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TRIPATIÇÃO DO PODER MONTESQUIEU

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TRIPARTIÇÃO DO PODER
MONTESQUIEU
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LIVRO
	
	Do Espírito das Leis ou Das Relações que as Leis Devem Ter com a Constituição de Cada Governo, Costumes, Clima, Religião, Comércio, etc.
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O Espírito das Leis
Procura analisar extensa e profundamente a estrutura e a conexão interna dos fatos humanos e formular um rigoroso esquema de interpretação do mundo histórico, social e político.
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O Espírito das Leis
A obra foi sentida como capaz de abalar os alicerces do sistema social e político de maneira perigosa.
 A obra expressava uma atitude de ciência teórica diante do universo político que estava nascendo.
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O Espírito das Leis
Seu objeto são “As leis, os costumes e os diversos usos de todos os povos da terra”.
Assunto, evidentemente imenso, pois abarca todas as instituições humanas.
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O Espírito das Leis
Exclui da Ciência Social toda perspectiva religiosa ou moral:
 Reduz as instituições a causas puramente humanas e não leva em consideração a providência divina.	
O juízo moral deve ser eliminado na apreciação do mundo histórico.					
O autor se afasta das teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e comparativa dos fatos sociais.
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O Espírito das Leis
Para o autor o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser. 
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O Espírito das Leis
	Montesquieu dá início a um estudo descritivo e comparativo dos fatos humanos, formulando um novo conceito de lei, que constituía, então uma inovação teórica, e representava sua principal contribuição para a formação da ciência social.
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	Para Montesquieu a concepção de Lei passa a ser compreendida aproximando-se da metodologia das Ciências Físicas. 
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LEI (Montesquieu)
	É uma relação necessária que deriva da natureza das coisas, de tal forma que “Cada diversidade é uniformidade, cada modificação é constância”. Nesse sentido, “Todos os seres têm suas leis: a divindade... O mundo material... As inteligências superiores ao homem...os animais...os homens...”
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Tendo cada domínio de seres suas próprias leis, elas não podem ser apreendidas senão a partir dos próprios fatos, pela comparação e pesquisa, pelo tateio e não pela intuição de essências.
Visou moderar o Poder do Estado dividindo-o em funções e dando competências a seus diferentes órgãos. 
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	O projeto de investigação das coisas humanas em sua legalidade específica foi o caminho que levou Montesquieu a outra inovação que se articula com a noção de lei: A categoria da totalidade .
Distingue natureza e princípios dos Estados – prefigura a concepção dialética da história.
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Natureza de Estado é aquilo que ele é (É uma certa forma):
República;
Monarquia;
Despotismo
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PRINCÍPIO
É uma disposição dos homens no sentido de realizar uma determinada forma e não outra; é, portanto, uma paixão específica.
NA REPÚBLICA- Essa paixão é a VIRTUDE;
 NA MONARQUIA - Essa paixão é A HONRA;
 NO GOVERNO DESPÓTICO - Essa paixão é o TEMOR.
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O ESTADO (Montesquieu)
 É uma totalidade real, “em que todos os pormenores da legislação, instituições e costumes são efeitos e expressões de uma unidade interna. Isso significa dizer que o desenvolvimento histórico das sociedades não tem como motor este ou aquele fator particular, mas decorre da dinâmica própria ao conjunto do sistema.
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Visando generalizar Montesquieu ligou fatores geográficos e climáticos a natureza do Estado.
Ex.: Clima, área geográfica.
As leis, a religião, as tradições, os costumes, teriam o poder de corrigi-los.
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As totalidades políticas ou unidades forma-princípio no surgimento e desenvolvimento do Estado
São classificados em 3 tipos:
República;
Monarquia;
Governo despótico.
 
ABANDONA A TRADICIONAL DIVISÃO ARISTOTÉLICA:
Monarquia;
Aristocracia;
Democracia.
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REPÚBLICA
Sociedades encontradas no mundo grego e itálico da Antiguidade, caracterizadas pela organização em cidades-Estados, e ainda, as cidades italianas medievais – Caracterizava-se pela pequena extensão do território sob domínio, não podendo estende-se para além desses domínios.
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REPÚBLICA
Os cidadãos são todos iguais (salvo nas transformações que dão lugar à aristocracia);
Magistrados componentes do corpo de direção não são superiores, pois desempenham seu papel apenas temporariamente;
Igualdade política supõe igualdade econômica;
Divisão do trabalho entre seus membros é reduzida à expressão mínima, e o comércio que supõe desigualdade é pouco desenvolvido.
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MONARQUIAS
Características da Europa e teriam surgido quando os povos germânicos invadiram o Império Romano e partilharam seus despojos;
Estão entre a República e os Governos Despóticos;
Alguns dedicam-se a fazer leis e outras a executá-las;
Ninguém pode recusar-se a cumprir suas funções específicas e interferir na dos outros.
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MONARQUIAS
Governo de um só, no sentido de que cada um é responsável por suas tarefas e tem sobre elas todo o poder;
Existem ordens constituídas que impõem limites ao exercício do poder;
As leis possuem forças próprias;
Sociedade monárquica como um organismo vivo, cujos elementos, segundo suas naturezas, exercem funções diferentes;
Divisão orgânica do trabalho levada ao máximo desenvolvimento. 
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MONARQUIAS
As classes, órgãos do corpo social, não só limitam a autoridade do príncipe, como limitam-se reciprocamente.
Princípio que constitui a fonte de energia das monarquias, é o sentimento de classe;
Cada classe tende a desenvolver-se ao máximo e a fortuna pessoal adquire grande importância.
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MONARQUIAS
A diversidade das funções é responsável pela coesão, na medida que em que a vontade que move as ordens e os indivíduos é responsável também pelo aperfeiçoamento de cada um – Todos contribuem para o bem geral, embora acreditem visar apenas às vantagens pessoais.
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GOVERNO DESPÓTICO
Espécie de Monarquia na qual todas as ordens teriam sido abolidas, e não substituísse a divisão do trabalho;
Uma democracia em que todos os cidadãos se tornassem iguais tão-somente na servidão a um chefe de Estado;
É como um ser monstruoso no qual subsiste com vida apenas a cabeça, por ter usurpado para si todas as forças das partes restantes. Seu princípio é o temor.
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POVOS SELVAGENS E POVOS BÁBAROS
Espécie de democracia inferior
 Quarto tipo de sociedade, encontrado entre os povos caçadores ou de pastoreio;
Restrito número de seus membros;
Inexistência de propriedade de terra;
Ordenação de vida social através dos costumes e não das leis
Autoridade dos mais velhos
Selvagens – quando dispersos em pequenas comunidades
Bárbaros – quando se reúnem num todo.
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LIVRO XI do Espírito das Leis
 Escrito muito depois dos 10 primeiros livros
Inspirado pelo sistema político constitucional da Inglaterra (1729) – Objetivo do regime inglês era a liberdade;
 Formula uma tese baseada na experiência inglesa e posteriormente passa a ser integrada na Constituição americana na Declaração Universal dos Direitos do Homem.
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Desde então a teoria da separação dos três poderes passou a ser princípio político de todos os governos que sofreram a influência da Revolução Francesa.
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Teoria da separação dos três poderes
Influenciado por John Locke
 Estabelece a separação dos poderes: 
Legislativo
Executivo
Judiciário
	Cada um com seus órgãos específicos é compostos por pessoas diferentes.
	“Só o poder freia o poder", no chamado "Sistema de Freios e Contrapesos". 
Necessidade de cada poder manter-se autônomo e constituído por pessoas e grupos diferentes: os poderes atuariam mutuamente como freios, cada um impedindo que o outro abusasse de seu poder. 
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A separação dos poderes é relativa para Montesquieu.
 Admite o poder de veto do monarca sobre
as decisões do Legislativo;
O Legislativo invade as atribuições do Judiciário;
Os nobres só poderão ser julgados pelos seus pares e nunca por magistrados populares.
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Relação de força entre os detentores do poder:
 O rei
 Os nobres
Burgueses
PÕE A ARISTOCRACIA A SALVO TANTO DO REI QUANTO DA BURGUESIA
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Buscava a Monarquia primitiva da Europa germânica – Reis eleitos entre os nobres e seu poder limitado por estes.
 Opõe-se a Monarquia Absolutista – Limitando a ação do monarca através do princípio da separação dos poderes.
O povo todo não deveria possuir poder – Para isso criou a necessidade de uma Câmara Alta no Legislativo (nobreza) em oposição ao Câmara dos Comuns (representantes do povo) 
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O pensamento de Montesquieu forneceu os elementos necessários para que a teoria da separação de poderes evoluísse, resultando no que hoje é consensual quando nos referimos às chamadas democracias modernas.

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