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cap 11 ECG normal GUYTON

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CAP 11 – O ECG NORMAL
Características do ECG normal
O ECG normal é composto pela onda P, pelo complexo QRS e pela onda T. O complexo QRS tem com frequência, mas não sempre, 3 ondas distintas: Q, R e S.
A onda P é produzida pelos potenciais elétricos gerados quando os átrios se despolarizam, antes de a contração atrial começar. O complexo QRS é produzido pelos potencias gerados quando os ventrículos se despolarizam antes de sua contração, enquanto a onda de despolarização se propaga pelos ventrículos. Portando, tanto a onda P como os componentes da QRS são ondas de despolarização.
A onda T é produzida pelos ventrículos quando se restabelecem do estado de despolarização, então é conhecida como onda de repolarização.
Ondas de despolarização versus ondas de repolarização
A cor vermelha indica a despolarização. Durante a despolarização, o potencial negativo normal presente no interior da fibra se inverte, ficando levemente positivo no interior e negativo no exterior.
Relação entre o potencial de ação monofásico do musculo ventricular e as ondas QRS e T do ECG. O potencial de ação monofásico do ventrículo dura 0,25 a 0,30 segundos. Com um minieletrodo inserido no interior de uma fibra muscular ventricular temos: a deflexão inicial, ascendente e íngreme desse potencial de ação é produzida pela despolarização, e o retorno do potencial a linha de base é causado pela repolarização.
Com um registro simultâneo de um ECG, nesse mesmo ventrículo: nenhum potencial é registrado no ECG quando o musculo ventricular está completamente polarizado ou completamente despolarizado. Somente quando o musculo está em parte polarizado e em parte despolarizado é que a corrente flui de uma parte dos ventrículos para outra, e consequentemente, flui também a superfície do corpo, permitindo o registro eletrocardiográfico.
Relação entre a contração atrial e a ventricular e as ondas do ECG
A onda P ocorre no inicio da contração dos átrios, e o complexo QRS de ondas ocorre no inicio da contração dos ventrículos. Os ventrículos permanecem contraídos até que a repolarização tenha ocorrido, ou seja, até o final da onda T.
Os átrios se repolarizam cerca de 0,15 a 0,20 s, após o término da onda P. Quase nesse mesmo instante, o complexo QRS está sendo registrado no ECG. Como consequência, a onda de repolarização atrial (onda T atrial) é encoberta pelo complexo QRS que é muito maior.
A onda de repolarização ventricular é a onda T. A repolarização do musculo ventricular começa em algumas fibras, cerca de 0,20 s após o inicio da onda de despolarização (QRS) mas em muitas outras fibras demora até 0,35 s. Assim, o processo de repolarização ventricular se estende por período longo, cerca de 0,15 s. Por isso, a onda T do ECG é uma onda de duração longa, mas sua voltagem é consideravelmente menor que a QRS, em parte por causa de sua duração prolongada.
Calibração da voltagem e do tempo pelo ECG
Cada 10 linhas horizontais correspondem a 1 mv, as linhas horizontais acima da linha de base indicam valores positivos, e as que estão abaixo da linha de base indicam valores negativos.
As linhas verticais do ECG são as linhas de calibração do tempo. Um ECG típico tem velocidade de impressão de 25 mm/s. Portanto, cada 25 mm da direção horizontal correspondem a 1 s, e cada segmento de 5mm, indicado por linhas verticais escuras, representam 0,20s, e são divididos em 5 intervalor menores que representam 0,04 s.
Intervalo P-Q ou P-R. O tempo decorrido entre o inicio da onda P e o inicio do complexo QRS corresponde ao intervalo entre o começo da estimulação elétrica dos átrios e o começo da estimulação dos ventrículos. Isso é o intervalo P-Q. Dura 0,16s.
Intervalo Q-T. A contração do ventrículo dura aproximadamente do inicio da onda Q até o final da onda T. Dura cerca de 0,35s.
Determinação da frequência dos batimentos cardíacos por meio do ECG. A frequência dos batimentos cardíacos pode ser determinada com facilidade pelo ECG. A FC corresponde ao inverso do intervalo de tempo entre dois batimentos cardíacos sucessivos.

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