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ATPS DIR. ADM II

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QUESTÃO 1
Licitações
O poder público não tem a liberalidade que os particulares possuem, em alienar, comprar, executar obras e serviços, com o advento da Lei 8.666/93 que versa sobre os ditames de licitar, tal atividade resta formalmente rigorosa. “... uma competição, a ser travada isonomicamente entre os que preencham os atributos e aptidões exigido”, (MELLO, 2008, p.514). No Art.37 da CF, elenca quem está obrigado a licitar; as pessoas de Direito Publico de capacidade políticas quanto as entidades de sua Administrações indiretas; autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações governamentais. 
 Artigo 37-XXI; CF - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
 Conforme apontamento de Hely Lopes entende-se que todos os desdobramentos aplicáveis quanto á licitação se estendem tanto à União, quanto aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal, ficando a faculdade destes editar normas peculiares para suas licitações e contratos administrativos. 
Podemos destacar uma característica nas licitações, a igualdade entre os licitantes “Princípio impeditivo da discriminação entre os participantes do certame, quer através de clausulas ou edital, favorecendo uns em detrimento de outros, desigualando-os” (MEIRELLES, 2013,p.303).
Celso Antônio Bandeira de Mello destaca que a lógica da licitação é existência de uma pluralidade de objetos e de uma pluralidade de ofertantes, tem como pressuposto a competição. O objeto a ser licitado é a obra, o serviço, a compra, a alienação, a concessão, a permissão, a locação, incluindo a publicidade, conforme Art.2ºda Lei 8.666/93. Em regra ele deverá se uno e indivisível. 
Destacamos também o sigilo na apresentação das propostas, este derivado da igualdade entre os licitantes, pois o concorrente que soubesse da proposta do outro, antes de propor a sua, ficaria em vantagem. Hely Lopes Meirelles aponta que abertura da documentação ou proposta antecipadamente, além de anular tal procedimento, há juntamente o ilícito penal, tendo como sanção pena de detenção e multa, conforme rege art.94 da Lei 8.666/93.
A licitação é realizada pela comissão de julgamento, dividida em duas fases a interna; onde a autoridade competente determina sua realização e objeto, indicando recursos necessários, passando para a fase externa que ocorrerá a audiência pública, edital ou convite de convocação dos interessados, recebimento da documentação e propostas, passando para a habilitação dos licitantes, julgando as propostas, posteriormente adjudicação e homologação definidos como julgamento.
Temos a Lei 8.666/93 como um estatuto no que diz respeito a licitação, sendo usada de forma subsidiária no que outra lei no mesmo âmbito não dispuser. 
Pregão
Inicialmente foi discutida a inconstitucionalidade do pregão, visto que era restrita no âmbito da Administração Federal, sendo que a própria lei sobre licitações vedava a criação de outras modalidades, posteriormente foi convertida na Lei 10.520/02, estendendo sua aplicação aos Estados, Distrito Federal e Municípios. Sendo considerado gênero a qual a licitação é espécie.
Conforme Hely Lopes Meirelles, o pregão é dominado pelos princípios da celeridade, concentração e oralidade. Diferentemente de outras modalidades que são definidas em função do valor do objeto licitado, ele é direcionado à aquisição de bens e serviço comum, na dificuldade de especificar estes, a lei veio clarear: 
 Lei 10.520/02 Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns poderá ser adotada a licitação na modalidade pregão, que será regida por esta lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Verificamos um detalhe peculiar no pregão, no Art.2º,§1º da referida Lei, há possibilidade do pregão ser realizado por meio da utilização de recursos de tecnologia de informação, denominado pregão eletrônico. O notável professor José dos Santos Carvalho Filho, preceitua que mesmo com tal simplificação do procedimento, não poderá se excluir do controle da administração, devendo ser formalizados todos os atos, para garantir o principio da publicidade e o controle da auditoria. Visto que o procedimento do pregão eletrônico deixa de ocorrer a presença física do pregoeiro.
O prazo para a apresentação das propostas conta-se á partir da publicação do edital e não será inferior a oito dias úteis, por tal motivo é o meio mais célere das modalidades de licitações. Destaca-se também pela autoridade competente que realiza o pregão chamado, pregoeiro; responsável pela condução dos atos, auxiliando nos recebimentos das propostas, na análise de sua aceitabilidade, e no exame dos documentos referente à habilitação, no Decreto 3.555/2000 determina que “somente poderá atuar como pregoeiro o servidor que tenha realizado capacitação específica para a função”, a lei optou em substituir a comissão de julgamento por um servidor qualificado. 
O nobre professor Celso Antônio Bandeira de Mello destaca duas observações quanto ao uso do pregão:
Uma é de que, ao contrário de outras modalidades de licitação, em que o valor é determinante de suas variedades, o pregão é utilizável qualquer que seja o valor do bem ou serviço a ser adquirido; outra grande diferença é de que o exame da habilitação não é prévio ao exame das propostas, mas posterior a ele. 
Dividido em duas fases, a externa é iniciada com a convocação dos interessados por aviso ou edital, devendo constar a definição do objeto e as demais informações quanto a realização do pregão, como já citado tal prazo não poderá ser inferior a oito dias úteis. O pregoeiro então classificará as propostas em ordem crescente do preço ofertado, podendo os oponentes das três melhores ofertas, efetuarem lances verbais sucessivos, encerrado essa etapa começa a fase da habilitação, abrindo o envelope de documentação do autor da proposta.
Restando assim, invertida a ordem das fases usadas nas outras modalidades de licitações, “Suprime-se, assim, tempo precioso despendido no exame da documentação de concorrentes que foram eliminados no julgamento das propostas”(MEIRELLES, 2013,p.376).
Regime Diferenciado de Contratação Públicas - RDC
A Lei 12.462/2011 é aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários, transitórios como a Copa o Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, usadas também em obras não transitórias como; Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS e para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo, ficando regulamentado pelo Dec. 7.581/2011. 
 Podemos perceber que RDC, tem objetivo específicos e procura acelerar seus procedimentos como exemplos; I- ampliar a eficiência nas contratações públicas e as competitividades entre os concorrentes; II- promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios para o setor público; III- incentivar a inovação tecnológica; IV- assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração Pública.
Com a redução do prazo de publicações, sendo garantido tempo suficiente para a elaboração das propostas, garantindo celeridade, dificultando assim, o atraso com tanta burocracia como acontece com a Lei 8.666/93 e uma facilidade em controlar e fiscalizar tal procedimento.
Na Lei 8.666/93 exige-se um projeto básico complexo, favorecendo falhas e frequentementeaditivos para conclusão do contrato, no RDC é possível a contratação de obra integrada, sendo a responsável pela elaboração do projeto, execução e entrega a obra acabada, reduzindo assim, falhas no projeto e uma eficaz fiscalização por ser uma única empresa responsável por toda obra, não havendo a necessidade de várias licitações.
Diferentemente do procedimento da Lei 8666/93 onde deverão analisar as documentações de todos os participantes, independente de ser o vencedor, o RDC analisa primeiro as propostas e posteriormente a documentação necessária somente do vencedor, o valor aproximado da contratação é divulgado após o final da licitação, diminuindo assim as combinações de preços.
O RDC, permite uma disputa entre as empresas concorrentes, onde cada uma propõe seu lance, permitindo assim, que a Administração Pública escolha a que garantir um custo baixo, resguardando o interesse público.

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