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DDS_Mao-Boa-Edition-31_JA_PT

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Reencape de agulhas:
hábito desnecessário e
de alto risco
Ano VII • Nº 31 • 2010 • Distribuição Gratuita • Tiragem: 35.000 exemplares • www.bd.com/brasil
Os profissionais de farmácias podem dar importante apoio no tratamento de
pessoas com Diabetes. Saiba como é importante estar atento para identificar as
necessidades destes clientes e como agregar valor nos atendimentos em sua
farmácia. Página 2
Identificar corretamente o comprimento e o calibre da agulha descritos na
embalagem é fundamental para evitar falhas nas aplicações e riscos para a
saúde do cliente. Esta edição traz um artigo especial para ajudar você a esco-
lher a agulha adequada antes de uma injeção intramuscular. Páginas 4 e 5
Use a agulha correta na
aplicação intramuscular
Estudo do Centro de Pesquisa, Desen-
volvimento e Educação Continuada
(CPDEC - UNICAMP), indica que o mer-
cado de medicamentos no Brasil irá do-
brar nos próximos 6 anos. O que isso
pode significar para as farmácias inde-
pendentes? O professor Rodnei Domin-
gues, que dirigiu o estudo, aborda a
questão na página 8.
A Responsável Técnica da fábrica da
BD em Curitiba, farmacêutica Simone
Dalmutt, explica porque os produtos BD
conferem qualidade nas aplicações de
injeção em farmácias. Leia na página 3.
Nunca reencapar agulhas e sempre
desprezá-las em recipientes apropria-
dos após a aplicação de injetáveis. É o
que recomenda a Profa. Maria Meimei
Brevideli, professora de enfermagem
da UNIP. Confira nas páginas 6 e 7
Qualidade BD melhora
a saúde das pessoas
O futuro das farmácias
independentes
Quem tem
Diabetes
sempre
precisa de
algo mais
Na venda de insulinas, o profissional deve lembrar que o cliente
precisará de produtos complementares.
2 Jornal BD Mão Boa
Por: Ana Carolina Chinaglia - Farmacêutica e Consultora Educacional do Centro BD de Educação em Diabetes
O Jornal BD Mão Boa é uma publicação da Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda. Rua Alexandre
Dumas, 1976, CEP – 04717-004, Chácara Santo Antônio – São Paulo – SP • CRC: 0800 055 5654 • email:
crc@bd.com.br • Coordenadora técnica: Beatriz Lott • Colaboradores: Monise Vicente e Márcia Camargo de Oliveira
• Jornalista responsável: Milton Nespatti (MTB 12460-SP, nespatti@terra.com.br) • Revisão: Solange Martinez • Projeto
gráfico e diagramação: revistas@alvopm.com.br • Fotos: AlvoPM e Milton Nespatti. As matérias desta publicação podem ser reproduzidas desde que citada
a fonte. As opiniões e conceitos publicados são de responsabilidade dos entrevistados e colaboradores dos artigos.
FF armácias são estabelecimentosque, além de oferecer medi-camentos e produtos para a
saúde, prestam serviços à po-
pulação. Para isso, é de funda-
mental importância que mantenham
profissionais com qualificações para
vendas e que tenham conhecimentos
técnicos da área farmacêutica.
Custa muito mais caro para uma em-
presa atrair um cliente novo do que
implementar estratégias de manuten-
ção dos clientes atuais, surgindo assim
a necessidade de fortalecer o relacio-
namento com estes.
Ao se manter atento para identifi-
car as necessidades de seus clientes,
os profissionais podem encontrar óti-
mas oportunidades para agregar va-
lor no atendimento dando orientações
e indicações sobre produtos necessá-
rios para o tratamento. Qual o resul-
tado disso? Cliente satisfeito e aumen-
to nas vendas.
Podemos citar como exemplo os clien-
tes com diabetes. Sabendo que a maio-
ria dessas pessoas é carente de informa-
ções, o profissional da farmácia deve,
durante uma venda, fornecer o máxi-
mo de orientações para que o tratamen-
to seja feito adequadamente. Como
precisam de medicamentos de uso con-
tínuo e de insumos especiais para a apli-
cação de insulina e automonitorização
glicêmica, é importante que o profis-
sional lembre-se sempre de revisar com
o cliente tudo o que este necessita.
Produtos complementares
Quando o cliente solicita frascos de
insulina, o profissional deve ficar aler-
ta pois, obrigatoriamente, esta pessoa
precisará de seringas para administrar
o medicamento. O mesmo acontece
Agregue valor no atendimento
ao cliente com diabetes
com aqueles que utilizam canetas para
aplicação de insulina, pois necessitarão
do refil e das agulhas para aplicação.
Se o cliente não se lembra de pedir se-
ringas e agulhas, ele pode estar reutili-
zando estes produtos. É quando surge a
oportunidade do profissional orientar
sobre os riscos do reuso, como o cliente
deve proceder para prevenir as compli-
cações agudas e crônicas que o diabetes
pode causar e esclarecer possíveis dúvi-
das que esta pessoa possa ter. Agindo des-
ta maneira, o profissional estará agregan-
do valor à venda e colaborando para que
as pessoas tenham vidas mais saudáveis.
Outro exemplo de produto comple-
mentar na venda de insulinas são aque-
les necessários para a antissepsia ante-
rior a aplicação. Para a conveniência do
cliente a farmácia pode comercializar o
BD Alcohol SwabsTM, que são gazes es-
téreis embebidas em álcool a 70%. Mui-
to práticas pois estão prontas para o uso
e reduzem os riscos de contaminação no
momento da aplicação.
É muito importante também que o pro-
fissional lembre de citar as tiras e lance-
tas para testes de glicemia, o que contri-
bui para um bom controle glicêmico.
É assim que a farmácia pode ajudar as
pessoas a terem tratamentos completos
e de qualidade, atuando como prestado-
ra de serviços a população e não apenas
como um simples comércio. Este mes-
mo conceito pode ser aplicado com os
mais diferentes produtos, proporcionan-
do assim um atendimento personaliza-
do que agregará valor ao estabelecimen-
to e deixará o cliente satisfeito.
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Referências bibliográficas:
• KOTLER. Philip. Administração de marketing: a edição
do novo milênio. 10 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
• MAYERS, James H. Gerência de marketing e comporta-
mento do consumidor. Petrópolis: Vozes, 1975.
Compromisso com a qualidade
e foco na satisfação do cliente
Jornal BD Mão Boa 3
esde que foi fundada há mais
de um século, a BD sempre
se preocupou em aprimorar
e manter rígidos controles
em todas as etapas na fabricação e dis-
tribuição de seus produtos ao mercado.
Nas fábricas da BD em todo o mundo,
assim como no Brasil, a empresa se em-
penha em desenvolver, produzir e for-
necer materiais e tecnologia para o tra-
tamento de saúde com qualidade supe-
rior, com foco na satisfação do cliente.
Usar materiais de qualidade numa
aplicação de injetável significa ter se-
gurança, dose precisa e maior confor-
to para o cliente. Pensando nisso, a BD
investe em tecnologia de ponta para
oferecer seringas e agulhas com quali-
dade superior.
Durante os processos de validação e
inspeção na produção das seringas e
agulhas BD, são realizados testes reque-
ridos nas normas aplicáveis aos produ-
tos, além de testes específicos para aten-
der a especificação e a qualidade mun-
dial dos produtos BD. Veja a seguir al-
gumas características que tornam as se-
ringas e agulhas BD os produtos mais
seguros para uma prestação de servi-
ços de qualidade em sua farmácia!
Siliconização exata para
maior conforto
Todas as seringas e agulhas da marca
BD passam por processo automatiza-
do de siliconização durante a etapa pro-
dutiva. A presença de silicone no pis-
tão (ou stopper) permite melhor desli-
zamento da haste (ou êmbolo) o que
promove a aplicação uniforme e mais
confortável do medicamento injetável.
A siliconização da cânula tem como
objetivo diminuir o atrito durante a
introdução da agulha nos tecidos, des-ta forma, reduz o desconforto ao clien-
te na aplicação.
Matéria prima
As cânulas metálicas são produzidas
na fábrica da BD situada em Juiz de
Fora-MG e encaminhadas à fábrica de
DD Curitiba-PR para a montagem final daagulha. O aço inoxidável usado comomatéria prima na fabricação das agu-
lhas BD tem como principais caracte-
rísticas:
� resistência à corrosão aos diversos
meios químicos;
� resistência à oxidação em tempera-
turas mais elevadas;
� resistência mecânica elevada, tanto
à temperatura ambiente como às
baixas temperaturas.
Estas propriedades garantem alta
confiabilidade no desempenho do pro-
duto, principalmente por ser um dis-
positivo aplicado internamente no cor-
po humano. Seguindo os requisitos do
Sistema de Qualidade, as cânulas pro-
duzidas em Juiz de Fora atendem à
NBR ISO 9626 que trata de tubo para
agulha de aço inoxidável para a fabri-
cação de dispositivos médicos.
Além da exigência dos requisitos de
aparência do aço e das dimensões dos
tubos, esta norma exige a realização de
testes de ensaio de resistência à quebra
e de ensaio de rigidez. A conformida-
de a estas normas, aliada à correta uti-
lização do produto e treinamentos que
a BD fornece aos clientes, garantem a
perfeita funcionalidade dos dispositi-
vos médicos hospitalares fornecidos ao
mercado.
Esterilização
A esterilização das seringas e agulhas
BD é feita por óxido de etileno. Todos
os ciclos de esterilização são validados
e re-qualificados anualmente, confor-
me estabelecem a norma ISO 11135 e
a Portaria 482/99. Os produtos só são
liberados para a comercialização depois
de um período de quarentena, quando
os ciclos de esterilização são desafia-
dos e testados.
Há uma forte preocupação da BD em
evitar contaminação do meio ambien-
te. Por isto, a empresa possui um siste-
ma de tratamento dos resíduos do pro-
cesso de esterilização antes da sua emis-
são para o meio ambiente.
Embalagem
Uma embalagem deve conter todas
as informações necessárias para que o
consumidor BD possa identificar com
clareza o material que será usado. No
caso das embalagens e informações
contidas nos rótulos, a BD adota pro-
cedimentos rigorosos de controle de
alteração, desde a confecção do dese-
nho/arte da rotulagem. O departamen-
to de Engenharia cria a rotulagem, com
base no modelo aprovado pela ANVI-
SA e contendo as demais informações
necessárias para o consumidor BD. Para
a aprovação desta arte, vários departa-
mentos são envolvidos como Qualida-
de, Assuntos Regulatórios, Marketing,
entre outros, para garantir que todas
as informações necessárias estejam con-
tidas na rotulagem.
Vale ressaltar que, preocupada em
manter e aprimorar a qualidade dos
seus produtos e serviços, a BD vem
constantemente realizando vários in-
vestimentos em suas diversas áreas, vi-
sando a satisfação dos nossos clientes.
Todo este comprometimento com a
excelência reforça o propósito da BD
em atuar no mercado oferecendo pro-
dutos de qualidade, ajudando as pes-
soas a viverem vidas saudáveis.
Por: Simone Dalmutt
Farmacêutica e Responsável Técnica da Fábrica da BD em Curitiba
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O compromisso da BD é com a qualidade de
vida e a saúde das pessoas.
4 Jornal BD Mão Boa
Identificando uma agulha
Uma agulha pode possuir codificações diferentes. Tanto o
sistema inglês (que usa as unidades gauge e polegadas) como
o sistema métrico (que usa as unidades milímetros x milíme-
tros) servem para identificar o calibre e o comprimento da
agulha. Veja abaixo, o detalhe ampliado desta descrição no
rótulo da embalagem do produto:
Escolha da agulha na aplicação intramuscular
Por: Ana Carolina Chinaglia – Farmacêutica e Consultora Educacional BD Medical Injection Systems
A aplicação de medicamentos injetáveis em farmácias é um serviço de grande responsabilidade que
pode resultar em diversos benefícios para o cliente, porém qualquer erro cometido durante o
processo pode causar danos graves e às vezes irreversíveis à saúde. Um dos principais cuidados para
se evitar falhas é selecionar a agulha adequada para cada aplicação intramuscular. Neste artigo você
encontra todas as informações para identificar o tamanho de uma agulha e fazer a escolha certa.
Agora que você já sabe como identificar o calibre e o com-
primento da agulha na descrição existente na embalagem da
seringa, veja a seguir como escolher a agulha adequadamente.
Como escolher o comprimento da agulha
A escolha do comprimento da agulha irá depender do per-
fil corpóreo de cada indivíduo e da região escolhida para se
realizar a aplicação, veja na tabela abaixo:
Cliente
(perfil corpóreo/idade)
Local de
aplicação
Comprimento
da agulha
Adulto perfil normal
e/ou acima do peso
Deltóide, Glúteo, Ventro
Glúteo
Vasto Lateral
30 mm
25 mm
Crianças a partir de 2 anos
perfil magro
Vasto Lateral e Glúteo 20 mm
Crianças acima de 2 anos
perfil normal
Vasto Lateral e Glúteo 25 mm
Adolescente e adulto
perfil magro
Glúteo, Ventro Glúteo 30 mm
25 mmDeltóide, Vasto Lateral
Vasto Lateral 20 mmCrianças menores de 2 anos
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BD Solomed™ 3mL
com agulha 0,70 x 25
BD Solomed™
5mL com agulha
0,70 x 25
BD Solomed™ 3mL
com agulha 0,70 x 30
BD Solomed™ 3mL
com agulha 0,80 x 25
BD Solomed™ 3mL
com agulha 0,80 x 30
Apresentações da Seringa BD SoloMedTM disponíveis para as farmácias
0,70 mm é a medida do calibre e
30 mm a medida do comprimento
(SISTEMA MÉTRICO).
22G (gauge) é a medida do calibre
e 1 1/4 “ (em polegadas) é a medida
do comprimento (SISTEMA INGLÊS).
Jornal BD Mão Boa 5
Referências bibliográficas:
• BEYEA, S. C.; NICOLL, L. H. Administração de medicamentos por via intramuscular: uma
revisão abrangente da literatura e um protocolo baseado em pesquisa para o procedimento.
Applied Nursing Research, vol.8, n.1, 1995.
• CARVALHO, V.T.; CASSIANI, SHB; CHIERICATO, C. Erros mais comuns e fatores de risco na
administração de medicamentos em unidades básicas de saúde. Rev. Latino-Am. Enferma-
gem, Ribeirão Preto, v. 7, n. 5, p. 67-75, dezembro 1999.
• CASSIANI SHB & RANGEL SM. Complicações locais pós-injeções intramusculares em adultos:
revisão bibliográfica, Medicina, Ribeirão Preto, 32: 444-450, out./dez. 1999.
O que pode acontecer se o profissional
escolher uma agulha de comprimento
inadequado?
Supondo que, ao realizar um procedimento injetável,
o aplicador utilize uma agulha de comprimento menor
do que o adequado para o perfil corpóreo do cliente, o
tratamento pode ficar comprometido. Nesta situação,
principalmente em se tratando de pessoas obesas que
possuem uma camada de tecido de gordura mais espes-
sa, a agulha pode não ter comprimento suficiente para
alcançar o tecido muscular e a aplicação acaba sendo
feita no tecido subcutâneo. Se isso acontecer, o tempo
de absorção será retardado e o efeito do medicamento
ficará reduzido, o que implicará negativamente no tra-
tamento prescrito.
Como escolher o calibre das agulhas
A seleção de um calibre depende da viscosidade do
líquido a ser injetado. Assim, para medicamentos aquo-
sos (vitamina B12, por exemplo), utiliza-se agulhas de
calibre 0,7 mm. Para medicamentosdo tipo suspensões
ou oleosos, como é o caso da maioria dos anticoncep-
cionais, utiliza-se agulhas de calibre 0,8 mm.
O que pode acontecer se me enganar em
relação ao calibre escolhido?
Medicamentos oleosos, por serem viscosos, podem
oferecer maior resistência e dificuldade no preparo e
na administração quando se utiliza um calibre 0,7 mm,
o que não ocorrerá se utilizarmos uma agulha de cali-
bre 0,8 mm. Já no uso de medicamentos do tipo sus-
pensão há o risco de entupimento da agulha, que será
minimizado com o preparo e a aplicação usando agu-
lhas de 0,8 mm.
BD Solomed™ 3mL c/ agulha 0,70 x 25
BD Solomed™ 5mL c/ agulha 0,70 x 25
BD Solomed™ 10mL c/ agulha 0,70 x 25
BD Solomed™ 3mL c/ agulha 0,70 x 30
BD Solomed™ 5mL c/ agulha 0,70 x 30
BD Solomed™ 3mL c/ agulha 0,80 x 25
BD Solomed™ 5mL c/ agulha 0,80 x 25
BD Solomed™ 3mL c/ agulha 0,80 x 30
BD Solomed™ 5mL c/ agulha 0,80 x 30
0,70 x 25
0.70 x 30
0,80 x 25
0,80 x 30
22 G 1
22 G 1 1/4
21 G 1
21 G 1 1/4
Sistemas de
identificação do
tamanho da agulha
Apresentações
de
Seringas
Cor do
Canhão
da agulha
Métrico
(mm x mm)
Inglês
Gauge / Polegadas
Preto
Verde
Portanto, para que não ocorra nenhum tipo de complicação du-
rante ou após a administração do medicamento injetável, é indis-
pensável que o profissional saiba escolher a seringa e a agulha
adequadas para o procedimento, executar a técnica correta para a
aplicação, orientar o cliente e procurar o farmacêutico quando
surgir qualquer dúvida.
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Vale lembrar que a cor do canhão tem padrão mundial e facilita
a identificação do calibre da agulha. Veja abaixo as diversas apre-
sentações de seringas BD SoloMedTM disponíveis com agulhas de
calibre e comprimento diferenciados.
BD Solomed™ 10mL
com agulha 0,70 x 25
BD Solomed™ 5mL
com agulha 0,70 x 30
BD Solomed™ 5mL
com agulha 0,80 x 25
BD Solomed™ 5mL
com agulha 0,80 x 30
6 Jornal BD Mão Boa
Um risco evitável: reencape de agulhas
O que são Precauções-Padrão, antes
denominadas Precauções Universais?
Quando foram estabelecidas e para que
servem?
– Profª Maria Meimei Brevidelli - Pre-
cauções-Padrão são um con-
junto de recomendações para
garantir a segurança de profis-
sionais cuja rotina envolve
contato direto com material
biológico, como sangue e se-
creções orgânicas e manuseio
de material perfurocortante,
como agulhas hipodérmicas e
lancetas, entre outros. Elas fo-
ram estabelecidas pelo CDC
de Atlanta na década de 80,
como consequência do fato de
profissionais de saúde terem
adquirido o HIV acidental-
mente em agulhas contamina-
das com sangue soropositivo
para este vírus. Por isso, as Precauções-
Padrão recomendam o uso de EPIs,
como luvas, sempre que houver risco
de contato com sangue em aplicações
de injetáveis. Outra recomendação fun-
damental é nunca reencapar agulhas,
mas sempre descartá-las após o uso, em
recipientes apropriados para isso.
Há risco de acidente percutâneo
quando se reencapa agulhas?
– Profª Maria Meimei - Isso está bas-
tante documentado na literatura cientí-
fica e o risco é de 0,3% a 0,4% para o
HIV. Ou seja, em cada 300 picadas aci-
dentais de agulha com sangue contami-
nado com o HIV, uma ocasionará a con-
taminação com este vírus. No entanto,
isso pode ser considerado um risco re-
lativamente pequeno quando compara-
do ao da aquisição do vírus das hepati-
tes B e C, que estão entre 30% e 10%.
Por isso, as Precauções-Padrão recomen-
dam que se manipule os objetos perfu-
rocortantes com extremo cuidado e
proíbe a prática de reencapar agulhas,
Para os profissionais de farmácias, o risco de acidente com perfurocortante está presente na
administração de medicamentos injetáveis. Segundo a professora titular do Curso de Graduação em
Enfermagem da UNIP SP, Maria Meimei Brevidelli, a única e melhor forma de evitar a
contaminação destes profissionais por infecções sérias como a AIDS e hepatites B e C constitui-se no
uso adequado das precauções-padrão. Nesta entrevista, a ela aborda o risco de contaminação por
punção acidental no reencape de agulhas após a aplicação de medicamentos injetáveis em farmácias.
pois esta é uma fonte importante deste
tipo de acidente. Segundo o CDC, no
mundo todo já existem cerca de 40 pro-
fissionais da saúde que adquiriram o
HIV no trabalho.
Há comprovação que nos dias de
hoje os profissionais ainda reencapam
agulhas?
– Profª Maria Meimei - Estudos cientí-
ficos realizados com profissionais da
saúde nos Estados Unidos, na Europa e
mais recentemente na América Latina,
na Ásia e até na África são unânimes
em reconhecer que o hábito do reenca-
pe ainda permanece. Um artigo recente
que revisou as publicações sobre essa
prática, apontou índices entre 2% a
70%. Diversos aspectos interferem no
comportamento dos profissionais de
saúde para seguir ou não as precauções.
Muitos desses aspectos são crenças pes-
soais. Por exemplo, alguns profissionais
têm baixa percepção do risco, pois sem-
pre procederam desta maneira e nada
aconteceu. Ou seja, o acidente percutâ-
neo parece estar muito distante da rea-
lidade do profissional. Outros alegam
que se esquecem de não reencapar agu-
lhas, pois já é um hábito. Para estes, dei-
xar de reencapar significa ter que mu-
dar o próprio comportamento, o que
nunca é muito fácil. De certa forma, es-
sas justificativas expressam que os pro-
fissionais percebem mais barreiras para
não reencapar agulhas do que os bene-
fícios de seguir essa recomendação.
O tempo de experiência do
profissional tem influência na
adesão à recomendação de não
reencapar agulhas?
– Profª Maria Meimei - Sim,
existem evidências científicas
dessa relação. Alguns profissi-
onais com muitos anos de ex-
periência têm menor probabi-
lidade de seguir as recomen-
dações, por terem aprendido
a reencapar agulhas durante
sua formação profissional.
Antes das Precauções-Padrão
serem divulgadas, esta prática
foi aceita como segura por lon-
gos anos. Porém, muitos profissionais
se acidentavam e adquiriam hepatite B.
No entanto, como dizia Janine Jagger,
uma das primeiras pesquisadoras a es-
tudar os riscos com acidentes com agu-
lhas, “um problema pode existir, mes-
mo quando não enxergamos”. Esse ris-
co é real e precisa ser divulgado.
A qualidade de alguns coletores de
perfurocortantes pode ser considerada
um motivo de reencape de agulhas pe-
los profissionais?
– Profª Maria Meimei - Sim. A realida-
de dos serviços de saúde fora dos gran-
des centros urbanos no Brasil muitas
vezes é assustadora. Quando o estabe-
lecimento não oferece recursos adequa-
dos, a única e pior forma do profissio-
nal de saúde lidar com o problema é
improvisar ou “dar um jeitinho”. É o
que acontece no caso das latas de leite
vazias, garrafas pet e outros recipientes
usados para descartar os perfurocortan-
tes. Isso é extremamente perigoso, pois
aumenta a chance dos profissionais re-
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O reencape, que é o procedimento de recolocar o protetor da agulha,
é uma das maiores causas de acidentes com perfurocortantes.
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Jornal BD Mão Boa 7
Veja o que dizem os CRF
de MG, SP e PE
cauções-Padrão, criando assim uma cul-
tura de segurança na farmácia. É preci-so deixar claro que a segurança da equi-
pe é prioridade para a chefia.
É importante também ressaltar o uso
de técnica asséptica na administração
de medicamentos. Isso implica em usar
seringas e agulhas estéreis sob um bal-
cão limpo e organizado e nunca reuti-
lizar uma agulha usada para qualquer
fim. Além disso, há medidas adminis-
trativas para estimular o procedimen-
to adequado:
a) registrar e analisar o tipo e as
causas dos acidentes;
b) incluir a adesão às precauções na
avaliação de desempenho;
c) “premiar” os profissionais que
usam adequadamente as
precauções.
A professora acredita que o uso de
seringas e agulhas com dispositivos de
segurança, como determina a NR 32,
possa eliminar o hábito de reencapar
as agulhas e reduzir o número de casos
de acidentes com perfurocortantes?
– Profª Maria Meimei - Mundialmen-
te, o uso de material perfurocortante
com dispositivo de segurança é consi-
derado estratégia prioritária para mi-
nimizar a ocorrência de acidentes per-
cutâneos. Há aproximadamente 10
anos, o governo americano realizou um
estudo multicêntrico em instituições de
saúde, para mensurar os custos diretos
com exames laboratoriais de controle,
e indiretos com afastamento do traba-
lho por estresse emocional, devido a aci-
dentes desse tipo. Esse custo foi com-
parado ao de substituir os recursos por
Referências bibliográficas:
• Gamon J, Morgan-Samuel H, Gould D. A review
of evidence for suboptimal compliance of
healthcare pratictitioners to standard/ univer-
sal infection control precautions. J Clinical Nurs
2007;17: 157-67.
• Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chiarello L,
2007 Guideline for isolation precautions:
preventing transmission of infectious agents
in healthcare settings. Available from: http://
www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/isolation
2007.pdf
materiais seguros, supostamente mais
caros, pois envolvem novas tecnolo-
gias. Ficou evidente que era mais bara-
to comprar materiais com dispositivos
de segurança do que arcar com os cus-
tos dos acidentes.
Em 2000, o então presidente dos
EUA, Bill Clinton, promulgou uma lei
federal obrigando as instituições de
saúde a substituir todos os tipos de ob-
jetos perfurocortantes por similares
com dispositivos de segurança. Caso
isso não fosse feito e um profissional
de saúde se acidentasse com um obje-
to não seguro que, supostamente de-
veria ter sido substituído, as penalida-
des seriam altíssimas. Daí nasceu aqui
no Brasil essa recomendação da NR-
32 para uso de dispositivo de seguran-
ça. Acredito que a medida seja funda-
mental para reduzir este tipo de aci-
dente, pois é bastante óbvio supor que
quanto menos material perfurocortan-
te o profissional de saúde manipular,
menor o risco de acidentes.
encaparem agulhas ou se picarem com
agulhas descartadas que ficam mal
acomodadas.
Muito antes da NR-32, as normas de
segurança no trabalho exigem que todo
empregador ofereça condições ambien-
tais adequadas ao trabalhador, o que
neste caso significa usar coletores de per-
furocortantes que seguem os padrões do
INMETRO. É preciso denunciar as ins-
tituições de saúde que infringem as leis
de segurança do trabalho.
Em sua opinião, como promover maior
concientização dos profissionais de far-
mácia sobre as Precauções-Padrão?
– Profª Maria Meimei - Todos os pro-
fissionais de saúde precisam ser treina-
dos e orientados constantemente para
garantir a segurança no trabalho. Acre-
dito que isso seja mais fácil quando o
ambiente de trabalho e a equipe são
menores, como é o caso das farmácias.
Numa reunião com o grupo de fun-
cionários as orientações podem ser da-
das de maneira simples, com a ajuda de
folhetos explicativos. O importante é
destacar:
a) os riscos a que os funcionários
estão sujeitos com manuseio de
perfurocortantes;
b) a maneira correta de descartar os
perfurocortantes, e que esta é a
melhor forma de prevenir os riscos
mencionados.
 Também é fundamental discutir quais
são as dificuldades que a equipe encon-
tra para seguir essas recomendações.
Uma questão relevante é o papel do far-
macêutico: ele precisa ser um modelo e
sempre fazer o uso adequado das Pre-
Medidas de Precauções-Padrão recomendadas para os
profissionais que aplicam medicamentos injetáveis
�evitar desconectar a agulha da seringa e
desprezar o conjunto imediatamente após o
uso em recipiente de descarte apropriado;
�nunca entortar ou manusear agulhas antes
de desprezá-las.
Usar as Precauções-Padrão significa usar a máxima
“é melhor prevenir do que remediar”. Portanto,
recomenda-se:
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Profa. Maria Meimei Brevidelli
Há futuro para as farmácias independentes?
O Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada (CPDEC) ligado à Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), produziu um amplo estudo sobre o futuro das farmácias no
Brasil. O levantamento relata que as vendas no comércio farmacêutico dobrarão até a metade da
década, atingindo 100% de crescimento ao longo dos próximos cinco anos. O estudo destaca que
esse forte crescimento será embasado, principalmente, pela alta do consumo per capita dos
brasileiros, que saltará dos atuais US$ 52 para US$ 68 em cinco anos. Nesta entrevista, o diretor do
CPDEC e coordenador da pesquisa, Prof. Rodnei Domingues, explica as oportunidades para as
farmácias independentes dentro deste panorama de crescimento econômico.
O CPDEC desenvolveu um amplo es-
tudo sobre o futuro das farmácias no
Brasil. Em linhas gerais, o que é tra-
tado neste trabalho e o que os resulta-
dos apontam para a atividade dos es-
tabelecimentos farmacêuticos nos pró-
ximos anos?
– Prof. Rodinei Domingues - O objeti-
vo dos nossos estudos foi o de analisar
as tendências e prever os mais prová-
veis cenários futuros. Com o cresci-
mento do Brasil e da atividade do mer-
cado no comércio farmacêutico, o mer-
cado de medicamentos irá dobrar nos
próximos 6 anos. O número de farmá-
cias crescerá menos que o mercado, por-
tanto aumentará o número de clientes
por farmácia. Embora esses dados se-
jam positivos, por si só eles não garan-
tem o sucesso de todas as farmácias
existentes hoje. É evidente que é mui-
to mais fácil crescer e progredir em um
mercado crescente, mas para isso será
necessário esforço.
Sua pesquisa destaca o crescimento das
vendas no canal farma em até 100%
nos próximos 5 anos e que o avanço
no consumo será alavancado princi-
palmente pelas classes de menor ren-
da. Como as farmácias independentes
devem se preparar agora para conquis-
tar esta fatia do mercado?
– Prof. Rodinei - O crescimento do
consumo será conseqüência do cresci-
mento da renda da população em ge-
ral, especialmente das classes menos fa-
vorecidas. Por essa razão, as farmácias
independentes que estão na periferia,
distantes dos grandes concorrentes, te-
rão a oportunidade de crescer e se con-
solidar, mas para isso terão que ser
ágeis. Atendimento personalizado e
produtos destinados às classes C e D
farão parte do diferencial dessas lojas.
A prestação de serviços à população de
forma geral, como descreve a RDC 44,
é uma estratégia para estes estabeleci-
mentos, conhecidos como “farmácias
de bairro”, manterem-se e crescerem
nos próximos anos.
Neste contexto de prestação de servi-
ços, que papel o profissional de far-
mácia poderá exercer no atendimento
aos portadores de doenças crônicas
como diabetes e hipertensão? O pro-
fissional poderá ser um agente de edu-
cação para os clientes que têm ou con-
vivem comestas doenças?
– Prof. Rodinei - As farmácias de bair-
ro terão que gerenciar o relacionamen-
to com seus clientes e, para isso, os pro-
fissionais destes estabelecimentos de-
verão registrar as informações relevan-
tes a respeito de seus consumidores,
principalmente aqueles que utilizam
medicamentos de uso contínuo, como
por exemplo no caso de produtos para
o tratamento do diabetes e da hiper-
tensão. A farmácia não pode se limitar
apenas à venda de medicamentos, mas
também precisa fazer o acompanha-
mento do tratamento dos seus clien-
tes. Desta forma, a farmácia assumirá
um papel importante no controle da
enfermidade, e poderá conquistar a fi-
delidade de seus clientes.
Para a farmácia independente sobre-
viver nos próximos 5 anos, o Prof. Rod-
nei Domingues recomenda, em linhas
gerais, enxugar processos, desenvolver
novas capacidades e construir relaciona-
mento com a clientela. Será necessário
que o empresário do segmento gerencie
5 indicadores fundamentais, conforme
ilustrado no quadro ao lado.
INDICADORES DE GESTÃO DA FARMÁCIA INDEPENDENTE
Mix de produto – ter os
produtos que a clientela deseja
aos preços de mercado.
Equipe – possuir uma equipe de
profissionais capacitada a atender
bem os clientes.
Estoque – manter o estoque
necessário. Não permitir a falta,
nem o excesso.
Despesas – controlar as
despesas mantendo-as dentro
dos limites orçamentários.
Atratividade – uma loja bem
montada, limpa e agradável,
por fora e por dentro, aliado a
boas campanhas de marketing.
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Prof. Rodnei Domingues
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