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22/11/2012 1 � Estudo da transferência de energia entre as reações químicas em tecidos vivos. : são aqueles que contêmcontêm carbono na sua estrutura. : são aqueles que nãonão possuempossuem carbono na sua estrutura. : são aquelas que exigem que a energia seja adicionada aos reagentes antes que a reação “prossiga”. : são as reações que liberam energia como resultado do processo químico. �Exergônico: libera energia �Endergônico: armazena ou absorve energia (anabolismo) : que absorvem energia aplicada ao funcionamento da célula, produzindo novos componentes. (catabolismo) : que liberam energia para o trabalho celular a partir do potencial de degradação dos nutrientes orgânicos. �Exergônico: libera energia �Endergônico: armazena ou absorve energia • Exemplo: Derretimento de sorvete • Fenômeno: Derretimento do sorvete • Sistema: Sorvete • Ambiente: Ar � No caso do exemplo, o contato do sorvete com o ar (bem mais quente) fez com que o sistema e o ambiente buscassem um equilíbrio térmico. Para obter este equilíbrio o sorvete absorveu determinada quantidade de calor do ambiente (energia calorífica ou térmica) e começou então a derreter. 22/11/2012 2 � Sabendo o que aconteceu, é só seguir os conceitos de reações endergônicas e exergônicas: • Reação Endergônica: quando ocorre a adição de energia por meio de uma fonte externa, como se o sistema absorvesse energia do ambiente. É como se houvesse um consumo de energia. • Reação Exergônica: quando ocorre a liberação ou produção de energia. Um bom exemplo é a queima do enxofre, que gera o dióxido de enxofre, energia calorífica (térmica) e luminosa. � Usando o exemplo. O derretimento de sorvete é uma reação endergônica ou exergônica??? Se você respondeu Endergônica ACERTOU! Para que o sorvete derreta é necessária uma absorção da energia calorífica do ambiente, no caso o ar. Como não há produção de nenhuma energia é possível afirma que o derretimento de sorvete é uma reação endergônica. � O ATP e formado a partir da adição de uma molécula de fosfato inorgânico a umamolécula de ADP. (Endergônico) � A ligação de alta energia formada e quebrada liberando energia. (Exergônico) : são reações ligadas, com a liberação de energia livre de uma reação sendo utilizada para “desencadear” uma segunda. � A energia contida no interior das ligações químicas é denominada energiaenergia químicaquímica. � Em humanos, as duas moléculas que armazenam energia química nas células musculares esqueléticas são o glicogênioglicogênio (contendo moléculas de glicose) e os triacilgliceróistriacilgliceróis (contendo moléculas de ácidos graxos). � A bioenergética está fundamentada em duas leis muito importantes: 1- A energia não pode ser criada ou destruída, mas modificada de uma forma a outra. 2 – A transferência de energia será sempre processada no sentido do aumento da entropia e assim a “energia livre” será obtida. ENTROPIA: Função termodinâmica de estado, associada à organização espacial e energética das partículas de um sistema, e cuja variação, numa transformação desse sistema, é medida pela integral do quociente da quantidade infinitesimal do calor trocado reversivelmente entre o sistema e o exterior pela temperatura absoluta do sistema. 2. Medida da quantidade de desordem dum sistema [símb.: S ] . LINDALMIRA Realce 22/11/2012 3 : processo de remoçãoremoção de um elétron de um átomo ou molécula. : processo de adiçãoadição de um elétron de um átomo ou molécula. Não significa que o Não significa que o oxigênio participa da oxigênio participa da reaçãoreação DICA: �Oxidação: perda de elétrons �Redução: ganho de elétrons � As reações de óxido-redução nas células frequentemente envolvem a transferência de átomos de HIDROGÊNIOHIDROGÊNIO em vez de elétrons livres. Duas moléculas tem o papel importante na transferência de hidrogênio (elétrons): - NicotinamidaNicotinamida adeninaadenina dinucleotídeodinucleotídeo (NAD)(NAD);; -- FlavinaFlavina adeninaadenina dinucleotídeodinucleotídeo (FAD(FAD));; EXEMPLOEXEMPLO: A forma oxidada de NicotinamidaNicotinamida adeninaadenina dinucleotídeodinucleotídeo é abreviada como NAD enquanto a forma reduzida é abreviada como NADH. A forma oxidada de FlavinaFlavina adeninaadenina dinucleotídeodinucleotídeo é abreviada como FAD enquanto a forma reduzida é abreviada como FADH. Detalhes da ação dessas duas Detalhes da ação dessas duas transportadoras serão detalhados na transportadoras serão detalhados na ““cadeia de transporte de elétronscadeia de transporte de elétrons”.”. A NAD é o agente oxidanteagente oxidante A NADH é o agente redutoragente redutor : é o átomooumolécula que doa os elétrons. : é o átomo oumolécula que aceita os elétrons. : é o átomooumolécula que DOA os elétrons. : é o átomo oumolécula que RECEBE os elétrons. �ENTÃO: � Aquele que proporciona a reação de oxidação é o agente redutor; e aquele que proporciona a reação de redução é o agente oxidante. LINDALMIRA Realce 22/11/2012 4 Piruvato + NADH+H+ LDH Lactato + NAD Ou C3H403 + NADH+H+ LDH C3H603 + NAD “PiruvatoPiruvato recebeurecebeu 2 hidrogênios e foi reduzido a 2 hidrogênios e foi reduzido a lactatolactato”” Observação: LDH = lactato desidrogenase H=4H=4 H=6H=6 Lactato + NAD LDH Piruvato + NADH+H+ ou C3H603 + NAD LDH C3H403 + NADH+H+ “Lactato dooudoou 2 hidrogênios e foi oxidado a piruvato” Observação: LDH = lactato desidrogenase H=6H=6 H=4H=4 � Durante o exercício progressivamente mais extenuante, quando o suprimento de oxigênio torna-se insuficiente, algum piruvato formado no metabolismo energético ganha 2 hidrogênios e acaba sendo reduzido para um novo composto, lactato. Na recuperação, quando o suprimento de oxigênio passa a ser suficiente, o lactato perde 2 hidrogênios e acaba sendo oxidado novamente a piruvato. � O piruvato pode ser reduzidoreduzido a lactato pela enzima lactato desidrogenase (LDH). A produção de lactato e o seu acúmulo no músculo esquelético não promovem diretamente o aparecimentoda fadiga e/ou da dor. � O problema com a produção de lactato é a acidose que acompanha esta produção e não a molécula de lactato. C3H403 + NADH+H+ LDH C3H603 + NAD : processo de adiçãoadição de um elétron de um átomo ou molécula. �� DIFERENÇADIFERENÇA ENTREENTRE ÁCIDOÁCIDO LÁTICOLÁTICO EE LACTATOLACTATO:: � O ácido lático assim que formado é atacado por tamponadores (ex. creatina), que separam o cátion (H+) do ânion (parte lática). A parte lática se une ou ao K+ (no músculo) ou ao Na+ (no sangue), e transforma-se num sal (conhecido como lactato), que não interfere no pH. O H+ que sobrou, é o causador de cãibra mais aceito hoje em dia. 22/11/2012 5 �� INTERESSANTEINTERESSANTE:: � O lactato tem dois caminhos a seguir, ir para o sangue ou para as fibras lentas. A LDH transforma o lactato em piruvato. A LDH transforma piruvato em lactato. O lactato para ser reaproveitado precisa se transformar em piruvato novamente. O lactato é o principal substrato para a produção de glicogênio hepático. O fígado e os rins fazem glicose a partir de lactato. � Quando a intensidade do exercício é máxima ou submáxima o sistema aeróbico não consegue acompanhar. Ocorre acúmulo de Piruvato e NAD reduzido porque o O2 necessário para metabolizar o substrato não está disponível. �� INTERESSANTEINTERESSANTE:: � Quando o exercício cessa, o O2alcança "turnover" (eficiência máxima), tirando o lactato do músculo, ou jogando-o no sangue ou metabolizando no músculo. � Há uma demora na recuperação dos níveis de lactato porque o O2 disponível demora para fazer a remoção do lactato muscular. � O exercício moderado (30 - 40% do VO2máx.) após grande produção de lactato ajuda na sua remoção, pois mantém a freqüência cardíacae o consumo de O2 em níveis superiores aos de repouso. � Durante o repouso o lactato não é zero porque as hemácias só fazem glicólise anaeróbica, produzindo lactato. �� CatabolismoCatabolismo – reações do organismo que diminuem o tamanho das moléculas. • O catabolismo envolve a quebra de energia e a produção de nutrientes, a liberação de energia livre e elétrons e as suas transferências acopladas para as moléculas intermediárias (ou seja, ATP) e a formação de pouca energia e produtos. �� AnabolismoAnabolismo – reações do organismo que aumentam o tamanho das moléculas. • Envolve as ligações covalentes de elétrons, prótons e pequenas moléculas para produzir moléculas maiores. � Muitas das reações catabólicas e anabólicas ocorrem juntas. Uma maior estimulação para o catabolismo aumenta o catabolismo e reduz o anabolismo, e vice-versa. � Portanto, catabolismo e anabolismo funcionam em um equilíbrio dinâmico e a diversidade de funções celulares depende, acima de tudo, do balanço molecular e das interações entre catabolismo e anabolismo. � Os principais nutrientes utilizados pelo organismo no metabolismo energético são carboidratos, lipídios e aminoácidos. 22/11/2012 6 � A glicose é o carboidrato predileto do metabolismo do músculo esquelético, fígado e tecido adiposo. O glicogênio é constituído por uma proteína interna (glicogenina), a partir da qual cadeias de moléculas de glicose são anexadas. � Por exemplo, durante o exercício, as células musculares transformam o glicogênio em glicose (processo denominado de glicogenólise) e a utilizam como fonte de energia para a contração. � Por outro lado a glicogenólise também ocorre no fígado, e a glicose livre é liberada na corrente sanguínea e transportada aos tecidos por todo o organismo. � DADOS IMPORTANTES PARA O METABOLISMO DO EXERCÍCIO: � O glicogênio é estocado no fígado e nas fibras musculares. � O estoque total de glicogênio no organismo é relativamente pequeno e pode ser depletado em poucas horas em decorrência do exercício prolongado. � As dietas pobres em carboidratos tendem a dificultar a síntese de glicogênio, enquanto as dietas ricas em carboidratos tendem a aumentá-la. � O catabolismo do glicogênio é denominado glicogenólise. � A importância da glicogenólise é que ela pode propiciar a produção da glicose-6fosfato (G6P), o primeiro intermediário da glicólise, em um ritmo bastante rápido. � No músculo esquelético, a glicólise começa com a G6P ou, então, com a entrada de glicose na fibra muscular esquelética. A G6P é hidrolisada por meio de nove reações seqüenciais que constituem a via metabólica central dos carboidratos. Os produtos importantes da glicólise são piruvato, ATP e NADH. A relação existente entre NAD+ para NADH é denominada potencial de redox. � A enzima responsável por catalisar a adição dos resíduos de glicose a glicogênio é chamada glicogênio sintase. � Essa enzima e outras que afetam a sua atividade são reguladas por um mecanismo adrenalina-AMPc, assim como as condições metabólicas intracelulares que favorecem a ativação da sintase durante o repouso, as baixas concentrações de glicogênio e as concentrações aumentadas de glicose sangüínea e insulina. � Os principais lipídios de interesse para o metabolismo energético são aqueles que constituem os triacilgliceróis. Um triacilglicerol consiste em três moléculas de ácidos graxos (AG) anexadas a uma estrutura de carboidrato chamada glicerol. É importante ressaltar que os ácidos graxos são o tipo de gordura utilizada pelas células musculares como fonte de energia. Os ácidos graxos são armazenados nos músculos e células adiposas como triglicerídeos. LINDALMIRA Realce 22/11/2012 7 � Degradação dos triacilgliceróis (triglicerídeos) do tecido adiposo em ácidos graxos livres e glicerol para o transporte subsequente aos tecidos para a metabolização. Toda a molécula de triglicerídeo e uma fonte útil de energia para o corpo. O glicerol liberado pela lipólise não é uma fonte direta de energia para o músculo, mas pode ser utilizado pelo fígado para sintetizar a glicose. � No músculo esquelético, o catabolismo dos lipídios começa com a desintegração dos triacilgliceróis (Iipólise). Dando prosseguimento à lipólise intramuscular, os AGLs devem ser modificados através da adição da coenzima-A para serem transportados para dentro da mitocôndria, onde são catabolisados em uma via metabólica chamada β-oxidação. � A via da β-oxidação é constituída de quatro reações catabolisadas por enzimas que resultam na remoção de dois carbonos do segmento final dos triacilgliceróis, produzindo acetil-CoA, NADH, FADH e uma molécula de AGL, que é dois carbonosmais curta. � As moléculas de aminoácidos diferem das de carboidratos e lipídios, uma vez que possuem átomos de nitrogênio. Existem 20 aminoácidos no organismo e todos eles apresentam estrutura composta por um ácido (COOH), uma amina (NH2), CH e um grupamento R (cadeia lateral) anexado ao átomo de carbono central. � As funções mais importantes do fígado no exercício são produção de glicose a partir da gliconeogênese e síntese de glicogênio hepático após o exercício. � A gliconeogênese refere-se à produção de glicose a partir de precursores que não sejam carboidratos. � Durante o exercício prolongado, o estoque de glicogênio hepático pode ser depletado, resultando na diminuição da capacidade de reabastecer a glicose sangüínea. Nessas condições, o músculo esquelético aumenta a oxidação de aminoácidos e a alanina liberada é direcionada ao fígado como substrato da gliconeogênese. �� TranscriçãoTranscrição: duplicação de regiões específicas do DNA na formaçãodo RNA. � Exemplo: � A síntese de proteína envolve eventos moleculares que incluem a comunicação entre o núcleo e o citosol da célula. A testosterona, um hormônio esteróide que aumenta a síntese protéica no músculo esquelético, passa através do sarcolema, liga-se a uma proteína intracelular de transporte e é transportada para o núcleo. A testosterona, assim como outros agentes anabólicos, estimula a síntese da sequência de nucleotídeos que complementa uma sequência específica de DNA que codifica as moléculas necessárias à hipertrofia do músculo esquelético. � Nesse processo, denominado transcrição, é formada uma molécula semelhante ao DNA, chamada de ácido ribonucléico (RNA). �� TraduçãoTradução: formação de aminoácidos a partir da associação enzimática entre ribossomos, RNA mensageiro e RNA transportador. � RNAm = responsável pela transferência do código genético paramoléculas específicas presentes no citosol. � Ribossomos = organela responsável pela síntese protéica. � RNAt = mólécula que possui um sítio de ligação para a sequência de RNA que codifica um aminoácido específico e um sítio de ligação para o aminoácido. � Consequentemente, existe uma molécula específica de RNAt para cada aminoácido. 22/11/2012 8 � Após a digestão e a desintegração da proteína nos seus aminoácidos constituintes, o controle da síntese de aminoácidos ocorre via metabolismo celular dos aminoácidos glutamato e glutamina. A transferência dos grupamentos amina do glutamato e da glutamina (transaminação) para os esqueletos de carbono tem o propósito de formar outros aminoácidos e constitui a via principal, onde os aminoácidos são catabolisados no músculo esquelético. � � GLICOSE: forma de açúcar na qual o carboidrato é metabolizado nos animais. � GLICOGÊNIO: polissacarídeo que é a forma de carboidrato armazenada nos tecidos animais. � GLICÓLISE: redução envolvendo o catabolismo da glicose a piruvato. � GLICOGENÓLISE: remoção de unidades de glicose do glicogênio, produzindo glicose 1-fosfato. � GLICONEOGÊNESE: formação de glicose a partir de precursores que não são carboidratos, tais como aminoácidos, lactato ou álcool. � TRIACILGLICEROL: lipídioque consiste de uma cadeia de glicerol e três moléculas de ácido graxo livre, que constitui a principal forma de armazenar gordura no organismo. � ÁCIDOS GRAXOS: componentes lipídicos dos triacilgliceróis que são catabolisados nos tecidos. � AMINOÁCIDOS: amina (NH2), contendo moléculas que são os constituintes primários das proteínas. � SISTEMA DO FOSFAGÊNIO: regeneração de ATP via hidrólise da creatina fosfato e ADP. � METABOLISMO GLICOLÍTICO: reações da via glicolítica. � RESPIRAÇÃO MITOCONDRIAL: reações na mitocôndria relacionadas ao consumo de oxigênio. � CREATINA FOSFATO (CrP): metabólito fosforilado que libera grande quantidade de energia livre durante a desfosforilação. � O músculo esquelético pode produzir a ATP necessária para sustentar a contração muscular a partir de uma ou da combinação das três vias ou reações metabólicas: � 1 – Transferência do fosfato da creatina fosfato (CrP) para ADP para formar ATP; � 2 – A partir da glicólise; � 3 – Da utilização do oxigênio na mitocôndria. GLICÓLISEGLICÓLISE: as reações envolvidas no catabolismo da glicose a piruvato. � Termos que estão ganhando grande aceitação e que se referem à qualificação da fonte de produção de ATP são, respectivamente: sistemasistema dede fosfagêniofosfagênio,, metabolismometabolismo glicolíticoglicolítico ee respiraçãorespiração mitocondrialmitocondrial. � A creatina fosfato (CrP) é o meio mais rápido de regenerar a ATP e essa reação é catalisada pela creatina quinase. O sistema do fosfagênio é crucial para capacitar o músculo a suportar os aumentos de demandametabólica. CATALISAR: Estimular, dinamizar, incentivar. A enzima limitadora da velocidade nesse mecanismo é a CREATINA CINASE 22/11/2012 9 �ADENOSINA TRIFOSFATO ��INACABÁVELINACABÁVEL As 3 reações metabólicas geram ATPAs 3 reações metabólicas geram ATP Energia � Via metabólica capaz de produzir ATP rapidamente, sem o envolvimento de O2 . � A glicólise envolve a degradação da glicose ou do glicogênio para formar 2 moléculas de ácido pirúvico ou de ácido lático. � Duas fases: • 1- Fase de investimento de energia – 5 reações iniciais onde o ATP deve ser utilizado para formar fosfatos de açucar. • 2- Fase de geração de energia – 5 últimas reações A enzima limitadora da velocidade nesse mecanismo é a fosfofrutocinase Uma enzima que regula a via metabólica é denominada Uma enzima que regula a via metabólica é denominada “limitadora de velocidade”.“limitadora de velocidade”. 22/11/2012 10 � Diferenças: � Degradação da glicose – produção de 2 moléculas de ATP � Degradação do glicogênio - produção de 3 moléculas de ATP. – Porque: É necessário somente a adição de um ATP no início das 5 reações iniciais (o glicogênio não necessita da fosforilação pelo ATP, já está fosforilado pelo fosfato inorgânico. � Novamente, a glicólise é a degradação da glicose em ácido pirúvico ou ácido láctico, com a produção de 2 ou 3 moléculas de ATP dependendo se a via começa com a glicose ou o glicogênio, respectivamente. EXPLICAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE 2 MOLÉCULAS DE ÁCIDO PIRÚVICO ou DE ÁCIDO LÁCTICO - A glicose é uma molécula com 6 carbonos e os ácidos pirúvico e láctico são moléculas com 3 carbonos. O ciclo de Cori, ciclo dos Cori ou via glicose-lactato-glicose consiste na conversão da glicose em lactato, produzido em tecidos musculares durante um período de privação de oxigênio, seguida da conversão do lactato em glicose, no fígado. Esquema geral do ciclo de Cori. As setas a vermelho (tracejado) mostram a direção das reações metabólicas envolvidas no ciclo numa situação de esforço físico. A verde (setas a pontilhado), as reações que ocorrem no período de reoxigenação (descanso). 22/11/2012 11 O ciclo de Cori é uma cooperação metabólica entre músculos e fígado. Com um trabalho muscular intenso, o músculo usa o glicogênio de reserva como fonte de energia, via glicólise. Os músculos são capazes de manter a carga de trabalho na presença de lactato se o pH for mantido constante. O ciclo evita que o lactato se acumule na corrente sangüínea, o que poderia provocar acidose láctica. Embora o sangue se comporte como uma solução tampão, o seu pH poderia diminuir (tornar-se-ia mais ácido) com um excesso de lactato acumulado. O ciclo é muito importante para manter a glicemia constante durante o período de elevada atividade física. � A produção aeróbica de ATP ocorre no interior das mitocôndrias e envolve a interação de 2 vias metabólicas cooperativas: • 1 – O ciclo de Krebs • 2 – A Cadeia de Transporte de Elétrons � O processo da produção aeróbica de ATP é denominado de FOSFORILAÇÃO AERÓBICA. � É conveniente considerar a produção aeróbica de ATP como um processo de 33 estágiosestágios: •• EstágioEstágio 11 – A geração de uma molécula fundamental com 2 carbonos, o Acetil-CoA •• EstágioEstágio 22 – Oxidação do acetil-CoA no ciclo de Krebs •• EstágioEstágio 33 – O processo de fosforilação oxidativa (ou formação de ATP) na cadeia de transporte de elétrons (cadeia respiratória). �� RESUMORESUMO � A fosforilação oxidativa, ou produção aeróbica de ATP ocorre nas mitocôndrias como resultado de uma interação complexa entre o ciclo de Krebs e a Cadeia de transporte de elétrons. � O principal papel do ciclo de Krebs é completar a oxidação de substratos e formar NADH e FADH para entrar na cadeia de transporte de elétrons. � O resultado final da cadeia de transporte de elétrons é a formação de ATP e água. � A água é formada pelo oxigênio aceptor de elétrons. � Portanto, a razão pela qual nós respiramos oxigênio é a sua utilização como aceptor final de elétrons do metabolismo aeróbico. � Durante a entrada do piruvato na mitocôndria, o mesmo é convertido em acetil-CoA por meio de uma série de enzimas associadas conhecidas coletivamente como piruvato desidrogenase. � A acetil CoA formada a partir dos carboidratos ou do catabolismo dos lipídios pode entrar na via catabólica chamada ciclo do ácido tricarboxílico (CAT ou Ciclo de Krebs), constituídode nove reações. � Os produtos combinados do CAT são dióxido de carbono,ATP, NADH e FADH. � Todo o CO2 produzido pelo metabolismo energético pode ser contado a partir da entrada do piruvato na mitocôndria e no CAT. 22/11/2012 12 � Passo 1: Para entrar no ciclo de Krebs há necessidade da molécula Acetil-CoA. • Para cada molécula de glicose que entra na glicólise, em 2 molécula de piruvato, e na presença de O2 são convertidas em duas moléculas de Acetil-CoA. � Passo 2: A principal função do ciclo de Krebs é remover hidrogênio e a energia associada a esses hidrogênio de vários substratos envolvidos no ciclo. • Cada volta do ciclo de Krebs são formadas 3 moléculas de NADH e uma Molécula de FADH. • SENDO ASSIM: – NADH = forma 3 moléculas ATP; – FADH = forma 2 moléculas ATP. � Passo 3: Além disso, o ciclo de Krebs forma um composto rico em energia, a guanosina trifosfato (GTP), que pode transferir seu grupo fosfato terminal para o ADP a fim de formar o ATP. � As gorduras são degradadas formando ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos podem sofrer uma série de reações para formar Acetil-CoA (denominada Beta-oxidação) para entrar no ciclo de Krebs O glicerol não é uma fonte importante de combustível muscular durante o exercício. Pelo fato que ele pode ser convertido num intermediário da glicólise hepática, mas isso não ocorre em grande parte no músculo esquelético humano. Beta-oxidação é o processo de Beta-oxidação é o processo de oxidação de ácidos graxos para formar Acetil-CoA. � As proteínas não são consideradas uma fonte importante de energia durante o exercício, pois elas contribuem com menos de 2 a 15% do combustível utilizado. � As proteínas podem entrar nas vias bioenergéticas por vários locais. 22/11/2012 13� 1º Passo: Degradação da proteína em suas subunidades, os aminoácidos. • Assim, o próximo passo depende do aminoácido envolvido: – Por exemplo, alguns aminoácidos podem ser convertidos em glicose ou ácido pirúvico, outros em acetil-CoA e em outros intermediários do ciclo de Krebs. A interação global entre a degradação metabólica desses 3 nutrientes alimentares frequentemente é denominada pool metabólico. OBSERVE: O PIRUVATO (molécula de 3 carbonos) é clivado (fragmentado, dividido) para formar Acetil-CoA (molécula de 2 carbonos) e o carbono remanescente é desprezado sob a forma de CO2 Logo, acetil-CoA combina com oxaloacetato (4 carbonos) para formar o citrato (6 carbonos)......... � A utilização bioquímica do oxigênio ocorre na cadeia de transporte de elétrons (CTE). Na CTE, os prótons e elétrons adquiridos no NADH e FADH são utilizados para adicionar elétrons aos átomos de hidrogênio e oxigênio e formar água, além de produzir a energia livre para adicionar um fosfato ao ADP para formar ATP. � A formação de água e ATP na CTE é denominada fosforilação oxidativa e a compreensão que temos desse processo está baseada na teoria químio-osmótica. � A produção aeróbica de ATP (denominada fosforilação oxidativa) ocorre nas mitocôndrias. A via responsável por esse A via responsável por esse processo é denominada cadeia processo é denominada cadeia de transporte de elétrons de transporte de elétrons (também denominada cadeia (também denominada cadeia respiratória ou cadeia do respiratória ou cadeia do citocromocitocromo).). � A produção aeróbica de ATP ocorre por meio de um mecanismo que usa a energia potencial disponível nos transportadores de hidrogênio reduzidos, como o NADH e FADH, para refosforilar o ADP em ATP. 22/11/2012 14 � Curiosamente, a medida que os elétrons passam pela cadeia de transporte de elétrons são formados os radicais livres. • Quantidades elevadas de radicais livres podem ser prejudiciais ao músculo e contribuir para a fadiga muscular. � No final da cadeia de transporte de elétrons, o oxigênio aceita os elétrons que são passados e combina com o hidrogênio para formarformar águaágua. � Assim, produto final da cadeia de transporte de elétrons: • 38 ou 39 moléculas de ATP; • 2 moléculas de CO2; • Água. � Se não houver O2 disponível para aceitar esses elétrons na cadeia respiratória (ou CTE), a fosforilação oxidativa não é possível e a formação de ATP na célula deve ocorrer por meio de metabolismo anaeróbico. 38 ATP Utilização do ATP �Atividade muscular �Produção de calor �Secreção hormonal �Manutenção dos potenciais de membrana (Bomba Na+/K+) Fontes de ATP no processo de contração muscular PROCESSO ANAERÓBICO PROCESSO AERÓBICO a) Alático: sistema ATP -CP b) Lático: glicólise anaeróbica ou sistema do ácido lático Ciclo de Krebs 22/11/2012 15 a) Sistema ATP Sistema ATP –– CPCP �Sistema fosfagênio (grupo fosfato) �CP armazenado nos músculos (produto final da creatina e fosfato inorgânico) �Energia imediatamente disponível acoplada a síntese de ATP �Atividades (5” a 10’’): bloqueios, saltos, arremessos, halteres, largadas de velocidade (exercício de curta duração e alta intensidade). �Não depende de O2 nem de várias reações químicas �Limitação: poucas reservas de ATP – CP armazenadas b) Glicólise AnaeróbicaGlicólise Anaeróbica �10 reações químicas no citoplasma da fibra muscular �Balanço energético: 2 ATPs �Liberação de 4 Hidrogênios (H) �NAD aceita H � NADH + H+ �Ácido Pirúvico na ausência de O2 e na presença da coenzima NADH + H+ sob influência da enzima LDH é transformado em Ácido Lático a) Glicólise aeróbia (10 reações até chegar ao ácido pirúvico) Ac. Pirúvico Acetil – COA b) Ciclo de Krebs (CK) Entrada do Acetil COA no CK Gerar elétrons (hidrogênio) – CR c) STE (sistema de transporte de elétrons) ou Cadeia Respiratória (CR) Formação de H2O a partir dos íons H e elétrons (CK) e do O2 respirado ENTÃO: Glicólise aeróbia: 2 ATP + 2 NADH 2 piruvato Acetil – COA: + 2 NADH 2 ciclos de Krebs: 2 ATP + 6 NADH + 2 FADH2 4 ATP + 10 NADH + 2 FADH2 4 + 10x3 ATP + 2x2 ATP = 4+30+4 = 38 ATP OBS: Potência: liberação de energia em função do tempo (Sistema Anaeróbico); Capacidade: quantidade total de energia liberada (Sistema Aeróbico) Proveniente da glicose Se fosse o glicogênio aqui seria 3 Se fosse o glicogênio aqui seria 3 ATP e o produto final ficaria 39 ATPATP e o produto final ficaria 39 ATP SÍNTESE GLOBAL DE ATP (moles) GERADOS DA GLICOSEDA GLICOSE SANGUÍNEASANGUÍNEA DO GLICOGÊNIO DO GLICOGÊNIO MUSCULARMUSCULAR +8 +9 +14 +15 +16 +17 +34 +35 +38 +39 22/11/2012 16 FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA O TRABALHO MUSCULAR FONTES Via de formação Período de tempo da ativação ao nível máximo (s) Prazo de ação (duração) Duração da liberação máxima de energia Anaeróbia Anaeróbia aláticaalática ATP, CREATINA FOSFATO 0 Até 30s Até 10s Anaeróbia láticaAnaeróbia lática Glicólise com formação de lactato 15 - 20 De 15 a 20s até 5 a 6 min De 30 até 1min30s AeróbiaAeróbia Oxidação dos carboidratos e gordura pelo oxigênio do ar 90 - 180 Até algumas horas 2 a 5 minutos ou mais 10 seg 30seg 2min 5min Ressíntese do ATPATP100% C a p a ci d a d e p e rc e n tu a l d o s si st e m a s d e e n e rg ia DURAÇÃO DO EXERCÍCIO Sistema a curto prazo (glicólise) Sistema imediato (ATP-CP) Sistema a longo prazo (aeróbio) 22/11/2012 17 � Os músculos dependem da energia proveniente do ATP durante a contraçãocontração muscularmuscular. � Depois que o ATP foi utilizado para gerar energia, seu produto metabólico, o ADP, precisa ser recomposto em ATP para poder fornecer energia novamente para a contração muscular. � Os músculos contêm uma fonte alternativa de energia, um composto de alta energia denominado de creatina- fosfato, que se desdobra em creatina e fosfato, e o grupo fosfato é transferido através da enzima creatinacreatina quinasequinase (CK),(CK), para o ADP para formar novo ATP. E ser reutilizado na contração muscular. � A quantidade de creatina-fosfato presente na fibra muscular também é limitada. Poucos segundos de contração intensa e contínua são capazes de promover sua depleção. Assim as fibras musculares devem usar o metabolismo para transferir a energia das ligações químicas dos nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras) para o ATP. � 1 - Definir os termos bioenergética e metabolismo. � 2 - O que é ATP? Explique como a ATP é utilizada nas reações acopladas do metabolismo celular. � 3 - Por que as enzimas essencialmente regulam as reações químicas, se elas não alteram a termodinâmica das reações? � 4 - Explicar as várias condições que podem alterar a atividade enzimática. � 5 - Como as diferentes taxas de regeneração de ATP, a partir das vias e reações catabólicas no músculo esquelético, influenciam a produção de energia durante as diferentes intensidades do exercício? � 6 - Qual é o resultado prático da produção de ATP a partir das diferentes vias catabólicas do músculo esquelético? � 7 - Por que as concentrações de NAD+ e NADH são importantes para o metabolismo energético no citosol e na mitocôndria? � 8 - Por que o músculo esquelético produz lactato durante o exercício e por que é errado enxergar o lactato como uma molécula que prejudica a função muscular? � 9 - Por que a capacidade que o músculo esquelético possui de sintetizar glicogênio é importante para a capacidade de realizar um exercício? � 10 - Quais são as diferenças entre transcrição e tradução, e por que elas são importantes durante a síntese protéica? �Explique, considerando o conhecimento dos mecanismo e vias metabólicas da bioenergética, como se dá o fornecimento de energia do sprint final de um atleta de maratona. Justificando sua resposta com esclarecimentos fisiológicos. 22/11/2012 18 � Explique como se dá o mecanismo da utilização da gordura como via metabólica de fornecimento de energia, considerando o nível de condicionamento físico do indivíduo, a duração e a intensidade do exercício. Obviamente, todas as suas justificativas devem se argumentadas e esclarecidas por fatores fisiológicos.
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