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Direito Falimentar - Resumo

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DIREITO FALIMENTAR
AULA 01 - ASPECTOS GERAIS
Existem três cenários a serem analisados quando uma empresa entra em crise.
1 – A empresa entra em crise, mas tem condições de se recuperar através das estruturas de livre mercado. Esta é uma crise superável.
2 – A empresa entra em crise, mas esta é uma estrutural, ou seja, não há meios para a empresa se recuperar. A resposta jurídica adequada para este cenário é a falência.
Falência não é um mal em si mesmo. É a solução adequada p/ empresas que entram em crise por serem absolutamente inviáveis. 
Essa empresa tem que ser retirada do mercado o mais rápido possível abrindo espaço p/ que outra empresa posa ocupá-lo.
(Ativos vendidos e credores pagos)
3 – O terceiro cenário a empresa é viável, mas o empresário não consegue encontrar por suas próprias forças uma solução para essa crise. É nesse momento que entra a Recuperação Judicial de empresas.
Para que se possa identificar se determinada empresa deve pedir falência ou rec. judicial passa pela viabilidade ou não da sua atividade. Se ao analisar o cenário no qual se encontra a empresa chegar-se à conclusão de que a crise enfrentada pela empresa é estrutural, que é inviável, a resposta judicial para esta será a falência.
Mas se a crise é superável, circunstancial, considerando que a empresa é viável, mas o empresário não consegue encontrar a solução para a crise por suas próprias forças. Nesse caso teremos o cenário adequado para aplicação da rec. judicial.
Art. 47, lei rec. e falência: rec. judicial trata-se de meio adequado judicial que tem por objetivo viabilizar a superação da crise econômica financeira do devedor a fim de permitir a manutenção (...)
A rec. judicial é um instrumento de ajuda para superação da crise econômica da EMPRESA VIÁVEL. 
	A viabilidade da empresa é pressuposto lógico para a rec. judicial.
	(Sem viabilidade não há de se falar em recuperação)
O objetivo da recuperação judicial é preservar a empresa, em função dos benefícios econômicos e sociais que decorrem da manutenção dessa empresa (geração de emprego, fornecimento de serviços, etc).
PRINCÍPIOS
Princípio da preservação da empresa: um dos mais importantes da recuperação. Só se buscará preservar a empresa se esta for viável e se gerar os benefícios sociais e econômicos que se pretende preservar.
A preservação da empresa se dá em função de tais benefícios (econômicos e sociais).
PROCEDIMENTO DE RECUPERAÇÃO
(garfo de dois dentes)
(cabo – do garfo - ) A empresa entra em crise e ela pede ao juiz a recuperação judicial.
Ao entrar com o pedido de recuperação judicial, a empresa deverá anexar os documentos que permitam ao juiz aferir a viabilidade da empresa, um balanço geral, um raio-x.
Caso o juiz acolha o pedido de recuperação, todos os processos em trâmite contra aquela empresa são suspensos, o que impossibilidade que os credores executem contra esta.
Será dado um prazo de 180 dias para que se realize a assembleia de credores, a fim de votar o plano de recuperação (o juiz pode prorrogar esse prazo). 
Esse “(automatic) stay” é um dos procedimentos mais importantes da rec. uma vez que permite aos credores sentar e negociar com o devedor (empresa).
A partir do deferimento da recuperação, o processo se divide em duas linhas paralelas (dentes do garfo).
Na linha de cima (linha de credores) serão identificados quem são os credores, qual o valor do crédito, qual a categoria ou classificação desse crédito. Ela é formada por três listas de credores. A primeira lista é aquela apresentada pela própria Recuperanda. É um dos documentos que deve constar na petição inicial.
Contra essa lista cabe reclamação. A reclamação é feita ao administrador judicial, que é um auxiliar do juiz.
O credor pode dizer: estou na lista, mas não deveria estar, ou vice-versa; meu crédito não é desse valor, etc.
O administrador vai analisar essas reclamações e apresentar uma segunda lista, chamada lista de credores do administrador judicial. Ainda cabem reclamações contra essa lista, mas estas têm natureza judicial e serão feitas para o juiz. O nome de tais reclamações é “impugnações de crédito”.
O juiz julga essas reclamações e o resultado disso será a publicação do quadro geral de credores.
Paralelamente (na linha de baixo do garfo) a Recuperanda vai ter que apresentar um plano de recuperação. Este plano será publicado, se houver alguma objeção ao plano (credor pode objetar, MP pode objetar) haverá necessidade de se marcar uma assembleia geral de credores, momento em que os credores, reunidos, votarão o plano (dirão se concordam, ou não com aquele plano).
Não havendo objeção, presume-se que todos concordam com aquele plano apresentado pela devedora e o juiz poderá homologar esse plano independente da votação.
Somente o devedor poderá apresentar o plano de recuperação.
Nas negociações ocorridas entre devedores e credor, estes poderão impor/sugerir alguma cláusula e, desde que o devedor concorde, esta cláusula poderá prevalecer. Mas sempre com a concordância do devedor.
Se o plano for aprovado, o juiz homologa o plano e concede a recuperação. Sendo rejeitado, o juiz convolará em falência o pedido de recuperação judicial.
O juiz concede a recuperação através de sentença e então a empresa ficará sobre fiscalização judicial pelo prazo de dois anos.
Durante esse período, o juiz vai verificar, através do administrador judicial, se a empresa está cumprindo as obrigações assumidas no plano.
Se, ao final desses dois anos, for constatado que ela descumpriu alguma das obrigações, o juiz deverá convolar em falência. Se, ao contrário, ficar demonstrado que a empresa cumpriu com tudo que deveria, o juiz deverá encerrar a recuperação judicial, ainda que existam outras obrigações a serem cumpridas.
* PRINCÍPIO DA SOBERANIA DOS CREDORES *
AULA 02 – NOVAS TEORIAS ACERCA DE RECUPEAÇÃO
* Superação do dualismo pendular;
* Divisão equilibrada de ônus;
* Gestão democrática de processos.
AULA 03 – ADMINISTRADOR JUDICIAL MODERNO

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