Desafio Profissional 4° semestre Anhanguera

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DESAFIO PROFISSIONAL
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEORICOSMETOLDOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III – PROFª. ELAINE CRISTINA VAZ VAEZ GOMES
ÉTICA PROFISSIONAL - PROFª EDILENE XAVIER ROCHA GARCIA
DIREITOS HUMANOS – ALAN MARTINS
DESAFIO PROFISSIONAL
Trabalho desenvolvido para avaliar as competências e habilidades que constam nas Diretrizes Curriculares Nacionais nas disciplinas: aplicada em Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III, Ética Profissional e Direitos Humanos, sob orientação da 
PASSO 1 - Mapeamento das palavras:
Cesta Básica, Direitos Sociais, Desamparo, Mercado de trabalho.
Passo 2 - Defina o numero de encontros e as temáticas a serem estudadas em cada encontro e inicie seus estudos.
	Encontro 1 
	Código de ética.
	Encontro 2
	Resolução de problemas Sociais.
	Encontro 3
	Inserção em programas sociais.
	Encontro 4
	Capacitação profissional.
	Encontro 5
	Garantia de direitos sociais.
Passo 3 – Mapeamento das principais idéias discutidas em cada um dos encontros.
1 - Relacione o princípio do código de ética que mais chamou a sua atenção e mencione o porquê.
 No código de que mais chamou atenção do grupo de estudo foi o Art. 4º do Inciso II - elaborar, implementar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço com participação da Sociedade civil. Em que norteia o trabalho do assistente Social através dos estudo do caso e implementação das melhores formas para resolver os problemas
2 - Relacione as principais idéias discutidas em cada encontro. 
1º- encontro foi discutido o código de ética, na Lei 8662 do Art. 4º, Incisos I, II, III e XI. 
2º - encontro foi de como resolver os problemas imediatos sociais. 
3º- encontro foi de como inserir nos programas sociais.
4º - encontro capacitar para o mercado de trabalho. 
5º- encontro garantir a saúde da família e bem estar.
3 - Aponte a importância de cada tema para romper com as práticas assistencialistas no serviço social.
Código de ética – o Código de ética tem o papel de nortear e dar parâmetros profissionais, auxiliando o profissional legalmente.
Resolução de problemas sociais – É essencial que se resolva os problemas emergenciais, que neste caso tratava-se de alimentação e saúde, com objetivo de dar condições humanas e fortalecer os laços entre o usuário e o Serviço Social.
Inserção em programas sociais – Visa a modificação da realidade do usuário, buscando resgate social e sua alta estima, podendo ser inserido nos programas como BPC – Benefícios de Prestação Continuada, cadastro de benefícios eventuais como cesta básicas, bolsa família, renda cidadã entre outras. 
Capacitação profissional - A secretária de assistência social disponibiliza cursos de pintura, crochê, manicure e patchwork, o SENAI disponibiliza cursos profissionalizantes, como eletricista, encanador e informática, com o objetivo de capacitar o individuo para o mercado de trabalho, reinserindo - o no mundo capitalista, sendo assim o usuário conseguiria se manter de uma forma digna.
Garantia de direitos – É imprescindível que os problemas de saúde sejam tratados de forma correta por profissionais capacitados, pois sem saúde não há como trabalhar e estudar.
4 - Apresente uma breve descrição daquilo que entendeu de cada perfil pedagógico mencionado.
 O grupo discutiu sobre os perfis pedagógicos do Serviço Social, onde o foco foi abranger os diversos tipos de perfis e seu significado, iniciando com o tema sobre a Pedagogia da “ajuda”, que tem importância no projeto de ajuda, ocorre no desenvolvimento do serviço social como uma modalidade de intervenção psicossocial individualizada em suas diferentes expressões. Desta forma, essa “ajuda”, tinha como objetivo, considerar as exigências do capital em manter baixos os custos com a reprodução da força de trabalho, enquadrando-os e, induzindo-os nas maneiras de pensar e agir, naturalizando a vida social, em que as desigualdades sociais são justificadas como uma condição inerente a pessoa humana” a pobreza existe e é natural”.
 A pedagogia da “participação” está fundamentada no Desenvolvimento daComunidade, influenciado pela ideologia desenvolvimentista modernizadora. Esse modelo pressupõe que, para alcançar a finalidade, o ponto de partida deve ser a participação conjunta de todos os setores da sociedade que se mostram interessados no objetivo do desenvolvimentismo modernizador.
 Assim, a população deve participar de seu processo de desenvolvimento com postura de colaboração com as camadas de empregadores. Acontece um redimensionamento do papel do assistente social, uma revisão de sua prática, principalmente para reordenar suas ações de organização da sociedade e de seus novos interesses. Acentuam-se os processos de subalternização levando-se em conta a necessidade de que as massas trabalhadoras entrem em conjunção com as pessoas responsáveis pelo controle do capital. 
 O projeto de pedagogia “emancipatória” busca a organização profissional, apresentando bases sócias históricas e político-ideológicas para uma busca emancipatória das classes subalternas. A organização desse projeto surge no marco da deflagração do Movimento de Reconceituação, que acontece no continente Latino-Americano, a partir de 1960. As crises vivenciadas pelo Serviço Social e as questões de ordem do momento histórico unem-se na busca de uma nova forma de atuação e de possibilidade questionadora mais adequada e vinculada com a sociedade e com os movimentos da época. Apesar de ter-se consolidado um projeto do Serviço Social na década de 1980, essa crise perdura até hoje.
Passo 4 - Implementação da Intervenção Profissional. 
1 – Definição do(s) perfil adequado na prática profissional.
 As atribuições e competências dos/as profissionais de Serviço Social, sejam aquelas realizadas na política de Assistência Social ou em outro espaço sócio ocupacional, são orientadas e norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão, pelo Lei Orgânica de Assistência Social, pela Constituição Federal de 1988 , entre outras, que devem ser observados e respeitados, tanto pelos/as profissionais, quanto pelas instituições empregadoras. 
 O profissional na atualidade deve ser capaz de decifrar a realidade e, a partir disto, construir propostas de trabalho, criando respostas para questões sociais em destaque e deve-se atuar na esfera da execução, formulação e gestão das políticas sociais.
 O Assistente Social é um profissional que atua nas expressões da questão social, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento, por meio de políticas sociais públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Deve ainda, ter um amplo conhecimento das expressões da questão social, sendo capaz de detectar, propor, intervir e produzir conhecimento acerca da realidade regional, sem segregá-la das questões conjunturais e/ou estruturais próprias da questão social em si, atuando em esfera.
 O perfil do/a assistente social para atuar na política de Assistência Social deve afastar-se das abordagens tradicionais funcionalistas e pragmáticas, que reforçam as práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas pessoais que devem ser resolvidos individualmente.
 O reconhecimento da questão social como objeto de intervenção profissional, demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na identificação dos determinantes sócio-econômicos e culturais das desigualdades sociais. A intervenção orientada por esta perspectiva crítica pressupõe a assunção, pelo/a profissional, de um papel que aglutine: leitura crítica da realidade e capacidade de identificação das condições materiais de vida, identificação das respostas existentes no âmbito do Estado e da sociedade civil, reconhecimento e fortalecimento dos espaços e formas de luta e organização dos/as trabalhadores/as em defesa de seus direitos; formulação e construção coletiva, em conjunto com os/as trabalhadores/as, de estratégias políticas e técnicas para modificação da realidade e formulação de formas de pressão sobre o Estado, com vistas a garantir os recursos financeiros, materiais, técnicos e humanos necessários à garantia e ampliação dos direitos.
2 – Definição das estratégias para romper com tal “estereotipo”.
 O profissional dentro das instituições públicas como o CRAS, são eles que realizam o primeiro atendimento aos usuários, o atendimento básico. Esses profissionais vão dar respostas aos usuários e não necessariamente resolver suas demandas, pois elas muitas vezes estão além das possibilidades de resolução desses profissionais como, por exemplo, a questão do desemprego. É imprescindível que o Assistente Social tenha um diálogo com o usuário a fim de que reflitam sobre a verdadeira “necessidade” e pensem numa atuação profissional a partir disso, ao invés de “dar”, “ajudar” os profissionais devem buscar explicar o objetivo do seu trabalho e dos encaminhamentos sugeridos para a resolução do seu problema, a fim de gerar o fortalecimento de vínculos, dos programas sociais e demais projetos aos quais o usuário tem direito. Muitos usuários ainda têm dificuldade em entender que são pessoas possuidoras de direitos o que influência significativamente o exercício profissional da Assistência Social que deve buscar romper com essa visão que o usuário tem sobre a profissão como também sobre ele mesmo. Cabe a esses profissionais estar sempre divulgando qual é o objetivo do Serviço Social dentro da instituição e como funciona esse trabalho, pois só assim será possível começar uma mudança dessa visão distorcida sobre o exercício profissional do assistente social. No código de ética profissional o artigo 5º relata sobre os deveres do Assistente Social e dentre eles está: fornecer à população usuária, quando solicitado, informações concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as suas conclusões, resguardado o sigilo profissional; (CÓDIGO DE ÉTICA,1993)
 É essencial que a Assistência Social reflita sobre sua atuação e sobre seu espaço de trabalho tendo como norte o projeto ético-político profissional para poder assim buscar alternativas e possibilidades que sejam capazes de melhorar sua intervenção profissional a cada dia e concretizar os direitos sociais da população usuária já que esse é um dos principais motivos para qual o Assistente Social trabalha. Além disso, deve-se buscar sempre ser um profissional que mesmo diante de tantos desafios seja não só um mero executor e sim um profissional que seja criador e propositivo.
3 - Definição da proposta de atuação profissional conforme o Código de Ética Profissional.
 Em busca da construção de uma sociedade justa e igualitária, o assistente social deve assumir uma postura ética, ele tem o dever de respeitar as posições filosóficas, políticas, religiosas daqueles a quem se destina sua atividade. Deve zelar pela família defendendo seus direitos e contribuindo nas ações que favoreçam a sua estabilidade e integridade devendo ser, acima de tudo, um profissional responsável que contribua para o bem comum e se esforcem, para que várias pessoas alcancem os direitos que lhes são garantidos.
 Para tanto, o profissional do Serviço Social deve colaborar com os poderes públicos para a preservação desses direitos, dentro dos princípios democráticos lutando para o estabelecimento de uma ordem social justa.
 Esta perspectiva leva a considerar que o desenvolvimento deve ser analisado de forma interdisciplinar, considerando-se os aspectos sociais, políticos e culturais; e compreendendo o engajamento humano na busca da equidade e justiça social. Isso significa buscar o engajamento de todos os atores sociais na materialização de uma forma de desenvolvimento que assegure a permanência e a continuidade das conquistas e avanços na qualidade devida e na estrutura econômica atual.
 O Assistente Social tem sua participação enquanto profissão, com caráter sócio-político, crítico e interventivo, que através do Instrumental científico e multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais utiliza-se de tais conhecimentos para intervir nas questões sociais.
5 - Passo Conclusão
 O presente trabalho foi importante para aquisição de novos saberes sobre a história do serviço social enquanto profissão, a realidade do profissional e o estudo dos tipos de perfis pedagógicos da profissão.
 O surgimento do Serviço Social está vinculado a Igreja Católica e a recuperação de seus interesses junto ás classes operárias. Como estratégia para se legitimar, os setores dominantes e o Estado passou a incorporar a profissão com o objetivo de desenvolver políticas assistenciais e amenizar os conflitos sociais existentes. 
 A relação que é estabelecida entre capital e trabalho é muito complexa e nosso país, bem como grande parte do mundo, é extremamente capitalista o que gera grandes problemas como o desemprego, a pobreza e a violência. Como se não bastasse, atualmente, no Brasil, a área social tem enfrentado muitas dificuldades no que se refere a sua aplicação. Contudo a atual situação resulta no modelo social utilizado que se respalda no neoliberalismo que reduz os recursos destinados á área social deixando tudo nas mãos do mercado. Estas dificuldades vêm afetando a qualidade dos serviços prestados que passam a ter características, que se opõe ao princípio da focalização, que é imediatista não existindo intervenção programática e holística.
 Desse modo, para o profissional de Serviço Social é importante conquistar novos direitos e garantir que os já existentes sejam efetivados, defendendo direitos como a cidadania, democracia e justiça social, se opondo á lógica econômica contemporânea que visa fragmentar as políticas sociais e reduzir direitos que foram conquistados historicamente. No contexto do CRAS, o Assistente Social em conjunto com outros profissionais, pode e deve contribuir e trazer melhorias para a qualidade de vida de todos os usuários.
 Sabendo-se que o trabalho em equipe é extremamente necessário, respeitando os valores uns dos outros, estar aberto a novos saberes é algo diferente desafiador. Por considerar que cada profissional possui conhecimento e uma visão diferente da realidade, e que pode contribuir para solução de um problema, desenvolvendo atividade com estratégia e visão, com responsabilidades e objetivo de alavancar eficácia nos serviços prestados aos usuários.
 Essas mudanças serão resultados da atuação de cada profissional que precisa lutar sempre pelos seus direitos em busca de sua qualidade de vida. Assim, cabe ao Assistente Social uma intervenção crítica com objetivo de conscientizar a população para que os mesmos tenham conhecimento de seus direitos e do papel de agente histórico, de modo que venham a transformar sua própria realidade de acordo com as possibilidades e o contexto onde está inserido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CONCEIÇÃO. Debora Guimarães. O Serviço Social e prática pedagógica: a arte como instrumento de intervenção social. Serv. Soc. Revista, londrina, v.12, n.2, p.51-67, jan./jun.2010 disponivel em: http://pt.slideshare.net/joseweldson/o-servio-social-e-prtica-pedaggica-a-arte-como-instrumento-de-interveno-social> acesso em 26.mai. 2014.
TIEKO. Vera Lucia Suguihiro e orgs. ‘‘O Serviço Social em debate: Fundamentos Teóricos Metodológico na Contemporaneidade ’’. Saber Acadêmico. 2009. Disponível em http://www.uniesp.edu.br/revista7/pdf/2 servico em debate.pdf acesso em 26. Maio2014.
ABREU. Marina Maciel. Serviço Social e a organização a cultura: perfis pedagógicos da prática profissional. 2011.
GOMES, ELAINE CRISTINA VAZ VAEZ. Fundamentos Históricos Teóricos Metodológicos do Serviço Social. Cadernos de Atividades. Anhanguera Educacional: Valinhos, 2014.