Buscar

Guia de estudos Direito Constitucional III Por Thiago JS Oliveira

Prévia do material em texto

Guia de estudos Direito Constitucional III
Por Thiago JS Oliveira
Direitos da Nacionalidade e Direitos Políticos
Compreende-se por Direitos da nacionalidade o vínculo Jurídico e Político de uma pessoa com um Estado; podem existir pessoas que não detenham tal ligação, ou seja, não estão integradas a razão política nem jurídica de um Estado, são elas os apátridas.
É preciso atentar-se que, aquele que adquire outra nacionalidade, estranha à brasileira, perde sua nacionalidade. Outro ponto interessantíssimo é quanto aos apátridas, constando este de um caso raro e de pouca aplicabilidade, por razão do art. 12 CF/88, o qual caracteriza a nacionalidade uma garantia fundamental, confirmado pelo Pacto de San José da Costa Rica em seu art. 20.
É preciso ainda denotar maior atenção aos conceitos de Povo X População X Nação X Cidadão
Povo é o conjunto de nacionais, os que ocupam todo o território de um Estado, seja estrangeiro ou nato. População é o conjunto de pessoas dentro de uma determinada localidade, como exemplos, os residentes do estado de S. Paulo, ou seja, a população de São Paulo. Nação é o conjunto de pessoas ligadas por laços históricos, culturais etc. Cidadão é a pessoa no gozo de seus direitos políticos.
Já fazendo referência ao conceito em si de nacionalidade, existem duas espécies: nacionalidade originária ou primária e nacionalidade adquirida ou secundária. A originária (primária) é adquirida pelo nascimento, sendo prevista somente pela CF/88. A adquirida (secundária) é adquirida por um ato posterior de vontade, podendo ser constada tanto pela CF/88 quanto por Lei infraconstitucional (Estatuto do estrangeiro Lei n. 6.815/80.
Ponto importantíssimo, M. Prov. não pode versar sobre nacionalidade, pois há vedação expressa pela CF/88 em seu art. 62, § 1º. Temas que versem sobre nacionalidade, somente poderá ser fruto de Lei Federal, jamais por via de lei estadual, art. 22, XIII, CF/88.
Critérios para aquisição da nacionalidade originária ou primária
Territorial: jus solis, importando o lugar onde a pessoa nasceu;
Sangue: jus sanguinis, importando sua ascendência.
Via de regra, o continente americano adota o critério jus solis, já o continente europeu adota o critério jus sanguinis.
Critério brasileiro para aquisição da nacionalidade originária ou primária
Há, por razão constitucional, quatro formas de aquisição da nacionalidade originária, ou seja, para que seja brasileiro nato: art. 12, I, CF/88
Nascido em território brasileiro, salvo se de pais estrangeiros, a serviço de seu pais. Critério adotado, Jus Solis. Mas, o que se compreende por território brasileiro? Material: solo e subsolo; águas internas; espaço aéreo. Extensão: navios e embarcações públicas onde quer que estejam ou de razão privadas. Importante atentar-se que, as embaixadas não são extensão do território do país. A embaixada goza de inviolabilidade por questão de soberania, mas não é extensão do território. A exceção desta possibilidade é os pais estarem a serviço de seu país.
Nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, se estiver a serviço do Brasil. Critério adotado jus sanguinis, mas não de razão pura, ou seja, necessita de algo mais, este algo mais é quanto ao critério funcional (estar a serviço do Brasil – prestar serviços públicos à nação, seja diplomata ou qualquer outro). Portanto, Jus Sanguinis + Critério Funcional.
EC 54/2007: Nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, que não esteja a serviço do Brasil, e que seja registrado em repartição brasileira competente. Critério Jus sanguinis, na modalidade não pura, necessita de registro para sua aquiescência, ou seja, Jus sanguinis + Registro. Mas onde se constitui tal registro? Simples, na embaixada ou consulado, somente, por força da Lei de Registros Púbicos n. 6.015/73.
Nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, e que venha a residir no Brasil e opte pela nacionalidade brasileira. Critério jus sanguinis não pura, necessitando da residência em território nacional e optar pela nacionalidade: jus sanguinis + residência + opção pela nacionalidade. É essencialmente necessário firmar residência no Brasil. Para que tal ocorra não há prazos para a fixação de residência, poderá ser feito em qualquer momento. Quanto a opção pela nacionalidade deverá ser expressada por via da Justiça Federal, nos termos do art. 109, X, CF/88. O ato de opção é personalíssimo, ou seja, não pode pedir por procuração. Só poderá ser feita a opção depois de atingida a maioridade.
E quanto ao brasileiro naturalizado?
Existem algumas classificações: naturalização tácita ou grande naturalização – naturalização presente na CF/1891, art. 69, § 4º, não mais existente. Todos neste período temporal foram considerados brasileiros, esta é a explicação do nome grande naturalização. Naturalização expressa – CF/88 e lei infraconstitucional (estatuto do estrangeiro).
A naturalização é um processo misto, ou seja, constando de fase administrativa (ministro da Justiça) e fase judicial (Juiz Federal – art. 109, X, CF/88). Mas em qual momento se consuma a naturalização? O momento exato da naturalização é a entrega do certificado pelo Juiz Federal, antes a pessoa é estrangeira para todos os fins.
Espécies de naturalização no Brasil: 
Ordinária - expressa na CF/88 – 1º. estrangeiros oriundos de países estrangeiros de língua portuguesa (requisitos: residência por um ano + idoneidade moral); 2º. Estrangeiros de outra nacionalidade (requisitos na Lei: estatuto do estrangeiro, art. 112).
Extraordinária/quinzenária: prevista no art. 12, II, b, CF/88. Vale para estrangeiros de qualquer nacionalidade; estejam residentes a mais de quinze anos ininterruptos; sem condenação penal; desde que requeiram a nacionalidade. Preenchidos os requisitos, a pessoa terá direito subjetivo à naturalização.
Há outros dois casos de naturalização, não sendo este um rol taxativo da Constituição Federal, de previsão do estatuto do estrangeiro. 1º - radicação precoce; 2º - conclusão de curso superior. Art. 115, § 2º, Estatuto do Estrangeiro.
Quase nacionalidade ou por equiparação
Aplicada para os portugueses residentes no Brasil. Sob duas opções: naturalizar brasileiro, por requisitos da CF/88, art. 12, II, a. Deixando de ser português; por pedido de equiparação: terá todos os direitos de um brasileiro naturalizado, com a vantagem de continuar sendo português. Obs.: para que ocorra, Portugal deve dar o mesmo tratamento aos brasileiros. A denominação a esta modalidade é português equiparado, devendo haver reciprocidade. Art. 12, § 1º, CF/88. Tratado de amizade Brasil/Portugal.
Há diferenças entre brasileiro nato e naturalizado?
Há diferenças sim, apesar da CF/88 e ampla doutrina dizer o contrário. Mas, a própria CF/88 declara as diferenças entre brasileiro nato e naturalizado, art. 12, § 2º.
As diferenças entre brasileiro nato e naturalizado são: A Prova Extra Fundiu a Cabeça. Simples: Propriedade; Extradição; Funções e Cargos.
Cargos: privativos de Brasileiros natos – art. 12, § 3º, CF/88: Pres. Rep. e Vice; Pres. Da Câmara dos Dep.; Pres. do Senado; Mins. STF; oficial das forças armadas; diplomata e; Min. Estado de Defesa. Rol taxativo.
Funções: o brasileiro nato possui seis assentos reservados no Conselho da Rep. art. 89, VII, CF/88. Dois órgãos consultivos: Conselho da Rep. e Conselho de Defesa Nacional. Expl.: antes de decretar intervenção federal.
Extradição: remessa de uma pessoa para outro país para que lá seja processada ou cumpra pena. Brasileiro nato nunca poderá ser extraditado. Mas o naturalizado poderá, em duas circunstancias: 1º crime anterior à naturalização; 2º tráfico de drogas, não importando o tempo, seja antes ou depois da naturalização.
Propriedade: empresas jornalísticas, art. 222, CF/88. Somente posterior o lapso temporal de 10 anos após a naturalização.
Perda da nacionalidade
Art. 12, § 4º, CF/88. 
1º - Ação para cancelamento da naturalização: somente recai sobre brasileiros naturalizados. Tramita na Justiça Federal. Ajuizado pelo MPF, quandoda prática nociva ao interesse nacional. O momento da perda se dá na sentença transitada em julgado. Pode readquirir? Somente através de ação rescisória, por prazo de dois anos.
2º - aquisição voluntária de outra nacionalidade: recai sobre brasileiros natos e naturalizados. Perde a nacionalidade quando do decreto do Presidente Brasileiro e não da naturalização em si. Pode readquirir? Pode, através de decreto presidencial, desde que residente no Brasil. Lei n. 818/49. Exceções: Dupla nacionalidade pela CF/88 - 1ª. Aquisição de outra nacionalidade originária (adquirida pelo nascimento); 2ª. Quando o país estrangeiro exige a naturalização do brasileiro como condição de permanência no país ou para exercer algum direito. Art. 12, § 4º, II, alíneas, CF/88.
Deportação X Expulsão X Extradição
Deportação: retirada do estrangeiro se aqui entrou ou permaneceu irregularmente. Ato unilateral, ou seja, o Brasil deporta se quiser, independendo de pedido de outro país. Só recai sobre estrangeiro, nunca recaindo sobre brasileiro nato. A deportação pode ocorrer para o país de nacionalidade do estrangeiro, para o país de onde veio ou para outro qualquer que o aceite. Antes de ser deportado, o estrangeiro pode ser preso (art. 61, do Estatuto do Estrangeiro), mas tal prisão depende de ordem judicial. Todos os custos da deportação será por conta do deportado, mas, não havendo condições para as despesas, estas ficarão por conta do Estado Brasileiro. Pode regressar o deportado se pagar as despesas com a deportação – art. 64, Estatuto do Estrangeiro.
Expulsão: mais rigorosa modalidade. Retirada do estrangeiro se aqui praticou ato atentatório ao interesse nacional. Ato unilateral. Só recai sobre estrangeiro, nunca sendo expulso um brasileiro nato ou naturalizado. A autoridade competente para decretar a expulsão é o Presidente da Rep. por intermédio de decreto – art. 66, Estatuto do Estrangeiro. O judiciário não pode apreciar o mérito da expulsão, pois tal juízo compete ao Presidente. O judiciário poderá apenas apreciar a forma da expulsão, conferindo os requisitos. Também é possível a prisão do estrangeiro em vias de ser expulso (só poderá ser decretada por juiz), art. 69, Estatuto do Estrangeiro. Art. 75, Estatuto do estrangeiro veda a expulsão em determinados casos: crime político ou de opinião; estrangeiro de cônjuge brasileiro de pelo menos 5 anos; o estrangeiro tenha filho brasileiro do qual dependa economicamente. Obs.: ter filho brasileiro ou cônjuge brasileiro impede a expulsão, mas, segundo a Súmula 421 STF, ter filho brasileiro ou cônjuge brasileiro não impede a extradição.
Extradição: remessa de uma pessoa para outro país, para que ali seja processada ou cumpra pena. Na extradição não se fala em estrangeiro, recaindo também sobre brasileiros naturalizados e ao estrangeiro. Ato bilateral, ou seja, sempre um país pede e outro concede. Dois tipos de extradição: ativa e passiva. Ativa: o Brasil pede para outro país, não há previsão legal. Passiva: algum país pede para o Brasil a pessoa para que cumpra pena ou seja processada, há previsão legal – estatuto do estrangeiro. País pede + STF decide + Pres. pontua palavra final. É possível a prisão do estrangeiro em vias de ser extraditado, art. 81, Estatuto do Estrangeiro (sempre por vias do juiz). O Brasil pode extraditar uma pessoa para país diferente de sua nacionalidade, desde que seja competente para processá-la. Na extradição passiva o STF analisa os requisitos legais da extradição, art. 102, I, CF/88. Requisitos para a extração são variados, ressalvando os principais, não podendo ser crime político ou de opinião; dupla tipicidade: deve ser crime no país de fato e aqui); o país deve ser competente para julgar a pessoa; deve existir tratado entre os dois países ou acordo de reciprocidade; não pode estar extinta a punibilidade segundo a regra de um dos dois países. O Brasil não pode extraditar condenados à pena de morte em país estrangeiro. O Brasil exige que o país se comprometa a aplicar uma pena de até 30 anos. Essa regra também se aplica para a prisão perpétua.
Direitos Políticos
São os direitos destinados a concretizar a soberania popular, Art. 1º, § Único, CF/88. A prática democrática instituída no Brasil é a semidireta, ou seja, democracia, via de regra, indireta ou representativa; o povo toma as decisões através de seus representantes eleitos. Exceção: democracia direta – o povo toma suas decisões diretamente, sem intermediários. Expl.: plebiscito.
Art. 14, CF/88: Plebiscito; referendo; iniciativa popular; ação popular; direito de sufrágio (direito de votar e ser votado).
Plebiscito e Referendo
Consistem em consulta popular sobre determinado assunto. No Brasil são convocados pelo Congresso Nacional, art. 49, XV, CF/88. Não há previsão legal para convocação pelo Presidente ou pelo Povo. A convocação ocorre através de decreto-legislativo. Esse decreto-legislativo deve ser de iniciativa de 1/3 de uma das casas. Mas qual a diferença entre plebiscito e referendo? Simples, no plebiscito antes se pergunta para o povo e posteriormente faz-se a lei ou o ato administrativo (consulta anterior); no referendo antes faz-se a lei ou ato administrativo para posteriormente consultar o povo (consulta posterior).
Iniciativa popular
Possibilidade que o povo tem de elaborar projetos de lei, poderá ser projeto de lei federal, estadual ou municipal. Requisitos: lei federal – art. 61, § 2º, CF/88, 1% do eleitorado nacional; distribuídos pelo menos em 5 Estados; pelo menos 0,3% dos eleitores desses Estados – enviado à Câmara dos Deputados depois para o Senado; lei estadual – a CF/88 não refuta quanto ao numerário de assinaturas, será o Constituição de cada Estado quem dirá; Lei municipal – art. 29, CF/88, é necessário 5% do eleitorado do município. Há prazo para votação? Não há prazos, não detendo o legislativo para deliberação do projeto de lei. O projeto de lei de iniciativa popular não é obrigado a ser aprovado pela Casa Parlamentar. Não pode o legislativo rejeitar o projeto por vício de forma.
Ação popular
Art. 5º, LXXIII, CF/88: é ajuizada por qualquer cidadão. De objetivo de reparar ou evitar lesão ao patrimônio público, meio ambiente, moralidade administrativa e ao patrimônio histórico e cultural. Não tem custas e ônus de sucumbência, salvo comprovada má-fé.
Direito de Sufrágio
Direito de votar (alistabilidade) e ser votado (elegibilidade). Direito de votar (alistabilidade): requisitos – brasileiro ou português equiparado, desde que opte pelos direitos políticos brasileiros; alistamento eleitoral; não pode ser conscrito, militar conscrito não pode votar. O voto no Brasil, via de regra, é obrigatório, para os maiores de 18 e menores de 70 anos; mas, facultativo para, maiores de 16 e menores de 18 anos, maior de 70 anos, analfabetos. É proibido o voto, estrangeiros, militar conscrito (que está perante o serviço militar obrigatório) e para os menores de 16 anos. Art. 14, CF/88. Características do voto: cláusulas pétreas – voto direto (sem intermediários, ou seja, o eleitor escolhe diretamente o seu representante – mas, existe hipótese de voto indireto, pela CF/88, arts. 80 e 81, se o Presidente e seu Vice deixam o cargo nos últimos dois anos do mandato, ocorrerão eleições indiretas no CN, no prazo de 30 dias, essa se aplica proporcionalmente aos Estados, DF e municípios); voto secreto, oposto de voto aberto, o voto sigiloso; voto universal, todos tem o direito de votar; voto periódico, de tempos em tempos o eleitor tem o direito de votar, Art. 60, § 4º, II, CF/88; personalíssimo, não se admite o voto por procuração; igualitário, todos os votos possuem um mesmo peso; liberdade, só é obrigatório o comparecimento às urnas, mas o modo de voto é livre.
Elegibilidade
Capacidade de ser votado. Requisitos: art. 14, § 3º, CF/88 – nacionalidade brasileira, salvo os portugueses equiparados, que por poção podem votar e ser votados – obs.: há cargos privativos de brasileiros natos; pleno gozo dos direitos políticos, não estar com os direitos políticos suspensos ou os perdeu;alistamento eleitoral; domicilio eleitoral na circunscrição; filiação partidária; idade mínima, variável a cada cargo art. 14, § 3º, VI, alíneas, CF/88. Qual o momento da aferição das condições da elegibilidade? Simples, regra – registro da candidatura; exceção – para aferir a idade mínima, leva-se em conta a data da posse.
Inelegibilidade
Incapacidade de ser votado. Inelegibilidade absoluta e relativa. Absoluta: todos os cargos, somente na CF/88 – estrangeiros, militar conscrito, analfabetos – art. 14, § 4º, CF/88; Relativa: alguns cargos (na CF/88 ou na Lei complementar) – pela reeleição, art. 14, § 5º, CF/88 (poder legislativo reeleição indeterminada, poder executivo uma única reeleição consecutiva); art. 14, § 6º, CF/88 – outros cargos, os que ocupam cargo no poder legislativo pode se candidatar a outro cargo, não necessitando renunciar ao mandato atuante. Já no poder executivo, necessita de renúncia até seis meses antes do pleito; art. 14, § 7º, CF/88 - pelo parentesco, parentes dos membros do legislativo podem se candidatar a quaisquer cargos, já os parentes dos chefes do executivo não podem se candidatar a cargos dentro da circunscrição do seu parente (não são quaisquer parentes – cônjuge, companheiro ou companheira, união homoafetiva, a separação judicial durante a mandato não afasta a condição de inelegibilidade súmula vinculante n. 18, consanguíneos e afins até segundo grau ou por adoção – mãe, pai, filho e filha, irmão, avó, neto, cunhado, sogra, sogro, cunhada). Exceção: se a pessoa já era titular de mandato eletivo, poderá se candidatar à reeleição; art. 14, § 8º, CF/88 – militar, conscrito é absolutamente inelegível, mas os outros militares dependem do tempo de serviço – menos de 10 anos, afastar definitivamente da atividade para se candidatar; mais de 10 anos, afastar temporariamente e, se eleito, passa para a inatividade; art. 14, § 9º, CF/88 – lei complementar poderá estabelecer outros casos de inelegibilidade relativa, não absoluta.

Continue navegando