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FRANZOSI, FÁBIO V. O conhecimento aplicado na gestão e estratégia empresarial

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PÓS-GRADUAÇÃO EM MBA EM GESTÃO E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL - UNINORTE - Manaus,AM, Brasil, 
Fevereiro/2016 
O conhecimento aplicado na gestão e estratégia empresarial. 
 
Fábio Vaz Franzosi (Uninorte), franzosi.fabio@gmail.com 
Myrian Abecassis Faber, Dra (Uninorte), mfaber@uea.edu.br 
 
Resumo 
Este artigo busca descrever o conhecimento em suas origens, o surgimento das formas 
iniciais de transmissão até a idade contemporânea, o computador a internet e as redes 
sociais. Neste processo nota-se a importância significativa que o conhecimento adquiriu de 
modo geral nas mais variadas organizações. Esta função assumida pelo conhecimento 
contribui para atestar a questão frequente, cada vez mais no mundo corporativo, tornando 
evidente a importante diferença da valoração dos ativos de uma corporação, o capital 
intelectual e o seu valor de mercado. Portanto, este artigo visa demonstrar a difusão na 
organização do conhecimento em seu modelo de criação. Apresentamos os principais 
conceitos inicialmente e logo a seguir alguns modelos existentes, com o objetivo de mensurar 
sua contribuição na efetiva aplicação dos resultados do conhecimento. Expomos a 
contribuição na avaliação de valor empresarial de uma organização, analisando a 
perspectiva do colaborador como responsável pela geração de conhecimento na 
organização. A estratégia empresarial com a inserção da gestão do conhecimento gera um 
valor agregado e vantagens competitivas, destacando-se no mercado como empresa moderna 
aliada a novos recursos e filosofias tecnológicas que garantem seu destaque e superioridade 
mercadológica. 
Palavras-chave: Gestão, Estratégia Empresarial, Conhecimento, Ambiente Corporativo, 
Capital Humano. 
 
1. Introdução 
Nossa sociedade está na era do conhecimento, quebra de paradigmas são requeridos. Visando 
sobreviver a um mercado globalizado a implantação de modelos modernos de gestão, 
estratégia e no conhecimento, propiciando mudanças e aumentando, consideravelmente o 
valor agregado, imprescindíveis no mundo atual. 
O modelo de gestão responsável gerar riquezas, compartilhar e alavancar partindo do capital 
intelectual é tratado como gestão do conhecimento. Onde o saber organizacional ganha 
importância fundamental no resultado operacional das organizações. 
As empresas sentem cada vez mais a necessidade de investir em recursos humanos, tendo um 
mercado cada vez mais competitivo e exigente, acrescentar em seu capital o conhecimento, 
resultado de investimento em capital humano qualificado, cada dia mais escasso e valorizado 
no mercado corporativo. 
2 
 
As armas mais competitivas atualmente são a informação e o conhecimento substituindo 
comandos e controles largamente utilizados no passado. 
Em conjunto: gestão do conhecimento, globalização, avanço tecnológico, descentralização da 
informação, ocupam cada vez mais espaços relevantes nas organizações, desde o uso com 
fins estratégicos, compartilhamento de dados e geração de resultados. 
 
2.1 O início 
2.1.1 Os primórdios da escrita 
Segundo Queiroz (2004) uma das formas de adquirir informação é a escrita, que assim 
permite a comunicação tanto no espaço como no tempo. 
A escrita foi a base em que progrediu a humanidade. Encontram-se indícios do homem se 
manifestando por gráficos em seu meio ambiente que datam de 20 mil anos e a escrita como 
forma de comunicação a 6 mil anos aproximadamente. 
A organização de escrita deu-se em um passado recente, século IV a.C., sendo encontradas 
cavernas com pinturas e gravações em objetos provavelmente da era paleolítica, 20 mil anos 
a. C., A Caverna de Altamira, na Espanha, abriga inscrições de estilo rupestres com 14 mil 
anos aproximadamente. 
A forma de escrita mais antiga que consta nos registros foi em forma de cunha (cuneiforme), e 
que apenas no século XIX foi decifrado, tendo o povo que conquistou a Mesopotâmia, os 
sumérios, sendo durante 1500 anos o grupo dominante do Oriente Médio com uma literatura 
bastante evoluída que deixou, documentos e arquivos de um complexo sistema religioso, 
administrativo, jurídico e comercial. 
No início do terceiro milênio a.C., existe escrita deste tipo ainda nos remetendo a sua 
existência e utilização na linha do tempo. 
 
2.1.2 O alfabeto a evolução 
Para os povos antigos, durante muitos séculos não houve como registrar precisamente a 
escrita por palavras faladas. Os sistemas de escrita existentes, baseado em sua maioria na 
ideografia, representando as ideias por meio de desenhos ou pinturas. O modelo de escrita 
cuneiforme e a hieroglífica são o sistema de escrita desenvolvido, sendo o ápice a utilização 
de sinais com valor fonético. Eis o surgimento do alfabeto, sendo um sistema de sinais que 
demonstram os ruídos básicos de uma linguagem. (QUEIROZ, 2004). E ainda parafraseando 
Queiroz (2004), o alfabeto foi inventado em solo da Palestina ou da Síria, porém, sem poder 
precisar sua data e nem o seu efetivo aparecimento. A propagação e o surgimento da escrita 
estão vinculados à evolução da memória. A utilização da memória escrita por grandes 
civilizações é considerada o resultado do progresso evolutivo. 
 
 2.2 O alfabeto e seu desenvolvimento 
Todas as ações do homem e os artefatos que estão postas no papel da escrita, da religião, do 
direito, da ciência, da literatura etc. Sendo a escrita, intimamente relacionada ao mundo de 
papel. Segundo Queiroz (2004), de todo progresso humano, sua fonte é a escrita. 
3 
 
 
2.2.1 A Prensa 
O prolongamento da escrita manual foi a princípio a prensa. Havendo a rivalidade entre os 
impressores e os copistas. Houve uma revolução provocada pela técnica baseada no uso da 
prensa e dos tipos móveis. A cópia à mão era a única forma de se reproduzir um texto até o 
ano de 1450. A redução do tempo de reprodução do texto, com a imprensa, diminuiu 
também o custo do livro. O principal mérito é atribuído ao alemão nato Johann Gensfleish 
Gutenberg (1397), pela invenção da prensa (tipografia). Sendo ele, Gutenberg, o responsável 
na época por tornar mecânicos os métodos de impressão e pelo aperfeiçoamento da prensa 
que até então fazia a impressão em tecido, espremia uvas e cunhava moedas. (QUEIROZ, 
2004). 
 
2.2.2 A escrita e sua evolução 
Dos tempos de Gutenberg, até 1783 não houve quase nenhuma mudança no processo. Tendo 
como limite as 300 folhas por dia nas prensas manuais. Já em 1819, houve a implantação de 
algumas sutis inovações eis que o método de impressão do cilindro contra a prancha já 
existia. Na Filadélfia, em 1846, foi registrado uma tiragem de 95 mil páginas por hora com 
uma prensa mais moderna. Porém, não foram visíveis imediatamente, os efeitos desta nova 
forma de fomentar a propagação do conhecimento. Isso devido à grande falta de qualificação 
da população em conseguir acompanhar a velocidade da evolução na aprendizagem e em sua 
grande maioria não ser nem alfabetizada. (QUEIROZ, 2004). 
 
2.2.3 Da prensa ao computador 
Com a invenção de Gutenberg no século XV, a tipografia exerceu novos parâmetros. A leitura 
impressa é um tipo de socialização. O homem que não lê se difere do homem que lê. A leitura 
leva o homem ao lugar do texto, possibilitando outro ponto de vista sobre as mais diversas 
situações. Há aproximadamente vinte mil anos, através dos meios gráficos, o homem 
expressou seu planejamento e a aproximadamente 6 mil anos vem se expressando de forma 
escrita. A partir daí a escrita se tornou expressão de sucesso e a sua expansão histórica se 
torna maior a cada vez, conforme Queiroz (2004). 
 
2.3 Ascenção 
 
2.3.1 Redes Sociais e Comunidades 
 
Parafraseando Recuero (2004), como uma quantidade de nós interligadospor arestas. No 
entanto, os estudos sistemáticos das redes sociais surgem em meados de 1930, sendo que 
Moreno (1978, apud Recuero, 2004) deu início aos trabalhos que viriam a dar origem a 
abordagem. Descrevendo seu dinamismo, a rede dentro da organização funciona como 
espaço para o compartilhamento de conhecimento e informação. Além de influenciarem tanto 
na propagação do conhecimento e da informação, quanto na difusão de desenvolver as 
inovações. 
4 
 
Cada indivíduo tem conexão com outros indivíduos, enfatizado pelo conceito de rede, 
podendo essas conexões podem ser poucas, algumas ou muitas. 
 
2.3.2 Capital social 
O conceito de capital social segundo alguns autores, (BURT, 2005; LIN, 2005; PORTES, 
1998, apud COSTA, 2005), pode ser parafraseado da seguinte forma: a capacidade de 
informação dos seres, sua capacidade de interação com os mais próximos, amigos, parentes, 
colegas de trabalho, e também com os mais distantes podendo interagir remotamente. O 
significado de capital social, neste contexto, é a capacidade de os seres desenvolverem 
comunidades pessoais, ou seja, suas redes pessoais. 
Para Coleman (1990) e Putnam (1993), (apud COSTA, 2005), capital social é definido pela 
coerência social e cultural da sociedade, os valores e as normas que definem interações entre 
seres e as organizações em que estão envolvidos. 
 
2.4 A gestão da informação 
 
2.4.1 Definições da gestão da informação 
É a gestão de qualquer tipo de informação, gerenciadas e variando de acordo com uma rede. 
Tendo o objetivo de apoio a política da organização, tornando a mais eficiente e articulada 
entre os vários pontos de sua constituição, municiando a tomada de decisões dos gestores. 
Sendo instrumento que permitem novos moldes na gestão da informação, otimizando o fluxo 
de informações e possibilitando a transmissão mais eficiente de dados visando gastar menos 
tempo e recursos, facilitando decisões coorporativas. 
 
2.4.2 A Inovação 
A internet, como um meio virtual facilitador de transmissão de informação, contribui para 
que as funções das redes sociais sejam cumpridas por meio das comunidades virtuais, 
segundo defende Recuero (2004). 
Castells (2006, p. 87) nos descreve que em 1990 os “não iniciados” na navegação na internet 
possuíam imensas dificuldades em utilizá-la, e essas dificuldades só eram minimizadas a 
partir do salto tecnológico e criação da Web. E ainda que, com a criação da teia mundial, 
inaugura-se a participação dos usuários na internet, inicialmente pouco interativa, 
basicamente com buscas de conteúdos e pouca troca de mensagens em e-mails, salas de bate 
papo. A internet em sua origem um imenso repositório de conteúdo se transforma em 
ambiente de intensa interatividade através da Web 2.0, termo cunhado inicialmente por Tim 
O’Reilly em 2005 e que significa sistema web baseado na colaboração e na construção 
coletiva. 
 
 
 
5 
 
3. A criação do conhecimento 
Antes de definir a gestão da informação, devemos conceituar termos que são empregados na 
gestão do conhecimento ou gestão da informação. No primeiro domínio, a gestão da 
informação é predominantemente vista como gestão do conhecimento. No segundo domínio, 
a gestão é vista como a gestão do “know-how” e frequentemente igualada à tecnologia da 
informação. No terceiro domínio, a gestão da informação evidencia a mudança de conceitos 
muito expressiva, da informação como recurso para o conhecimento, como uma capacidade. 
3.1 Dados, informação, conhecimento e capital intelectual 
3.1.1 Dados 
E parafraseando a definição de dados por Davenport (1998, p. 19), a observação sobre o 
estado do mundo é como defino dados. Seria como se observassem fatos brutos ou entidades 
mensuráveis, feita por pessoas ou pela tecnologia adequada. 
3.1.2 Informação 
O conceito de informação defendido com eloquência, por Drucker (apud DAVENPORT, 
1998, p. 19.) é: informações são “dados dotado de relevância e propósito”. Logicamente, os 
seres humanos são quem dota de tais atributos, ou seja, a transformação pelas pessoas de 
dados na informação. Tornando-se indispensável e com uma necessidade crescente em vários 
setores da atividade humana. 
3.1.3 Conhecimento 
Ao entrar nesse terceiro componente, torna-se mais difícil a compreensão. Deve ser 
compreendido e associado como gestão da informação, à mesmo instante gestão do 
conhecimento. Grandes corporações utilizam a tecnologia da informação como ferramenta 
gerencial. As informações utilizadas na reposição de estoques, abastecimento de depósitos e 
demais ativos físicos, otimizando assim a utilização de mão de obra e recursos. 
Nonaka e Takeuchi (1997) em sua obra distinguem informação de conhecimento de três 
formas abaixo: 
 O conhecimento está ligado a compromissos e crenças (ao contrário da 
informação); 
 O conhecimento está relacionado à ação (ao contrário da informação); 
 Assim como a informação, o conhecimento é relacional e diz respeito ao 
contexto. 
 
3.1.4 Capital intelectual 
Segundo Silva (2004), o conjunto de informações e conhecimentos encontrados na 
organização, é o capital intelectual, que agrega ao produto ou serviço, valores mediante a 
aplicação de inteligência, e não do capital monetário. É também conhecido como capital 
humano, ativos intangíveis. Isso faz com que a empresa seja mais valiosa do que seu balanço 
contábil. 
 
 
6 
 
3.2 Características e gestão do conhecimento 
3.2.1 Características da gestão do conhecimento 
A concepção conceitual de Gestão do Conhecimento possui a seguinte origem: nos EUA 
surgiu da inteligência artificial, observando-se que grande parte dos sistemas se tornarão 
objetos após 6 meses. Com isso avaliou-se: o conhecimento é primordial na condução dos 
negócios. 
 
 
3.2.2 A Gestão do conhecimento e da informação 
O termo gestão do conhecimento é similar a gestão nas organizações da era moderna, é um 
repensar dos modelos de gestão para as corporações na era do conhecimento. Em sua grande 
maioria o que se intitula como gestão do conhecimento é na verdade da informação. Que é 
apenas um dos elementos e o ponto de partida para a mesma. Essa dinâmica é inerente à 
organização e ao indivíduo corporativo. Daí a necessidade de gerenciar eficientemente a 
informação e o conhecimento. 
 
3.3 Criação do conhecimento 
Na prática, a gestão e a criação do conhecimento requer que seja enfatizada a habilidade 
necessária para o gestor identificar o conhecimento solicitado e as demandas e condições 
organizacionais da empresa que possibilitam a criação de conceitos novos e o 
compartilhamento do conhecimento existente. 
Existem, ainda estudos que buscam a concepção de um modelo de gestão do conhecimento: 
1) O modelo de cinco forças competitivas de Porter; 
2) Os tipos de habilidades organizacionais; 
3) Os cinco elementos que constituem a competência profissional; 
4) O processo organizacional de criação do conhecimento; 
5) As cinco disciplinas que aprendem. 
 
Os itens 4 e 5 serão abordados como referencial para tornar exposto como ocorre nas 
empresas modernas a gestão do conhecimento com enfoque no atingimento dos objetivos 
estratégicos. 
 
3.3.1 Conhecimento tácito e explicito 
Nonaka e Takeuchi (1997), em sua primeira obra dedicada a criação do conhecimento, 
demonstram o sucesso alcançado por corporações japonesas deve-se as técnicas em criação e 
aprimoramento do conhecimento corporativo. Os renomeados escritores e professores 
classificam o conhecimento em dois tipos: o explicito e o tácito. O conhecimento explícito é 
aquele formal, expresso manual. Pode ser transmitido facilmente, são as palavras e os 
números.E o tácito, o mais importante, é o que se incorpora a modelos intangíveis como 
crenças e valores. 
7 
 
3.3.2 Dimensões da criação 
Na organização, o conhecimento e sua criação é um processo de indivíduos que amplia 
corporativamente o conhecimento, materializando-o como parte integrante da rede da 
empresa. Já na visão da dimensão epistemológica o que entra em análise é a distinção do 
conhecimento tácito do explicito. São duas linhas de abordagem, em relação ao tipo de 
conhecimento. O oriental que enfatiza o conhecimento tácito e o do ocidente, que enfatiza o 
conhecimento explícito. 
 
3.3.3 Os quatro modos de conversão 
Na teoria de Nonaka e Takeuchi (1997) na interação entre os conhecimentos tácito x 
explícito, a conversão do conhecimento possui quatro modos: socialização, internalização 
combinação, e externalização. 
Estes modos constituem, segundo o autor, o “motor” do processo de criação como um todo, 
sempre lembrando que o indivíduo experimenta estes modos e que através destes 
mecanismos o conhecimento individual é amplificado na organização. A socialização 
consiste na conversão destes conhecimentos. Ela liga-se as teorias dos processos do grupo e 
da cultura da empresa. 
 
4. Difusão do conhecimento 
A concepção de um modelo de gestão do conhecimento, se resume a cinco grandes estudos. 
São disciplinas de aprendizagem: pensamento sistêmico, aprendizado em equipe, visão 
compartilhada, modelos mentais e domínio pessoal. 
No entendimento de Senge (2009), a aprendizagem é o resultado das cinco interconectadas. 
A aprendizagem é, no conceito do especialista, a capacidade de nos recriar, tornando-nos 
capazes inovar. Permite, a aprendizagem, perceber novamente o ambiente e nossa interação 
com ele porque ela aumenta a capacidade de criar (aprendizagem generativa), além de visar a 
sobrevivência (aprendizagem adaptativa) necessária. 
 
4.1 As disciplinas essenciais 
 
4.1.1 Domínio pessoal 
O núcleo da filosofia empresarial deve ser sempre “pessoas”. 
Senge (2009, p. 177), exemplifica ao trazer palavras do presidente da empresa Kyocera, em 
1995: 
 
Seja em pesquisa e desenvolvimento, na gerencia da empresa, ou congressos entre aspectos 
do negócio, a força ativa é “pessoas”. E pessoas têm vontade própria, mente própria e uma 
forma de pessoas próprias. Se os próprios funcionários não estivessem motivados (....) não 
há crescimento. 
8 
 
A competência vai além do domínio pessoal e da habilidade, mas baseia-se nelas. Significa 
abordar as situações cotidianas da vida como um aprendizado criativo, e não reativo. As 
pessoas com alto nível de domínio pessoal vivem em um estado de aprendizagem contínua. O 
domínio pessoal não é o que se tem. 
 
4.1.2 Modelos mentais 
Os modelos mentais, chamados assim por Senge, (2009), também podem ser determinados de 
paradigmas. São formas de agir das pessoas. Os modelos moldam as ações, ou, seja, o que 
fazemos. Mas a sua causa está no que pensamos, porque o pensamento se transforma em 
ação. Modelos mentais são fundamentais para a organização, pois o que está em alta nestas 
organizações são a visão, os valores e os modelos mentais, ao contrário das empresas 
tradicionais, onde a administração é focada em administrar, organizar e controlar. 
 
4.1.3 Visão compartilhada 
A visão compartilhada tenta explicar o que se quer criar, a partir de visões pessoais. São as 
metas e objetivos que se constroem a partir do compartilhamento de ideias. Isso só acontece 
quando as pessoas têm a mesma imagem ou visão, e assumem em conjunto mantê-la. Ao 
compartilhar a visão, no entendimento de Senge (2009), as pessoas se sentem conectadas e 
ligadas por uma aspiração comum. O poder da visão compartilhada vem de um interesse 
comum. 
 
4.1.4 Aprendizagem em equipe 
Parafraseando Senge (2009, p.288), que concebe o conceito de aprendizagem em equipe 
sendo o método de alinhamento e desenvolvimento da capacidade dos colaboradores de 
alcançar os resultados que seus colaboradores realmente desejem. Atualmente está em alta a 
necessidade de domínio da aprendizagem em equipe nas empresas. Isto porque a maioria das 
decisões são tomadas em equipe. Esta é uma disciplina coletiva. O aprendizado tem dois 
níveis. Todo o aprendizado é julgado pelo que o aprendiz sabe fazer, os resultados que ele 
obtém. 
 
4.2 A quinta disciplina 
 
A quinta disciplina para Senge (2009) é a que integra as outras: visão sistêmica. Sem ela, não 
é possível analisar as relações entre as outras. A quinta disciplina pode ser exemplificada 
como a soma das partes sendo maior que o todo. As cinco disciplinas permitem, nas 
organizações que aprendem, tornar o lugar em que os indivíduos se convençam de que elas 
podem criar sua realidade, bem como mudá-la. Em três níveis podem ser pensadas cada uma 
das cinco disciplinas. Quanto às práticas, (o que se faz); quanto aos princípios, (ideias que 
orientam); e quanto à essência (estado de ser dos que dominam a disciplina). 
Diante de tanta complexidade, é cada vez mais necessário possuir pensamento sistêmico. 
O ditado que reza “ver a floresta além das arvores” nem sempre conseguimos aplicá-lo na 
prática do dia a dia. 
9 
 
4.3 Modelo de cinco fases 
Nonaka e Takeuchi (1997) elaboraram um processo de criação e difusão do conhecimento na 
empresa estruturando o modelo em cinco fases. 
O modelo consiste em: 
I. Compartilhamento do conhecimento tácito; 
II. Criação de conceito; 
III. Justificação dos conceitos; 
IV. Construção de um arquétipo; 
V. Difusão interativa do conhecimento. 
Na primeira fase o autor insiste na premissa de que a empresa não cria conhecimento sozinha, 
é o indivíduo quem cria. Ele é a base. Como o conhecimento tácito é criado através de 
experiências na transmissão, não se torna fácil por meio de palavras. E por isso é uma etapa 
crítica na criação. E o núcleo desta primeira etapa de transmissão é a concepção de um campo 
de interação, aonde os funcionários trocam experiências. Geralmente este campo, como já 
mencionado no decorrer desta obra, se localiza externo a empresa (socialização). Na segunda 
fase, a criação de conceito é mais intensa da anterior, pois no campo interativo é expressado 
pelo diálogo e reflexão o conhecimento, que corresponde a externalização (do tácito para o 
explicito). Nesta fase, os conceitos são criados pelo diálogo. A terceira fase é marcada pela 
justificação dos conceitos criados a etapa anterior. Aplica-se a crítica para validá-los. Estes 
conceitos e suas justificativas na vida profissional nada mais é do que a defesa dos interesses 
em várias áreas. Por exemplo, a margem de lucro, penetração em algum segmento específico 
do mercado, taxa de crescimento, definição de metas, etc. É a estratégia em ação. Esta etapa é 
fortalecida, principalmente quando há a redundância de informações. Na quarta fase, os 
conceitos validados (justificados) se transformam em protótipo no caso de um produto. Se for 
um serviço, este passa a ser um modelo operacional, ou um procedimento. Por ser uma fase 
complexa, esta exige a participação cooperativa entre os departamentos. E por último, mas 
não menos importante, é a fase de difusão interativa, que ocorre em espiral, passando ser a 
contínuo internamente (entre setores, filiais), ou externo (com clientes, fornecedores e 
parceiros). É o movimento da roda do conhecimento. 
 
5. Do conhecimento para a estratégia 
 
Nas organizações modernas a gestão do conhecimento desenvolve um papel principal base de 
valorização. A principal dificuldade em sua adoção é o famoso fantasma que assombra o 
mundo coorporativo. Avaliando as pessoas como despesas e não como capital.5.1 Vantagem competitiva e o conhecimento 
 
Facilitar o fluxo interativo e agregar valor à informação na organização foi a proposta de 
surgimento da gestão do conhecimento. Desenvolvendo processos e sistemas que partilhem e 
adquiriram ativos intelectuais. Considerando obrigatoriamente o uso pleno do conhecimento, 
agregando-o como diferencial estratégico coorporativo do sucesso. Priorizando as 
10 
 
informações úteis e significativas, promovendo atividades, aumentando o aprendizado 
individual e coletivo. Maximizando o valor agregado com o conhecimento da corporação em 
funções diversas e localização diferente. O capital intelectual é o diferencial no tratamento 
especifico da organização com seus clientes. A gestão do conhecimento acumula o capital 
intelectual, que cria competências exclusivas e essenciais e produz melhores resultados. 
 
 
 
 
5.2 Gestão de informações estratégicas 
Um controle eficaz da informação pode melhorar a qualidade, a integridade e a 
disponibilidade das informações de uma empresa ao estimular a colaboração entre 
organizações e a criação de políticas. Isso requer o estabelecimento de uma organização 
corporativa específica cuja missão é definir as políticas e as práticas para gerenciamento e 
proteção de ativos críticos de informação ao longo do seu ciclo de vida. 
 
5.3 A essência da estratégia 
Antes de abordar a gestão estratégica define-se a gestão como sendo o ato de gerir, gerenciar, 
administrar. Gestão é a forma como uma empresa atingi o resultado esperado, planejado por 
ela apesar das dificuldades. 
A palavra estratégia foi incorporada ao mundo dos negócios na década de 60 e 70 tendo sua 
origem no meio militar. Na obra de Sun Tzu, “A Arte da Guerra”, idealizada no século V 
a.C., as ações estratégicas foram utilizadas e hoje sua importância pode ser observada na sua 
adaptação para o meio corporativo e também nas forças armadas. As empresas começaram a 
adotar uma postura estratégica, particularmente a partir da segunda metade do século XX, 
adaptando diversas estratégias dos militares ao mundo dos negócios. 
 
5.4 Administração estratégica 
 
A gestão estratégica ou planejamento estratégico tem evoluído com o passar dos anos. 
Entretanto, de acordo com Ansoff (1993 apud ALDAY, 2000) ainda persiste a falta de 
consenso sobre o significado preciso do termo. O processo atual de administração em 
organizações menores especialmente, é dominado pelo presidente da companhia. Ele é 
também considerado como o principal responsável pelo sucesso do processo. Basicamente 
podem-se ser divididas em cinco grupos: na primeira etapa, é feita ou executada uma análise 
de ambiente. São analisados nesta etapa os ambientes internos e externos, tudo que pode 
influenciar o processo da corporação, visando mitigar a interferência no resultado de execução 
dos objetivos. Em seguida, na segunda etapa, é definida ou estabelecida uma diretriz 
organizacional. É neste momento que são definidas as metas da empresa. Há ainda dois 
indicadores estabelecidos nas corporações: visão e valores. Na sequência a estratégia 
organizacional desenvolvimento da. Sendo definida como uma meta de ação, visando a 
obtenção dos objetivos pela corporação. Para o autor, os objetivos organizacionais sendo 
realizados dependem da projeção e seleção de estratégias. Posteriormente a terceira etapa, 
sucede a implementação da estratégia. É na quarta etapa que se colocam em ação as 
11 
 
estratégias elaboradas nas etapas anteriores. E por último, mas não menos importante, a quinta 
etapa, que consiste no controle estratégico, um controle que se concentra na monitoração e 
avaliação continua do processo estratégico garantindo se correto funcionamento e visando 
melhorá-lo continuamente. 
 
5.5 A estratégia da informação 
 
A informação, na defesa de Davenport (1998), é nitidamente imprecisa. Ele ainda resiste em 
esclarecer que existem diversas distinções entre as informações e os conhecimentos. 
A criação de estratégias de informação deve ser focalizada em quais tipos de informação a 
usar, quais ações executar e priorizar e como ajudar a empresa atingir seus objetivos 
(estratégicos). A reflexão sobre a necessidade de estratégias da informação, é embasada pelos 
seguintes principais motivos: 
• Os ambientes de informação, na maioria das empresas, são um desastre; 
• Os recursos de informação sempre podem ser mais bem alocados; 
• As estratégias da informação ajudam as empresas a se adaptar a mudança; 
• As estratégias da informação tornam a informação mais significativa; 
Agregar valor significa estabelecer vínculos com a cadeia de relacionamento, geralmente 
com parceiros, clientes ou fornecedores. Na estratégia há benefícios para ambos os lados 
vinculados. É uma relação ganha-ganha. Por exemplo, pode-se citar um contrato de 
exclusividade ao longo do tempo, entre fornecedor e distribuidor. Assim, com a garantia da 
sustentabilidade da demanda, o fornecedor pode (geralmente faz) reduzir seus custos de 
produção. Esta situação pode ser chamada de vantagem competitiva. 
 
5.6 Organizações modernas 
 
O núcleo das organizações modernas é o indivíduo, a pessoa, e não a tecnologia. A 
tecnologia veio par agilizar os processos, mas não para substituir pessoas. Assim, nas 
organizações modernas, o destaque, o foco, sempre será a pessoa. Esta, como descrito, é 
capaz de gerar, difundir e gerenciar o conhecimento com ideias de aplicação corporativa afim 
de atingir os objetivos estratégicos na atuação da empresa na sociedade. 
 
6. Conclusão 
Devido as alterações sociais, políticas, econômicas e tecnológicas foi alterado os e valores e a 
estrutura da sociedade. O conhecimento, nessa nova era, passou a ter fundamental importância 
nas atividades econômicas. 
A grande questão ou problema do conhecimento consiste em saber como identificar, 
mensurar e disseminar, o mesmo, gerando e promovendo a transformação dentro da empresa 
e garantindo uma trajetória exponencial de crescimento e desenvolvimento. Os ativos 
baseados no capital intelectual, ou conhecimento, exigem cautela em sua avaliação pelo seu 
impacto sobre o destino das organizações. 
É criada uma vantagem competitiva com a implantação da gestão do conhecimento. 
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Dentre os principais desafios apresentados nas corporações, na adoção da gestão do 
conhecimento, os que dizem respeito à cultura na organização, criação do contexto de 
capacitação e comportamento humano se destacam. 
O conhecimento foi o foco deste visando demonstrar como se cria, difunde e se utiliza. 
Enfatizando a importância da gestão do conhecimento em empresas que adotam posturas 
modernas de gestão, fazendo uso das redes sociais para maximizar sua eficiência. 
A escolha de ativos intangíveis, também entendidos como capital social, de relacionamento 
ou estratégico, e identificados através sob a ótica de análises ambientais externas 
(oportunidades e ameaças) e internas (pontos fortes e pontos fracos), permitem maior 
eficiência na formulação da estratégia corporativa. 
Por sua vez, a estratégia, quando elaborada a longo prazo e aliada a tais capacidades ou 
fontes intangíveis, constitui fator positivo de contribuição e caminha em busca da obtenção 
de vantagem competitiva sustentável, cujo cenário é desejado pelas organizações modernas 
que anseiam retornos acima da média. 
 
Referências 
 
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