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FILOSOFIA DO DIREITO II AULA 26-02-16 Thales Lopes

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FILOSOFIA DO DIREITO II 
AULA 26/02/16 – Sexta Feira. 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DO ESTADO E DO DIREITO (CONT.)
Conatus – Seria o estado de guerra permanente.
Aprendemos que em Hobbes “O homem é mal por natureza” 
Se o homem é movido pelo Conatus, um estado de natureza não existe nenhuma regulaçao que vai dizer o que deve ou nao deve ser feito.
O pressuposto de Hobbes é caracterizado pelo estado de natureza (ausencia total de todo e qualquer poder politico) Se não existem as instituições politicas, não existe nenhum órgão ou governante por dizer o que deve ou nao deve ser feito. 
Nesse cenário de falta de instituições, percebe-se esse homem é racional mas é movido pelo Conatus. Primeiros movimentos decorrentes do Conatus era o MEDO e a ESPERANÇA. É exatamente esse dois que justificam a entrada do homem ao estado civil. 
Ao contrario do pensamento de Aristoteles, Hobbes não imagina uma sociabilidade dos homens. Ela acontece como um “acidente” ou “consequencia” como um “preço que se paga” por essa organização. 
Esse estado de natureza se caracteriza pela ausencia de regras morais ou jurídicas.
É claro que existe uma noção rudementar sobre bem e mal, mas isso nao significa dizer que existem leis morais no estado de natureza. Essas noções estão ligadas intimamente ao querer do indivíduo. O homem é inclinado a querer o bem pra si e afasta o mal de sí. (atração e repulsa)
É errado afirmar que “O homem é mal por natureza” porque ele é movido por esse conatus. Se não existem regras morais, não podemos afirmar de que ele ja nasce mal. O Fato de o homem estar num estado de guerra permanente não significa que ele é mal por natureza.
O homem é logo do proprio homem porque o que ele vai perseguir sao seus interesses proprios, em decorrencia do CONATUS. Inerente a qualquer ser humano.
 Esse estado de guerra constante existe em decorrencia da ausencia de regramentos.
A coação/coerção: Não existe nenhum tipo de penalidade ou ameaça para a questão dessas leis. No Cap. XIV – Leviatã, fala da transição do estado de natureza para o estado civil (justificando a existencia do contrato e surgimentos das leis naturais) Hobbes retoma seus conceitos de obras anteriores sobre as leis naturais. Dentro do estado de natureza EXISTEM LEIS NATURAIS, numa gradação. A primeira lei diz que o homem busca PAZ (o homem deve alcançar a paz) que faça atos que leve a concretização dessa paz, mesmo que ele se utilize de todos os beneficios da luta, da guerra. A segunda lei diz que o homem cumpre suas obrigações desde que os outros também as cumpram. Ou seja, é precária a força dessa lei porque eu deposito a minha confiança no outro. Mas o outro pode ter outro tipos de desejos decorrentes desse CONATUS, isso é ruim moralmente, mas no estado de natureza não. 
Dentro do estado civil/de direito o que garante que as relações sejam cumpridas? (Exemplo sobre prestação de uma universidade sobre alguém que não efetue o pagamento na data estabelecida) 
Hobbes diz que o homem tem todos os direitos inclusives o direito a vida do outro para conseguir a paz, estabilidade. 
A teoria de Hobbes seria uma especie de racionalização do poder politico em contraposição a uma explicação divina do direito. Ou seja, ataca a igreja e sua legitimidade da época. “o poder politico não vem de Deus, vem dos homens”.
Necessidade de reformulação deste cenário, só é possivel se o homem transferir as suas liberdades, desse direito que ele tem no estado de natureza. “A vida de voces pertece a mim, o que me impede de tomar é a força de voces. E vice versa”
O caminho para se tentar sair desse cenário de guerra é criar um pacto. O homem ja pactuava mas nao com as caracteristicas atuais. Mas o pacto é formado pela transferencia desses direitos para algo maior, para este “monstro” (leviatã).
Para Locke os indivíduos quando entram num estado civil, eles tem a possibilidade de revogar aquilo que foi pactuado quando o governante estrapolar dos deveres que recebeu no pacto. No pacto que Hobbes diz, é irrevogável, poder irresistível e abrange a todos, todos devem obediência. Deus mortal que nós todos devemos merecer (leviatã) Responsável por manter a ordem e trazer estabilidade. 
No novo estado civil terá a caracteristica coativa e coercitiva. 
O poder soberano pode ser exercido por um ou por um conjunto de pessoas (responsavel pelo poder politico) é absolutista porque é uma coisa só, é uno. 
Porque Hobbes é importante para a filosofia do direito? Prepara o terreno para que um seculo depois crie o surgimento do JUSPOSITIVISMO. Sua intenção não foi criar o juspositivismo, e sim uma justificativa racional sobre o poder político. Se torna importante para o juspositivismo, pois quando fala do poder politico, ele fala das leis positivas, criadas pelo soberano. Se estas leis recorrem do poder soberano, é somente essas leis que se deve obedecer. 
Não se pode analisar a validade dessas leis com base em outra coisa fora deste meio. (ex: as leis do soberano nao sao justas porque Deus nao se agrada) As leis de natureza(preservação da paz) perdem sua validade, deixam de existir. 
A personalidade do homem não muda, mas nao possui mais privilégios do estado de natureza, de resolver as coisas da sua maneira, isso foi transferido ao soberano. 
KANT: Criticismo e deontologia. 
Focaremos na parte da deontologia. 
O que é o Criticismo em Kant?
Alexandre Trevissono: diz que o pensamento de Kant se manifesta de duas formas diferentes. A primeira forma seria a tentativa de Kant responder a pergunta: “como é possível a ciência/conhecimento?” e a segunda pergunta: “como eu devo agir?”
Criticismo possui varios conceitos (inclusive gregos) não confundir. 
Essa teoria se baseia na formulação de um conceito filosofico onde tenta mostrar num debate sobre o Racionalismo X Empirismo. 
Empirismo: conhecimento surge da experiencia
Racionalismo: conhecimento surge da razão. 
Foi uma superação desses dois conceitos e não somente uma junção, dentro da parte do Criticismo.
 O que se deve focar é “como devo agir (com outro/em sociedade)” está relacionado na questão das relações humanas. Terá desdobramentos tanto na moral como no direito. O homem é um sujeito racional só que a racionalidade não o determina por inteiro (não é puramente racional). Racionalidade humana como primeira caracteristica do homem, entretanto este homem é racional mas é sensivel. Portanto, existe a necessidade da existencia de certas leis que direcionam as ações humanas. As leis decorrem desse duplo aspecto. Essas leis se justificam em decorrência da desobediencia do homem (no fato de descumpri-las). A deontologia Kantiana é responsável pelo estudo dessas leis, não sao leis naturais, pois se direcionam ao criticismo. Mas também não é lei positiva (do estado) e sim são LEIS DE LIBERDADE. (Livro de Kant: Metafísica dos costumes = teoria filosofica do agir humano)
O que é a liberdade? Conceito teórico e puro. Só que nao se deve perceber a liberdade de um so ponto de vista, pois o conceito de liberdade filosófico é diferente. 
Ex: estou com sede, tenho liberdade de tomar suco ou água. A possibilidade de escolhas em decorrencia dos elementos que são apresentados perante a nós. Porém não é esse liberdade que Kant trata. Nesse caso, está sendo direcionado por algo (no exemplo, pela sede). Isso para Kant não é liberdade, pois essa vontade surge em decorrencia de algo que é exterior à sí. 
A liberdade para Kant é independente, pois não necessita de motivos externos. Encontram no agir humano, na racionalidade humana, a sua existência. Elas nao possuem nenhum outro motivo externo a não ser elas mesmas. Leis da liberdade são ações humanas que não estao condicionadas a nenhuma outra ação. Kant tenta formular uma teoria moral e juridica baseada nessas leis de liberdade. O conjunto dessas leis de liberdade se chama ÉTICA, e são de diferentes espécies. 
ÉTICA – moral.
ÉTICA – direito.

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