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IMPOSTOS IMPOSTOS PREVISTOS NA CF/88 IMPSOTOS DA UNIÃO CF/88 ART. 153 IMPOSTOS DOS ESTADOS CF/88 ART. 155 IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS CF/88 ART. 156 Imposto de Importação - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana Imposto de Exportação - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Imposto sobre a Transmissão de Bens Inter Vivos Imposto de Renda Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações Imposto sobre a Prestação de Serviços de Qualquer Natureza – Imposto sobre Produtos Industrializados Imposto sobre Propriedade Territorial Rural Imposto sobre Operações Financeiras Imposto sobre Grandes Fortunas 1. IMPOSTOS – Os impostos são tributos cuja hipótese de incidência não se vincula a uma prestação estatal em relação ao contribuinte. Assim o fato hipotético previsto em lei e que autoriza a cobrança desse tributo é um fato do contribuinte. É o fato de ele, contribuinte, importar, exportar, ter a propriedade, vender, etc. 1 92 2. Não confundir não-vinculação da hipótese de incidência, matéria relativa ao Direito Tributário com não-vinculação (não-afetação) de receita do tributo, matéria ligada ao Direito Fianceiro (embora com reflexos no Direito Tributário) NÃO VINCULAÇÃO NÃO AFETAÇÃO Não Vinculação: de acordo com o CTN: Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Não-afetação: Art. 167. São vedados:IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo. 2 92 3. CRIAÇÃO DE IMPOSTOS – A criação de impostos expressamente previstos na CF/88 é feita por meio de lei ordinária, observados as definições de fato gerador (em verdade hipótese de incidência), de contribuinte e de base de cálculo previstos em Lei Complementar (papel exercido pelo CTN), por força do art. 146, III, a, da CF/88: Art. 146. Cabe à lei complementar: (...) III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes 3.1. Assim sendo, o CTN define o fato gerador (leia-se a hipótese de incidência), a base de cálculo e o contribuinte e a Lei Ordinária, observando essa definição, cria o tributo (com exceção do IGF, cuja criação demanda Lei Complementar, conforme art. 153, VII, CF/88) 3.2. Já em relação à criação de impostos NÃO previstos na CF/88, demanda- se Lei Complementar, lembrando que SOMENTE A UNIÃO pode criar outros impostos não previstos, chamados impostos residuais, conforme art. 154, I, da CF/88: Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 3.3. Temos, assim, o seguinte quadro em relação à criação de tributos: 3 92 IMPOSTOS EXPRESSAMENTE PREVISTOS NA CF/88 IMPOSTOS RESIDUAIS IGF Art. 153, I, II, III, IV, V, VI (União) Art. 155, I, II, III (Estados) Art. 156, I, II, III (Municípios) Art. 154, I (União) Art. 153, VII (União) Criados por lei ordinária, observando definição de hipótese de incidência, base de cálculo e contribuintes exposta na norma geral de tributação veiculada or Lei Complementar (CTN) Criados por Lei Complementar Criado por Lei Complementar 3.4. Em relação aos impostos estaduais e municipais, quando o CTN não definir sua hipótese de incidência, seus contribuintes e base de cálculo, os próprios entes federados poderão fazê-lo, exercendo sua competência legislativa plena, conforme autoriza a CF/88: CF/88 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência ADCT 4 92 Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores. § 3º - Promulgada a Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão editar as leis necessárias à aplicação do sistema tributário nacional nela previsto. § 4º - As leis editadas nos termos do parágrafo anterior produzirão efeitos a partir da entrada em vigor do sistema tributário nacional previsto na Constituição. 4. Norma Tributária – a norma tributária, ao prever um tributo, elege um fato hipotético (hipótese de incidência) e uma vez ocorrido esse fato no mundo real (fato gerador) a conseqüência é o nascimento da obrigação tributária. 5. Exemplo: Imposto de Importação: CTN Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. 6. Deste modo, o fato hipoteticamente previsto em lei (hipótese de incidência do Imposto de Importação – II) é a entrada de produtos estrangeiros em território nacional. Uma vez ocorrido este fato no plano real, a conseqüência, prevista em lei, é o nascimento de uma obrigação tributária, ou seja, obrigação de um devedor (sujeito passivo) pagar um credor (sujeito ativo), determinada quantia de dinheiro (resultante de uma alíquota e uma base de cálculo). 7. Surgem, então, os elementos que compõem a norma tributária: o fato hipotético ocorre em determinado local e em determinado tempo. 592 Temos assim os elementos materiais (o fato em si), temporais (quando ocorre o fato?) e espaciais (onde ocorre o fato?). 8. E, em consequência, surgem os elementos pessoais (quem paga? A quem se deve pagar?) e quantitativos (quanto se deve pagar?). 9. Nem sempre a lei vai descrever todos esses elementos, em especial o espacial ou o temporal. Mas o tributo necessariamente vai ter os demais elementos. 6 92 10. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO: Elemento Descrição Norma MATERIAL Entrada de Produtos estrangeiros Art. 19 CTN TEMPORAL Considera-se ocorrido o fato gerador I - na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo; II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de: a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum; b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada; c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira; ou d) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada; ou III - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na hipótese a que se refere o inciso XXI Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 23, caput e parágrafo único 7 92 do art. 689 IV – na data de arrematação (De acordo com CTN). ESPACIAL Em território nacional (CTN) ou Território aduaneiro (Regulamento Aduaneiro) Art. 19 CTN PESSOAL (de acordo com o CTN) União; Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados. Art. 22 CTN PESSOAL É contribuinte do imposto I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro; II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e III - o adquirente de mercadoria entrepostada IV- O ARREMATANTE (conforme previsão do CTN) Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 31, QUANTITATIVO (CTN) A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para Art. 20 CTN 8 92 entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. QUANTITATIVO (De acordo com o Regulamento Aduaneiro) base de cálculo do imposto: I - quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994; e II - quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida. Alíquota do imposto: O imposto será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 22). Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 2o, 10.1. LEGISLAÇÃO: DL 37/66; DL 1.455/76; RA 6.759/2009; 10.2. FINALIDADE: EXTRAFISCAL – PROTEÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL 10.3. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro (compreende o território nacional): 1) Zona primária: Portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados 2) Zona secundária: Restante do Território Nacional - Mercadorias só podem ser despachadas em pontos alfandegados. 10.3.1. NÃO INCIDÊNCIA: O imposto não incide sobre: 9 92 I- mercadoria estrangeira que chegar ao País por erro de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior; II- mercadoria estrangeira idêntica, que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava III- mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida IV- mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação 10.4. PROCEDIMENTO DE IMPORTAÇÃO 10.4.1. O despacho aduaneiro de mercadorias na importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. 10.4.2. O ato que determina o início do despacho aduaneiro de importação é o registro da DI no Siscomex, salvo nos casos de Despacho Antecipado. É no momento desse registro que ocorre o pagamento de todos os tributos federais devidos na importação: O SISCOMEX é um instrumento que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, através de um fluxo único, computadorizado, de informações, cujo processamento é efetuado exclusiva e obrigatoriamente pelo Sistema. Contempla conjunto de informações comerciais (SECEX), cambial (BACEN) e fiscal (RFB) que caracterizam a operação de exportação/importação de uma mercadoria através de enquadramento específico. 10.4.3. Parametrização (canais verde, amarelo, vermelho e cinza) - Uma vez registrada a declaração de importação e iniciado o procedimento de despacho aduaneiro, a DI é submetida a análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência. Tal procedimento de seleção recebe o nome de parametrização. 10.4.4. Os canais de conferência são quatro: verde, amarelo, vermelho e cinza. 10.4.5. A importação selecionada para o canal verde é desembaraçada automaticamente sem qualquer verificação. O canal amarelo significa conferência dos documentos de instrução da DI e das informações constantes na declaração. No caso de seleção para o 10 92 canal vermelho, há, além da conferência documental, a conferência física da mercadoria. Finalmente, quando a DI é selecionada para o canal cinza, é realizado o exame documental, a verificação física da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificação de elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria. 10.4.6. Desembaraço Aduaneiro - O desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira. É com o desembaraço aduaneiroque é autorizada a efetiva entrega da mercadoria ao importador e é ele o último ato do procedimento de despacho aduaneiro. 10.5. MODALIDADES: 10.5.1. Quanto à permanência: 1) DEFINITIVA 2) TEMPORÁRIA: REGIMES ESPECIAIS: A) trânsito aduaneiro é o que permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos B) admissão temporária com suspensão total do pagamento de tributos permite a importação de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado, C) drawback é considerado incentivo à exportação; D) entreposto aduaneiro na importação é o que permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos federais 10.5.2. Quanto à forma de importação: 1) Direta: feita diretamente pelo importador 2) Indireta: a) por conta e ordem de terceiro b) por encomenda 11 92 VALOR ADUANEIRO 10.6. BASE DE CÁLCULO: UNIDADE DE MEDIDA PREÇO DE ARREMATAÇÃO A) Valor Aduaneiro – conforme definido no Acordo de Valoração do GATT: 1) O valor aduaneiro de mercadorias importadas será o valor de transação, isto é, o preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias, em uma venda para exportação para o país de importação; 2) será ele o valor de transação de mercadorias idênticas vendidas para exportação para o mesmo país de importação e exportadas ao mesmo tempo que as mercadorias objeto de valoração, ou em tempo aproximado; 3) será ele o valor de transação de mercadorias similares vendidas para exportação para o mesmo país de importação e exportadas ao mesmo tempo que as mercadorias objeto de valoração, ou em tempo aproximado; 4) Valor de Revenda – deduções (comissões, lucros, etc) 5) Custo acrescido de lucro usual (igual àquele usualmente encontrado em vendas de mercadorias da mesma classe ou espécie que as mercadorias objeto de valoração, vendas estas para exportação, efetuados por produtores no país de exportação, para o país de importação). 6) critério da razoabilidade; a.1) Adições: Frete e Seguro – CIF B) Unidade de Medida - unidade de medida estabelecida na lei, quando se tratar de alíquota específica (p. ex garrafa, maço, metro, quilo) C) preço de arrematação (previsão no CTN) - o preço de arrematação, quando se trate de leilão de bem apreendido 12 92 10.7. ALÍQUOTA: Estabelecida na TEC (Resolução CAMEX 43, de 22/12/2006) EXEMPLO DA TABELA TEC NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA DO II (%) 0.501.00.00 Cabelos em bruto, mesmo lavados ou desengordurados; desperdícios de cabelo 8% 10.7.1. ESPÉCIES DE ALÍQUOTA: 1) específica: valor estabelecido por quantidade (p. exemplo R$ 1,00 por metro de tecido; R$2,00 por garrafa de vinho) 2) Ad valorem: porcentagem sobre a base de cálculo (p. ex: base de cálculo R$100,00, alíquota 10%, imposto a pagar R$10,00). 3) Mistas 10.7.2. Princípio da Legalidade: Pode ser alterada por ato do Executivo: Decreto Presidencial, Portaria de Ministério, Resolução da CAMEX, nos limites da Lei (60 % para mais ou 30% para menos, do valor ad valorem ou até o valor capaz de neutralizar o dumping). 10.7.2.1 EX-TARIFÁRIOS - O regime de ex-tarifário é um mecanismo para redução de custo na aquisição de bens de capital (BK) e de informática e telecomunicação (BIT). Ele consiste na redução temporária do imposto de importação desses bens (assinalados como BK e BIT, na Tarifa Externa Comum do Mercosul), quando não houver a produção nacional 10.8. PAGAMENTO: O imposto será pago na data do registro da declaração de importação CONTRIBUINTE 10.9. Sujeito Passivo: RESPONSÁVEL RESPONSÁVEL SOLIDÁRIO 10.9.1.É contribuinte do imposto 13 92 I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro; II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e III - o adquirente de mercadoria entrepostada. 10.9.2. É responsável pelo imposto: I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro; ou III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar. 10.9.3. É responsável solidário: I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto II - o representante, no País, do transportador estrangeiro III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora Características a) alíquotas podem ser modificadas por ato do executivo (exceção à reserva de lei) b) não-sujeito à anterioridade c) não-sujeito à noventena 14 92 11. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO: MATERIAL a saída de produtos nacionais ou nacionalizados Art. 23 CTN TEMPORAL considera-se ocorrido o fato gerador na data de registro do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 1o. ESPACIAL saída destes do território nacional (CTN) ou Território Aduaneiro (Regulamento) Art. 23 CTN PESSOAL União Exportador ou quem a lei a ele equiparar Art. 27 CTN QUANTITATIVO A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência (CTN) Art. 214. A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-Lei no 1.578, de Art. 26 CTN 15 92 1977, art. 2o, caput, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158- 35, de 2001, art. 51). Alíquota Art. 215. O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento sobre a base de cálculo (Decreto- Lei no 1.578, de 1977, art. 3o, caput, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 1o). 11.1.LEGISLAÇÃO: DL 37/66; DL 1.578/77; RA 6.759/2009; 11.2. FINALIDADE: EXTRAFISCAL – Proteção abastecimento interno 11.3. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA:a saída da mercadoria nacional ou nacionalizada do território aduaneiro 11.4. MOMENTO DE OCORRÊNCIA: na data de registro do registro de exportação no SISCOMEX. 11.5. MODALIDADES: 11.5.1. Quanto à permanência: 1) DEFINITIVA 2) TEMPORÁRIA: Exportação Temporária 16 92 11.5.2. Quanto à forma 1) Direta: feita diretamente pelo Exportador 2) Indireta: Comercial Exportadora, Trading Company; cooperativa de exportador, consórcio de exportação. 11.6. BASE DE CÁLCULO: 1) Unidade de Medida 2) preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional. 11.7. ALÍQUOTA: 1) Específica 2) Ad valorem – 30% 11.7.1. Princípio da Legalidade – pode ser modificada por ato do Executivo – não pode exceder a 150% 11.8. CONTRIBUINTE: exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro Características a) alíquotas podem ser modificadas por ato do executivo (exceção à reserva de lei) b) não-sujeito à anterioridade c) não-sujeito à noventena 17 92 12. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS: MATERIAL I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Art. 46 CTN TEMPORAL Art. 35. Considera-se ocorrido o fato gerador: I - na entrega ao comprador, quanto aos produtos vendidos por intermédio de ambulantes II - na saída de armazém-geral ou outro depositário do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial depositante, quanto aos produtos entregues diretamente a outro estabelecimento III - na saída da repartição que promoveu o Art. 35, 36, 37 do RIPI 18 92 desembaraço aduaneiro, quanto aos produtos que, por ordem do importador, forem remetidos diretamente a terceiros IV - na saída do estabelecimento industrial diretamente para estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, por ordem do encomendante, quanto aos produtos mandados industrializar por encomenda V - na saída de bens de produção dos associados para as suas cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial; VI - no quarto dia da data da emissão da respectiva nota fiscal, quanto aos produtos que até o dia anterior não tiverem deixado o estabelecimento do contribuinte VII - no momento em que ficar concluída a operação industrial, quando a industrialização se der no próprio local de consumo ou de utilização do produto, fora do estabelecimento industrial VIII - no início do consumo ou da utilização do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, em finalidade diferente da que lhe é prevista na imunidade de que trata o inciso I do art. 18, ou na saída do fabricante, do importador ou de seus estabelecimentos distribuidores, para pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras IX - na aquisição ou, se a venda tiver sido feita antes de concluída a operação industrial, na conclusão desta, quanto aos produtos que, antes de sair do estabelecimento que os tenha industrializado por encomenda, sejam por este adquiridos; 19 92 X - na data da emissão da nota fiscal pelo estabelecimento industrial, quando da ocorrência de qualquer das hipóteses enumeradas no inciso VII do art. 25 XI - no momento da sua venda, quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem consumidos ou utilizados dentro do estabelecimento industrial XII - na saída simbólica de álcool das usinas produtoras para as suas cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial; e XIII - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria no recinto alfandegado, antes de aplicada a pena de perdimento, quando as mercadorias importadas forem consideradas abandonadas pelo decurso do referido prazo Parágrafo único. Na hipótese do inciso VII, considera-se concluída a operação industrial e ocorrido o fato gerador na data da entrega do produto ao adquirente ou na data em que se iniciar o seu consumo ou a sua utilização, se anterior à formalização da entrega. Art. 36. Na hipótese de venda, exposição à venda, ou consumo no Território Nacional, de produtos destinados ao exterior, ou na hipótese de descumprimento das condições estabelecidas para a isenção ou a suspensão do imposto, considerar-se-á ocorrido o fato gerador na data da saída dos produtos do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial . ESPACIAL Em qualquer ponto do território nacional, onde haja industrialização. PESSOAL União; Art. 51 CTN 20 92 Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar; III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior; IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. QUANTITATIVO A base de cálculo do imposto I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso do inciso II do artigo anterior: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação Art. 47 CTN 12.1. LEGISLAÇÃO: LEI 4.502/64; RIPI ( Decreto nº 7.212, de 2010). 12.2. FINALIDADE: EXTRAFISCAL – REGULAR O CONSUMO 21 92 12.3. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: LEI 4.502/64 E RIPI CTN I - o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou II - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída do estabelecimento industrial ou equiparado III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. 12.4. INDUSTRIALIZAÇÃO:- a natureza qualquer operação - o funcionamento que modifique - o acabamento do produto - a apresentação - a finalidade - ou o aperfeiçoe para consumo 12.4.1. ESPÉCIES A)TRANSFORMAÇÃO: operação exercida sobre matérias-primas com obtenção de espécie nova; B)BENEFICIAMENTO: a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto; C)MONTAGEM: a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal D)ACONDICIONAMENTO OU REACONDICIONAMENTO: a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria E)RENOVAÇÃO OU RECONDICIONAMENTO: a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização 22 92 12.5. BASE DE CÁLCULO: I - dos produtos de procedência estrangeira: a) valor aduaneiro + imposto de importação + encargos cambiais b) o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento equiparado a industrial + frete interno + despesas acessórias c) preço de arrematação (pelo CTN) II - dos produtos nacionais, a)o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial + frete + despesas acessórias. 12.6. ALÍQUOTA: TIPI - Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006 1) Específica Classes - Cigarro Valor (reais/vintena) I 0,76 II 0,9 III-M 1 III-R 1,14 IV-M 1,27 IV-R 1,4 2) Ad valorem NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA(%) 90.01 Fibras ópticas e feixes de fibras ópticas; cabos de fibras ópticas, exceto os da posição 85.44; matérias polarizantes 23 92 NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA(%) em folhas ou em placas; lentes (incluídas as de contato), prismas, espelhos e outros elementos de óptica, de qualquer matéria, não montados, exceto os de vidro não trabalhado opticamente. 9001.10 -Fibras ópticas, feixes e cabos de fibras ópticas 9001.10.1 Fibras ópticas 9001.10.11 Com diâmetro de núcleo inferior a 11 micrômetros (mícrons) 10 9001.10.19 Outras 10 9001.10.20 Feixes e cabos de fibras ópticas 15 9001.20.00 -Matérias polarizantes, em folhas ou em placas 15 9001.30.00 -Lentes de contato 0 9001.40.00 -Lentes de vidro, para óculos 0 9001.50.00 -Lentes de outras matérias, para óculos 0 9001.90 -Outros 9001.90.10 Lentes 0 9001.90.90 Outros 15 3) Mista: Ex Cigarro – Decreto n º 7.555, de 19 de agosto de 2011. VIGÊNCIA REGIME ESPECIAL IPI - ALÍQUOTAS AD VALOREM ESPECÍFICAMAÇO BOX 01/12/2011 a 30/04/2012 0% R$ 0,80 R$ 1,15 01/05/2012 a 31/12/2012 40,0% R$ 0,90 R$ 1,20 01/01/2013 a 31/12/2013 47,0% R$ 1,05 R$ 1,25 01/01/2014 a 31/12/2014 54,0% R$ 1,20 R$ 1,30 A partir de 01/01/2015 60,0% R$ 1,30 R$ 1,30 12.6.1. ALTERAÇÃO DA ALÍQUOTA PELO PODER EXECUTIVO - O Poder Executivo, quando se tornar necessário para atingir os objetivos da política econômica governamental, mantida a seletividade em função da essencialidade do produto, ou, ainda, para corrigir distorções, poderá reduzir alíquotas do imposto até zero ou majorá-las até trinta unidades percentuais 12.7 CARACTERÍSTICAS Características a) seletividade: produtos essenciais tem tributação favorecida ou não são tributados (isenção, NT, alíquota 0%) 24 92 b) não-cumulatividade: compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; c) não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior; d) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei; e) exceção à reserva legal. f) NÃO-sujeito à anterioridade (mas sujeito à noventena) 25 92 13. IMPOSTO DE RENDA: MATERIAL a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior Art. 43 CTN TEMPORAL Depende do regime da renda ESPACIAL Tributação em bases universais – em qualquer lugar do Brasil ou do Mundo. PESSOAL União Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis Art. 45 CTN QUANTITATIVO A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis Art. 44 CTN 26 92 13.1. Legislação: art. 153, III da CF/88, arts. 43 a 45 do CTN; diversas leis esparsas (Lei 7.713/88; Lei 9.250/95; Lei 9.430/96, etc); Regulamento do Imposto de Renda - RIR (Decreto 3.000/99). 13.2. FINALIDADE: FISCAL 13.3. PRINCÍPIOS (art. 153,§2º, CF/88): generalidade, universalidade, progressividade: a) generalidade: extensão da sujeição passiva – abrange todos os contribuintes (Princípio da Isonomia - “proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida” – art. 150, II, CF/88). b) universalidade: extensão da base de cálculo – abrange todo o tipo de renda (Princípio da Isonomia - “independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos” – art. 150, II, CF/88). c) progressividade: aumento da alíquota em função do aumento da base de cálculo (Princípio da Capacidade Contributiva – “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte” – art. 145,§1º, CF/88). 13.4 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza - ECONÔMICA - RENDA 13.4.1 aquisição da disponibilidade DE - JURÍDICA - PROVENTOS - ECONÔMICA – quando se tem a detenção econômica da renda ou proventos, independentemente de título jurídico. Ex: bens achados (CC Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor CP Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: Pena - detenção, de1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre: II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 13.4.2. disponibilidade 15 (quinze) dias) - JURÍDICA – quando há direito de propriedade sobre o bem, nos termos do Código Civil (CC. Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 27 92 - CAPITAL – rendimentos de aplicação financeira -RENDA - TRABALHO - salário (produto) - COMBINAÇÃO: CAPITAL X TRABALHO – lucro empresarial - PROVENTOS: acréscimos patrimoniais, não compreendidos como renda 13.5. BASE DE CÁLCULO: é o montante real, arbitrado ou presumido da renda ou dos proventos tributáveis. a) real (renda efetiva) -montante b) presumido (presunção de renda) c) arbitrado (aferição indireta da renda) 13.6. SUJEITO PASSIVO: - titular da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos a) contribuinte - possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis (RIR – art. 2º § 1º São também contribuintes as pessoas físicas que perceberem rendimentos de bens de que tenham a posse como se lhes pertencessem, de acordo com a legislação em vigor (Decreto-Lei nº 5.844, de 23 de setembro de 1943, art. 1º, parágrafo único, e Lei nº 5.172, de 1966, art. 45). - PESSOA FÍSICA - IRPF 13.7. REGIMES JURÍDICOS - PESSOA JURÍDICA - IRPJ 28 92 13.8. IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA JURÍDICA - PESSOAS JURÍDICAS (registradas ou não) 13.8.1.CONTRIBUINTES - EMPRESAS INDIVIDUAIS (registradas ou não – PN CST 39/1977) 13.8.2. REGIMES DE APURAÇÃO E ALÍQUOTAS LUCRO REAL TRIMESTRAL LUCRO REAL ANUAL LUCRO PRESUMIDO LUCRO ARBITRADO APURAÇÃO: TRIIMESTRE APURAÇÃO: ANUAL APURAÇÃO TRIMESTRE APURAÇÃO TRIMESTRE REGIME: confronto receitas x despesas REGIME: aplicação de percentual legal sobre receita com ajuste REGIME: aplicação de percentual legal sobre receita sem ajuste REGIME: aplicação de percentual legal sobre receita sem ajuste Alíquotas: 15% adicional: 10% sobre lucro que exceder R$60.000,00 no trimestre Alíquotas: 15% adicional: 10% sobre lucro que exceder R$20.000,00 no mês Alíquotas: 15% adicional: 10% sobre lucro que exceder R$60.000,00 no trimestre Alíquotas: 15% adicional: 10% sobre lucro que exceder R$60.000,00 no trimestre 13.9. IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FÍSICA 13.9.1. CONTRIBUINTE: Pessoas físicas com rendimentos decorrentes do trabalho assalariado ou de atividades não-empresariais: 13.9.2. Não se consideram empresários I -médico, engenheiro, advogado, dentista, veterinário, professor, economista, contador, jornalista, pintor, escritor, escultor e de outras que lhes possam ser assemelhadas II - profissões, ocupações e prestação de serviços não comerciais (Diarista) III- agentes, representantes e outras pessoas sem vínculo empregatício que, tomando parte em atos de comércio, não os pratiquem, todavia, por conta própria IV- serventuários da justiça, como tabeliães, notários, oficiais públicos e outros V- corretores, leiloeiros e despachantes, seus prepostos e adjuntos VI- exploração individual de contratos de empreitada unicamente de lavor, qualquer que seja a natureza, quer se trate de trabalhos arquitetônicos, topográficos, terraplenagem, construções de alvenaria e outras congêneres, quer de serviços de utilidade pública, tanto de estudos como de construções 29 92 VII- exploração de obras artísticas, didáticas, científicas, urbanísticas, projetos técnicos de construção, instalações ou equipamentos, salvo quando não explorados diretamente pelo autor ou criador do bem ou da obra 13.9.3. OBRIGAÇÃO DE DECLARAÇÃO RECEBIMENTO DE RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS Em 2010 superior a R$ 22.487,25 RECEBIMENTO DE RENDIMENTOS ISENTOS, NÃO TRIBUTÁVEIS OU RETIDOS EXCLUSIVAMENTE NA FONTE EM 2010 superior a R$ 40.000,00 GANHO DE CAPITAL alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; POSSE OU A PROPRIEDADE DE BENS OU DIREITOS, INCLUSIVE TERRA NUA em 31 de dezembro, de valor total superior a R$ 300.000,00 ); RESIDENTE NO ESTRANGEIRO passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro ISENÇÃO VENDA DE IMÓVEL optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda 13.9.3.1. - Dependente que possui caderneta de poupança em valor superior a R$ 300.000,00 está obrigado a declarar? Está obrigado a apresentar a Declaração de Ajuste Anual, o contribuinte que, em 2010, teve a posse ou a propriedade de bens e direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00. Portanto, o titular de caderneta de poupança com saldo superior a R$ 300.000,00 está obrigado a apresentar a declaração. Fica dispensada de apresentar a DAA, a pessoa física que, embora se enquadre em qualquer das hipóteses de obrigatoriedade, conste como dependente em declaração apresentada por outra pessoa física, na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua. (FONTE: Sítio Eletrônico da RFB). 13.9.4. REGIME DE APURAÇÃO: Anual, rendimentos são tributados à medida em que recebidos (regime de caixa) com ajuste pela Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF. 30 92 13.9.4.1. FATO GERADOR A) SIMPLES – composto de um único fato – Ex Tributação exclusiva e definitiva na fonte dos prêmios recebidos em sorteio Os prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços, mediante concursos e sorteios de qualquer espécie, estão sujeitos à incidência do imposto, exclusivamentena fonte, à alíquota de 20%. Considera-se como custo de aquisição o valor de mercado do bem, acrescido do imposto retido. O pagamento do imposto correspondente compete à pessoa jurídica que proceder à distribuição de prêmios. B) COMPLEXIVO – composto por vários fatos – rendimentos salariais, considerando o total dos rendimentos recebidos no ano com ocorrência do fato gerador em 31/12 de cada ano. 13.9.5. RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS – Remuneração, salário, soldo, pensão, aluguéis, juros 13.9.6. DEDUÇÕES DE REDIMENTOS - despesas médicas, pagas para tratamento do contribuinte, de seus dependentes, e de alimentandos em virtude de decisão judicial as despesas escrituradas em livro Caixa, quando permitidas as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente ou por escritura pública, inclusive a prestação de alimentos provisionais; as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios as contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no País, desde que o ônus tenha sido do próprio contribuinte, em beneficio deste ou de seu dependente, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social, as contribuições aos Fundos de Aposentadoria Programada Individual ( Fapi ), desde que o ônus tenha sido do próprio contribuinte, em beneficio deste ou de seu dependente, a soma das parcelas isentas de até R$ 1.499,15, por mês, para o ano-calendário de 2010, relativas à aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagas pela previdência oficial, ou privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos limite anual de R$ 2.063,64 por dependente despesas pagas com instrução do contribuinte, de alimentandos em virtude de decisão judicial e de seus dependentes, até o limite anual individual de R$ 3.230,46 13.9.7. DEDUÇÕES DE IMPOSTO DEVIDO - Podem ser deduzidos os seguintes pagamentos, desde que efetuados em 2010, referentes a: I - Estatuto da Criança e do Adolescente - contribuições aos fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. 31 92 II - Incentivo à Cultura - a título de doações ou patrocínios, tanto mediante contribuições ao Fundo Nacional de Cultura (FNC) como em apoio direto, desde que enquadrados nos objetivos do Programa Nacional de Apoio à Cultura, a programas, projetos e ações culturais: III - Incentivo à Atividade Audiovisual - IV - Incentivo ao desporto - doações ou patrocínios no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte. V - contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico incidente sobre o valor da remuneração do empregado. 13.9.8. BASE DE CÁLCULO - A base de cálculo do imposto devido é a diferença entre a soma dos rendimentos recebidos durante o ano-calendário (exceto os isentos, não tributáveis, tributáveis exclusivamente na fonte ou sujeitos à tributação definitiva) e as deduções permitidas pela legislação 13.9.9. ALÍQUOTAS – PROGRESSÃO POR FAIXAS BASE DE CÁLCULO EM R$ ALÍQUOTA % PARCELA A DEDUZIR DO IMPOSTO EM R$ Até 20.529,36 - - De 20.529,37 até 30.766,92 7,5 1.539,70 De 30.766,93 até 41.023,08 15,0 3.847,22 De 41.023,09 até 51.259,08 22,5 6.923,95 Acima de 51.259,08 27,5 9.486,91 32 92 14. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS IOF MATERIAL I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. Art. 63 CTN TEMPORAL Na data das respectivas operações acima ESPACIAL PESSOAL União; Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação Art. 65 CTN 33 92 tributada, como dispuser a lei QUANTITATIVO A base de cálculo do imposto é: I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; c) no pagamento ou resgate, o preço. Art. 64 CTN 14.1. LEGISLAÇÃO: Lei 5.143/66; Lei 8.894/94; Lei 9.532/97; RIOF - Decreto nº 6.306/2007 14.2. FINALIDADE: EXTRAFISCAL – REGULAR O CONSUMO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS 14.3. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: a) OPERAÇÕES DE CRÉDITO: FINANCIAMENTO - a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado b) OPERAÇÕES DE CÂMBIO - a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este c) OPERAÇÕES DE SEGURO a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável 34 92 d) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS - a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. 14.4. CONTRIBUINTES; BASE DE CÁLCULO; ALÍQUOTAS IOF HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA BASE DE CÁLCULO CONTRIBUINTE ALÍQUOTAS CRÉDITO entrega total ou parcial do montante ou do valor ou sua colocação à disposição do interessado; o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito Máxima de 1,25%ao dia sobre o valor das operações de crédito CÂMBIO entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição os compradores ou vendedores de moeda estrangeira nas operações referentes às transferências financeiras para o ou do exterior Máxima de 25% SEGURO emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio o montante do prêmio pessoas físicas ou jurídicas seguradasMáxima de 25% TÍTULOS a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; c) no pagamento ou resgate, o preço. os adquirentes, no caso de aquisição de títulos ou valores mobiliários, e os titulares de aplicações financeiras, nos casos de resgate, cessão ou repactuação 14.5. CARACTERÍSTICAS: 35 92 a) alíquotas podem ser modificadas por ato do executivo (exceção à reserva de lei) b) não-sujeito à anterioridade c) não-sujeito à noventena 14.6. OURO: INSTRUMENTO CAMBIAL A) sujeita-se exclusivamente à incidência IOF, devido na operação de origem B) a alíquota MÍNIMA de 1% C) transferência do montante da arrecadação : I – 30% para o Estado, DF ou Território de origem; II – 70% para o Município de origem. IOF 1% 30% ESTADO DE ORIGEM 70% MUNICÍPIO DE ORIGEM 14.7. DÚVIDAS SOBRE IOF Publicada em 04/01/2008 às 15h38m Martha Beck - O Globo - BRASÍLIA - O anúncio do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre Lucro o Líquido (CSLL) pelo governo federal, medidas tomadas para compensar o fim da CPMF, deixaram os contribuintes cheios de dúvidas sobre como os aumentos - principalmente do IOF, já que a CSLL maior só valerá para instituições financeiras - vão atingir o bolso. Confira abaixo algumas respostas a essas questões. 1) Que operações terão sua alíquota de IOF elevadas? Todas aquelas que caracterizem financiamento aos consumidores e às empresas, à exceção de 18 transações que foram mantidas na lista de alíquota zero ou de isenção. Também passam a ser majoradas em 0,38% as operações de câmbio e algumas do setor de seguros. Por exemplo, vale para: a) bens de consumo (roupas, sapatos, eletroeletrônicos, veículos, etc) b) cheque especial 36 92 c) crédito consignado (desconto em folha) d) cartão de crédito internacional e) cartão de crédito nacional, quando há juros embutidos no parcelamento f) máquinas e equipamentos g) mercadorias e serviços exportados h) desconto de duplicata i) financiamentos do BNDES e do Finame 2) As regras valem para contratos antigos ou só para os novos? O imposto só sobe para contratos fechados a partir de 3 de janeiro de 2008. 3) Como fica a alíquota e como se dará a cobrança? Para pessoas jurídicas: 1,88% ao ano Para pessoas físicas: 3,38% ao ano 4) Que transações estão excluídas do aumento de IOF? a) Qualquer tipo de investimento (caderneta de poupança, fundos de renda fixa e variável, ações na Bolsa de Valores, compra de títulos públicos e outros papéis) b) Financiamento da casa própria (por bancos públicos ou privados) e o seguro habitacional obrigatório c) Planos de Previdência Privada d) Empréstimos com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO) 5) Como funciona a cobrança do IOF para as operações feitas com cartão de crédito no Brasil? Caso o cliente pague à vista, não há incidência de IOF. Esse tributo só passa a ser cobrado quando a administradora do cartão faz empréstimo numa financeira para poder custear as despesas do seu cliente, por exemplo, em caso de atraso no pagamento da fatura ou até mesmo quando se entra no crédito rotativo. Segundo a Receita, é preciso ficar de olho no contrato assinado com a administradora de cartão, pois muitas estalebecem que vendas parceladas com juros, mesmo que quitadas em dia, podem envolver recursos emprestado de financeiras, o que envolve a cobrança do IOF. 6) Como funciona a cobrança do IOF para as operações feitas com cartão de crédito no exterior? Essas compras têm incidência de IOF porque envolvem uma operação de câmbio. A administradora precisa enviar recursos ao exterior para fazer os pagamentos, o que envolve o pagamento de IOF. 7) Como a pessoa física paga IOF na compra de um veículo? Caso o consumidor financie a compra de um veículo em cinco anos, por exemplo, ele vai pagar IOF apenas no primeiro ano. Ele vai pagar 3% relativos ao IOF diário que incide sobre a operação (0,0082%), mais 0,38%. Nos anos seguinte, não será mais preciso pagar IOF, pois esse tributo incide sobre o valor do principal no financiamento. 8) Como a pessoa física paga IOF na utilização do cheque especial? Quando o consumidor entra no cheque especial, ele paga IOF sobre o total acumulado no período em que ficou no vermelho, mais 0,38% no fim do mês. 9) As operações de seguro também passam a pagar mais 0,38% de IOF? Algumas delas sim. Pagarão 0,38% os contratos de seguro de vida e congêneres, de acidentes pessoais e do trabalho (incluídos os seguros obrigatórios de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres e por embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não). As operações de seguros privados de assistência à saúde passam a ter alíquota de 2,38%. Já as demais operações de seguro que já pagavam IOF passam a ter alíquota de 7,38%. 10) Quais operações de seguro continuam isentas? Aquelas de resseguro; de seguro obrigatório, de seguro de crédito à exportação e de transporte internacional de mercadorias; de seguro contratado no Brasil, referente à cobertura de riscos relativos ao lançamento e à operação dos satélites Brasilsat I e II; em que o valor dos prêmios seja destinado ao custeio dos planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência; de seguro aeronáutico e de seguro de responsabilidade civil pagos por transportador aéreo. 37 92 15. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL: MATERIAL a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, Art. 29 CTN TEMPORAL em 1º de janeiro de cada ano Art. 1º Lei 9.393/96 ESPACIAL Localizado fora da zona urbana do município. Art. 29 CTN PESSOAL União Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título QUANTITATIVO A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel O valor do imposto será apurado aplicando- se sobre o Valor da Terra Nua Tributável - VTNt a alíquota correspondente, prevista no Anexo desta Lei, considerados a área total do imóvel e o Grau de Utilização - GU (Art. 11, Lei 9.393/96). Art. 33 CTN 15.1. LEGISLAÇÃO: Lei 9.393/96; RITR - Decreto nº 4.382/2002; 15.2. FINALIDADE: EXTRAFISCAL – instrumento de destinação social da terra 38 92 15.3. HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município 15.3.1. DESAPROPRIAÇÃO - ITR incide sobre a propriedade rural declarada de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária: I - até a data da perda da posse pela imissão prévia do Poder Público na posse; II - até a data da perda do direito de propriedade pela transferênciaou pela incorporação do imóvel ao patrimônio do Poder Público. § 2º A desapropriação promovida por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de serviço público não exclui a incidência do ITR sobre o imóvel rural expropriado. 15.4.ZONA URBANA: ART. 32 DO CTN § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. 15.4.1. – ITR versus IPTU. IMÓVEL DENTRO DA ÁREA URBANA MAS COM DESTINAÇÃO ECONÔMICA RURAL: PREVALÊNCIA DO CRITÉRIO DA DESTINAÇÃO SOBRE A LOCALIZAÇÃO. INCIDÊNCIA DO ITR. (RECURSO REPETITIVO) - STJ A Seção consolidou o entendimento jurisprudencial, agora sob o manto dos “recursos repetitivos”, segundo o qual importa para efeito de definir a incidência ou do ITR ou do IPTU a destinação econômica conferida ao imóvel e não apenas a sua localização. Na hipótese, comprovada a exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, deveria prevalecer a regra do art. 15 do Decreto-lei 57/1966, ao invés do disposto no art. 32 do CTN, de modo a incidir o ITR e não o IPTU. 39 92 Resultado: A Primeira Seção, por unanimidade, deu provimento ao Recurso Especial do particular. (REsp 1.112.646/SP – Min. Herman Benjamin; Recorrente:Mário Yokoya; Recorrido: Município de São Bernardo do Campo). Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo assim, sôbre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados. 15.5. NÃO INCIDÊNCIA: RITR Art. 3º São imunes do ITR: I - a pequena gleba rural, desde que o seu proprietário a explore só ou com sua família, e não possua outro imóvel (Constituição Federal - CF, art. 153, § 4; Lei nº 9.393, de 1996, arts. 2º e 4); II - os imóveis rurais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (CF, art. 150, inciso VI, alínea "a"); III - os imóveis rurais de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (CF, art. 150, inciso VI, alínea "a" e § 2); IV - os imóveis rurais de instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, relacionados às suas finalidades essenciais (CF, art. 150, inciso VI, alínea "c" e § 4). § 1º Pequena gleba rural é o imóvel com área igual ou inferior a (Lei nº 9.393, de 1996, art. 2, parágrafo único): I - cem hectares, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense; II - cinqüenta hectares, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental; III - trinta hectares, se localizado em qualquer outro município. Art. 4º São isentos do imposto (Lei nº 9.393, de 1996, art. 3): I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos (Lei nº 9.393, de 1996, art. 3, inciso I): a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção; b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites da pequena gleba rural, fixados no § 1º do art. 3; c) o assentado não possua outro imóvel 15.6. MOMENTO DE OCORRÊNCIA: PRIMEIRO DE JANEIRO DE CADA ANO. 15.7. SUJEITO PASSIVO: proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título 40 92 15.8. FISCALIZAÇÃO: O ITR - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal CF/88 Art. 158. Pertencem aos Municípios: II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; 15.9 BASE DE CÁLCULO: VALOR DA TERRA NUA TRIBUTÁVEL (VTNT) Art. 10. Área tributável é a área total do imóvel, excluídas as áreas (Lei nº 9.393, de 1996, art. 10, § 1, inciso II): I - de preservação permanente (Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 - Código Florestal, arts. 2º e 3, com a redação dada pela Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989, art. 1); II - de reserva legal (Lei nº 4.771, de 1965, art. 16, com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, art. 1); III - de reserva particular do patrimônio natural (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, art. 21; Decreto nº 1.922, de 5 de junho de 1996); IV - de servidão florestal (Lei nº 4.771, de 1965, art. 44-A, acrescentado pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 2001); V - de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas, assim declaradas mediante ato do órgão competente, federal ou estadual, e que ampliem as restrições de uso previstas nos incisos I e II do caput deste artigo (Lei nº 9.393, de 1996, art. 10, § 1, inciso II, alínea "b"); VI - comprovadamente imprestáveis para a atividade rural, declaradas de interesse ecológico mediante ato do órgão competente, federal ou estadual (Lei nº 9.393, de 1996, art. 10, § 1, inciso II, alínea "c"). Art. 32. O Valor da Terra Nua - VTN é o valor de mercado do imóvel, excluídos os valores de mercado relativos a (Lei nº 9.393, de 1996, art. 8, § 2, art. 10, § 1, inciso I): I - construções, instalações e benfeitorias; II - culturas permanentes e temporárias; III - pastagens cultivadas e melhoradas; IV - florestas plantadas. § 1º O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro do ano de ocorrência do fato gerador, e será considerado auto-avaliação da terra nua a preço de mercado (Lei nº 9.393, de 1996, art. 8, § 2). § 2º Incluem-se no conceito de construções, instalações e benfeitorias, os prédios, depósitos, galpões, casas de trabalhadores, estábulos, currais, mangueiras, aviários, pocilgas e outras instalações para abrigo ou tratamento de animais, terreiros e similares para secagem de produtos agrícolas, eletricidade rural, colocação de água subterrânea, abastecimento ou distribuição de águas, barragens, represas, tanques, cercas e, ainda, as benfeitorias não relacionadas com a atividade rural. Valor da Terra Nua Tributável 41 92 Art. 33. O Valor da Terra Nua Tributável - VTNT é obtido mediante a multiplicação do VTN pelo quociente entre a área tributável, definida noart. 10, e a área total do imóvel (Lei nº 9.393, de 1996, art. 10, § 1, inciso III). BASE DE CÁLCULO: Valor da Terra Nua Tributável = Valor da Terra Nua x área tributável área total ÁREA DE PRESERVAÇÃO ÁREA TRIBUTÁVEL ÁREA TOTAL 15.10. ALÍQUOTA: art. 153, § 4º, CF/88 O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas 15.10.1 GRAU DE UTILIZAÇÃO é a relação percentual entre a área efetivamente utilizada pela atividade rural e a área aproveitável do imóvel, constituindo critério, juntamente com a área total do imóvel rural, para a determinação das alíquotas do ITR ÁREA TOTAL DO IMÓVEL (em hectares) GRAU DE UTILIZAÇÃO (em %) 42 92 Maior que 80 Maior que 65 até 80 Maior que 50 até 65 Maior que 30 até 50 Até 30 Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00 Maior que 50 até 200 0,07 0,40 0,80 1,40 2,00 Maior que 200 até 500 0,10 0,60 1,30 2,30 3,30 Maior que 500 até 1.000 0,15 0,85 1,90 3,30 4,70 Maior que 1.000 até 5.000 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60 Acima de 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00 43 92 16. IMPOSTOS SOBRE GRANDES FORTUNAS 16.1. LEGISLAÇÃO:CF/88: ART 153, VII 16.2. CARACTERÍSTICAS:DEVE SER INSTITUÍDO POR LEI COMPLEMENTAR 16.3. FRANÇA:INCIDE SOBRE A PROPRIEDADE DE A) IMÓVEIS B) VEICULOS, EMBARCAÇÕES, AERONAVES C) DISPONIBILIDADES (DINHEIRO) D) CAVALOS DE CORRIDA F) METAIS PRECIOSOS E JOIAS G) CONTRATOS DE SEGURO, VALORES MOBILIÁRIOS H) MOVÉIS SUNTUOSOS – DE ADORNO Fraction de la valeur nette taxable du patrimoine Tarif applicable (en %) N'excédant pas 770 000 € 0 Comprise entre 770 000 € et 1 240 000 € 0,55 Comprise entre 1 240 000 € et 2 450 000 € 0,75 Comprise entre 2 450 000 € et 3 850 000 € 1,00 Comprise entre 3 850 000 € et 7 360 000 € 1,30 Comprise entre 7 360 000 € et 16 020 000 € 1,65 44 92 17. IMPOSTOS RESIDUAIS – CF/88: Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não- cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição 17.1. CARACTERÍSTICAS: COMPETÊNCIA CRIAÇÃO NÃO CUMULATIVIDADE NÃO BIS IN IDEM Exclusiva da União Lei Complementar compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores Não podem ter fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já discriminados na Constituição 18. IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS DE GUERRA (IEG): CF/88 Art. 154. A União poderá instituir: II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 18.1. CARACTERÍSTICAS: COMPETÊNCIA PRESSUPOSTO CRIAÇÃO SUPRESSÃO BIS IN IDEM Exclusiva da União Guerra externa ou sua iminência Lei Ordinária (ou Medida Provisória) gradativa, cessadas as causas de sua criação. CTN - Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da paz. Podem ter fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já discriminados na Constituição. Pode haver “invasão” ou sobreposição de competência 45 92 18.2 EXEMPLO (HIPOTÉTICO) – IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA SOBRE CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS DECLARAÇÃO DE GUERRA CONGRESSO CRIA POR (é o pressuposto, LEI O IEG SOBRE CONSUMO FATO GERADOR não o fato gerador) DE GASOLINA 46 92 IMPOSTOS ESTADUAIS 1. Os impostos estaduais estão previstos no art. 155 da CF/88: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III - propriedade de veículos automotores. 2. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCD ou ITCMD). Art. 155, I da CF/88; art. 35 a 42 do CTN; Resolução do Senado Federal nº9. Lei Estadual 8.927/88. 2.1. Considerando que há necessidade de Lei Complementar para regular disposições gerais em matéria tributária, em especial fato gerador, contribuintes e base de cálculo dos impostos (art.146, III, a, CF/88); e considerando que o CTN não regula o referido imposto em sua integralidade, dada a sua inexistência à época em que elaborado o CTN, podem os Estados regular tal imposto para a cobrança, valendo-se da competência legislativa plena, nos termos do art. 24 da CF/88 e seus parágrafos c/c art. 34, §§ 3º e 4º do ADCT. CF/88 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 47 92 § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. ADCT Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores. § 3º - Promulgada a Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão editar as leis necessárias à aplicação do sistema tributário nacional nela previsto. § 4º - As leis editadas
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