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RECURSO ESPECIAL Nº 884.845 SOLIDARIEDADE E INTERESSE COMUM

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Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 884.845 - SC (2006/0206565-4)
 
RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX (Relator): Trata-se de recurso 
especial interposto por BANCO SAFRA S/A, com fulcro na alínea "a" do permissivo 
constitucional, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em sede 
de agravo de instrumento, cuja ementa restou vazada nos seguintes termos:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL MOVIDA 
CONTRA EMPRESA DE LEASING. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA 
INTEGRANTE DO MESMO CONGLOMERADO ECONÔMICO. 
INCLUSÃO NO PÓLO PASSIVO. POSSIBILIDADE.
 Não se pode olvidar serem o agravante e a executada original 
pessoas jurídicas distintas. Entretanto, a análise acurada do processo 
denota que além de integrarem o mesmo grupo econômico, as 
operações que formalizaram o fato gerador do tributo ocorreram no 
espaço físico do banco agravante, com a utilização dos mesmos 
funcionários.
 Destarte, o conjunto fático vislumbrado autoriza a conclusão de 
que o negócio foram realizado com uma única empresa, tal 
circunstância, como dito, enseja a aplicação da teoria da aparência, 
a qual visa a preservação da boa-fé nas relações jurídicas.
Noticiam os autos que as ora recorrentes interpuseram agravo de instrumento 
contra decisão proferida nos autos de execução fiscal contra Safra Leasing S/A Arrendamento 
Mercantil, determinando a inclusão do Banco Safra S/A no feito. 
O agravante pleiteou a sua exclusão da lide, haja vista a ausência de 
solidariedade, na forma do art. 124, I, do CTN, máxime por não ser, in casu, o prestador do 
serviço, consoante definição do art. 10 do Decreto Lei nº 406/68. 
Em suas razões recursais, alegou que o acórdão hostilizado, ao reconhecer a 
solidariedade entre as entidades, violou o disposto nos artigos 535 do CPC; 97 e 124, I, do 
CTN; e art. 11, II, da Lei 6.830/80. Sustentou, em suma, que a solidariedade não pode ser 
presumida, devendo necessariamente resultar de lei. Nesse segmento, é vedada a presunção 
de que o Banco Safra S/A seja solidariamente responsável pela dívida relativa a ISS, uma vez 
que o serviço de leasing fora prestado por pessoa jurídica distinta, cujo único vínculo com o 
primeiro seria o fato de integrarem o mesmo grupo econômico.
Não foram apresentadas contra-razões ao apelo, que recebeu crivo negativo de 
Documento: 4669018 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 1 de 8
 
 
Superior Tribunal de Justiça
admissibilidade na instância de origem, tendo subido a este Tribunal Superior em virtude do 
provimento de agravo de instrumento.
Foi intentado recurso extraordinário.
É o relatório.
 
Documento: 4669018 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 2 de 8
 
 
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 884.845 - SC (2006/0206565-4)
 
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. 
ISS. EXECUÇÃO FISCAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. 
EMPRESAS DO MESMO GRUPO ECONÔMICO. 
SOLIDARIEDADE. INEXISTÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 
535 DO CPC. INOCORRÊNCIA.
1. A solidariedade passiva ocorre quando, numa relação 
jurídico-tributária composta de duas ou mais pessoas caracterizadas 
como contribuintes, cada uma delas está obrigada pelo pagamento 
integral da dívida. Ad exemplum , no caso de duas ou mais pessoas 
serem proprietárias de um mesmo imóvel urbano, haveria uma 
pluralidade de contribuintes solidários quanto ao adimplemento do 
IPTU, uma vez que a situação de fato - a co-propriedade - é-lhes 
comum. 
2. A Lei Complementar 116/03, definindo o sujeito passivo da 
regra-matriz de incidência tributária do ISS, assim dispõe:
"Art. 5º. Contribuinte é o prestador do serviço ."
6. Deveras, o instituto da solidariedade vem previsto no art. 124 do 
CTN, verbis:
"Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação 
que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei."
7. Conquanto a expressão "interesse comum" - encarte um conceito 
indeterminado, é mister proceder-se a uma interpretação sistemática 
das normas tributárias, de modo a alcançar a ratio essendi do referido 
dispositivo legal. Nesse diapasão, tem-se que o interesse comum na 
situação que constitua o fato gerador da obrigação principal implica 
que as pessoas solidariamente obrigadas sejam sujeitos da relação 
jurídica que deu azo à ocorrência do fato imponível. Isto porque 
feriria a lógica jurídico-tributária a integração, no pólo passivo da 
relação jurídica, de alguém que não tenha tido qualquer participação 
na ocorrência do fato gerador da obrigação. 
8. Segundo doutrina abalizada, in verbis:
"... o interesse comum dos participantes no 
acontecimento factual não representa um dado satisfatório para a 
definição do vínculo da solidariedade. Em nenhuma dessas 
circunstâncias cogitou o legislador desse elo que aproxima os 
participantes do fato, o que ratifica a precariedade do método 
preconizado pelo inc. I do art 124 do Código. Vale sim, para 
situações em que não haja bilateralidade no seio do fato tributado, 
Documento: 4669018 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 3 de 8
 
 
Superior Tribunal de Justiça
como, por exemplo, na incidência do IPTU, em que duas ou mais 
pessoas são proprietárias do mesmo imóvel. Tratando-se, porém, 
de ocorrências em que o fato se consubstancie pela presença de 
pessoas em posições contrapostas, com objetivos antagônicos, a 
solidariedade vai instalar-se entre sujeitos que estiveram no 
mesmo pólo da relação, se e somente se for esse o lado escolhido 
pela lei para receber o impacto jurídico da exação. É o que se dá 
no imposto de transmissão de imóveis, quando dois ou mais são os 
compradores; no ICMS, sempre que dois ou mais forem os 
comerciantes vendedores; no ISS, toda vez que dois ou mais 
sujeitos prestarem um único serviço ao mesmo tomador. " (Paulo 
de Barros Carvalho, in Curso de Direito Tributário, Ed. Saraiva, 8ª 
ed., 1996, p. 220)
9. Destarte, a situação que evidencia a solidariedade, quanto ao ISS, 
é a existência de duas ou mais pessoas na condição de prestadoras de 
apenas um único serviço para o mesmo tomador, integrando, desse 
modo, o pólo passivo da relação. Forçoso concluir, portanto, que o 
interesse qualificado pela lei não há de ser o interesse econômico no 
resultado ou no proveito da situação que constitui o fato gerador da 
obrigação principal, mas o interesse jurídico, vinculado à atuação 
comum ou conjunta da situação que constitui o fato imponível.
10. "Para se caracterizar responsabilidade solidária em matéria 
tributária entre duas empresas pertencentes ao mesmo conglomerado 
financeiro, é imprescindível que ambas realizem conjuntamente a 
situação configuradora do fato gerador, sendo irrelevante a mera 
participação no resultado dos eventuais lucros auferidos pela outra 
empresa coligada ou do mesmo grupo econômico." (REsp 
834044/RS, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 11/11/2008, DJe 15/12/2008).
11. In casu, verifica-se que o Banco Safra S/A não integra o pólo 
passivo da execução, tão-somente pela presunção de solidariedade 
decorrente do fato de pertencer ao mesmo grupo econômico da 
empresa Safra Leasing S/A Arrendamento Mercantil. Há que se 
considerar, necessariamente, que são pessoas jurídicas distintas e que 
referido banco não ostenta a condição de contribuinte, uma vez que a 
prestação de serviço decorrente de operações de leasing deu-se entre o 
tomador e a empresa arrendadora. 
12. O art. 535 do CPC resta incólume se o Tribunal de origem, embora 
sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão 
posta nos autos. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, 
um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os 
fundamentos utilizados tenham sidosuficientes para embasar a 
decisão.
13. Recurso especial parcialmente provido, para excluir do pólo 
passivo da execução o Banco Safra S/A.
 
Documento: 4669018 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 4 de 8
 
 
Superior Tribunal de Justiça
VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO LUIZ FUX (Relator): Preliminarmente, 
impõe-se o conhecimento do presente recurso, porquanto devidamente prequestionada a 
questão federal suscitada, bem como demonstrado o dissídio jurisprudencial.
No tocante à alegada violação do art. 535, do CPC, não procede a insurgência, 
uma vez que o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronunciou-se de forma clara e 
suficiente sobre a questão posta nos autos. Ademais, o magistrado não está obrigado a rebater, 
um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido 
suficientes para embasar a decisão.
Cinge-se à controvérsia à ilegitimidade passiva ad causam do Banco Safra 
S/A, porquanto não haveria solidariedade entre este e a empresa do mesmo grupo econômico, 
Safra Leasing S/A Arrendamento Mercantil.
No que pertine à existência de solidariedade entre as empresas recorrentes pelo 
fato de integrarem o mesmo grupo econômico, ainda que com personalidades jurídicas 
distintas, alguns conceitos hão que ser elucidados.
O acórdão recorrido assim manifestou-se quanto à matéria, in verbis:
"Não se pode olvidar serem o Banco Safra S/A e Safra 
Leasing S/A Arrendamento Mercantil comprovadamente pessoas 
jurídicas distintas. Entretanto, a análise acurada do processo 
denota que além de integrarem o mesmo grupo econômico, as 
operações que formalizaram o fato gerador do tributo ocorreram 
no espaço físico do banco agravante, com a utilização dos mesmos 
funcionários.
Ademais, a executada encontra-se sediada no estado 
de São Paulo e as operações de leasing acontecem em todo o 
território nacional, restando fácil concluir que aqueles que 
realizaram tais negócios não se deslocam ao Estado Paulista e sim 
dirigem-se ao estabelecimento bancário mais próximo, o que, 
indubitavelmente, lhes concede maior segurança e credibilidade e 
já é argumento hábil a sustentar a aplicação da teoria da 
aparência ao caso concreto." (fl. 135)
A solidariedade passiva é um instituto de direito civil aplicável a todos os 
ramos do direito, segundo o qual, em havendo pluralidade de sujeitos no pólo passivo de uma 
relação jurídica, cada um deles é obrigado à dívida toda, podendo o credor exigir de um ou 
alguns, parcial ou totalmente, a dívida em comum. 
Documento: 4669018 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 5 de 8
 
 
Superior Tribunal de Justiça
Com efeito, em matéria tributária, a presunção de solidariedade opera 
inversamente àquela do direito civil, no sentido de que sempre que, numa mesma relação 
jurídica, houver duas ou mais pessoas caracterizadas como contribuintes, cada uma delas 
estará obrigada pelo pagamento integral da dívida, perfazendo-se o instituto da solidariedade 
passiva. Ad exemplum , no caso de duas ou mais pessoas serem proprietárias de um mesmo 
imóvel urbano, haveria uma pluralidade de contribuintes solidários quanto ao adimplemento 
do IPTU, uma vez que a situação de fato - a co-propriedade - é-lhes comum. 
A Lei Complementar 116/03, definindo o sujeito passivo da regra-matriz de 
incidência tributária do ISS, assim dispõe:
"Art. 5º. Contribuinte é o prestador do serviço ."
Acerca do instituto da solidariedade, o art. 124 do CTN prevê, verbis:
"Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação 
que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei."
Nesse segmento, conquanto a expressão "interesse comum" - encarte um 
conceito indeterminado, é mister proceder-se a uma interpretação sistemática das normas 
tributárias, de modo a alcançar a ratio essendi do referido dispositivo legal. 
Nesse diapasão, tem-se que o interesse comum na situação que constitua o fato 
gerador da obrigação principal implica que as pessoas solidariamente obrigadas sejam 
sujeitos da relação jurídica que deu azo à ocorrência do fato imponível. Isto porque 
feriria a lógica jurídico-tributária a integração, no pólo passivo da relação jurídica, de alguém 
que não tenha tido qualquer participação na ocorrência do fato gerador da obrigação. 
No escólio de Paulo de Barros Carvalho, tem -se que, in verbis:
"... o interesse comum dos participantes no 
acontecimento factual não representa um dado satisfatório para a 
definição do vínculo da solidariedade. Em nenhuma dessas 
circunstâncias cogitou o legislador desse elo que aproxima os 
participantes do fato, o que ratifica a precariedade do método 
preconizado pelo inc. I do art 124 do Código. Vale sim, para 
situações em que não haja bilateralidade no seio do fato tributado, 
como, por exemplo, na incidência do IPTU, em que duas ou mais 
pessoas são proprietárias do mesmo imóvel. Tratando-se, porém, 
de ocorrências em que o fato se consubstancie pela presença de 
Documento: 4669018 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 6 de 8
 
 
Superior Tribunal de Justiça
pessoas em posições contrapostas, com objetivos antagônicos, a 
solidariedade vai instalar-se entre sujeitos que estiveram no 
mesmo pólo da relação, se e somente se for esse o lado escolhido 
pela lei para receber o impacto jurídico da exação. É o que se dá 
no imposto de transmissão de imóveis, quando dois ou mais são os 
compradores; no ICMS, sempre que dois ou mais forem os 
comerciantes vendedores; no ISS, toda vez que dois ou mais 
sujeitos prestarem um único serviço ao mesmo tomador. " (in 
Curso de Direito Tributário, Ed. Saraiva, 8ª ed., 1996, p. 220)
Destarte, a situação que evidencia a solidariedade, no condizente ao ISS, é a 
existência de duas ou mais pessoas na condição de prestadoras de apenas um único serviço 
para o mesmo tomador, integrando, desse modo, o pólo passivo da relação. Forçoso concluir, 
portanto, que o interesse qualificado pela lei não há de ser o interesse econômico no resultado 
ou no proveito da situação que constitui o fato gerador da obrigação principal, mas o interesse 
jurídico, vinculado à atuação comum ou conjunta da situação que constitui o fato imponível.
Perfilhando o mesmo entendimento, confira-se o seguinte precedente:
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISS. 
EXECUÇÃO FISCAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. EMPRESAS 
PERTENCENTES AO MESMO CONGLOMERADO FINANCEIRO. 
SOLIDARIEDADE. INEXISTÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 124, I, 
DO CTN. NÃO-OCORRÊNCIA. DESPROVIMENTO.
1. "Na responsabilidade solidária de que cuida o art. 124, I, do CTN, 
não basta o fato de as empresas pertencerem ao mesmo grupo 
econômico, o que por si só, não tem o condão de provocar a 
solidariedade no pagamento de tributo devido por uma das empresas" 
(HARADA, Kiyoshi. "Responsabilidade tributária solidária por 
interesse comum na situação que constitua o fato gerador").
2. Para se caracterizar responsabilidade solidária em matéria 
tributária entre duas empresas pertencentes ao mesmo conglomerado 
financeiro, é imprescindível que ambas realizem conjuntamente a 
situação configuradora do fato gerador, sendo irrelevante a mera 
participação no resultado dos eventuais lucros auferidos pela outra 
empresa coligada ou do mesmo grupo econômico.
3. Recurso especial desprovido.
(REsp 834044/RS, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA 
TURMA, julgado em 11/11/2008, DJe 15/12/2008)
In casu, verifica-se que o Banco Safra S/A não integra o pólo passivo da 
execução, tão-somente pela presunção de solidariedade decorrente do fato de pertencer ao 
mesmo grupo econômico da empresa Safra Leasing S/A Arrendamento Mercantil. Há que se 
Documento: 4669018 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificadoPágina 7 de 8
 
 
Superior Tribunal de Justiça
considerar, necessariamente, que são pessoas jurídicas distintas e que referido banco não 
ostenta a condição de contribuinte, uma vez que a prestação de serviço decorrente de 
operações de leasing deu-se entre o tomador e a empresa arrendadora. 
Ex positis , DOU PARCIAL PROVIMENTO ao recurso especial, para 
excluir do pólo passivo da execução o Banco Safra S/A.
É o voto.
Documento: 4669018 - RELATÓRIO, EMENTA E VOTO - Site certificado Página 8 de 8

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