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Os sumérios

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Os sumérios
Por volta de 3500 a.C., os sumérios saíram das montanhas da Ásia Central à procura de terras férteis e chegaram ao sul da Mesopotâmia. Por ser uma região com poucas chuvas, desde muito cedo os sumérios tiveram de aprender a desviar e armazenar as águas do Tigre e do Eufrates, e com isso puderam cultivar uma grande quantidade e variedade de alimentos. Com o tempo foram constituindo cidades. Cada cidade-Estado era governada por um patési, que, além de sumo sacerdote, era o chefe político e militar. Segundo as pesquisas os sumérios foram os inventores da escrita. Eles escreviam em taboas feitas de argila, usando um estilete de extremidade triangular que deixava sinais em forma de cunha. Com isso, a escrita recebeu o nome de escrita cuneiforme. As cidades sumérias sempre estavam em guerra entre si, pois eles queriam estender sua dominação. Isso facilitou a ação dos acádios, um povo de origem semita que invadiu a região e se fixou ao norte Suméria.
Civilização Suméria - História da Civilização Suméria
Os Sumérios foram o primeiro povo a habitar a região da Mesopotâmia, o atual Iraque, compreendida entre os rios Tigre e Eufrates. O motivo da sua chegada ainda é ignorado, mas provavelmente tenha sido a falta de comida e água, já que os Sumérios viviam como nômades vagando pelo Planalto do Irã e no alto dos Montes Zagros. Além da água e comida encontradas em abundância na região, outro fator que explica a sedentarização dos Sumérios era a segurança com que viviam na Mesopotâmia, pois aquela área é cercada por algumas cadeias montanhosas ao norte e à oeste, pelo Golfo Pérsico ao sudoeste, e pelo deserto da Síria ao sul e leste. Isso os dava uma grande proteção a ataques de outros povos que viviam nas proximidades dali. O povo responsável pelos primeiros templos e palácios monumentais, pela fundação das primeiras cidades-estado e provavelmente pela invenção da escrita (tudo no período de 3100 a 3000 a.C.) são os Sumérios. Os primeiros sinais escritos são pictográficos, de modo que podem ser lidos em qualquer idioma e não se pode inferir de que idioma eles vieram especificamente. Um pictograma para flecha, por exemplo, quer dizer flecha em qualquer idioma. Alguns séculos mais tarde, entretanto, estes sinais foram usados para representar valores fonéticos sumérios e palavras sumérias. O pictograma para uma flecha passa a ser usado para representar 'ti', a palavra suméria para flecha, e também para o som fonético 'ti' em palavras não relacionadas com flecha. Portanto, em geral supõem-se que os sumérios foram também responsáveis pelos sinais pictográficos, possivelmente com grande influência dos elamitas. Se os sumérios não são aqueles que na realidade inventaram a escrita, então no mínimo eles são responsáveis por rapidamente adotar e expandir a invenção da escrita para servir às suas necessidades de contabilidade (as primeiras tabelas são predominantemente de natureza econômica). O nome Suméria é derivado do nome babilônico para Sul da Babilônia. Os sumérios chamavam seu país de 'ken.gi(r)' - terra civilizada - seu idioma 'eme.gir' e a si mesmos chamavam de 'sag.gi 6.ga' - de cabeças escuras. O idioma sumério não é semítico, sendo uma linguagem aglutinante, como finlandês e japonês. Ou seja, este termo designa uma tipologia de idiomas que contrasta com linguagens de inflexão, como os idiomas indo-europeus.Numa linguagem aglutinante (ou aglutinativa), as palavras do idioma são compostas por elos que se combinam entre si, em geral em seqüências bastante longas. Em idiomas de inflexão, o elemento básico (raiz) da palavra pode variar, daí ser chamado de inflexão. Sumério não tem relação conhecida com qualquer outro idioma. Parece haver uma relação remota com os idiomas dravídicos (como o falado pelos Tamis no Sul da Índia). Há evidências de que idiomas dravídicos eram falados no Norte da Índia, tendo sido deslocados pelos invasores indo-europeus ao redor de 1500 a.C.. O termo 'de cabeça escura' pode significar que os sumérios tenham sido um ramo daqueles que moram hoje no sul da Índia. Podemos citar como invenções Sumérias/Elamitas os selos cilíndricos. Selos cilíndricos são pequenos cilindros de pedra (entre 2 e 6 cm) esculpidos com desenhos em entalhe. O cilindro era rolado sobre tábuas de argila, envelopes, cerâmicas e tijolos, para marcar ou identificá-los. Seu uso coincide com o início do uso de tábuas escritas de argila ao final do Quarto Milênio a.C. até o final do Primeiro Milênio a.C.. Tais selos eram usados como assinatura, confirmação de recebimento, ou para marcar blocos de construção.
História da economia suméria
A civilização suméria, assim como os assírios, os caldeus e os babilônicos, desenvolveu-se na região da Mesopotâmia, onde hoje se localiza o atual Iraque. Assim como os povos do Egito antigo, as civilizações da Mesopotâmia eram hidráulicas, isto é, sua estrutura econômica dependia estruturalmente dos rios. Tanto foi assim que o termo Mesopotâmia significa “terra entre rios”. Os rios que entrecortam tal região são o Tigre e o Eufrates. Os sumérios foram os primeiros povos a desenvolver cidades e a construir uma civilização, por volta de 3000 a.C., em torno da crescente fértil dos rios Tigre e Eufrates. Esse povo notabilizou-se por ter aperfeiçoado as técnicas de irrigação dos rios que alimentavam as suas plantações e as áreas urbanas com concentração populacional. A economia suméria, portanto, estava eminentemente associada à administração dos recursos hídricos. O sistema de irrigação favoreceu a agricultura e a criação de animais, e o trabalho no campo era predominantemente coletivo. Os animais que compunham a criação eram porcos, ovelhas, cabras e gado, sendo que esse último também era utilizado para tração e transporte. Além da atividade econômica do campo, havia também as atividades típicas das cidades, como o artesanato e a manufatura. Além disso, com o desenvolvimento da escrita cuneiforme (sistema de cunhagem de caracteres simbólicos em placas de argila), os sumérios conseguiram controlar e registrar de forma melhor o fluxo de excedentes que era produzido nas cidades. Assim, havia alguém encarregado especificamente de administrar esse fluxo econômico, o escriba, que era quem dominava a escrita cuneiforme.
História da Língua Suméria
Falada pelos povos do antigo reino sumério que viveu na Mesopotâmia. Seu vocabulário, sua gramática e sua sintaxe não parecem ter relação com nenhuma outra língua conhecida. É a língua escrita mais antiga das que se têm testemunhos gráficos. As primeiras inscrições procedem de 3000 a.C. e seu alfabeto é cuneiforme. A existência desta língua, e da cultura que ela revela, permaneceram esquecidas até o século XIX, quando seu alfabeto foi decifrado. O principal dialeto sumério foi o emergir ou "língua principesca", embora houvesse outros de menor difusão, empregados pelas mulheres e pelos eunucos.
Literatura Suméria
Os povos sumérios, que começaram a desenvolver-se na região da Mesopotâmia por volta de 3000 a.C., naquela que ficou conhecida como “revolução urbana”, estabeleceram-se em cidades que adquiriram relevância nessa região, tais como Ur e Uruk. Como ocorreu em todas as civilizações antigas, os sumérios também elaboraram tentativas de explicação para perguntas fundamentais concernentes ao ser humano, tais como “existia uma idade dos heróis e dos deuses antes dos homens?”, “como se criou o mundo?”, entre outras. Os sumérios procuraram responder a essas perguntas por meio de sua Literatura, isto é, por meio de suas narrativas mitopoéticas e epopeias. Uma narrativa mitopoética geralmente procura explicar os fenômenos naturais, a origem do universo e a origem dos homens por meio de construções metafóricas e simbólicas, elaborando um enredo que dê sentido à realidade e ao passado. É o caso, entre os sumérios, da obra O Mito da Criação, que procura relatar a origem do mundo através da vontade do deus Marduk. Já a epopeia refere-se à narrativa de um herói, à saga empreendida por ele. Os sumérios desenvolveram uma das mais impressionantesepopeias de que se têm registro, a Epopeia de Gilgamesh, que conta a história do herói homônimo e de seu amigo Enkidu, narrando as proezas e aventuras que ambos passaram juntos. Um dos trechos mais significativos da Epopeia de Gilgamesh é o relato de um dilúvio. Gilgamesh depara-se, a certa altura da narrativa, com um homem que se diz imortal, cujo nome é Utnapshtim, e que conta ao herói suas memórias sobre o tempo em que ele recebeu ordens das divindades para construir um barco que serviria de abrigo a ele, sua família e animais que ele escolhesse, pois o mundo seria submerso em água. Esse relato do dilúvio na Epopeia de Gilgamesh guarda evidentes semelhanças com a história de Noé relatada no Gênesis. Em outros pontos da narrativa, há também outras descrições semelhantes ao primeiro livro da Bíblia. Isso se dá, sobretudo, em razão da forte comunicação cultural que os povos sumérios (assim como os outros povos da Mesopotâmia, como os babilônios, os acádios e os assírios) tiveram com os hebreus, haja vista que o patriarca hebraico Abraão era oriundo, segundo o livro de Gênesis, da cidade de Ur, uma das cidades fundadas pelos sumérios. Nesse sentido, o valor das narrativas literárias dos sumérios é inestimável para a humanidade, assim como as narrativas mitopoéticas e religiosas de tradições como a indiana, a chinesa, a persa e muitas outras.
História da Religião Suméria
Crenças religiosas dos povos da antiga Suméria. Os sumérios acreditavam que o Universo era governado por um panteão formado por um grupo de seres vivos, de forma humana, porém imortais e possuidores de poderes sobre-humanos. Esses seres, segundo acreditavam, eram invisíveis aos olhos dos mortais e guiavam e controlavam o cosmo de acordo com um plano pré-estabelecido e leis rigorosamente elaboradas. Os sumérios tinham quatro divindades fundamentais, conhecidas como deuses criadores. Estes deuses eram: An, deus do céu; Ki, deusa da terra; Enlil, deus do ar e Enki, deus da água. Céu, terra, ar e água eram considerados os quatro componentes mais importantes do Universo. Os deuses concebiam o me, conjunto de regras e leis universais imutáveis que todos os seres eram obrigados a obedecer. Próximas em importância às deidades criadoras estavam as três divindades celestiais: Nanna, deus da Lua; Utu, deus Sol e Inanna, rainha dos céus. Inanna era também deusa do amor, da procriação e da guerra. Nanna era o pai de Utu e Inanna. Outro deus de grande importância era Ninurta, a divindade do violento e destrutivo vento sul. Um dos deuses mais queridos era o deus-pastor Dumuzi; originalmente era um governante mortal cujo casamento com Inanna assegurou a fertilidade da terra e a fecundidade procriadora.
História do Legado dos Sumérios
Os Sumérios foram uma das primeira civilizações de que se tem notícia, mas a sua importância histórica não pára aí. A eles são atribuídas duas grandes invenções: a da escrita e a da roda, ambas a cerca de 6000 anos atrás. A sua escrita era de uso particularmente da elite, principalmente dos sacerdotes e escribas. Ela era gravada em tabletes de argila com uma pinça em forma de cunha, e por isso recebeu o nome de escrita cuneiforme. Já a roda, outra grande invenção sumeriana, permitiu a eles desenvolverem carros de combates, que eram puxados por cavalos. Ainda sobre sua arte militar, eles usavam lanças, ou dardos de combates, além de armaduras feitas com o bronze extraído das montanhas. Mas seu legado não pára por aí. Eles ainda criaram diques e barragens que impediam enchentes e inundações nas cidades, e ainda escoavam a água través de canais para as lavouras afim de expandir mais suas cidades, que cresciam depressa. Sua arquitetura concentrava-se, principalmente, na construção de templos em forma de pirâmides chamados zigurates. Os zigurates geralmente era usados para reverenciar algum deus ou rei.
Queda dos Sumérios
A civilização suméria chegou a promover, por volta de 3000 a.C., uma verdadeira revolução urbana na região da Mesopotâmia, tendo construído cidades importantes como Ur e Uruk, guardadas por fortalezas que as privavam de investidas de outros povos. Entretanto, por volta de 2350 a.C., essa civilização ruiu, dando espaço para a ascensão dos acádios, que constituíram um poderoso império na Mesopotâmia, cujo principal líder foi Sargão, o Grande.A organização das cidades-estado sumérias acontecia em torno de um chefe político, o Patesi, que assegurava a administração da economia, a segurança e os rituais religiosos da comunidade. Com os períodos de seca que começaram a assolar a região da Mesopotâmia na época da última dinastia sumeriana, o poder dos Patesi passou a ficar enfraquecido, sobretudo em razão da pressão de povos nômades, que ameaçavam adentrar e pilhar as cidades sumérias. Os amoritas eram uns desses povos, que mais tarde fundaram o Império Babilônico.
Os acádios, que eram de origem semita e migravam do deserto da Síria, procurando fugir da grande seca, instalaram-se ao norte da zona de domínio dos sumérios e lá começaram a afirmar-se rapidamente, elaborando seus próprios meios de subsistência e de organização política e militar. Foi a partir dessa posição de influência sobre a civilização enfraquecida que os acádios conseguiram conquistar a civilização suméria e subjugá-la. A formação do Império Acádio preservou muito elementos da organização sumeriana, mas os elementos mais profundos da cultura dessa civilização, como sua língua, foram pouco a pouco desaparecendo.

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