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Caso Concreto 03

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1
Aluna: 
Turma: 
Disciplina: Direito Civil II
Caso Concreto – Aula 03
Caso Concreto 1 
Adoaldo compromete-se a entregar a Ivan, em razão de um contrato de compra e venda o livro Curso de Direito Civil, v. II, de Carlos Roberto Gonçalves, Editora Saraiva, até o dia 02 de outubro de 2012. Ivan pagou pelo livro o equivalente a R$ 80,00 (oitenta reais). Com relação ao livro identifique: 
Accipiens e Solvens; Objeto Imediato e Objeto Mediato. 
Adoaldo é o solvens da obrigação, pois tem o dever de transmitir a propriedade do objeto imediato que é a prestação, enquanto Ivan é o accipiens, este é obrigado a entregar o objeto mediato (contraprestação), que no caso concreto é a quantia de R$ 80,00.
Suponha que Adoaldo, descuidado, perdeu o livro e não poderá entregá-lo no dia combinado e, por isso, Ivan não poderá estudar para a prova que se realizará no dia 06 de outubro. O que acontece com essa obrigação? Justifique sua resposta.
Na situação hipotética podemos dizer que Adoaldo tinha a obrigação de dar coisa certa, diante do descumprimento passa a assumir uma responsabilidade (se dá através do descumprimento de uma obrigação) de ressarcir voluntariamente Ivan, essa sendo a forma esperada de resolução da obrigação. Caso não ocorra essa devolução voluntária da quantia já paga, Ivan poderá pleitear ação para que Adoaldo solva a divida, pois como citado pelo doutrinador Antunes Varela “a responsabilidade se refere à sujeição do patrimônio, em caso de descumprimento, pela utilização da força cogente estatal”. Conforme descrito no art.239 CC/2002, Adoaldo terá que indenizar o equivalente pela quantia debitada anteriormente mais perdas e danos. 
Analise o relato a seguir e aponte pelo menos cinco erros na assertiva referente ao problema (cada erro encontrado deve ser indicado e corrigido corretamente). Os cinco erros encontrados devem ser corrigidos (reescrever a frase ou expressão apontando o erro que se pretende corrigir) e, quando for possível, corrigi-lo indicando o artigo respectivo!
 Carlos empresta gratuitamente a Andreza, em razão de um contrato de comodato, a casa localizada na Rua Enzo Ferrari, n. 27. Andreza se comprometeu a devolvê-la em perfeitas condições até o dia 02 de outubro de 2009. Pode-se afirmar que, quanto à casa, Andreza é solvens e Carlos accipiens. Trata-se de uma obrigação moral, divisível, simples, de trato sucessivo e condicional. A sua fonte mediata é a lei e a fonte imediata obrigação de dar coisa certa. O seu objeto imediato é o contrato de comodato e o objeto mediato é a casa, que pode ser substituída por outra de valor equivalente caso Andreza por qualquer motivo não consiga devolvê-la. Imagine que no dia anterior à devolução começa a chover o que ocasiona o alagamento do bairro onde está localizada a casa e consequente deterioração do imóvel. Neste caso Carlos deverá receber a casa tal qual se ache, sem direito à indenização, nos termos do art. 234, CC. Em outra situação, suponha que Andreza, intencionalmente ateou fogo ao imóvel, destruindo-o completamente, pode-se, então, afirmar que Carlos não poderá exigir perdas e danos nos termos do art. 234, CC.
Andreza --> accipiens (obrigação de restituir coisa certa)
Carlos --> solvens (obrigação de dar coisa certa)
Obrigação Civil, pois terá que restituir coisa certa
Indivisível, dada a razão do negocio jurídico do contrato de comodato conforme art.258,CC/2002.
Não poderá ser substituída por outra de valor equivalente, porque é objeto infungível, salvo se a outra parte assim quiser.
Carlos poderá exigir o equivalente mais perdas e danos nos termos do art.239,CC/2002.
Questão Objetiva 
(FCC TJ-GO 2012) Antonio obrigou-se a entregar a Benedito, Carlos, Dario e Ernesto um determinado touro reprodutor, avaliado em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Embora bem guardado e bem tratado em lugar apropriado e seguro, o animal morreu afogado em inundação causada por fortes chuvas. Nesse caso, a obrigação é 
a) de dar coisa certa, indivisível, resolvida para ambas as partes com ausência de culpa do devedor, ante o perecimento do objeto. 
b) indivisível, com o perecimento do objeto por culpa do devedor. 
c) indivisível e tornou-se divisível com o perecimento do objeto, sem culpa do devedor. 
d) solidária, devendo o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) ser entregue a qualquer dos credores, em lugar do objeto perecido. 
e) de dar coisa certa, indivisível, devendo o devedor entregar a indenização a todos os credores.
Referencias:
DIREITO CIVIL. DESNECESSIDADE DE PEDIDO EXPRESSO DO PROMITENTE COMPRADOR, EM AÇÃO DE RESOLUÇÃO DE CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA, PARA RESTITUIÇÃO DO PREÇO PAGO.
O juiz, ao decretar a resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel, deve determinar ao promitente vendedor a restituição das parcelas do preço pagas pelo promitente comprador, ainda que não tenha havido pedido expresso nesse sentido. A resolução, própria dos contratos bilaterais, consiste basicamente na extinção do contrato pelo inadimplemento definitivo do devedor, constituindo direito formativo extintivo, pois ocasiona, com o seu exercício, a desconstituição da relação obrigacional e a liberação do credor e do devedor de suas obrigações (eficácia liberatória). Além disso, resulta também da resolução do contrato uma nova relação obrigacional, a relação de liquidação, na qual serão tratados os direitos do credor e do devedor à restituição das prestações já efetivadas e o direito do credor à indenização por perdas e danos. A eficácia restitutória constitui, portanto, consequência natural e indissociável da resolução do contrato. Assim, na ação de resolução de contrato de compra e venda, não há necessidade de o devedor, na contestação ou em reconvenção, requerer a devolução das prestações entregues ao credor, a qual pode e deve ser determinada de ofício pelo juiz como decorrência lógica da decretação de resolução do contrato. Importante ressaltar, ainda, que o credor, da mesma forma e em decorrência do mesmo pedido de resolução, também possui o direito de receber eventuais prestações entregues ao devedor. Precedentes citados: REsp 300.721-SP, Quarta Turma, DJ 29/10/2001, e REsp 97.538-SP, Terceira Turma, DJ 8/5/2000. REsp 1.286.144-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 7/3/2013.
Livro – Cristiano Farias Chaves V2 – Direito das Obrigações

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