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20/11 (EBC 21) - O Milagre Econômico (1967-1973) 1 - O Milagre Econômico Brasileiro Presidentes Militares do Período Costa e Sila: 15/03/67 a 31/08/69 Garrastazu Médici: 30/10/69 a 15/03/74 AI-5 (13/12/1968): dissolve o congresso, cassa mandatos e dá plenos poderes ao presidente Governo Médici: retomar o crescimento econômico para evitar revoltas populares Milagre Econômico: fortaleceu os militares Março de 1967: Delfim Neto (professor da USP) assume a pasta da Fazenda Política Gradual de combate à inflação Ênfase no componente de custos, ao invés da demanda Objetivo: controlar a inflação e tomar medidas de incentivo à retomada do crescimento econômico Manutenção: política fiscal e salarial do PAEG Queda dos déficits do governo e corrosão salarial Política Monetária Expansiva aliada ao controle de preços (CONEP e depois a CIP em 1967) Tabelamento de preços públicos (tarifas, câmbio, juros do crédito público) e preços privados (insumos industriais) Expansão do crédito não deveria elevar a inflação Julho de 1967: Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED) Objetivo Principal: ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO e estabilização gradual dos preços sem fixação de metas de inflação Fortalecimento da empresa privada Consolidação da Infra-Estrutura (governo) Ampliação do mercado interno para sustentar a demanda por BCD Aumentar e diversificar as exportações e, também, as importações Porque foi um Milagre Econômico? Crescimento Econômico aliado ao controle da inflação; além de uma melhora no balanço de pagamentos. Fatores que contiveram a inflação Capacidade ociosa herdada dos anos 1962-67 Controle direto do governos sobre os preços industriais e juros Política salarial que fez cair os salários Crescimento da Produção Agrícola ESTES FATORES NÃO CAUSARAM PRESSÕES SOBRE OS CUSTOS DE PRODUÇÃO. 2 - Estímulos à Demanda Política Monetária Expansionista: possibilitada pelos efeitos da reforma financeira Haveres Financeiros Totais: 24,5% do PIB em 1967; 42,6% do PIB em 1973 Grande participação das letras de câmbio, cadernetas de poupança, depósitos à prazo, títulos públicos Diminuição dos depósitos compulsórios recolhidas ao Banco Central Governo controlava a fixação das taxas de juros pelos bancos privados (instituiu "tetos" para a cobrança de juros) e cobrava taxas menores junto ao BNDE e Banco do Brasil Investimentos Públicos se deu pela ampliação dos investimentos das estatais Setores pincipais: energia elétrica com 42% dos investimentos das estatais entre 1970-1973; e petróleo e petroquímica com 21% dos investimentos Outros setores: ferrovias, telecomunicações, aço e mineração Indústrias (investimentos privados): financiamentos de longo prazo que vinham do BNDE, Finame e do exterior Empréstimos com prazo de 15 anos e juros de 3 a 6 % ao ano Expansão do crédito ao consumidor (crédito total teve crescimento real médio de 17% ao ano entre 1968-73, ante 5% no período anterior) Financeiras, BNH, SCI, APES, Caixa Econômica Federal e Estaduais 3 - O Crescimento Industrial A liderança da expansão econômica no "milagre" coube à industria manufatureira Setores mais dinâmicos: BCD e BK BCD: cresceu a frente dos BK (23,6% contra 18,1%) Produção de BK acelerou-se só depois de 1970 Aumentou abertura externa: o peso das importações em relação ao PIB passou de 5,4% para 8,6% Importações viabilizadas pelo abundante fluxo de financiamento externo e pelo crescimento das exportações (que se diversificaram) Demanda por BDC foi dinamizada devido: Concentração da renda nos grupos médios e altos Maior endividamento das famílias viabilizada pela intermediação financeira nas compras de BCD Menores custos produtivos devido ao controle de preços e da inflação Alta do investimento e emprego urbano estimulou tanto o setor de BCND como os BK, e também dos BI BK: até 1969 a demanda era atendida pelas importações; a partir de 1970 pela produção nacional que acompanhava as importações A relação entre crescimento e equilíbrio das contas externas foi aliviada devido às condições externas favoráveis Disponibilidade de liquidez a juros baixos no mercado externo (mercado de eurodólares) Posição favorável dos termos de troca (aumentos dos preços das commodities exportáveis) Expansão do comércio mundial Os superávits no BP: entrada de IDE e empréstimos em moeda (aumentando o acúmulo de reservas em moedas estrangeira, mas também, a dívida externa) 15 bilhões de dólares entraram entre 1968-1973 através da lei num 4.131 (multinacionais) e Resolução num 62 (bancos nacionais e bancos de investimento estrangeiros)
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