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TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS
TIPOS TEXTUAIS são sequências textuais que apresentam determinadas especificidades linguísticas. Os tipos se materializam nos GÊNEROS TEXTUAIS, que são os textos que circulam na sociedade (bilhetes, cartas, receitas culinárias, atestado, requerimentos, cheques, avisos, ofícios...). Existem, apenas, cinco tipos textuais: a 1exposição, a 2descrição, a 3narração, a 4dissertação/argumentação e a 5injunção. Quanto aos gêneros, estes existem em número infinito. Alguns surgem, outros desaparecem em função das necessidades sociais de comunicação. 
Em geral, é possível identificar mais de um tipo num mesmo gênero textual, como uma carta, por exemplo, em que pode haver alguns trechos descritivos e outros narrativos. Haverá um tipo, entretanto, que predominará na superfície textual. Esse predomínio está ligado ao objetivo principal do produtor do texto, que pode ser: 1expor fatos, dados, resultados de uma pesquisa; 2apresentar características de determinado objeto, local ou pessoa; 3contar uma história, apresentando fatos que se sucederam em determinado tempo e em determinado espaço; 4emitir sua opinião sobre determinado tema, 5levar o leitor a executar uma tarefa, por meio da apresentação de comandos.
	Vejamos alguns exemplos:
TEXTO 1 – Verbete de dicionário (adaptado)
MOLA – Peça elástica, em geral metálica, espiralada ou helicoidal, que reage quando vergada, distendida ou comprimida.
(Dicionário Aurélio)
TEXTO 2 – Modo de preparar macarrão instantâneo
Ferva dois copos e meio de água (450ml);
adicione o macarrão e cozinhe por 3 min;
retire do fogo e misture o tempero.
TEXTO 3 – Reportagem (excerto)
Mulheres ganham menos do que os homens, aponta Censo
A renda das mulheres representava apenas 70% da renda dos homens em 2010, segundo os Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira.
Segundo a pesquisa, o rendimento médio mensal das mulheres foi calculado em R$ 983, enquanto a dos homens foi de R$ 1.392. 
A diferença variou de 70,3% na região Sul (R$ 1.045 para as mulheres e R$ 1.486 para os homens) a 75,5% na região Norte (R$ 809 das mulheres contra R$ 1.072 dos homens). 
Os percentuais da parcela feminina também foram maiores que os da masculina nas classes sem rendimento (43,1% e 30,8%), até meio salário mínimo (8% e 4,6%) e até um salário mínimo (21,5% e 20,8%). 
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1007151-mulheres-ganham-menos-do-que-os-homens-aponta-censo.shtml 
Acesso em: 01/03/2012
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TEXTO 4 - Crônica
PNEU FURADO
	O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha. Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo: “Pode deixar”. Ele trocaria o pneu.
	- Você tem macaco? - perguntou o homem.
	- Não - respondeu a moça.
	- Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
	- Não - disse a moça.
	- Vamos usar o meu - disse o homem.
	E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro.
	- Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
	- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
	- Coisa estranha.
	- É uma compulsão. Sei lá. 
Luis Fernando Verissimo
TEXTO 5 – Artigo de opinião	
Democracia Analfabeta
 Um dos aspectos em que o país mais progrediu no que diz respeito à democracia é o crescimento relativo do eleitorado em relação à população total do país. Antes do início do regime militar, os eleitores eram cerca de 20% da população. Agora, em 1998, são cerca de 66%. Tal progresso se deveu em parte à extensão do direito de voto aos analfabetos.
 No entanto – e muito grave - a cidadania da grande parte desse eleitorado ainda é limitada. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, mais de 66% dos eleitores não completaram o primeiro grau, ou seja, as oito séries do Ensino Fundamental.
 Ainda pior, pelo menos cerca de 31% do eleitorado é com certeza constituído de analfabetos totais ou funcionais. Isto é, aquelas pessoas que não são instruídas o suficiente para entenderem textos rudimentares, as que não foram educadas o bastante para utilizar com mínimo proveito prático a pouca instrução que receberam. Trata-se em geral de cidadãos que não completaram quatro anos de escola.
 Ou seja, irá às urnas um enorme contingente de brasileiros que praticamente só pode se informar sobre o país por meio audiovisuais. O problema é que a própria absorção das informações transmitidas por esses meios é limitada ou prejudicada pelo fato de que esses cidadãos não têm como contextualizá-las e compreendê-las adequadamente, por falta de maiores referências culturais, o que a leitura poderia oferecer. 
 Com a falta de instrução, fica prejudicada a pluralidade de informações a que o leitor tem acesso. É também limitado o diálogo entre candidatos e cidadãos que, por deficiência educacional, não desfrutam do direito de poder ser convenientemente esclarecidos sobre as questões públicas em jogo. É devido à pobreza e a tal desastre na educação que o marketing eleitoral de baixo nível e a política de favor encontram espaço para progredir e, infelizmente, ter sucesso. O que representa grande ameaça à democracia.
Gilberto Dimenstein
(Folha de S. Paulo, 04 /08/ 1998)
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