VALE LEMBRAR QUE QUALQUER VIA PARENTAL, 
NÃO SOFRE METABOLISMO HEPÁTICO DE PRIMEIRA PASSAGEM!!!! Porém tem como 
desvantagem: é dolorida; pode levar à lesão muscular; impossibilita a aplicação de substâncias 
muito irritantes, com ph fora da neutralidade; depende do fluxo sanguíneo (como por 
exemplo, entre o deltóide e o glúteo, a absorção será mais rápida no primeiro, pois seus vasos 
estão mais perto do local de administração); sua absorção é influenciada pelo feitio de 
exercícios e de compressas frias ou quentes. 
 A solução na via intramuscular, tem uma absorção rápida, porém quando é suspensão, 
ocorre uma absorção lenta (por exemplo o benzetacil). 
 Pela via subcutânea somente pode ser pouco líquido. Um medicamento bastante 
utilizado por essa via é a insulina. Se for aplicado repetidamente no mesmo local, pode 
ocorrer a fibrose; a absorção é lenta, porém constante, provocando um efeito duradouro. 
 
� Medicamentos em forma de suspensão, são muitas vezes chamados, fármacos de depósito. 
 
� Existem vias que são parentais, porém são chamadas de especiais, pois nem todo indivíduo, 
por exemplo, vai utilizar a via INTRARTERIAL (utilizado para tratar tumores, fazer exames), que 
tem que ser um acesso profundo, e feito por um profissional muito competente; o mesmo na 
INTRAPERITONEALl, pois tem alto índice de infecção; o mesmo ocorre com a INTRATECAL e a 
PERIDUAL que são utilizadas por anestesiologistas. 
� Caso um medicamento seja injetado no líquido cefalorraquidiano, a absorção vai ser de 
100% ou não? Será de 100%, pois esse já ultrapassou a barreira de absorção. 
 
� Existe também a via INALATÓRIA, no qual são utilizados aerosóis (partículas pequenas; mas 
PQ? Pois se essa for muito grande, ela é expirada e não é absorvida); podem ter efeito local ou 
sistêmico; somente mais ou menos 10% do medicamento chega ao pulmão, pois os outros 90% 
são perdidos na via oral. 
 
� Existe também a via TÓPICA, que não é somente a aplicação cutânea; existe também a 
conjuntival, a vaginal, etc. Dependerá da integridade da derme. 
 
� Já a via TRANSDÉRMICA é utilizada somente em medicamentos que tem a ação sistêmica 
(ao contrário da cutânea, que tem efeito local); essa também necessita do uso de dispositivos 
(PATCHES – medicamento lipossolúvel com capacidade de atravessar toda a pele e chegar na 
circulação sistêmica. Ex.: testosterona, estrogênio,etc.). 
 
� Há alguns fatores que determinam a via de acesso preferível: local, tempo disponível, 
duração do tratamento. 
 
� Um vez administrado, o medicamento terá que sofrer algumas modificações, classificadas 
como FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA. 
 
� Dependendo da forma farmacêutica, ocorrerá a FASE FARMACÊUTICA, anteriormente a 
absorção do fármaco. 
 
� Essa absorção faz parte da farmacocinética. Após ela, ocorrerá a distribuição, 
biotransformação e excreção (simultaneamente). 
 
� A biotransformação e a excreção representam uma fase só chamada de ELIMINAÇÃO. 
 
� ATENÇÃO! Nem sempre quando se fala que o medicamento foi eliminado, quer dizer que 
tal foi excretado, pode ser que ele tenha sido somente metabolizado. Logo, percebe-se que a 
eliminação é contituída por dois processos farmacocinéticos. 
 
� O medicamento, após ser absorvido, vai adentrar a circulação sistêmica e vai encontrar com 
as proteínas plasmáticas (albumina por exemplo); caso esse tenha afinidade com a proteína, 
ele vai se ligar. Como essa proteína não sai da circulação, o medicamento só é absorvido, 
metabolizado e excretado, caso esse esteja LIVRE. 
 
� Quando o medicamento chega no SÍTIO DE AÇÃO, há o início do estudo da 
FARMACODINÂMICA. O farmáco aqui, liga-se à alguma estrutura e inicia o efeito terapêutico 
esperado (BENÉFICO). Podendo ocorrer também o tóxico. 
 
� Se o medicamento foi absorvido, sabe-se que tal passou por barreiras biológicas, as 
membranas celulares. Essa membrana é fosfolipídica, logo o fármaco pra atravessá-lo tem que 
ser lipossolúvel ou hidrofóbico. 
 
� Logo, a ABSORÇÃO, é a transferência do fármaco do seu sítio de aplicação, para seu local de 
ação. 
 
� A grande maioria dos medicamentos ultrapassa essas barreiras por DIFUSÃO PASSIVA. 
Ou ainda pode ser através de carreadores (DIFUSÃO FACILITADA), ou seja, sem gasto de 
energia. Ou ainda, alguns fármacos tem moléculas muito pequenas, logo, passam por canais 
aquosos, junto com a água. Medicamentos, ainda podem sofrer TRANSPORTE ATIVO (com 
gasto de enrgia). E outros, por serem muito grandes, sofrem ENDOCITOSEe EXOCITOSE. 
 
� A absorção vai depender de uma coisa importante chamada de ÁREA DE SUPERFÍCIE 
ABSORTIVA. Tal conceito segue a LEI DE FICK, que diz que dependendo da área, a absorção 
pode ser maior (é algo diretamente proporcional). Também é proporcional a espessura do 
local. Evidenciando, por exemplo, o porquê de nos intestinos e nos pulmões ter uma maior 
taxa de absorção. 
 
� Fatores que influenciam a absorção são vários, podem ser intrínsecos ao medicamento, ou 
intrínseco ao próprio fármaco. Pode-se citar por exemplo, o GRAU DE IONIZAÇÃO DO 
FÁRMACO (depende do pk, ph do meio); a LIPOSSOLUBILIDADE DO MEDICAMENTO; TAXA DE 
FLUSO SANGUÍNEO; PH DO MEIO; ÁREA DE SUPERFÍCIE; TEMPO DE ESVAZIAMENTO; 
HIPERAÇÃO DO MEDICAMENTO; ELIMINAÇÃO PRÉ-SISTÊMICA (EFEITO DE PRIMEIRA 
PASSAGEM). 
 
� Um medicamento, é ou um ácido fraco, ou uma base fraca. Logo, dependendo do ph do 
meio, pode-se ver se tal está muito ionizado, ou menos ionizado. 
 
� Tem-se a equação de HENDERSON-HASSELBACH, que diz se o medicamento vai ser mais 
absorvido ou não. 
 
 
 Logo, tem-se a relação da parte dissociada, com a não dissociada. 
 
� O ácido fraco, quando se encontra em um meio com o ph menor que o pk dele, a forma 
NÃO ionizada prevalece, logo, ele é POUCO dissociado. 
 
 
 Porém, quando ele está em um meio, que tem o ph superior ao seu pk, a forma NEUTRA 
prevalece, logo, ele é mais dissociado. 
 
 
� Com a base, pode-se racionar da mesma maneira: Quando o ph do meio é menor que o pk, 
a percentagem das formas não ionizadas é menor, logo, ele é muito dissociado. 
 
 
 
 
 Pórem, quando o ph é superior ao pk, a percentagem da forma ionizada é maior, e ele é 
pouco dissociado. 
 
� Um ácido fraco em meio aquoso, doa prótons; já uma base fraca em meio aquoso, recebe 
prótons. Os medicamentos seguem essa ordem: possuem uma forma ionizada e uma não 
ionizada. 
 
� A forma desprotonada do ácido é ionizada, logo, não atravessa as membranas 
fosfolipídicas. Já a forma protonada do ácido, que é a forma neutra (não ionizada), atravessa as 
membranas, pois é lipossolúvel; lipofílica; hidrofóbica. 
 
� A forma protonada da base é ionizada, logo não vai atravessar as membranas. Já a 
desprotonada, é neutra (não ionizada), logo, atravessará a membrana fosfolipídica. 
 
� Todos os anestésicos locais são bases fracas. Caso esse seja administrado em um meio 
infeccionado (ph ácido), a forma que prevalece é a ionizada, que NÃO atravessa membranas. 
Sendo assim, absorvido pela circulação sistêmica, não gerando uma boa anestesia local, e 
proporcionando efeitos colaterais.

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