Buscar

INQUERITO POLICIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PERSECUÇÃO CRIMINAL/ PERSECUTIO CRIMINIS/ PERSEGUIÇÃO DO CRIME
PODER-DEVER DO ESTADO, INVESTIGAR E PUNIR AS INFRAÇÕES PENAIS
Divide-se em duas fases:
Fase PRÉ-PROCESSUAL (INFORMATIVA, PRELIMINAR E INQUISITIVA)
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL;
ANTECEDE a INSTAURAÇÃO DO PROCESSO;
Coleta de ELEMENTOS RELATIVOS à MATERIALIDADE E AUTORIA ou PARTICIPAÇÃO na infração penal.
INQUERITO POLICIAL = INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
Outras MODALIDADES de IP:
CPI’s;
INQUERITO MILITAR (IPM);
INQUERITO DA POLICIA da CÂMARA dos DEPUTADOS ou SENADO FEDERAL (Súmula n° 397 do STF)
Súmula 397/STF – O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências, compreende consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito.
INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO (Súmula n° 234 do STJ).
Súmula 234/STJ – A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para oferecimento da denúncia.
Fase PROCESSUAL: AÇÃO PENAL
INQUÉRITO POLICIAL
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO;
PRESIDIDO POR AUTORIDADE POLICIAL
OBJETIVO do IP apurar a AUTORIA e a MATERIALIDADE da infração.
FINALIDADE do IP CONTRIBUIR na formação do convencimento do TITULAR da AÇÃO PENAL.
TITULAR DA AÇÃO PENAL
REGRA: MP
EXCEPICIONALIDADE: A VITÍMA (QUERELANTE)
CONCEITO DE IP: Conjunto de diligências realizadas pela autoridade policial (delegado) que tem por finalidade a apuração de uma infração penal e sua respectiva autoria, de modo a fornecer subsídios ao titular da ação penal (MP ou QUERELANTE) – art. 4°, caput, CPP.
Art. 2° da lei 12830/2013 – “as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas do ESTADO.
Súmula n° 444/ STJ – É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”.
NATUREZA JURIDICA
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
CARATER INFORMATIVO
CARACTERISTICA DO IP
INQUISITIVO: 
“não admite contraditório nem ampla defesa”
Há direitos/garantias irrecusáveis do indiciado, como direito ao silêncio.
DISPENSAVEL: existem outros meios para oferecer uma ação penal.
SIGILOSO:
Não incide o PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Atos não são PUBLICOS
EX.: Uma pessoa do povo não pode assistir à oitiva do indiciado na delegacia.
Este SIGILO não ALCANÇA:
O MP;
O JUIZ;
O DEFENSOR PÚBLICO; e 
O ADVOGADO DO INDICIADO.
Súmula Vinculante 14/ STF – “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
INDISPONÍVEL: ao DELEGADO não é dado ARQUIVAR o IP (art. 17 do CPP).
DISCRICIONÁRIO: o DELEGADO, visando o sucesso da investigação, tem o livre arbítrio para adotar as medidas e diligencias que entender adequadas – arts. 14 e 13, II do CPP.
ESCRITO: todas as peças do IP serão reduzidas a escrito e rubricadas pela autoridade policial, inclusive os ATOS realizados ORALMENTE (oitiva do indiciado, por ex.)
OFICIALIDADE: presidido e conduzido por ÓRGÃO OFICIAL do Estado (polícia judiciária) – vide art. 144 § 4° da CF.
OFICIOSIDADE:
Crime de ação penal publica INCONDICIONADA, deve o delegado agir de OFICIO.
Em ação penal privada e condicionada a representação, não pode o delegado agir sem ser provocado pela vitima ou seu representante legal – art. 5°,§ 4° e 5° do CPP.
INSTAURAÇÃO DO IP (Art. 5°, CPP)
Se o crime for de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONDA ( ex.: roubo, art. 157, CP).
De OFICIO pelo Delegado (art. 5°, II do CPP).
Peça inaugural é a PORTARIA.
 Notitia criminis espontânea.
Por REQUISIÇÃO de MEMBRO do MP ou da MAGISTRATURA (art. 5°, II, primeira parte)
Peça inaugural é a própria REQUISIÇÃO;
Notitia criminis provocada.
Por REQUERIMENTO do OFENDIDO (art. 5°, II, segunda parte)
Peça inaugural é o REQUERIMENTO;
Notitia criminis provocada.
INDEFERIDO esse REQUERIMENTO do ofendido, cabe recurso administrativo ao CHEFE DE POLÍCIA (art. 5°, §2°).
Por PROVOCAÇÃO de qualquer um do POVO (art. 5° § 3°, CPP).
Peça inaugural é a PORTARIA;
Delatio criminis simples.
Pela PRISÃO em FLARGRANTE da ação.
Peça inaugural o AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE.
Notitia criminis de cognição coercitiva
Se o crime for de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA a REPRESENTAÇÃO ( ex.: ameaça – art. 147, CP) ou a REQUERIMENTO do MINISTRO da JUSTIÇA (ex.: crime contra a honra do Presidente da República – art. 145, p.ú., CP).
O IP só pode ser instaurado por meio da REPRESENTAÇÃO DA VITIMA ou da REQUISIÇÃO do Min. Da JUSUTIÇA.
Delatio criminis postulatória.
Se o crime for de AÇÃO PENAL PRIVADA (ex.: injúria simples – art. 140, caput, CP)
O IP só pode ser instaurado por meio de REQUERIMENTO da VITIMA (ou de seu REPRESENTANTE LEGAL)
No Brasil, a denúncia anônima (delação apócrifa ou notitia criminis inqualificada) é imprestável ISOLADAMENTE para provocar a instauração de inquérito policial. Mas poderá INICIA A INVESTIGAÇÃO, realizando diligencias preliminares, com o propósito de verificar a veracidade das informações obtidas anonimamente. Então, a partir dos dados obtidos, será possível, instaurar o procedimento investigatório dito.
VALOR PROBATÓRIO DO IP
Pode o IP dar suporte também a sentença condenatória?
Pode o juiz fundamentar um decreto condenatório em provas obtidas no IP?
As provas obtidas em sede do IP não podem de modo exclusivo, fundamentar uma ação condenatória.
Há certas provas que mesmo sendo produzidas no curso do IP, dadas as suas peculiaridades, podem ser amplamente valoradas pelo juiz, tais provas possuem valor idêntico. São as chamadas: PROVAS CAUTELAES, NÃO REPETIVEIS E ANTECIPAÇÃO.
PROVA CAUTELAR
É aquela que necessita ser produzida em caráter de URGENCIA para evitar o seu desaparecimento. Submete-se ao contraditório deferido, retardado ou postergado. Apesar de produzida no curso do IP, a prova, ao integrar o processo, poderá ser combatida pelas partes.
Ex.: busca e apreensão e interceptação telefônica.
 PROVA NÃO REPETIVEL
É aquela em que a renovação em juízo revela-se, praticamente impossível.
Ex.: perícia sobre um crime de estupro.
PROVA ANTECIPADA
É aquela que, por conta da ação do tempo, apresenta alta probabilidade de não pode ser mais realizada em juízo (art. 255, CPP).
Ex.: o testemunho de uma pessoa bastante idosa.
PROVIDÊNCIAS QUE PODEM SER TOMADAS NO CURSO DO IP (art. 6° e 7°)
Principais:
Oitiva do indiciado (art. 6, V do CPP).
Observar as regras do interrogatório judicial (art. 185 e ss, CPP).
É considerada dispensável na fase policial a presença do defensor.
Realização do exame de corpo delito (art. 6°, VII, CPP).
Quando a infração deixar vestígios (ex.: estupro, homicídio) o delegado não poderá se negar de realizar o exame de corpo de delito por este ser indispensável.
Identificação do indiciado pelo processo datiloscópico (art. 6°, VIII, primeira parte, CPP).
Art. 5°, LVIII, CF – garante que o “o civilmente identificado não será submetida à identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”.
Identificar-se civilmente é apresentar qualquer documento capaz de precisar a sua identidade (carteira de motorista, RG, carteira de trabalho, etc.).
Excepcionalmente, será necessária a realização de identificação criminal. As hipóteses estão elencadas no art. 3° da lei 12.037/2009.
Art. 3° Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: 
O documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
O documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
O indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; 
A identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridadepolicial, do Ministério Público ou da defesa; 
Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; 
O estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais
PRAZO DE CONCLUSÃO DO IP
REGRA GERAL: 10 dias preso.
EXCEPCIONALIDADE: 30 dias solto, podendo ser prorrogado, de acordo com o art. 10, §3°, CPP.
PRAZOS EXPECIAIS.
IP POLICIA FEDERAL.
PRESO: 15 dias, prorrogável por mais 15 dias.
SOLTO: 30 dias, também prorrogável de acordo com o art. 10, §3°, CPP.
LEI DE DROGAS (art. 51, lei 11.343/2006)
Duplicáveis por decisão judicialPRESO: 30 dias
SOLTO: 90 dias
Pedido fundamentado pelo juiz e ouvido o MP.
CRIME CONTRA A ECONOMIA POPULAR (art. 10, §1°, da lei 1.521/1951).
PRESO OU SOLTO: 10 dias, prazo improrrogável.
INQUÉRITO MILITAR (art. 20, caput e §1°, CPPM).
PRESO: 20 dias.
SOLTO 40 dias, pode ser prorrogável por mais 20 dias por autoridade superior competente.
CONTAGEM DO PRAZO DE CONCLUSÃO DO IP
Prazo de conclusão do IP possui natureza processual.
Deve ser contado na forma do art. 798, § 1°, CPP (exclui-se o dia do começo e inclui-se o dia do fim).
ENCERRAMENTO DO IP
Ao encerrar o IP, a autoridade policial deverá elaborar minucioso relatório do que tiver sido apurado (art. 10, § 1° e § 2°, art. 11, CPP).
CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA.
Deverá ser encaminhado ao juiz ou diretamente ao MP.
O MP deverá tomar 3 providencias:
OFERECIMENTO DA DENUNCIA.
O MP está satisfeito com a investigação realizada.
Há indícios de autoria e de materialidade do crime.
REQUISIÇÃO DE NOVAS DILIGÊNCIAS (art. 16, CPP)
O MP não está satisfeito com o resultado da investigação, necessitando de ulteriores diligências.
REQUERIMENTO (OU PROMOÇÃO) DO ARQUIVAMENTO.
A autoridade policial não pode requerer o arquivamento do IP (art. 17, CPP).
O arquivamento se dá por meio de dupla manifestação:
PEDIDO DO MP + HOMOLOGAÇÃO DO JUIZ 
A decisão do magistrado que determina o arquivamento do IP é, em regra, IRRECORRIVEL.
EXCEÇÃO:
Recurso de oficio da decisão que arquivar o IP em casos de crime contra a economia popular e contra a saúde pública (art.7°, lei 1.521/1951).
Recurso em sentido estrito da decisão que arquiva o IP em caso de contravenção de jogo do bicho e de aposta de corrida de cavalo fora do hipódromo (art. 6°, lei 1.508/1951 c/c art. 88 e 60, DL 6.258/1944).
Decisão de arquivamento faz apenas coisa julgada.
COISA JULGADA
FORMAL: impede que o juízo de causa reexamine a sentença 
[ 
ou decisão].
MATERIAL: impede que qualquer outro juízo ou tribunal examine a causa já decidida.
	
O MP pode oferecer a denúncia depois de consumado o arquivamento do IP, desde que exista provas substancialmente novas.
Súmula 524/ STF – Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
ARQUIVAMENTO IMPLICITO OU TACITO
o MP deixa de incluir na denuncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem expressa manifestação ou justificação deste procedimento.
DUPLA OMISSÃO
Não inclui alguns FATOS (OBJETIVO);
Não inclui INDICIADOS sem justificar o porquê (SUBJETIVO).
EX.: 6 indivíduos são investigados acerca do delito de roubo. Concluído o inquérito e remetido ao MP, esse oferece a denúncia em face de 5 dos investigados sem fazer qualquer menção ao 6° deles. O juiz, ao analisar a denúncia, despacha pelo seu recebimento. Nesse caso, haveria de se reconhecer o arquivamento implícito em relação ao ultimo indiciado.
Tal modalidade não é aceita pela jurisprudência e pela maior parte da doutrina.
CRIME DE AÇÃO PENAL PRIVADA
O IP deverá ser encaminhado a juízo, e ficará a disposição da vitima – art. 19 CPP.
A VÍTIMA poderá adotar as seguintes medidas:
OFERECIMENTO DA QUEIXA: A vítima deu-se por satisfeita com a investigação realizada, vislumbrando suporte probatório mínimo para o oferecimento de ação penal;
REQUERIMENTO DE NOVAS DILIGENCIAS: A vitima não se deu por satisfeita, necessitando de ulteriores diligencias.
Discricionariedade do delegado (art. 14, CPP).
RENÚNCIA AO DIREITO DE AÇÃO: O ofendido poderá renunciar ao seu direito de queixa, dando causa à extinção da punibilidade do agente (art. 107, V, CP). Note que se trata de ato unilateral da vitima (não depende da aceitação do indiciado para que possa concretizar seus efeitos).
INERCIA: O ofendido deixa escoar o seu prazo decadencial de 6 meses para o oferecimento da queixa (art. 38, CPP), resultando também na extinção da punibilidade do agente (art. 107, IV,CP).

Outros materiais