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Caso Concreto 07


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Aluna: 
Turma: 
Disciplina: Direito Civil II
Caso Concreto – Aula 07
Caso Concreto 1 
(CESCRANRIO – BNDES – 2010 – adaptada) Caio e Trício formalizaram contrato de conta-corrente com um Banco, tendo recebido talões de cheque para movimentação da conta. Trício emitiu um cheque no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) sem a devida provisão de fundos. Aduzindo existir solidariedade passiva entre os correntistas, o Banco comunicou o evento aos órgãos de proteção ao crédito, com inscrição de Caio e Trício como devedores. Inconformado, Caio postulou ao Banco a retirada do seu nome dos citados órgãos de proteção ao crédito, o que foi indeferido administrativamente. Observando o instituto da solidariedade identifique quem tem razão o Banco ou Caio? Explique sua resposta. 
No caso concreto assiste razão a Caio, pois mesmo havendo solidariedade ativa entre os correntistas, quando se trata de cheque, cabe apenas ao que emitiu o cheque responder as sanções previstas. O STJ entende desta forma essa matéria. 
Conforme o art. 265 CC/2002 “a solidariedade não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes”. Não podendo o banco negativar o nome de Caio junto aos órgãos de proteção ao crédito.
Ementa: 
DANO MORAL. CONTA CONJUNTA. CHEQUE.
É ativa a solidariedade decorrente da abertura de conta-corrente conjunta, pois cada correntista movimenta livremente aconta. Ademais, o cheque sujeita-se aos princípios gerais do direito cambial, especialmente, ao princípio da literalidade, e o art. 1º, VI, da Lei n. 7.357/1985 estabelece, como requisito do cheque, a assinatura do emitente sacador. Assim, a responsabilidade pela emissão de cheque sem provisão de fundos é exclusiva daquele que opôs sua assinatura na cártula. Dessa forma, o cotitular da conta-corrente que não emitiu o cheque sem provisão de fundos é estranho ao título, por isso não pode ser penalizado com a negativação, como inadimplente, de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito. Consequentemente, para a jurisprudência deste Superior Tribunal, a inscrição indevida nos cadastros de proteção ao crédito ocasiona dano moral. Com esse entendimento, a Turma julgou procedente o pedido de compensação por danos morais, bem como da retirada do nome da recorrente dos cadastros de proteção ao crédito. REsp 981.081-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/3/2010.
Informativo nº 0279
Período: 27 a 31 de março de 2006.
Caso Concreto 2 
(CESPE – Promotor – MPE-ES/2010) Carlos, Pedro e Gustavo, irmãos, maiores de idade, casados e com filhos, contrataram os serviços de uma empresa para o fornecimento das bebidas a serem servidas na festa de aniversário de seu pai. Pagaram metade do valor combinado no ato da contratação, ficando acertado que o restante seria pago após a prestação do serviço, convencionando-se a solidariedade dos devedores. Com base na situação hipotética acima apresentada, a morte de um dos irmãos terá o poder de romper a solidariedade.
Com base no art.276 CC/2002 na situação hipotética não poderá ser dissolvida a solidariedade tendo em vista, que cada herdeiro corresponde por sua cota parte na obrigação solidária e quando reunidos são considerados um devedor solidário. Sendo assim o credor pode cobrar a outra metade para um dos irmãos sobreviventes ou diretamente no espólio do irmão falecido.
EMENTA:
 AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA- DANOS MORAIS- APELAÇÃO- DEVEDORES SOLIDARIOS- FALECIMENTO DE UM DEVEDOR- RENUNCIA- NÃO COMPROVADA.
- É cediço que conforme legislação vigente, com base no art. 264, do CC, há solidariedade, quando na mesma obrigação concorrem mais de um credor ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigação, a dívida toda.
- Caso não haja bens em nome do devedor solidário falecido, aplica-se o disposto no art. 275, do CC.
- Em qualquer espécie de renúncia, esta não se presume, deve ser feita de forma clara.
AGRAVO DE INSTRUMENTO-CV Nº 1.0313.08.260328-0/004 - COMARCA DE IPATINGA - AGRAVANTE(S): EMPRESA COMUNICAÇÃO DIARIO POPULAR LTDA - AGRAVADO(A)(S): IZABEL VIEIRA LEITE - INTERESSADO: ANNA SYLVIA RODRIGUES E SILVA, RODRIGO NETO
Questão Objetiva 1 
(FCC – TJMS 2009) Na solidariedade ativa, 
a) se um dos credores falecer deixando herdeiros, cada um destes terá direito a receber a integralidade do crédito do finado. 
b) mais de um credor está obrigado à divida toda. 
c) mais de um devedor pode exigir a dívida toda. 
d) convertendo-se a prestação em perdas e danos não mais subsiste a solidariedade. 
e) cada um dos credores tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. 
Questão Objetiva 2 
(TJ/SP - 2003) Tornando-se impossível a prestação por culpa de um dos devedores solidários, 
a) subsiste para todos os encargos de pagar o equivalente e as perdas e danos decorrentes da impossibilidade. 
b) os devedores solidários não culpados respondem somente pelo encargo de pagar o equivalente. 
c) fica insubsistente a solidariedade passiva, passando o devedor que impossibilitou a prestação a responder isoladamente pelo encargo de pagar o equivalente e pelas perdas e danos decorrentes. 
d) os devedores solidários não culpados respondem somente por perdas e danos decorrentes da impossibilidade.