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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ DIRETORIA DE ENSINO - CAMPUS TERESINA CENTRAL DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO, AMBIENTE, SAÚDE E PRODUÇÃO ALIMENTÍCIA – DIASPA CURSO: TECNOLOGIA EM ALIMENTOS DISCIPLINA: ANÁLISE DE ÁGUA PROFESSORA: EDILENE F. DA SILVA DETERMINAÇÃO DE: pH, CLORO RESIDUAL, CONDUTIVIDADE ELÉTRICA, TURBIDEZ E SALINIDADE. TERESINA, PIAUÍ. 2018 COMPONENTES: JAEL BARBOSA MARIA CLARA VALENTINA CASTRO PABLO ESTRELA SCHIRLAYNE LIMA 2 SUMÁRIO Página 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 03 2 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................... 2.1 Materiais............................................................................................................... 2.1.1 Determinação de pH...................................................................................... 2.1.2 Determinação de Cloro residual.................................................................... 2.1.3 Determinação de Condutividade elétrica...................................................... 2.1.4 Determinação de Turbidez............................................................................ 2.2 Metodologia.......................................................................................................... 2.2.1 Determinação de pH...................................................................................... 2.2.2 Determinação de Cloro residual.................................................................... 2.2.3 Determinação de Condutividade elétrica...................................................... 2.2.4 Determinação de Turbidez............................................................................ 2.2.5 Salinidade..................................................................................................... 05 05 05 05 05 05 06 06 06 07 07 07 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................. 08 4 CONCLUSÃO........................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS............................................................................................................. 12 3 1 INTRODUÇÃO Para caracterizar uma água são determinados diversos parâmetros, que são indicadores de qualidade da água e se constituem não conformes quando alcançam valores superiores aos estabelecidos para determinado uso. As características físicas, químicas e biológicas da água estão associadas a uma série de processo que ocorrem no corpo hídrico e em sua bacia de drenagem (FUNASA, 2014). De acordo com Lima e Medeiros (2008), o lançamento de efluentes líquidos e sólidos de origem urbana e industrial nos rios tem grande influência na qualidade da água, afetando a disponibilidade desse recurso natural e gerando graves problemas de desequilíbrio ambiental. O potencial hidrogeniônico (pH) se consiste na concentração dos íons H+ das águas, representando a intensidade das condições ácidas ou alcalinas do ambiente aquático. Junto ao valor do pH, está dissociada a molécula de água que se incorpora ao hidrogênio resultante da dissociação de ácido orgânicos naturais ou inorgânicos que geralmente presentes em efluentes industriais. Para o monitoramento operacional das estações de tratamento, o pH é o parâmetro de maior frequência, pela interferência em vários processos e operações unitárias relacionadas à potabilização e da aplicação dos coagulantes durante o processo de desinfecção química (LIBÂNIO, 2016). O cloro é altamente reativo e um poderoso oxidante, pois reage com um grande número de substâncias orgânicas e inorgânicas presentes na água que diminuindo a sua ação residual, por isso, a concentração de cloro na rede de distribuição irá variar de acordo com as substâncias reativas encontradas na água. A presença de cloro residual acontece nos sistemas de distribuição de água, acontece devido ao aumento das dosagens de cloro nas estações de tratamento de água, esta estratégia resulta negativamente no sabor e odor (que ficam desagradáveis), além da possibilidade de formação de subprodutos tóxicos que comprometem a segurança do consumo da água (GRUPO HIDROGERON, 2017). A condutividade elétrica indica a capacidade da água de transmitir corrente elétrica na presença de substâncias dissolvidas, que se dissociam em ânions e cátions (BRASIL, 2014) pois, quanto maior é a concentração iônica da solução, maior é a oportunidade para ação eletrolítica e, logo, maior a capacidade em conduzir corrente elétrica. Segundo Brasil (2014), a turbidez pode ser definida como uma medida do grau de interferência à passagem da luz através do líquido sendo expressa por meio de unidades de 4 turbidez (denominadas unidades de Jackson ou nefelométricas). Em regiões com solo erosivo, a turbidez dos corpos d´água é bastante alta, já que a precipitação pluviométrica pode carrear partículas de argila, silte, areia, fragmentos de rocha e óxidos metálicos do solo. Além de fatores naturais, a turbidez da água também pode ser causada por lançamentos de esgotos domésticos ou industriais. Segundo Libânio (2016), a salinidade das águas naturais é a vinculação de sais minerais presentes que dissolvidos formam ânions (cloreto, sulfato e bicarbonato) e cátions (cálcio, magnésio, potássio e sódio). O presente trabalho teve como objetivo analisar as características de pH, cloro residual, condutividade elétrica, turbidez e salinidade da água disponível para consumo na cidade de Teresina-PI. 5 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais 2.1.1 pH Água destilada; Amostra de água (torneira); Béquer; Medidor de pH (Potenciômetro); Papel toalha; Solução tampão. 2.1.2 Cloro residual Amostra da água (torneira); Comparador calorimétrico Cubetas de vidro Solução de DPD 2.1.3 Condutividade elétrica Água destilada; Amostra de água (torneira); Condutivímetro; Eletrodos. 2.1.4 Turbidez Amostra de água (torneira); Amostra de vidro incolor (quartzo); Balão volumétrico de 100 mL; Conjunto de filtração; Filtro de membranas de 0,2 µm; Pipeta volumétrica de 5 mL; Turbidimetro com nefelometro. 6 Reagentes: Suspensão estoque de turbidez – padrão primário Solução 1: dissolver 1,0 g de hidrazina (NH2)H2SO4 em agua destilada e diluir a 100 ml em balão volumétrico. Advertência: sulfato de hidrazina é carcinogênico. Evitar inalação, ingestão e contato com a pele. Solução 2: foi dissolvido 10g de hexametilotetramina (CH2)6N4 em 100mL agua destilada em balão volumétrico; Misturar 5mL de solução I e 5 mL de solução II foi deixado para repousar por 24h turbidez da suspensão é de 4000UT; Diluído 1mL da suspensão em 100mL de agua para deixar em 40 UT. 2.2 Metodologia A amostra de água foi coletada de uma torneira doméstica na cidade de Teresina – Piauí. As análises, foram realizadas nos laboratórios de Bromatologia e Microbiologia do Instituto Federal de Educação do Piauí - Campus Teresina Central. 2.2.1 pH Para a análise de pH foi realizada a calibração do potenciômetro com solução tampão. Em um béquer, foi adicionada uma quantidade de amostra coletada (água da torneira), o suficiente para que cobrisse os eletrodos que foram mergulhados no recipiente. Esperou-se a leitura do equipamento e anotou-se o resultado. 2.2.2 Cloro residual Para determinação de cloro residual, encheu-se a cubeta com a amostra de água até a marca de 5,0 mL. Em seguida, a cubeta contendo a amostra foi colocada na abertura do ladoesquerdo do aparelho. Na sequencia, encheu-se a outra cubeta com a amostra a que seria testada até a marca de 5,0 mL. Adicionou-se a solução de DPD na segunda amostra promovendo a homogeneização desta. Esta segunda amostra contendo DPD foi colocada no compartimento localizado à direita do aparelho. Aguardou-se três minutos para então efetuar a leitura do resultado, posicionando o comparador contra uma fonte de luz, rotacionando o disco do aparelho até que se obteve a mesma tonalidade nos dois tubos. Anotou-se os resultados. 7 2.2.3 Condutividade elétrica Para realizar a determinação de condutividade elétrica, primeiro conectou-se o eletrodo no equipamento verificando a posição correta para encaixe do mesmo, ligou-se o instrumento conforme as orientações do Manual de Operação e aguardou-se por cerca de 30 minutos para a estabilização. Logo após foi selecionada a escala desejada para medição do padrão de condutividade (para calibração do eletrodo) e da amostra, lavou-se o eletrodo com água destilada e secou-se o mesmo cuidadosamente com papel toalha. O eletrodo foi mergulhado na solução medida (padrão) e aguardou-se até que se estabelecesse a leitura da condutividade elétrica, repetiu-se as etapas de lavagem e secagem dos eletrodos para posterior medição das amostras de água. Anotou-se os resultados. 2.2.4 Turbidez Foi realizada a calibração do turbidímetro de acordo com as instruções do fabricante. Medida inferior a 40 UT: foi agitada, depois deixou bolhas desaparecerem e feito a leitura. Medida acima de 40 UT: amostra diluída com agua isenta de turbidez, fazer leitura e usar o cálculo para turbidez. 2.2.5 Salinidade A Determinação da Salinidade foi realizada através do seguinte cálculo: Salinidade = 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 1000 𝑥 1,809 𝑥 0,03 8 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Após serem realizadas todas as análises, foram obtidos os seguintes resultados conforme é mostrado na Tabela 1: Tabela 1: Resultados das análises realizadas na amostra de água Amostras pH Cloro Residual Condutividade Elétrica Turbidez Análise de salinidade 1 6,34 2 mg/L 93,175 µS/cm 1,49 NTU 0,28 mg/L Fonte (autor): Dados obtidos em aula prática de análise de água. O resultado após a determinação do pH da água analisada foi de 6,34. Segundo é estabelecido pela Portaria MS n.º 518/2004 que estabelece a qualidade da água para o consumo humano, para o sistema de distribuição o pH da água deve estar mantido entre 6,0 e 9,5. O valor do pH influi na distribuição das formas livre e ionizada de diversos compostos químicos, além de contribuir para um maior ou menor grau de solubilidade das substâncias e de definir o potencial de toxicidade de vários elementos (LIBÂNIO, 2016). Em ETAS valores elevados de pH nas águas em tratamento podem contribuir para sua corrosividade e agressividade, além de aumentarem a possibilidade de incrustações (BRASIL, 2014). Na Tabela 1 é apresentado teor de cloro residual lido na amostra. Ao verificar as recomendações da Portaria nº 2914/11 que dispõe sobre os padrões de potabilidade da água, a amostra apresentou concentração dentro do que do que a legislação preconiza, que permite variação mínima e máxima de 0,2 mg/L e 2,0 mg/L, respectivamente. Ao verificar que o residual de cloro livre na agua de abastecimento a população, está dentro dos limites mínimos e máximos imposto pela norma vigente, entende-se que está dentro do padrão de potabilidade. Porém, algo que deveria ser observado, é que se usa, muitas vezes, o produto químico para desinfecção, em quantidade elevada, elevando esse valor de cloro residual para o limite máximo permitido. Quando o ideal é que a água seja distribuída com o menor teor de cloro residual livre possível, em qualquer ponto da rede, obedecendo aos critérios na saída da distribuição, sendo considerados como parâmetros como tempo de contato, temperatura, residual de cloro livre e pH da água (BRASIL, 2011) A utilização do cloro para desinfecção visa inativar ou destruir microrganismos patogênicos. A desinfecção é obrigatória em todos os sistemas de fornecimento de água para abastecimento público, visando à proteção da saúde dos consumidores. É utilizado sob três 9 formas: líquido, sólido e gasoso. A reação do cloro com alguns compostos orgânicos leva a formação de subprodutos como trihalometanos que podem ter efeitos negativos à saúde humana. No entanto, a substituição do cloro por outro desinfetante no tratamento da água pode proporcionar muito mais riscos à saúde do que benefícios. Neste sentido, é importante que o processo de desinfecção seja efetivo e a presença das concentrações exigidas pela portaria nº2914 esteja dentro do permitido a fim de garantir a qualidade microbiológica da água (SOARES et al., 2016). Segundo Silva (2017), ao realizar estudos verificando o decaimento de cloro residual livre m reservatórios de distribuição de água da cidade de Campina Grande na Paraíba, os resultados encontrados demonstraram semelhança com o resultado encontrado no presente trabalho, indicando estar dentro do limite permitido, muito embora, também tenha encontrado valores de concentração acima do recomendado em alguns reservatórios. O resultado para análise de condutividade elétrica pode ser expresso pelo número 93,175 µS/cm, o valor estar conforme o encontrado em aguas naturais sem carga poluidora que é abaixo de 100 µS/cm. A condutividade elétrica não é integrante do padrão de potabilidade brasileiro e somente é monitorado em estações tratamento de grande porte. O resultado para análise de turbidez pode ser expresso pelo valor de 1,49 NTU. A turbidez é um dos parâmetros de qualidade para avaliação das características físicas da água bruta e da água tratada. A Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde estabelece que o Valor Máximo Permitido é de 1,0 NTU para água subterrânea desinfectada e água filtrada após tratamento completo ou filtração direta, e 5,0 NTU como padrão de aceitação para consumo humano. Valor encontrado estar fora dos padrões exigidos para a água, porém ainda sim apta para consumo humano. O resultado da salinidade foi o seguinte: Salinidade = 15,35 1000 𝑥 1,809 𝑥 0,03 Salinidade = 0, 28 𝑚𝑔/𝐿 Na legislação, as águas são classificadas de acordo com o valor de sua salinidade: água doce, inferior a 5%; água salobra entre 5% a 30%; e água salina, superior a 30%. 10 Em estudos realizados por Silva (2014), ele afirma que a salinidade é um parâmetro de grande importância na caracterização das águas, já que a salinidade determina diversas propriedades físico-químicas, entre as quais a densidade, o tipo de fauna e flora e os potenciais de usos humanos da água. O teor de salinidade elevado pode ocasionar incrustações nas tubulações das estações de tratamento, sendo estas geradas a partir das precipitações dos sais, gerando problemas como a perda de pressão, diminuição do escoamento da produção, e aumento do consumo de energia. 11 4 CONCLUSÃO Pode-se concluir que a amostra de água analisada demonstra estar dentro dos padrões de qualidade exigidos pela legislação nos parâmetros pH, cloro residual, salinidade, turbidez e condutividade elétrica, sendo indicativo de que a água está passando pelos tratamentos corretos nas estações de tratamento, tornando-se apta para o consumo, utilização doméstica e produção de alimentos. 12 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de controle da qualidade da água para técnicos que trabalham em ETAS / Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. – Brasília: Funasa, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilânica emSaúde. Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental. Portaria MS n.º 518/2004 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, CoordenaçãoGeral de Vigilância em Saúde Ambiental – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005. GRUPO HIDROGERON. Resolvendo o problema de Cloro Residual em Ponta de Rede. 17 de março de 2017. Disponível em: https://hidrogeron.com/2017/03/17/resolvendo-o-problema- de-cloro-residual-em-ponta-de-rede/ . Acesso em 21/12/2018. LIBÂNIO, Marcelo. Fundamentos de qualidade e tratamento de água / Libânio, Macedo. Campinas, SP: Editora Átomo, 2016. 4ª Edição. NETO, Bernardo F. da Cruz. Benefícios da água com pH alcalino: Saúde ou doença, você decide. Disponível em: file:///C:/Users/Schirlayne_2/Documents/8-1-29-1-10-20160530.pdf . Acesso em 15/12/2018. SILVA, George Antonio Belmino. Decaímento de cloro Residual Livre em reservatório de distribuição de Água da Cidade de Campina Grande-PB, Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da universidade Federal de Campina grande – UFCG. Campina Grande, ago. 2017. Disponível em:http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/1536/1/GEORGE%20ANTONIO %20BELMINO%20DA%20SILVA%20%20DISSERTA%C3%87%C3%83O%20%28PPGE CA%29%202017.pdf. Acesso em: 20/12/2018. SILVA, K.S.; COSTA, E.T.F.; FERREIRA, A.M.P.; SILVA, H.S.; SANTOS, L.L.S.B.; LOURENÇO, M.S.N. Determinação do teor de salinidade em água do mar nas praias de São Luis – MA. Congresso Brasileiro de Química, Rio Grande do Norte, 2014. https://hidrogeron.com/2017/03/17/resolvendo-o-problema-de-cloro-residual-em-ponta-de-rede/ https://hidrogeron.com/2017/03/17/resolvendo-o-problema-de-cloro-residual-em-ponta-de-rede/ file:///C:/Users/Schirlayne_2/Documents/8-1-29-1-10-20160530.pdf http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/1536/1/GEORGE%20ANTONIO%20BELMINO%20DA%20SILVA%20%20DISSERTA%C3%87%C3%83O%20%28PPGECA%29%202017.pdf http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/1536/1/GEORGE%20ANTONIO%20BELMINO%20DA%20SILVA%20%20DISSERTA%C3%87%C3%83O%20%28PPGECA%29%202017.pdf http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/1536/1/GEORGE%20ANTONIO%20BELMINO%20DA%20SILVA%20%20DISSERTA%C3%87%C3%83O%20%28PPGECA%29%202017.pdf 13 SANTOS, Elisa Soares; ZANELLO, Sonia. Análises físico-químicas das águas e de solos do rio Canguiri. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1701-8.pdf. Acesso em 15/12/2018. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1701-8.pdf
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