Buscar

Relatório em Grupo de Amostras de Água

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
ANÁLISE DE PARÂMETROS PARA INDICADORES AMBIENTAIS
RELATÓRIO DE ANÁLISE DE ÁGUA
Ana Carolina Guimarães
Jordana Pereira Vieira
Rochelle Raugust
PROFESSORA: Tânia Renata Prochnow
Canoas, 28 de junho de 2016
índice de tabelas
Tabela I - Amostra A	14
Tabela II - Amostra B	14
Tabela III - Grau de Dureza	16
Tabela IV - Resolução Nº 357 CONAMA	17
Tabela V - Classe 1	18
Tabela VI - Classe 3	18
Tabela VII - Parâmetros Portaria 518	19
INTRODUÇÃO
Foi realizada primeiramente uma pesquisa fundamentada em outras pesquisas da área em relação aos 11 parâmetros analisados em laboratório nas aulas práticas e, por conseguinte elaborado um relatório para verificação das duas amostras analisadas com o padrão de parâmetros ambientais em relação às legislações vigentes, apoiada na Resolução CONAMA 357, Portaria 518 do Ministério da Saúde e Resolução CONSEMA 128, verificando classificação, utilização e descarte da água analisada.
CARACTERIZAÇÃO DAS AMOSTRAS
Caracterização da Amostra A
Tipo de amostragem: água subterrânea (poço artesiano) coletada de uma residência em perímetro urbano com profundidade de 52 metros, perfurado em 2014. 
Localização: Rua da Figueira, 352. Bairro São Luiz - Gravataí.
Caracterização das condições climáticas: a amostra foi coletada em uma terça- feira, 10/05/2016 com temperatura de 22°C em um dia ensolarado sem previsão de chuva.
Nome do responsável pela coleta: Jordana Pereira Vieira
 Caracterização da Amostra B
Tipo de amostragem: água superficial ( rio dos Sinos), coletada na foz do rio bem próximo ao delta do Jacui.
Localização: Avenida das Canoas, Praia do Paquetá – Canoas.
Caracterização das condições climáticas: A amostra foi coletada em uma segunda- feira, 09/05/2016 com temperatura de 23ºC em um dia nublado, porém sem previsão de chuva.
Nome do responsável pela coleta: Rochelle Raugust 
parâmetros Analisados
Temperatura:
A temperatura da água potável deverá ser, no inverno, superior à temperatura do ar, e inferior no verão.
A temperatura da água é regulada pela radiação solar, tirando casos de despejo industrial entre outras atividades antrópicas. A temperatura exerce influência direta nas atividades biológicas, governando os tipos de organismos vivendo na água com: insetos, peixes, fitoplânctons, zooplânctons e outras espécies, onde todos têm sua faixa preferida de temperatura para se desenvolverem, em que se essa faixa for ultrapassada (para mais ou para menos), o número de indivíduos pode ser afetado até sua extinção. (RUIVO, 2013)
A temperatura afeta diretamente a solubilidade e a toxicidade de outros parâmetros, sendo que os sólidos se dissolvem melhor em águas quentes, já os gases se dissolvem mais facilmente em águas frias, ou seja, águas muito quente limitam a disponibilidade de oxigênio no meio aquático levando a morte da fauna. (RUIVO, 2013)
OD:
A análise de oxigênio dissolvido mede o grau de arejamento da água, o que o torna um excelente indicador de qualidade, já que a presença de oxigênio dissolvido é de importância vital para seres aquáticos aeróbicos. Os principais meios de introdução de oxigênio na água, se dá através da fotossíntese, ação de aeradores ou do contato atmosférico, mas sua principal variação se deve a temperatura e a altitude. ( SANTOS, 2010)
Quanto maior a sua concentração, melhor é a qualidade da água, sendo um parâmetro imprescindível na determinação das condições sanitárias e qualidade das águas superficiais. O oxigênio dissolvido avalia o efeito de despejos oxidáveis de origem orgânica que se encontram no recurso hídrico, servindo como indicação das condições de vida na água para sua auto-purificação, pois a redução da matéria orgânica acontece pela ação das bactérias que consomem esse oxigênio disponível, e a reposição se dá através da fotossíntese. (SANTOS, 2010)
PH: 
O pH é o potencial de hidrogênio iônico, que tem por finalidade indicar a acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma substância ou meio, no caso da química da água a primeira tarefa mais importante é a determinação do pH que se faz através de um peagâmetro ou medidor de pH. (SPLABOR, 2010)
A sua importância se dá no abastecimento de água porque conforme Splabor, 2010 “ o pH interfere na coagulação química, abrandamento, desinfecção e controle de corrosão. Já no tratamento de águas residuais por processos biológicos ou químicos, o pH deve permanecer em faixas adequadas para propiciar o desenvolvimento  de reações bioquímicas ou biológicas”. 
A distribuição final da água é afetada pelo pH, como por exemplo nas águas ácidas elas se tornam corrosivas, ao passo que as alcalinas são incrustantes. Por isso o pH da água final deve ser controlado, para que os carbonatos presentes sejam equilibrados e não ocorra nenhum dos dois efeitos indesejados mencionados, porém a água levemente alcalina resulta numa fina película de carbonato na parede interna da tubulação, que se impõe como barreira a processos corrosivos, sem formar incrustações expressivas. (PIVELI, 2012)
Em estações de tratamento de esgoto por digestão anaeróbica, o pH é um dos principais fatores de controle do processo. Em reservatórios ou lagoas de estabilização de esgotos, a fotossíntese das algas e o consequente aumento do pH, exerce um importante papel na eliminação de organismos patogênicos. (SPLABOR, 2010)
 O pH é padrão de potabilidade, recomendando-se que as águas para abastecimento público apresentem valores entre 6,0 e 9,5, de acordo com a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.
 Observamos que a água fora dos padrões, sendo consumida durante dez, vinte anos, pode causar problemas gástricos, como gastrites, úlceras e câncer de estômago. 
Turbidez:
A turbidez também é um parâmetro que indica a qualidade estética das águas para abastecimento público. O padrão de potabilidade (Portaria n° 518 de 2004) é de 5,0 UT (unidade de turbidez).
Basicamente a turbidez é a medida da capacidade que a água tem de interferir na passagem de luz através dela. A turbidez em corpos de águas pode deixá-la com aparência desagradável, como também prejudicar o processo de fotossíntese, tendo em vista a importância da passagem de luz neste processo. O principal responsável pela a existência de turbidez na água são os sólidos em suspensão, que podem ser tanto de fontes naturais como de fontes antropogênicas, das quais oferecem sérios riscos à saúde já que podem conter compostos tóxicos e microorganismos patogênicos. (RENOVATO et al. 2012)
A resolução n° 357 do CONAMA impõe limites de turbidez de 40 UNT para águas doces classe 1 e de 100 UNT para as classes 2 e 3.
Condutividade: 
Conforme Renovato et al. 2012 “ A condutividade refere-se à capacidade que a água tem de transmitir corrente elétrica devido aos cátions (cargas positivas) e aos ânions (cargas negativas) presentes nela, a partir da dissociação de outras substâncias”.
Quanto maior for à quantidade de íons dissolvidos, maior será a condutividade elétrica da água. Em águas continentais, os íons diretamente responsáveis pelos valores da condutividade são, entre outros, o cálcio, o magnésio, o potássio, o sódio, carbonatos, carbonetos, sulfatos e cloretos. O parâmetro condutividade elétrica não determina, especificamente, quais os íons que estão presentes em determinada amostra de água, mas pode contribuir para possíveis reconhecimentos de impactos ambientais que ocorram na bacia de drenagem ocasionados por lançamentos de resíduos industriais, mineração, esgotos, etc. ( RENOVATO, 2012)
A determinação da condutividade pode ser feita através do método eletro métrico, utilizando-se para isso um condutivímetro digital.
Salinidade:
Conforme Renovato et al. 2012 “ A salinidade é a medida dos teores de sais dissolvidos na água. Esses sais favorecem o crescimento das plantas,mas em excesso tornam-se prejudiciais e podem afetar o sabor da água”
Como consta no Art.2º incisos I, II, II da Resolução 357/2005 da CONAMA:
I – águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5%;
II – Águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5% e inferior a 30%;
III – Águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30%;
Alcalinidade: 
Conforme Santos, 2010 “ A alcalinidade determina o crescimento de algas e outras vidas aquáticas, por isso pode ser usada para medir a fertilidade da água. Geralmente, as espécies básicas responsáveis pela alcalinidade em água são: íon bicarbonato, íon carbonato e íon hidróxido”, que podem ser introduzidas nas águas superficiais pela lixiviação dos solos ou rochas.
Mas também a alcalinidade é usada para medir a capacidade da água em neutralizar íons ácidos, ou seja, em um corpo hídrico a alcalinidade relativamente alta serve como proteção contra a acidificação e por conseqüência mudanças bruscas de pH, evitando danos a vida aquática.
Dureza: 
Denomina dureza, Santos, 2010 “... como a capacidade da água em precipitar sabão, a dureza é um dos parâmetros de qualidade da água mais analisados”. São quatro os principais compostos que conferem dureza às águas: bicarbonato de cálcio, bicarbonato de magnésio, sulfato de cálcio e sulfato de magnésio.
A passagem pelo solo é a principal fonte de dureza nas águas, pois confere dureza pela dissolução da rocha calcária pelo gás carbônico da água, desta forma torna-se muito comum encontrar águas subterrâneas mais duras do que águas superficiais. (PIVELI, 2012)
Acrescenta Piveli, 2012 que “Para o abastecimento público de água, o problema se refere inicialmente ao consumo excessivo de sabão nas lavagens domésticas. Há também indícios da possibilidade de um aumento na incidência de calculo renal em cidades abastecidas com águas duras” o que traduz um potencial problema de saúde pública.
Já para o abastecimento industrial conforme Piveli, 2012 “A grande dificuldade da presença de dureza nas águas esta em seu uso em sistemas de água quente como caldeiras, trocadores de calor, etc. Com o aumento da temperatura, o equilíbrio se desloca no sentido da formação de carbonatos que precipitam e se incrustam, o que já levou a diversas caldeiras à explosão”.
Matéria Orgânica: 
A DBO é utilizada para exprimir o valor de poluição produzida pela matéria orgânica oxidável biologicamente, pelo consumo correspondente à quantidade de oxigênio consumida pelos microorganismos de águas poluídas ou esgotos. Na oxidação biológica, quando mantida a uma dada temperatura de e por um tempo determinado, resulta na demanda que pode ser suficientemente grande, para consumir todo o oxigênio dissolvido da água, o que condiciona à morte de todos os organismos aeróbicos de respiração subaquática. (MACHADO, 2012)
	Portanto a DBO é um parâmetro Fundamental para a constatação e controle de águas poluídas por matéria orgânica, já nas águas naturais a DBO corresponde a demanda potencial de oxigênio dissolvido que poder vir à ocorrer devido à estabilização de compostos orgânicos biodegradáveis, o que pode ocasionar níveis baixos de oxigênio exigidos pelos peixes, trazendo-os à morte. (MACHADO, 2012)
Na legislação federal, com a Resolução nº 357 do CONAMA, são impostos os limites máximos de DBO de 3, 5 e 10 mg/L para as águas doces de classe 1, 2 e 3 e os limites mínimos de oxigênio dissolvido de 6, 5, 4 e 2 mg/L, para as águas doces de classes 1, 2, 3 e 4, respectivamente. 
Cloretos:
Para as águas de abastecimento público, a concentração de cloreto constitui-se em padrão de potabilidade, segundo a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. O cloreto provoca sabor “salgado” na água, sendo o cloreto de sódio o mais restritivo por provocar sabor em concentrações da ordem de 250 mg/L, valor este que é tomado como padrão de potabilidade.
Nas águas superficiais as fontes mais importantes de cloretos são esgotos sanitários, já que uma pessoa por dia através da urina expele 6g, o que faz com que os esgotos apresentem concentrações de cloreto que ultrapassam 15mg/L. Diversos são os efluentes industriais que carregam concentrações elevadas de cloretos, como indústria de petróleo, farmacêuticas etc, sabe-se também que o cloreto assim como o sulfato também interfere no tratamento anaeróbico de efluentes industriais e ainda provocam corrosão em estruturas hidráulicas, tubulações de aço e de alumínio. (SANTOS, 2010)
E ainda segundo Santos, 2010 “O cloreto apresenta também influência nas características dos ecossistemas aquáticos naturais, por provocarem alterações na pressão osmótica em células de microorganismos”.
Sólidos Totais: 
Conforme Bostelmann et all. (2010) “A determinação dos níveis de concentração das diversas frações de sólidos é utilizada nos estudos de controle de poluição das águas naturais, caracterização de esgotos sanitários e de efluentes industriais” o que resulta em um quadro geral na distribuição das partículas com relação ao tamanho (sólidos em suspensão e dissolvidos) e à natureza química (fixos ou minerais e voláteis ou orgânicos). (BOSTELMANN, 2010)
Conclui Bostelmann et all. (2010) com relação a poluição das partículas: 
A poluição dos corpos d’água por sólidos podem causar danos à vida aquática, com a diminuição da incidência de luz, aumento da sedimentação no leito dos rios destruindo organismos que fornecem alimentos, ou também danificar os leitos de desova de peixes. Os sólidos podem reter bactérias e resíduos orgânicos no fundo dos rios, promovendo decomposição anaeróbia.
No caso especifico deste trabalho foi usada somente a análise de sólidos totais do qual se especifica Piveli, 2012 como “Resíduo que resta na cápsula após a evaporação em banho maria de uma porção de amostra e sua posterior secagem em estufa a 103-105ºC até peso constante. Também denominado de resíduo total”.
Com relação ao abastecimento público de água, a Portaria n 518/2004 do Ministério da Saúde estabelece como padrão de potabilidade 1.000 mg/L de sólidos totais dissolvidos. No caso da Resolução CONAMA nº 357, o valor máximo é de 500 mg/L para as águas doces classe 1, 2 e 3. 
DOS RESULTADOS ANALÍTICOS
TABELA COM RESULTADOS ANALÍTICOS DAS ÁGUAS ANALISADAS
Tabela I - Amostra A
	PARÂMETRO
	RESULTADO
	TEMPERATURA DA ÁGUA
	22 °C
	TEMPERATURA DO AR
	22 °C
	PH
	7,61
	TURBIDEZ
	3,3 NTUs
	OD
	0 mg/L
	CONDUTIVIDADE
	377 Ms/cm
	SALINIDADE
	DOCE
	ALCALINIDADE
	173 ppm
	CLORETOS
	3,67 mg/L
	DUREZA
	188,6 mg/L
	MATÉRIA ORGÂNICA 
	1,9 mg/L
	SÓLIDOS TOTAIS
	286 mg/L
Tabela II - Amostra B
	PARÂMETRO
	RESULTADO
	TEMPERATURA DA ÁGUA
	22 °C
	TEMPERATURA DO AR
	22 °C
	PH
	6,65
	TURBIDEZ
	2 NTUs
	OD
	0 mg/L
	CONDUTIVIDADE
	91 Ms/cm
	SALINIDADE
	DOCE
	ALCALINIDADE
	33 ppm
	CLORETOS
	0,67 mg/L
	DUREZA
	35,3mg/L
	MATÉRIA ORGÂNICA 
	7,5 mg/L
	SÓLIDOS TOTAIS
	179 mg/L
Resultados conforme legislações
RESOLUÇÃO CONAMA 357 DE 2005
Definições:
Art. 2º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 %;
II - águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 % inferior a 30 5%;
III - águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30 %.
Temperatura: 
Devido às importantes influências da temperatura sobre a configuração dos ambientes aquáticos, normalmente este parâmetro é incluído nas legislações referentes ao controle da poluição das águas. Na Resolução 357 do CONAMA, é imposto como padrão de emissão de efluentes, a temperatura máxima de 40 oC, lançados tanto na rede pública coletora de esgotos como diretamente nas águas naturais. Além disso, nestas últimas não poderá ocorrer variação superior a 3 oC com relação à temperatura de equilíbrio. Isto é importante para efluentes industriais produzidos a quente, como os de tinturarias, galvanoplastias, indústrias de celulose, etc.
A temperatura de efluentes industriaispode ser reduzida através do emprego de torres de resfriamento. Qualquer outro processo que provoque aumento da superfície de contato ar/água pode ser usado, como aspersores, cascateamento, etc. Em muitos casos, apenas o tempo de detenção hidráulico dos efluentes em tanques de equalização é suficiente para promover a redução desejada de temperatura.
PH: 
Permite moderados afastamentos do valor de pH = 7,0, tomado como referência.
 - De acordo com as águas analisadas, a amostra A está na faixa moderadamente afastada dos 7 com pH 7,61, já a Amostra B está na faixa de 6,65.
Turbidez: 
Limites de turbidez de 40 UNT para águas doces classe 1 e de 100 UNT para as classes 2 e 3. 
- As duas amostra se enquadram como Classe 1 contendo respectivamente 3,3 UNT e 2 UNT.
OD: 
Não inferior a 6 mg/L O2 para classe 1, classe 2 não inferior a 5 mg/L O2, classe 3 não inferior a 4 mg/L O2 e classe 4 superior a 2,0 mg/L O2. 
- As águas não foram analisadas no local, sendo então que devido à agitação, acondicionamento, etc. modificaram o índice de oxigênio das águas coletadas.
Dureza: 
A Amostra A se enquadra em muito dura, apresentando 188,6 mg/L, o que pode justificar o resultado é que pelo fato de ser água de poço artesiano o lençol deve estar em contato com rocha calcária. Amostra B se enquadra em moderadamente branda apresentando dureza de 35,3 mg/L. 
Tabela III - Grau de Dureza
	mg/L CaCO3
	Grau de Dureza
	 0 - 20
	branda ou mole
	 21 - 40
	moderadamente branda
	41 – 80 - 120
	Moderadamente Duras e Duras
	acima de 120
	muito duras
Fonte: RENOVATO, 2012.
Matéria Orgânica: 
Até 3 mg/L O2 para classe 1, até 5 mg/L O2 para classe 2, até 10 mg/L O2 para classe 3. 
- A Amostra A, obteve resultado 1,9 mg/L o que determina como água Classe 1, já a Amostra B obteve resultado de 7,5mg/l o que determina Classe 3.
Sólidos Totais: 
O valor máximo é de 500 mg/L para as águas doces classe 1, 2 e 3.
- As amostras coletadas se enquadram nas Classe 1 à 3, com resultados respectivamente de 481 mg/L e 179 mg/L.
Cloretos: 
Até 250 mg/L para Classes 1, 2 e 3.
- A Amostra A teve um resultado de 3,67 mg/L e a Amostra B um resultado de 0,67 mg/L.
Segue tabela que define as seguintes classes para água doce:
Tabela IV - Resolução Nº 357 CONAMA
Fonte: ANDRADE, 2011, p.7. 
Através dos resultados obtidos com as analises propostas foi constatado que as duas amostras, A e B se enquadram na Classe 1, porém a amostra B se encaixa em Classe 3 pelo parâmetro de matéria orgânica, mas cabe salientar que as analises feitas são insuficientes para uma conclusão definitiva, sendo necessária analises mais aprofundadas conforme legislação vigente.
Tendo em vista o enquadramento das amostras, observamos as possibilidades de uso de acordo com o artigo 4º inciso II da Resolução CONAMA 357:
Tabela V - Classe 1
	CLASSE 1
		a) abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) proteção das comunidades aquáticas; 
c) recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho), segundo CONAMA 274/00; 
d) irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rente ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película;
e) proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
	Fonte: ANDRADE, 2011, p.7. 
Tabela VI - Classe 3
	 CLASSE 3
	a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; 
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; 
c) à pesca amadora; 
d) à recreação de contato secundário; e 
e) à dessedentação de animais.
Fonte: ANDRADE, 2011, p.7.
	
PORTARIA 518 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Das disposições:
Art. 1.º Esta Norma dispõe sobre procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e à vigilância da qualidade da água para consumo humano, estabelece seu padrão de potabilidade e dá outras providências.
Art. 2.º Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade e está sujeita à vigilância da qualidade da água.
Art. 3.º Esta Norma não se aplica às águas envasadas e a outras, cujos usos e padrões de qualidade são estabelecidos em legislação específica.
Art. 4.º Para os fins a que se destina esta Norma são adotadas as seguintes definições:
I - água potável – água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde.
Tabela VII - Parâmetros Portaria 518
Fonte: BRASIL, 2004, p.9.
Alcalinidade: 
A alcalinidade não se constitui em padrão de potabilidade, ficando este efeito limitado pelo valor do pH.
PH: 
O pH é padrão de potabilidade, recomendando-se que as águas para abastecimento público apresentem valores entre 6,0 e 9,5, de acordo com a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde.
- As amostras A e B se enquadram no padrão de potabilidade em que respectivamente obtiveram valor de pH de 7,61 e 6,65.
Cloretos: 
Para as águas de abastecimento público, a concentração de cloreto constitui-se em padrão de potabilidade, segundo a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. O cloreto provoca sabor “salgado” na água, sendo o cloreto de sódio o mais restritivo por provocar sabor em concentrações da ordem de 250 mg/L, valor este que é tomado como padrão de potabilidade.
- As amostras A e B apresentaram valores de 3,67 mg/L e 067 mh/L, ou seja se enquadram nos padrões. 
Turbidez: 
Turbidez conforme portaria é permitido no Maximo 5 UT.
- As amostras A e B respectivamente, apresentando turbidez de 3,3 UNT e 2 UNT.
Sólidos Totais: 
Com relação ao abastecimento público de água, a Portaria n 518/2004 do Ministério da Saúde estabelece como padrão de potabilidade 1.000 mg/L de sólidos totais dissolvidos.
- As amostras A e B respectivamente, apresentando 481 mg/L e 179 mg/l.
Com relação ao padrão de potabilidade, constam os seguintes requistos:
a) Padrão microbiológico;
b) Padrão de turbidez;
c) Padrão de substâncias químicas;
d) Padrão de radioatividade.
Conforme a Portaria 518, as amostras A e B analisadas são próprias para consumo humano, ou seja, são caracterizadas como potáveis, porém, cabe salientar que as analises feitas são insuficientes para uma conclusão definitiva.
 CONSEMA 128 DE 2006
Dispõe sobre a fixação de Padrões de Emissão de Efluentes Líquidos para fontes de emissão que lancem seus efluentes em águas superficiais no Estado do Rio Grande do Sul.
Art. 10 - Os efluentes líquidos de fontes poluidoras somente podem ser lançados em corpos d’água superficiais, direta ou indiretamente, atendendo aos seguintes padrões de emissão:
Materiais flutuantes: 
Ausentes
pH 
Entre 6,0 e 9,0 
Sólidos sedimentáveis:
 ≤ 1,0 ml/L em teste de 1 (uma), DBO5≤40 mgO2.L-1 para Q>10.000 m³.d-1
O comparativo dos valores obtidos e o estabelecido como padrão mais restritivo pela (Resolução CONSEMA n.º 128/06) de DBO assim como temperatura menor que 40°C aponta para o pleno atendimento das amostras A e B assim como o pH e sólidos totais.
CONCLUSÃO
Com as análises realizadas das amostras coletadas constatou-se que o enquadramento das amostras A e B, respectivamente é água doce classe 1 e água doce classe 3 devido à alteração na análise de matéria orgânica conforme Resolução n 357/2005 do CONAMA. Referente à potabilidade as águas coletadas podem ser distribuídas à população após tratamento convencional de acordo com a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. Segundo os padrões vinculados pela Resolução CONSEMA 128/2006 as amostras analisadas podem ser descartadas em corpos receptores. Ressaltamos que o número de análises, parâmetros analisados e número de amostras foram limitados para de fato termos uma conclusão definitiva sobre as amostras analisadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Paulo Romero G. S. Enquadramento de corpos de água e estudo de impacto. 2011, p.7. Disponível em: < http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17392/material/TEXTO%20SOBRE%20ENQUADRAMENTO.pdf>Acesso: 26 de junho de 2016.
BOSTELMANN, Patricia S. TRENTIN, Eleine. Para Sólidos Totais, dissolvidos e em suspensão em amostra de água. Programa Interlaboratorial. Dezembro de 2010. Disponível em: < http://banasmetrologia.com.br/wp-content/uploads/2012/01/Programa-Interlaboratorial.pdf> Acesso: 26 de junho de 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 518/2004. Controle e Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade”. Brasília, Fundação Nacional da Saúde, 2004. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/portaria_518_2004.pdf. Acesso: 24 de junho de 2016.
BRASIL. Resolução no 357/2005. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional de Meio Ambiente. Brasília - CONAMA, 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705> Acesso: 24 de junho de 2016.
MACHADO, Maria Lúcia O. Apostila de QAM – Química Ambiental. ETEC Lauro Gomes. p.8-12. 2012. Disponível em: < http://pt.slideshare.net/gracipaula/apostila-prtica-qam1sem2012> Acesso: 26 de junho de 2016.
PIVELI, Passos Roque. Qualidade das águas e poluição; Aspectos físicos-quimicos. Novembro de 2012. Disponível em: < http://www.leb.esalq.usp.br/disciplinas/Fernando/leb360/Fasciculo%206%20-%20Alcalinidade%20e%20Acidez.pdf> Acesso em: 23 de junho de 2016.
RENOVATO, D.C. SENA, C.P.C. SILVA, M.M. Análise de parâmetros físico-químicos das águas da barragem pública da cidade de Pau dos Ferros(RN). Dezembro, 2012. Disponível em: < http://www2.ifrn.edu.br/ocs/index.php/congic/ix/paper/viewFile/1119/61> Acesso: 24 de junho de 2016.
RIO GRANDE DO SUL (Estado). Resolução Nº 128/2006. Conselho Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul - CONSEMA,. 2006. Disponível em: http://www.sema.rs.gov.br/conteudo.asp?pagina=9&busca=&dataIni=&dataFim=&cod_menu=216&cod_menu_filho=0&cod_conteudo_foto= Acesso: 26 de junho de 2016.
RUIVO, Maria Galvão. Temperatura da água. Universidade federal do Rio de Janeiro. Agosto de 2013. Disponível em: < http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/tem.htm> Acesso: 24 de junho de 2016.
SANTOS, Vanessa Oliveira. Análise físico-química da água do Rio Itapetininga – SP: comparação entre dois pontos. Revista Eletrônica de Biologia, ISSN 1983-7682, v-3, n-1, p. 99-105, 2010. Disponível em: < http://revistas.pucsp.br/index.php/reb/article/view/7/2510> Acesso: 24 de junho de 2016.
SPLABOR, Laborátorios. Medidor de pH- entenda sua importância para a química da água. 14 de outubro de 2010. Disponível em: < http://www.splabor.com.br/blog/phmetro/medidor-de-ph-entenda-sua-importancia-para-a-quimica-da-agua/> Acesso em: 23 de junho de 2016.

Continue navegando