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09. Reforma, revolução e golpe de Estado

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REFORMA, REVOLUÇÃO E GOLPE DE ESTADO
Para Bonavides (2001), quando uma situação de crise social se instala em uma sociedade, duas opções se oferecem para resolvê-la: a reforma e a revolução, ou seja, os meios pacíficos e os violentos.
REFORMA
Compreende um conjunto de ações que visam corrigir distorções sociais e econômicas do sistema vigente. Busca-se com as reformas evitar as revoluções. No entanto, o falso reformismo constitui o mais perigoso combustível de explosão revolucionária, aumentando o descontentamento social e abalando a confiança que os governados depositaram em suas lideranças. A reforma ou a evolução, como também é chamada, apresenta-se como um conceito jurídico e constitucional que visa, por meio de diferentes mecanismos legais, resolver as demandas e as necessidades das classes angustiadas.
REVOLUÇÃO
Do latim revolutìo + ónis (ato de revolver), é entendida por boa parte dos pensadores da ciência política como instauração de uma nova ordem social, concebida por meio de uma mudança fundamental no poder político ou na organização estrutural de uma sociedade, ocorrendo em um período relativamente curto de tempo. De acordo com Bonavides (2001), as revoluções de Estado, no período compreendido de Aristóteles ao século XVII, eram consideradas “fases de uma circulação eterna das formas de governo”. Ainda segundo o autor, a revolução era entendida por Marx como uma busca retroativa de um desenvolvimento obstaculizado ou, no entendimento de Lenin, quando uma classe dominante não consegue mais dominar e a classe dominada não quer prosseguir com o sistema adotado. Distinguimos o conceito de revolução em histórico-cultural, sociológico, jurídico e político.
O conceito Histórico-Cultural
Exprime essencialmente a interrupção de um período cultural; dessa quebra resulta a descontinuidade e a consequente inauguração de um novo desenvolvimento histórico. Exemplos: a invenção da máquina a vapor; a equação de Einstein; a desintegração do átomo. O conceito histórico-cultural pode se revestir de certo cunho filosófico ou intelectualista.
Conceito Sociológico
Toda revolução não pode vir desacompanhada da revolução política, que a executa e precede. Para entendermos o cunho sociológico de uma revolução, precisamos perguntar: O que mudou? Mudando-se apenas as pessoas do governo não é revolução e sim golpe. Atingindo-se a constituição política e a forma de governo, já é possível se falar de revolução. Se houve ascensão de uma classe ao poder e/ou existiu redistribuição de renda e propriedade, há nesta revolução um reconhecimento social.
Conceito Jurídico
Do ponto de vista jurídico, a revolução é a quebra do princípio da legalidade, do ordenamento político, sua substituição por uma nova ordem e a implantação de um poder constituinte originário. Sendo assim, há nas revoluções dois traços essenciais: o rompimento da ordem jurídica antecedente e a criação de um novo ordenamento jurídico. Cabe ressaltar que não existe revolução legitima, mas sim revoluções legitimadas.
Conceito Político
Para Bonavides (2001) a revolução é entendida como a modificação violenta dos fundamentos jurídicos de um Estado. Em Paul Schereder, a revolução compreende-se, no domínio político, em uma mudança ilegal das normas legais, ou seja, em uma mudança ilegal das condições de legalidade.
Origem e causas da revolução
Marx buscou apresentar o aspecto econômico do desencadear de uma revolução. Segundo ele, o aspecto gerador dos movimentos de força e violência são as forças materiais de produção, que ao caírem em contradição com as relações de produção existentes, fazem despertar na consciência das pessoas o sentido (significado) dos sistemas econômicos, políticos e sociais. Para boa parte dos cientistas políticos, as revoluções nascem devido aos descontentamentos, surgindo a partir de falhas dos governos.
Alguns aspectos da revolução
Não é possível afirmar a data que começa e termina.
Geralmente é caracterizada pela invisibilidade, ou seja, não é percebida na sua gestação.
É precedida de longos períodos de distúrbios, tentativas locais de emprego de violência, motins, entre outros.
GOLPE DE ESTADO
Significa a tomada de poder por meios ilegais. Seus protagonistas geralmente já estão alojados no poder. Curzio Malaparte, em seu livro “A Técnica do Golpe de Estado”, descreve o Golpe de Estado como a possibilidade iminente de um grupo reduzido tomar o poder. Ainda segundo o autor, a técnica que tem prevalecido nas tentativas de golpes e nos Golpes de Estado, investigados por diferentes cientistas, é a da desmobilização e imobilização dos governos, feita por meio da ocupação dos centros estratégicos e técnicos do governo: as redes de distribuição de energia; os meios de transportes; as centrais de comunicação entre outros. Faz-se necessário destacar que os Golpes de Estado são geralmente concluídos em pequenos espaços de tempo por um número limitado de pessoas (via de regra políticos, oficiais de altas patentes e indivíduos infiltrados nos aparatos estatais), com condições de arregimentar outros membros e neutralizar os mecanismos do poder estatal.

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