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AUDITORIA EM EXERCÍCIOS Aula 04

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AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
1 
Prof.: Marcelo Aragão www.pontodosconcursos.com.br 
Olá pessoal, 
 
Chegamos à última aula deste curso de auditoria para o concurso de 
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, que trata dos seguintes assuntos: 
 
� Representações da Administração: objetivo, conteúdo. 
� Uso do Trabalho de Outros Profissionais: outro Auditor Independente, 
Auditor Interno, Especialista de Outra Área. 
� Eventos Subsequentes. 
� Relatório de Auditoria. Tipos, Estrutura, Elementos. 
 
REPRESENTAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO: OBJETIVO, CONTEÚDO 
 
1) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) Sempre que não possa ter expectativa 
razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria 
pertinente, deve o auditor obter declarações por escrito da 
administração, sobre os assuntos significativos para as Demonstrações 
Contábeis, por meio da(o) chamada(o): 
a) Carta de Representação da Administração. 
b) Circularização dos Consultores Jurídicos. 
c) Carta de Responsabilidade da Administração. 
d) Termo de Diligência. 
e) Carta de Conforto. 
 
SOLUÇÃO: Quando do concurso para a Secretaria de Fazenda do Estado de 
São Paulo, estava em vigor a NBC T 11.17, aprovada pela Resolução CFC nº 
1.037, de 2005. 
 
Segundo esta norma, a carta de responsabilidade da administração 
é o documento que deve ser emitido pelos administradores da entidade, cujas 
demonstrações contábeis estão sendo auditadas. Por conclusão, a letra “c” é a 
correta. 
 
Como a atual norma do CFC (NBC TA 580) estabelece que as 
representações formais devem ter a forma de carta de representação 
dirigida ao auditor, no atual contexto, a letra “a” também estaria correta. 
 
2) Com relação às representações formais em auditoria, é correto 
afirmar que 
A) são declarações feitas pela administração aos auditores, de forma 
verbal ou escrita. 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
2 
Prof.: Marcelo Aragão www.pontodosconcursos.com.br 
B) incluem as demonstrações contábeis, as afirmações nelas contidas 
ou livros e registros comprobatórios. 
C) similarmente às respostas às indagações, são evidências de 
auditoria. 
D) sozinhas, fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente a 
respeito dos assuntos dos quais tratam. 
E) sempre afetam a natureza ou extensão de outras evidências de 
auditoria que o auditor obtenha a respeito da responsabilidade da 
administração ou de afirmações específicas. 
 
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 580, representação formal é uma 
declaração escrita pela administração, fornecida ao auditor, para confirmar 
certos assuntos ou suportar outra evidência de auditoria. Representações 
formais, neste contexto, não incluem as demonstrações contábeis, as 
afirmações nelas contidas ou livros e registros comprobatórios. Logo, as letras 
A e B estão incorretas. 
 
As representações formais são informações necessárias que o auditor 
exige relativamente à auditoria das demonstrações contábeis da entidade. As 
representações formais são importantes fontes de evidência de auditoria. 
Portanto, similarmente às respostas às indagações, as representações formais 
são evidências de auditoria. Logo, a letra C está correta e constitui o gabarito 
da questão. 
 
Embora forneçam evidência de auditoria necessária, as representações 
formais, sozinhas, não fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente 
a respeito de nenhum dos assuntos dos quais tratam. Além disso, o fato de 
que a administração forneceu representações formais confiáveis não afeta a 
natureza ou extensão de outras evidências de auditoria que o auditor obtenha 
a respeito da responsabilidade da administração ou de afirmações específicas. 
Logo, as letras D e E estão incorretas. 
 
3) No decorrer da auditoria, a administração da entidade auditada faz 
declarações ao auditor, espontaneamente ou em resposta a 
indagações específicas. Quando essas declarações estão relacionadas 
com assuntos que sejam significativos para as Demonstrações 
Contábeis, o auditor deve cumprir determinados procedimentos. 
Assinale a alternativa que NÃO constitui um desses procedimentos. 
A) buscar evidência comprobatória de auditoria com base em fontes 
dentro da entidade. 
B) avaliar se as declarações feitas pela administração são razoáveis e 
consistentes com outras evidências de auditoria obtidas, incluindo 
outras declarações. 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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C) buscar evidência comprobatória de auditoria com base em fontes 
fora da entidade. 
D) substituir uma evidência de auditoria por uma declaração da 
administração. 
E) analisar se as pessoas que fazem as declarações podem ser 
consideradas bem informadas sobre assuntos específicos sob os quais 
emitiram suas declarações. 
 
SOLUÇÃO: A única alternativa que não constitui um procedimento a ser 
adotado pelo auditor diante de declarações relacionadas com assuntos 
significativos ou relevantes para as demonstrações é a “D”, pois as declarações 
da administração não substituem outras evidências de auditoria que o auditor 
independente deve obter. 
 
 Quanto às demais alternativas, todas representam medidas a serem 
adotadas pelo auditor, quais sejam: 
 
� o auditor deve buscar evidência comprobatória de auditoria com base 
em fontes dentro e fora da entidade. 
 
� o auditor deve avaliar se as declarações feitas pela administração são 
razoáveis e consistentes com outras evidências de auditoria obtidas, 
incluindo outras declarações. Caso haja alguma inconsistência ou 
incoerência, o auditor deve reavaliar a confiança depositada nas 
declarações da administração. 
 
� o auditor deve analisar se as pessoas que fazem as declarações podem 
ser consideradas bem informadas sobre assuntos específicos sob os 
quais emitiram suas declarações. 
 
4) (AFRFB/ESAF/2009) O auditor, ao realizar auditoria na empresa 
Construção S.A., aplicou todos os procedimentos de auditoria 
necessários ao trabalho, realizando os trabalhos em conformidade com 
as normas de auditoria. Ao solicitar a carta de responsabilidade da 
administração da empresa, esta deve ser emitida na data 
a) de encerramento das demonstrações contábeis. 
b) do término dos relatórios de revisão. 
c) da publicação das demonstrações contábeis. 
d) de emissão do parecer dos auditores. 
e) em que o auditor finalizar os trabalhos em campo. 
 
SOLUÇÃO: A questão foi elaborada pela ESAF, tendo como referência a então 
vigente NBC T 11.17. Segundo aquela norma, uma carta com as declarações 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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de responsabilidade da administração da entidade deveria ter a mesma data 
do parecer dos auditores independentes sobre essas Demonstrações 
Contábeis, uma vez que um dos itens cobertos nessa carta diz respeito aos 
eventos subsequentes ocorridos entre a data das Demonstrações Contábeis e a 
data do parecer dos auditores independentes. Portanto, a letra “d” é a correta. 
Ela deve ter a mesma data do parecer dos auditores. 
 
OBSERVAÇÃO: De acordo com a NBC TA 580, como as representações 
formais são evidências de auditoria necessárias, a opinião do auditor 
não pode ser expressa e o relatório não pode ser datado, antes da data 
das representações formais. Além disso, como o auditor está 
interessado em eventos que ocorram até a data do seu relatório e que 
possam exigir ajuste ou divulgação nas demonstrações contábeis, as 
representações formais são datadas o mais próximo possível da data 
do seu relatório sobre as demonstrações contábeis, mas não após a 
data do relatório. 
 
5) (AFRE/MG/ESAF/2005) O não fornecimento, pela administração da 
empresa auditada, da Carta de Responsabilidade ao auditor 
independente caracteriza 
a) limitaçãode escopo. 
b) impossibilidade de auditoria. 
c) suspensão da auditoria. 
d) fraude em auditoria. 
e) a renúncia ao trabalho. 
 
SOLUÇÃO: A recusa da administração em fornecer parcial ou totalmente a 
carta de responsabilidade constitui-se numa limitação de escopo, e o auditor 
deve expressar uma opinião com ressalva ou com abstenção de opinião. No 
caso de declaração parcial, o auditor deve reavaliar a confiança depositada em 
outras declarações feitas pela administração no decorrer da auditoria. A letra 
“a” é a opção correta. 
 
6) (ICMS/SP/FCC/2009) A carta de responsabilidade da administração 
é um documento que compõe os papéis de auditoria. Dessa forma, 
NÃO seria seu objetivo 
(A) impedir que o auditor possa ser processado societária ou 
criminalmente. 
(B) delimitar as responsabilidades do auditor independente e da 
administração. 
(C) dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a 
auditoria. 
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(D) dar garantia ao auditor independente quanto às suas 
responsabilidades, após a publicação das demonstrações. 
(E) atender as normas de auditoria independente. 
 
SOLUÇÃO: A carta de responsabilidade da administração não possui o objetivo 
de impedir que o auditor possa ser processado societária ou criminalmente. 
As declarações e responsabilidades assumidas pela administração oferecem 
garantia quanto às suas responsabilidades, mas se o auditor agir com 
negligência, imperícia e/ou imprudência e ocasionar prejuízos a terceiros, 
poderá ser processado. O gabarito é a letra “A”. 
 
7) (ISS/SP/FCC/2012) A empresa Resistente S.A. não concordou em 
apresentar a carta de responsabilidade da administração. Nesse caso, 
o auditor 
A) deve denunciar a empresa aos órgãos competentes e recusar a 
auditoria. 
B) deve aceitar o trabalho, estabelecendo a limitação de escopo e 
evidenciando a recusa no relatório da auditoria. 
C) não deve aceitar o trabalho a menos que seja exigido por lei ou 
regulamento. 
D) deve ressalvar o parecer, apresentando nota de ênfase em qualquer 
situação. 
E) não deve aceitar o trabalho, em qualquer situação, ainda que 
exigido por lei. 
 
SOLUÇÃO: De acordo com a NBC TA 210, as normas requerem que o auditor 
solicite que a administração forneça representações formais de que cumpriu 
determinadas responsabilidades. Quando a administração não reconhecer sua 
responsabilidade, ou não concordar em fornecer as representações formais, o 
auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (NBC 
TA 580, item A26). Nessas circunstâncias, não seria apropriado que o auditor 
aceitasse o trabalho de auditoria, a menos que seja exigido por lei ou 
regulamento. Logo, o gabarito é a letra C. 
 
8) Quanto às normas de auditoria independente das demonstrações 
contábeis acerca das representações formais, assinale a opção correta. 
A) a data das representações formais deve ser tão próxima quanto 
praticável, mas não anterior à data do relatório do auditor sobre as 
demonstrações contábeis. 
B) as representações formais devem ter a forma de carta de 
representação, elaboradas pelo auditor e dirigidas à administração e 
aos responsáveis pela governança. 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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C) não é possível que a administração faça representações públicas 
formais a respeito de suas responsabilidades. 
D) caso o auditor tenha dúvida a respeito da integridade da 
administração, de tal modo que as representações formais não sejam 
confiáveis, pode abster-se de emitir opinião sobre as demonstrações 
contábeis. 
E) o auditor não deve solicitar representações formais dos 
responsáveis pela governança. 
 
SOLUÇÃO: A data das representações formais deve ser tão próxima quanto 
praticável, mas não posterior à data do relatório do auditor sobre as 
demonstrações contábeis. Durante os exames, o auditor pode solicitar 
representações formais à administração. A letra A está incorreta. 
 
As representações formais devem ter a forma de carta de representação, 
elaboradas pela administração e, eventualmente, pelos responsáveis pela 
governança e dirigidas ao auditor. A letra B está incorreta. 
 
Se lei ou regulamento exigir que a administração faça representações 
públicas formais a respeito de suas responsabilidades e o auditor determinar 
que tais representações fornecem alguma ou todas as representações 
requeridas pelas normas, os assuntos relevantes abrangidos por tais 
representações não precisam ser incluídas na carta de representação. A letra C 
está incorreta. 
 
O auditor pode abster-se de emitir opinião no relatório sobre as 
demonstrações contábeis em conformidade com a NBC TA 705 se a) o auditor 
concluir que há dúvida suficiente a respeito da integridade da administração, 
de tal modo que as representações formais exigidas não sejam confiáveis; ou 
b) a administração não fornecer as representações formais exigidas pelas 
normas. A letra D está correta. 
 
O auditor solicita representações formais dos responsáveis pela 
elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. Estas pessoas 
podem variar dependendo da estrutura de governança da entidade e de lei ou 
regulamento relevante; contudo, a administração (e não os responsáveis pela 
governança), é frequentemente a parte responsável. Podem, portanto, ser 
solicitadas representações formais do diretor executivo e do diretor financeiro 
da entidade ou outras pessoas equivalentes nas entidades que não usam tais 
títulos. Em algumas circunstâncias, porém, outras pessoas, tais como os 
responsáveis pela governança, também são responsáveis pela elaboração e 
apresentação das demonstrações contábeis. Nesse caso, o auditor solicita 
representações formais dos responsáveis pela governança. A letra E está 
incorreta. 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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USO DO TRABALHO DE OUTROS PROFISSIONAIS: OUTRO 
AUDITOR INDEPENDENTE, AUDITOR INTERNO, ESPECIALISTA DE 
OUTRA ÁREA 
 
9) (CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO/FGV/2008) No processo do 
planejamento da auditoria deve ser considerada a participação de 
auditores internos e de especialistas na execução do trabalho na 
entidade auditada, e a possibilidade de as controladas e coligadas 
serem examinadas por outros auditores independentes. Ao determinar 
a necessidade de utilizar-se do trabalho de especialistas, o auditor 
independente não deve considerar: 
(A) a relevância do item da demonstração contábil que está sendo 
analisada. 
(B) o risco de distorção ou erro, levando em conta a natureza e a 
complexidade do assunto que está sendo analisado. 
(C) o conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia dos 
aspectos que estão sendo considerados. 
(D) a quantidade e qualidade de outras evidências de auditoria 
disponíveis para sua análise. 
(E) a medição do estágio de trabalhos completados ou a completar em 
contratos em andamento. 
 
SOLUÇÃO: A questão foi elaborada com base nas normas do CFC vigentes à 
época do concurso (NBC T 11) e trata dos aspectos a serem considerados pelo 
auditor, quando decide utilizar o trabalho de especialistas (advogados, 
engenheiros, etc). Em conformidade com a norma, ao determinar a 
necessidade de utilizar-se do trabalho de especialistas, o auditor independente 
deve considerar: 
 
a) a relevância do item da demonstração contábil que está sendo 
analisada; 
b) o risco de distorção ou erro levando em conta a natureza e a 
complexidade do assunto sendo analisado; 
c) conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia dos 
aspectos que estão sendo considerados; e 
d) a quantidade e qualidade de outras evidências de auditoria disponíveis 
para suaanálise. 
 
Portanto, a alternativa incorreta é a “E”. A medição do estágio de 
trabalhos completados ou a completar em contratos em andamento não é um 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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elemento decisivo e/ou indicado na norma na determinação do uso de 
especialistas. 
 
OBSERVAÇÃO QUANTO ÀS NOVAS NORMAS DO CFC: Atualmente está 
em vigor a NBC TA 620, sobre o uso do trabalho de especialistas, 
aprovada pela Resolução CFC 1.230/09. Segundo esta norma, se a 
especialização em área que não contabilidade ou auditoria é 
necessária para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, o 
auditor deve determinar a necessidade de utilizar o trabalho de 
especialista. 
O auditor deve avaliar a adequação do trabalho do especialista para 
fins da auditoria, incluindo: 
(a) a relevância e razoabilidade das constatações ou conclusões 
desse especialista, e sua consistência com outras evidências de 
auditoria; 
(b) se o trabalho do especialista envolve o uso de premissas e 
métodos significativos, a relevância e a razoabilidade dessas 
premissas e desses métodos nas circunstâncias; e 
(c) se o trabalho do especialista envolve o uso de dados-fonte 
significativos para o seu trabalho, a relevância, integridade e precisão 
desses dados-fonte. 
 
10) (SEFAZ/CE/ESAF/2006) Quando da utilização de serviços de 
especialista, não há responsabilidade do auditor 
a) em confirmar se o especialista é habilitado. 
b) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado. 
c) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. 
d) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a 
empresa. 
e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva. 
 
SOLUÇÃO: Vejam que as letras “a” e “b” referem-se à capacidade profissional 
do especialista e as letras “c” e “d” correspondem à necessária independência 
e objetividade do especialista. Todos esses aspectos o auditor verifica, quando 
decide utilizar o trabalho do especialista, tendo em vista que a 
responsabilidade pelo trabalho é sempre do auditor. 
 
Por outro lado, não há responsabilidade do auditor em divulgar o uso de 
especialista em parecer de auditoria, particularmente se o parecer ou relatório 
é sem ressalva (ou opinião não-modificada). Assim, o gabarito é a letra “e”. 
 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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Cabe apenas alertar que é possível o auditor fazer referência ao uso de 
especialista em seu relatório/parecer quando relevante para o entendimento 
de ressalva, opinião adversa e abstenção de opinião. 
 
VEJA O QUE DISPÕE A NBC TA 620 A ESSE RESPEITO: 
� O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do 
auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada (sem 
ressalva). 
� Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor 
em seu relatório porque essa referência é relevante para o 
entendimento de ressalva ou outra modificação na sua opinião, o 
auditor deve indicar no relatório que essa referência não reduz a sua 
responsabilidade por essa opinião. 
 
11) (ISS/Rio/ESAF/2010) A respeito do uso de especialista de outra 
área em auditoria, é correto afirmar, exceto: 
a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar 
ou testar a fonte de dados utilizada. 
b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer 
referência ao trabalho de especialista no seu parecer. 
c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é 
um dos elementos de verificação da competência do especialista. 
d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das 
premissas e métodos utilizados, é do especialista e não do auditor. 
e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance 
do trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria. 
 
SOLUÇÃO: A letra “a” está incorreta, pois na avaliação do trabalho do 
especialista, cabe sim ao auditor revisar ou testar a fonte de dados utilizada. 
 
A letra “b” está correta. Em se tratando de um relatório/parecer sem 
ressalva, o auditor independente não pode fazer referência do trabalho de 
especialista no seu parecer. Já em um parecer com ressalva, adverso ou com 
abstenção de opinião, o auditor pode fazer referência ao trabalho de um especialista, 
se for relevante para o entendimento da modificação na sua opinião. 
 
A letra “c” está correta, pois a certificação profissional, licença ou 
registro em órgão de classe é um dos elementos de verificação da competência 
do especialista por parte do auditor para se assegurar de sua experiência e 
competência. 
 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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A letra “d” está correta, pois a responsabilidade, quanto à qualidade e 
propriedade das premissas e métodos utilizados, é do especialista e não do 
auditor. 
 
Por fim, a letra “e” também está correta, pois o auditor tem que obter 
evidência adequada de que o trabalho do especialista atende os objetivos da 
auditoria. 
 
Portanto, o gabarito é a letra “a”. 
 
EVENTOS SUBSEQUENTES 
 
12) (Auditor/São Paulo/FCC/2007) Considere as afirmações a seguir, 
relativas a transações e eventos subsequentes ao término do exercício 
social a que se referem as demonstrações contábeis auditadas: 
I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento 
subsequente relevante. 
II. Eventos subsequentes, após a divulgação das demonstrações 
contábeis, não devem ser considerados pelo auditor, uma vez que ele 
não pode emitir um novo parecer. 
III. Caso os eventos subsequentes não sejam revelados 
adequadamente pela companhia, o auditor deve mencioná-los, como 
ressalva ou em parágrafo de ênfase, em seu parecer. 
IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é 
considerada um evento subsequente relevante. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) II e III. 
(D) II e IV. 
(E) III e IV. 
 
SOLUÇÃO: A afirmação I está incorreta, pois o auditor deve indagar a 
administração sobre se ocorreu qualquer evento subsequente que possa afetar 
as demonstrações contábeis. Os exemplos de assuntos a serem indagados 
incluem: 
1. situação atual de itens contabilizados com base em dados preliminares ou 
não-conclusivos; 
2. assunção de novos compromissos, empréstimos ou garantias concedidas; 
3. vendas de ativos; 
4. emissão de debêntures ou ações novas ou acordo de fusão, incorporação, 
cisão ou liquidação de atividades, ainda que parcialmente; 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
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5. destruição de ativos, por exemplo, por fogo ou inundação; 
6. desapropriação por parte do governo; 
7. evolução subsequente de contingências e assuntos de maior risco de 
auditoria; 
8. ajustes contábeis inusitados; e 
9. ocorrência ou probabilidade de ocorrência de eventos que ponham em 
dúvida a adequação das práticas usadas nas demonstrações contábeis, como 
na hipótese de dúvida sobre a continuidade normal das atividades da entidade. 
 
A afirmação II está incorreta, pois o auditor ao tomar conhecimento de 
eventos subsequentes após a divulgação das demonstrações contábeis deve 
considerá-los, discutindo com a administração e verificando se são cabíveis 
ajustes e/ou divulgação nas DC. 
 
A afirmação III está correta. Nos termos da então vigente NBC T 11, o 
auditor independente deve considerar em seu parecer os efeitos decorrentes 
de transações e eventos subsequentes relevantes ao exame das 
Demonstrações Contábeis, mencionando-os como ressalva ou em parágrafo de 
ênfase, quando não-ajustadas ou reveladas adequadamente. 
 
 A afirmaçãoIV está correta. A desapropriação de bens da companhia 
pelo Poder Público é considerada um evento subsequente relevante que deve 
ser objeto de divulgação em nota explicativa. 
 
 Portanto, a alternativa correta é a E. 
 
13) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) As seguintes opções constituem 
exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto: 
a) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. 
b) alteração do controle societário. 
c) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital. 
d) variação sazonal dos custos com insumos. 
e) destruição de estoques em decorrência de sinistro. 
 
SOLUÇÃO: Na questão em comento, verifica-se que a alternativa “a” refere-se 
a um evento subsequente que requer ajuste nas demonstrações contábeis, 
pois se a falência ocorreu logo após a data das demonstrações, a condição 
falimentar já existia e, mesmo que o fato seja conhecido depois, obriga a 
empresa a reconhecer os efeitos dessa falência no balanço. 
 
As alternativas “b”, “c” e “e” referem-se a eventos relevantes que não 
dizem respeito às demonstrações contábeis que estão sendo examinadas, mas 
compreendem assuntos importantíssimos que devem ser divulgados em notas 
AUDITORIA PARA AFRFB (EXERCÍCIOS COMENTADOS) 
12 
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explicativas para que os usuários das demonstrações possam tomar decisões 
acertadas com base nas demonstrações. 
 
A única alternativa que não corresponde a um evento subsequente e 
constitui o gabarito da questão é a “d”. A variação sazonal dos custos com 
insumos é um aspecto normal, que não requer divulgação e tampouco ajuste. 
 
14) (Auditor/Pref. Jaboatão dos Guararapes/FCC/2006) NÃO se 
caracterizam como eventos subsequentes, aqueles ocorridos 
(A) entre a data do término do exercício social e a data da emissão do 
parecer. 
(B) após o término do trabalho de campo, com a emissão do parecer, e 
a data da divulgação das demonstrações contábeis. 
(C) durante o exercício social, mas contabilizados após o término do 
exercício social, como ajuste das demonstrações contábeis. 
(D) após a publicação das demonstrações contábeis pela empresa 
auditada. 
(E) após a emissão do parecer pela firma de auditoria, antes da 
publicação das demonstrações contábeis. 
 
SOLUÇÃO: Segundo a NBC TA 560, para efeito da auditoria, eventos 
subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis 
e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao 
conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório. 
 
Analisando os itens da questão, verifica-se que as letras A, B, D e E 
correspondem a eventos subsequentes ocorridos e que devem ser identificados 
pelo auditor (letra A) ou levados em consideração pelo auditor, quando 
chegarem ao seu conhecimento (letras B, D e E). 
 
 O gabarito da questão é a letra C, pois os eventos ocorreram durante 
o exercício social auditado e foram contabilizados após o término do 
exercício social, como ajuste das demonstrações contábeis. Portanto, as 
demonstrações foram ajustadas e estão refletindo adequadamente esses fatos, 
o que não enseja medida alguma por parte do auditor, ou seja, não constituem 
eventos subsequentes. 
 
15) (AUDITOR/TCM/PA/FGV/2008) O período compreendido entre o 
término do exercício social e a emissão do parecer é denominado 
período subsequente, e o auditor de considerá-lo parte normal da 
auditoria, consoante a Resolução CFC 839. Isto ocorre porque, 
dependendo da natureza e da materialidade dos eventos, ajustes 
contábeis nas demonstrações contábeis podem ser requeridos. Como 
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exemplo disso, é possível citar perdas significativas em contas a 
receber e sentenças judiciais. As condições para contabilização e 
divulgação dos eventos subsequentes são regulamentadas por meio da 
Resolução CFC 1088. 
Especificamente em relação aos eventos e transações ocorridos após a 
divulgação das demonstrações contábeis, o CFC dispõe o seguinte, na 
NBCT 11-IT 04: 
A) o auditor tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre as 
demonstrações contábeis. 
B) ao tomar conhecimento, após a divulgação das demonstrações 
contábeis, de fato anterior à data de seu parecer que, se fosse 
conhecido, poderia tê-lo levado a emitir documento com conteúdo 
diverso do que foi, deverá decidir se as demonstrações contábeis 
precisarão de revisão. 
C) o auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”. 
D) o parecer a ser emitido deverá estar obrigatoriamente enquadrado 
na modalidade “sem ressalvas”. 
E) quando a administração alterar as demonstrações contábeis 
divulgadas, o auditor deve ignorar essas alterações, uma vez que já 
concluiu seu parecer sobre elas. 
 
SOLUÇÃO: Cabe ressaltar inicialmente que a Banca utilizou como referência 
para solução da questão a NBC T 11 – IT 04, que, na época, estava revogada 
pela Resolução CFC nº 1.040/05, quando aprovou a NBC T 11.16 – Transações 
e Eventos Subsequentes. 
 
 Segundo a norma citada, após a divulgação das demonstrações 
contábeis, o auditor não tem responsabilidade de fazer qualquer indagação 
sobre essas demonstrações. 
 
 Contudo, se após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor 
tomar conhecimento de fato anterior à data do seu parecer - e que, se fosse 
conhecido naquela data, poderia tê-lo levado a emitir o documento com 
conteúdo diverso do que foi -, ele deve decidir se as demonstrações contábeis 
precisam de revisão, discutir o assunto com a administração e tomar as 
medidas apropriadas às circunstâncias. 
 
 Quando a administração não tomar as medidas necessárias para 
assegurar que qualquer pessoa que tenha recebido as demonstrações 
contábeis anteriormente divulgadas, juntamente com o correspondente 
parecer do auditor, seja informada da situação e, quando a administração não 
alterar as demonstrações contábeis nas circunstâncias em que o auditor 
considera necessária sua alteração, ele deve informar à administração que 
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poderá tomar medidas para impedir que seu parecer seja utilizado por 
terceiros, resguardando, assim, seus direitos e obrigações legais. 
 
 Portanto, a alternativa que satisfaz o enunciado da questão é a “B”. Em 
que pese o auditor não ser obrigado a aplicar procedimentos nesse sentido 
após a emissão de seu parecer, caso ele tome conhecimento, de fato anterior à 
data de seu parecer que, se fosse conhecido, poderia tê-lo levado a emitir 
documento com conteúdo diverso do que foi, deverá, em uma primeira 
medida, decidir se as demonstrações contábeis precisarão de revisão. 
 
16) (ANALISTA/TRE/SE/FCC/2007) O auditor da Empresa Confim S.A. 
toma conhecimento de fato relevante em que a empresa perdeu seu 
principal cliente após o encerramento das demonstrações contábeis e 
emissão de seu parecer. Neste caso, o auditor deve 
(A) considerar o fato em seu parecer por meio de parágrafo de ênfase 
ou ressalva, quando não ajustadas ou reveladas pela empresa. 
(B) exigir que a empresa faça carta aberta ao mercado relatando os 
fatos, mantendo seu parecer por já ter encerrado os trabalhos. 
(C) manter o seu parecer, tendo em vista o fato ter ocorrido após o 
encerramento dos seus trabalhos e a respectiva emissão do parecer. 
(D) sempre emitir parecer adverso após o conhecimento dos fatos, 
cancelando o parecer anterior. 
(E) acordar com a empresa para que o fato relevante não seja 
divulgado ao mercado, mantendo a divulgação das demonstrações 
contábeis na forma anterior. 
 
SOLUÇÃO: Após a data do relatório ou parecer, o auditor não tem 
responsabilidade de fazer qualquer indagação sobre essas demonstrações. 
Todavia, se tomar conhecimento de eventoapós a data de emissão de seu 
parecer que possa afetar de maneira relevante as Demonstrações Contábeis, 
ele deve decidir se elas devem ser ajustadas, discutir o assunto com a 
administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias. 
 
Portanto, o mais correto seria uma alternativa que apontasse essas 
medidas. Todavia, o examinador aponta diretamente para as medidas a serem 
adotadas em termos de parecer ou relatório do auditor. Nesse sentido, a regra 
geral é a de que o auditor independente considere em seu parecer os efeitos 
decorrentes de transações e eventos subsequentes relevantes ao exame das 
Demonstrações Contábeis, mencionando-os como ressalva ou em parágrafo de 
ênfase, quando não-ajustadas ou reveladas adequadamente. Assim, verifica-se 
que a alternativa correta é a “A”. 
 
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As demais alternativas apresentam medidas e procedimentos 
inadequados e não previstos na norma, sendo que alguns são bem absurdos, 
como o que se aponta nas letras “B” e “E”. 
 
Quanto ao parágrafo de ênfase, cabe alertar que esse é cabível também 
quando o auditor emite um novo parecer, com referência à nota explicativa 
que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações 
contábeis emitidas anteriormente. Portanto, mesmo que a empresa auditada 
resolva divulgar adequadamente o evento relevante, o auditor enfatiza em seu 
relatório/parecer o evento e os seus efeitos nas DC. 
 
17) (TCE/AM/FCC/2008) A empresa Contesta S.A., após o 
encerramento do balanço e a conclusão da elaboração das 
demonstrações contábeis, foi informada pelos seus advogados que 
uma causa tributária, questionando a cobrança da COFINS, havia sido 
julgada improcedente em sua totalidade. Esta causa representa um 
ajuste relevante nas provisões constituídas, que não havia 
considerado a possibilidade de perda. A divulgação das demonstrações 
demorou mais de um mês, em virtude do atraso de sua Assembleia 
Geral. Desta forma, a administração deve 
(A) atualizar as demonstrações contábeis para que reflitam a posição 
adequada reconhecendo o evento. 
(B) determinar a inclusão de nota explicativa apresentando nas 
demonstrações contábeis os efeitos do evento. 
(C) desconsiderar toda a provisão efetuada e contratar novo consultor 
jurídico para fornecer parecer sobre as causas e os processos. 
(D) estabelecer que a auditoria complemente os trabalhos e ressalve o 
parecer. 
(E) manter as demonstrações e publicá-las, por já ter ocorrido a 
autorização para a conclusão da elaboração das demonstrações 
contábeis. 
 
SOLUÇÃO: A questão refere-se à existência de uma contingência passiva não 
registrada em função de um litígio envolvendo questão tributária. Como o 
evento subsequente foi conhecido pela administração e refere-se a uma 
condição que já existia na data das demonstrações contábeis (31 de 
dezembro), com impacto relevante nas demonstrações, estas devem ser 
ajustadas (deve-se refazer o Balanço). Portanto, a alternativa correta é a “A”. 
 
 Caso a administração se recusasse a ajustar as demonstrações, caberia 
ao auditor emitir opinião com ressalva ou adversa. 
 
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18) (Analista Técnico/SUSEP/ESAF/2006) O auditor ao identificar 
eventos subsequentes deve considerar 
a) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis. 
b) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e 
no parecer de auditoria. 
c) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou 
a divulgação de informações nas notas explicativas. 
d) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos 
trabalhos de auditoria. 
e) exclusivamente, ajustes que modifiquem o parecer de auditoria. 
 
SOLUÇÃO: Ao identificar eventos subsequentes, o auditor deve considerar 
eventos que demandem ajustes nas demonstrações contábeis (correção de 
balanço) e/ou a divulgação de informações em notas explicativas. Alguns 
eventos subsequentes podem ser objeto apenas de divulgação, pois não se 
referem ao exercício auditado ou a condições que existiam na data das 
demonstrações. Pelo exposto, a alternativa “c” é a correta. 
 
19) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Grandes Negócios S.A. adquiriu a 
principal concorrente, após o encerramento do balanço e a emissão do 
parecer pelos auditores. No entanto, a empresa ainda não havia 
publicado suas demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma 
de auditoria deve: 
a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento 
aos trabalhos. 
b) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante. 
c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas 
explicativas. 
d) refazer o parecer considerando as novas informações, 
determinando nova data para publicação das demonstrações 
contábeis. 
e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o 
assunto com a administração e tomar as medidas apropriadas às 
circunstâncias. 
 
SOLUÇÃO: Essa questão poderia levar o candidato a escolher a opção “c”, pois 
a compra da empresa é um evento subsequente que requer divulgação em 
nota explicativa. Contudo, o auditor não estabelece, determina ou obriga a 
administração. Por outro lado, a norma define como primeira medida por parte 
do auditor, quando ele já emitiu o parecer e toma conhecimento de evento 
subsequente relevante por terceiro, que ele decida se as demonstrações 
devem ser ajustadas, discuta o assunto com a administração e tome as 
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medidas apropriadas às circunstâncias. Portanto, a alternativa mais correta é a 
“e”. 
 
20) Quanto às obrigações do auditor perante eventos subsequentes, é 
incorreto afirmar que 
A) o auditor não tem responsabilidade em fazer indagações sobre 
eventos subsequentes entre a data de conclusão do trabalho de campo 
e a efetiva emissão do relatório de auditoria. 
B) o auditor deve discutir com a administração a possibilidade de 
alteração das demonstrações contábeis, quando toma conhecimento 
de evento subsequente relevante após a data da divulgação das 
demonstrações contábeis. 
C) o chamado período subsequente é aquele que vai da data do 
balanço até a data de divulgação das demonstrações contábeis. 
D) se eventos subsequentes não forem contabilizados ou 
adequadamente divulgados em notas explicativas, o auditor não 
poderá emitir opinião sem ressalva. 
E) dentre os procedimentos de auditoria para obter evidências sobre 
eventos subsequentes inclui-se a obtenção de uma representação 
formal do cliente de que todos os eventos subsequentes que, segundo 
a estrutura de relatório financeiro aplicável, requerem ajuste ou 
divulgação, foram ajustados ou divulgados. 
 
SOLUÇÃO: A alternativa A está correta. Conforme ensinam Boynton e outros, 
geralmente existe um intervalo de uma a três semanas entre a conclusão do 
trabalho de campo e a emissão do relatório de auditoria. O auditor não tem 
responsabilidade em indagar a administração ou aplicar procedimentos de 
auditoria durante esse período, para descobrir eventos subsequentes 
relevantes. Contudo, se algum evento subsequente relevante chegar a seu 
conhecimento, ele deve considerar se tal evento deve ser revelado em nota 
explicativa ou se é necessário que as demonstrações contábeis sejam 
ajustadas. 
 
A alternativa B está correta. Após a divulgação das demonstrações 
contábeis, o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum 
procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis. 
 
Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o 
auditor independente tomar conhecimento de fato que, se fossedo seu 
conhecimento na data do relatório do auditor independente, poderia tê-lo 
levado a alterar seu relatório, o auditor independente deve: 
 
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a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com 
os responsáveis pela governança; 
 
b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, 
caso afirmativo; 
 
c) indagar como a administração pretende tratar do assunto nas 
demonstrações contábeis. 
 
A alternativa C está incorreta e constitui o gabarito da questão. Período 
subsequente é aquele em que o auditor possui responsabilidade por revelar 
eventos subsequentes e vai da data do balanço até a data do relatório de 
auditoria. 
 
A alternativa D está correta. Em virtude de evento subsequente 
relevante, se a administração não alterar as demonstrações contábeis nas 
circunstâncias em que o auditor considerar necessário, e o relatório do auditor 
independente ainda não tiver sido fornecido à entidade, o auditor independente 
deve modificá-lo, conforme exigido pela NBC TA 705 – Modificações na Opinião 
do Auditor Independente, e depois fornecê-lo. 
 
Por fim, a alternativa E também está correta. O auditor independente 
deve solicitar à administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela 
governança, uma representação formal de que todos os eventos subsequentes 
à data das demonstrações contábeis e que, segundo a estrutura de relatório 
financeiro aplicável, requerem ajuste ou divulgação, foram ajustados ou 
divulgados. 
 
21) (Analista/TSE/CONSULPLAN/2011) Um auditor planeja entregar 
seu parecer sem ressalvas em relação à auditoria de 2010 de uma 
empresa, em 20 de janeiro de 2011. No dia 15 de janeiro de 2011, ele 
recebe a informação de que o principal cliente da empresa auditada, 
responsável por 80% de suas vendas, e que já estava em má situação 
em 2010, pediu concordata. Considerando que não há risco de 
descontinuidade da empresa, o auditor deve 
(A) determinar um ajuste na conta perdas estimadas para créditos de 
liquidação duvidosa no balanço patrimonial de 2010. 
(B) determinar um ajuste na conta perdas estimadas para créditos de 
liquidação duvidosa no balanço patrimonial de 2011. 
(C) incluir no parecer de 2010, um parágrafo de ênfase destacando a 
nova informação e suas consequências. 
(D) incluir no parecer de 2010, uma ressalva sobre a ocorrência. 
 
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SOLUÇÃO: O enunciado afirma que está sendo realizada uma auditoria nas 
demonstrações contábeis de 2010 e, no início de 2011 e antes do 
encerramento dos trabalhos de campo, o auditor toma conhecimento de que o 
principal cliente da empresa auditada, responsável por 80% de suas vendas, e 
que já estava em má situação em 2010, pediu concordata. 
 
 Portanto, a perda do principal cliente da empresa é um evento 
subsequente relevante que requer ajuste nas demonstrações, pois se refere a 
uma condição que potencialmente já existia ao final de 2010. Logo, a empresa 
precisa ajustar o valor contábil da conta a receber, apropriando a perda na 
conta créditos de liquidação duvidosa no balanço de 2010. O gabarito é a letra 
A. 
 
 Vale notar que o enunciado da questão deixa claro que, apesar da perda, 
não há risco de descontinuidade da empresa. Caso houvesse risco de 
descontinuidade, a empresa deveria refazer o balanço com todos os ativos 
reconhecidos ao valor líquido de realização, bem como deveriam ser 
provisionados todos os gastos relativos à desativação da empresa, e não 
apenas o ajuste na conta devedores duvidosos no Balanço Patrimonial. 
 
RELATÓRIO DE AUDITORIA. TIPOS, ESTRUTURA, ELEMENTOS 
 
22) (ACE/TCE/TO/CESPE/2009) O relatório em forma longa 
normalmente inclui detalhes de itens das demonstrações, dados 
estatísticos, comentários explicativos e, às vezes, uma descrição da 
extensão do exame do auditor. Pode coexistir com o relatório em 
forma breve. Nesse caso, 
A) o relatório em forma breve não pode omitir informações 
consideradas relevantes contidas no relatório em forma longa. 
B) os dois relatórios devem conter o mesmo tipo de informação, 
diferindo apenas no detalhamento. 
C) o relatório em forma longa deve incluir informações que constituam 
ressalvas. 
D) recomendações e sugestões constam apenas do relatório em forma 
longa. 
E) providências que devam ser adotadas, em caso de irregularidades, 
só devem constar do relatório em forma breve. 
 
SOLUÇÃO: O auditor independente, quando realiza a auditoria das 
demonstrações contábeis, emite obrigatoriamente um relatório curto ou 
parecer de auditoria, mas pode também elaborar um relatório em forma longa 
ou carta-comentário sobre os controles internos. 
 
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 Franco e Marra apresentam as seguintes observações caso sejam 
emitidos dois relatórios, um em forma curta e outro em forma longa: 
 
� o auditor deve certificar-se de que o relatório em forma longa não 
contenha informações adicionais que, por sua ausência no relatório 
em forma breve, indicasse ser este deficiente; 
 
� nenhum dos comentários do relatório em forma longa deve prestar-se 
a ser interpretado como ressalva; 
 
� o auditor deve decidir se os outros dados do relatório em forma longa 
estão apresentados de maneira que possam ser interpretados como 
opinião sobre as demonstrações contábeis e não apenas como 
exposição de fatos. 
 
A alternativa “A” é a correta. O relatório em forma breve não pode omitir 
informações consideradas relevantes contidas no relatório em forma longa, 
pois essa omissão significaria ser aquele deficiente. 
 
Cabe alertar que a alternativa “D” pode ter causado certa confusão nos 
candidatos, pois como Franco e Marra consideram que o relatório curto seria o 
parecer, então, estaria correto afirmar que recomendações e sugestões 
constam apenas do relatório em forma longa. 
 
Todavia, Sergio Jund, ao classificar os relatórios quanto à extensão em 
sintéticos e analíticos, caracteriza o relatório de forma curta como um relatório 
sintético que não contém todos os tópicos recomendados para o relatório 
formal do auditor, mas apenas alguns, como por exemplo: introdução, síntese 
dos assuntos tratados e recomendações apresentadas, conclusões e opinião. 
 
23) (TCE/TO/CESPE/2009) O parecer dos auditores independentes é o 
documento mediante o qual os mesmos expressam sua opinião acerca 
das demonstrações contábeis nele indicadas. Acerca desse assunto, 
assinale a opção correta. 
A) Por meio do parecer, o auditor assume responsabilidade de ordem 
privada, de natureza estritamente contratual. 
B) O parecer deve ser assinado por contador ou técnico de 
contabilidade regularmente registrado em CRC. 
C) A data do parecer deve corresponder a das demonstrações que 
tenham sido auditadas. 
D) O auditor, mesmo abstendo-se de emitir opinião a respeito das 
demonstrações, é responsável por mencionar qualquer desvio 
relevante que possa influenciar a decisão do usuário das informações. 
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E) Em caso de incerteza acerca de fato relevante, o auditor deve 
abster-se de opinar, desde que haja nota explicativa da administração 
relacionada ao fato. 
 
SOLUÇÃO: A alternativa “A” está incorreta, pois além da responsabilidade de 
ordem privada e contratual, o auditor assume também uma responsabilidade 
profissional e coletiva. Cabe lembrar que existem muitos usuários interessados 
no relatório do auditor. 
 
 A alternativa “B” está incorreta, pois somente o contador com registrono 
CRC pode assinar o relatório. 
 
 A alternativa “C” está incorreta, pois, segundo a então vigente NBC T 11, 
a data do parecer deve corresponder ao dia de encerramento dos trabalhos de 
campo. Lembro que as normas atualmente em vigor estabelecem que o 
relatório do auditor não pode ter data anterior aquela em que o auditor obteve 
evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
 
 A alternativa “D” está correta, pois a abstenção de opinião não elimina a 
responsabilidade do auditor de mencionar qualquer desvio relevante que 
normalmente seria incluído como ressalva no seu relatório e que, portanto, 
possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. O gabarito é a 
letra D. 
 
 A alternativa “E” está incorreta, pois a abstenção de opinião não está 
relacionada à divulgação do fato em Nota Explicativa da Administração. Diante 
de uma incerteza relevante, cujos fatos estejam devidamente divulgados em 
Notas Explicativas, o auditor pode deixar de incluir ressalva em seu relatório, 
optando por um parágrafo de ênfase. A abstenção de opinião ocorre se o 
auditor não conseguir reunir evidências suficientes para fundamentar sua 
opinião e, nesse caso, independe se os fatos estejam devidamente divulgados 
em Notas Explicativas. 
 
24) (ICMS/SP/FCC/2009) O auditor externo, ao se deparar com algum 
passivo que represente para a empresa uma incerteza relevante, deve 
emitir parecer 
(A) com ressalva e limitação de escopo do trabalho. 
(B) sem ressalva e com limitação de escopo do trabalho. 
(C) adverso, evidenciando a incerteza constatada. 
(D) sem ressalva e com parágrafo adicional de ênfase. 
(E) com negativa de opinião e limitação de escopo. 
 
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SOLUÇÃO: Conforme os ensinamentos de Franco e Marra, incertezas são 
ocorrências que podem influenciar as demonstrações contábeis ou as 
revelações nelas contidas, mas que não se prestam a estimativas razoáveis. 
Podem estar relacionadas a fatos específicos, cujos possíveis efeitos podem ser 
isolados, ou a fatos complexos, com impacto, nas demonstrações contábeis, 
difícil de avaliar. 
 
Muitos candidatos confundem incerteza relevante com uma distorção 
relevante, concluindo que a opinião do auditor, nesse caso, seria com ressalva 
ou até mesmo com abstenção de opinião. Não é verdade. Se o enunciado 
mencionar apenas incerteza relevante ou de possível efeito relevante, o 
relatório a ser emitido pelo auditor deve acrescentar um parágrafo de ênfase 
ao final, fazendo referência à nota explicativa da administração, que deve 
descrever de forma mais extensa, a natureza e, quando possível, o efeito da 
incerteza. Nesse caso, o relatório permanece na condição sem ressalva. A letra 
D é a correta. 
 
25) Dadas as situações a seguir, identifique, na respectiva ordem, 
quais os tipos de opinião do auditor mais adequados a cada situação: 
I - O auditor constatou que a empresa Alpha S.A somente faturava 
parte de suas mercadorias vendidas e que boa parte das mercadorias 
compradas entravam sem documentação hábil. 
II - O auditor constatou que a empresa Beta S.A não estava 
reconhecendo os juros e as variações monetárias de seus contratos de 
financiamento junto ao Banco Empresa Tudo S.A, efetuando a 
contabilização somente no pagamento do empréstimo. 
III - O auditor, ao executar os trabalhos na empresa Gama S.A 
encontrou divergências no cálculo da provisão para contigências 
trabalhistas. Ao analisar a relevância dos números, percebeu que os 
mesmos não afetavam as demonstrações contábeis. 
IV - O auditor, ao avaliar as demonstrações financeiras da empresa 
Omega S.A, não conseguiu compor o saldo das contas de 
financiamento concedidos, nem das contas de investimentos. 
A) com ressalva, adversa, abstenção de opinião e sem ressalva. 
B) adversa, abstenção de opinião, sem ressalva e com ressalva. 
C) adversa, com ressalva, sem ressalva e abstenção de opinião. 
D) abstenção de opinião, sem ressalva, com ressalva e adversa. 
E) com ressalva, com ressalva, sem ressalva e adversa. 
 
SOLUÇÃO: Vamos analisar cada afirmativa da questão: 
 
Item I - O auditor constatou que a empresa Alpha S.A somente faturava 
parte de suas mercadorias vendidas e que boa parte das mercadorias 
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compradas entravam sem documentação hábil. Assim, o enunciado dá a 
entender que a irregularidade correspondia a um ato fraudulento e a afirmação 
de que não havia documentação hábil para boa parte das mercadorias 
compradas pela empresa é forte e, obviamente, com impacto relevante e 
extenso nas demonstrações, razão pela qual, o parecer do auditor mais 
adequado ao caso seria o adverso. 
 
Item II - O auditor constatou que a empresa Beta S.A não estava 
reconhecendo os juros e as variações monetárias de seus contratos de 
financiamento junto ao Banco Empresa Tudo S.A, efetuando a contabilização 
somente no pagamento do empréstimo. Perceba que a empresa está 
descumprindo o princípio contábil da competência, deixando de reconhecer as 
despesas com juros e encargos financeiros no momento de sua ocorrência. 
Portanto, o parecer do auditor poderia ser com ressalva ou adverso, 
dependendo da extensão e impacto nas demonstrações contábeis. Como a 
irregularidade ocorre apenas nas contas a pagar, a opinião mais adequada é 
com ressalva. 
 
Item III - O auditor, ao executar os trabalhos na empresa Gama S.A 
encontrou divergências no cálculo da provisão para contingências trabalhistas. 
Ao analisar a relevância dos números, percebeu que os mesmos não afetavam 
as demonstrações contábeis. Considerando que as divergências encontradas 
pelo auditor não afetavam as demonstrações, ou seja, estavam compatíveis 
com o nível de relevância estabelecido e, portanto, não distorciam 
significativamente as demonstrações a ponto de prejudicar os usuários, o 
parecer deveria ser sem ressalva. 
 
Item IV - O auditor, ao avaliar as demonstrações financeiras da empresa 
Omega S.A, não conseguiu compor o saldo das contas de financiamento 
concedidos, nem das contas de investimentos. Portanto, significa que o 
auditor, em função de uma limitação em seus procedimentos, não conseguiu 
coletar evidências sobre o saldo das contas de financiamento e de 
investimentos. Em função da relevância desta restrição e de sua extensão, o 
parecer seria com abstenção de opinião. 
 
Assim, a única alternativa que expressa corretamente os possíveis tipos 
de opinião/parecer em função das circunstâncias informadas nos itens da 
questão é a letra “C”. 
 
26) Sobre as normas relativas ao relatório do auditor independente, 
podemos afirmar: 
A) a data do relatório não pode ser posterior ao dia em que o auditor 
obteve evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
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B) a discordância com a administração da entidade a respeito do 
conteúdo e forma de apresentação das demonstrações contábeis deve 
conduzir à opinião com ressalva ou à abstenção de opinião, com os 
esclarecimentos que permitam a correta interpretação dessas 
demonstrações. 
C) a limitação na extensão do trabalho deve conduzir à opinião com 
ressalva ou adversa. 
D) o auditor deve expressar opinião adversa quando verificar que as 
demonstrações contábeis estão corretas, em tal magnitude, que 
impossibilite uma opinião com ressalva. 
E) a opinião sem ressalva indica que o auditor está convencido de que 
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos 
relevantes, consoante a estrutura de relatório financeiro aplicável. 
 
SOLUÇÃO: Na letra A, o correto seria: a data do relatório do auditor não pode 
ser anterior à data que oauditor obteve evidência de auditoria suficiente e 
apropriada. 
 
 Na letra B, a discordância com a administração da entidade a respeito do 
conteúdo e forma de apresentação das demonstrações contábeis deve conduzir 
à opinião com ressalva ou adversa. 
 
 Na letra C, a limitação na extensão deve conduzir à opinião com 
ressalva ou com abstenção de opinião. 
 
 Na letra D, o auditor deve emitir opinião adversa quando verificar que as 
demonstrações contábeis estão incorretas, em tal magnitude, que 
impossibilite a emissão do parecer com ressalva. 
 
 A letra E é a única alternativa correta. A opinião sem ressalva é expressa 
quando o auditor conclui, sobre todos os aspectos relevantes, que as 
demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável e de acordo com as práticas contábeis adotadas 
no Brasil. 
 
27) (Auditor/São Paulo/FCC/2007) Um auditor independente foi 
contratado pela Cia. Metalúrgica ABC, em 10.01.2006, para examinar 
as demonstrações contábeis da sociedade relativas ao exercício findo 
em 31.12.2005. Em virtude do atraso de sua contratação, ele não pôde 
acompanhar o inventário físico dos estoques de matérias-primas, de 
produtos em elaboração e dos produtos acabados da companhia. Essa 
limitação na extensão de seu trabalho, que ele considerou bastante 
relevante, deve conduzir à emissão de um parecer 
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(A) sem ressalva. 
(B) adverso. 
(C) com abstenção de opinião. 
(D) com ressalva. 
(E) com parágrafo de ênfase. 
 
SOLUÇÃO: Considerando a natureza da empresa, ou seja, uma indústria, e, 
portanto, da relevância e materialidade da conta estoques, caso o auditor não 
possa acompanhar o inventário físico dos estoques de matérias-primas, de 
produtos em elaboração e dos produtos acabados da companhia, essa 
limitação na extensão de seu trabalho (que ele considerou bastante relevante) 
deve conduzir à emissão de um relatório com abstenção de opinião. O gabarito 
é a letra C. 
 
Vale notar, no entanto, que as atuais normas do CFC sobre emissão de 
relatório indicam que a opinião pela ressalva ou pela abstenção, em caso de 
limitação ou ausência de evidência, dependerá da generalização da distorção 
para as DC como um todo. Caso essa mesma questão constasse da prova para 
AFRFB que se aproxima, o candidato seria obrigado a optar por um tipo de 
opinião e a mais adequada à situação hipotética colocada no enunciado da 
questão continuaria sendo, a meu ver, o parecer (relatório) com abstenção de 
opinião, dada a relevância e a magnitude da limitação. 
 
28) (ICMS/PB/FCC/2006) O emprego de parágrafo de ênfase no 
parecer para ressaltar uma incerteza quanto ao sucesso da empresa, 
que questiona a inconstitucionalidade de um tributo que afeta 
relevantemente as demonstrações contábeis da empresa auditada, 
leva o auditor a emitir o parecer 
(A) com ressalva e parágrafo de ênfase. 
(B) com limitação de escopo e parágrafo de ênfase. 
(C) sem ressalva e parágrafo de ênfase. 
(D) adverso e parágrafo de ênfase. 
(E) com abstenção de opinião e parágrafo de ênfase. 
 
SOLUÇÃO: Diante de incerteza com possível efeito relevante sobre as DC, o 
auditor deve enfatizar a situação em seu parecer/relatório, com opinião sem 
ressalva, pois não se trata de uma distorção causada por erro ou fraude, mas 
apenas uma dúvida quanto ao deslinde de um litígio. O gabarito é a letra C. 
 
29) (AUDITOR INFRAERO/FCC/2009) De acordo com a Interpretação 
Técnica 5 da NBC T 11, aprovada pelo Conselho Federal de 
Contabilidade pela Resolução 830, de 1998, quando houver limitação 
na extensão do trabalho do auditor, seja ela imposta pela 
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administração da entidade ou circunstancial, o profissional pode ser 
obrigado a emitir um parecer 
(A) com ressalva ou abstenção de opinião, dependendo da extensão da 
limitação. 
(B) adverso, qualquer que seja a extensão da limitação. 
(C) sem ressalva, mas com um parágrafo intermediário indicando 
como a limitação pode ter distorcido as demonstrações contábeis da 
entidade auditada. 
(D) sem ressalva, desde que baseado nas informações do auditor 
interno, que lhe afirma que a limitação não terá efeito relevante nas 
demonstrações contábeis. 
(E) com abstenção de opinião, mesmo que a limitação tenha ocorrido 
em item das demonstrações contábeis de pouca relevância. 
 
SOLUÇÃO: De acordo com a norma de auditoria, quando houver limitação na 
extensão do trabalho do auditor, seja ela imposta pela administração da 
entidade ou circunstancial, o profissional pode ser obrigado a emitir uma 
opinião com ressalva ou com abstenção de opinião, dependendo da extensão 
da limitação. A alternativa A é a correta. 
 
30) (AUDITOR/Jaboatão dos Guararapes/FCC/2006) Ao auditar as 
demonstrações contábeis de uma empresa, o auditor constata que o 
saldo da conta outros créditos, no ativo circulante, representa mais de 
10% do total deste grupo. Ao discutir o ponto relevante com a 
administração da empresa, seus diretores afirmam que é prática da 
empresa divulgar desta forma e que não realizará as modificações 
solicitadas pela auditoria. Desta forma a auditoria deverá 
(A) recusar-se a emitir parecer pois evidencia uma limitação de 
escopo. 
(B) emitir parecer sem ressalva, pois não passa de uma formalidade. 
(C) emitir parecer com negativa de opinião, por não conseguir concluir 
seus trabalhos. 
(D) emitir parecer adverso por evidenciar que as demonstrações 
contábeis não representam a situação econômico-financeira da 
empresa. 
(E) emitir parecer com ressalva, por haver discordância com a 
administração da entidade a respeito de conteúdo e forma de 
apresentação. 
 
SOLUÇÃO: Repare que se trata de uma discordância do auditor em relação a 
uma prática contábil e a respeito de conteúdo e forma de apresentação da 
demonstração contábil. Como a administração se recusou a proceder aos 
ajustes e correções, restaria ao auditor modificar a sua opinião, emitindo 
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opinião com ressalva ou adversa. Contudo, como a distorção é específica, em 
um grupo das demonstrações contábeis, a opinião deveria ser com ressalva. O 
gabarito é a letra E. 
 
31) (AFRFB/ESAF/2009) Na emissão de parecer com abstenção de 
opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade, pode-se 
afirmar que: 
a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer parecer 
devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão 
dos trabalhos. 
b) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar, no 
parecer, qualquer desvio, independente da relevância ou 
materialidade, que possa influenciar a decisão do usuário dessas 
demonstrações. 
c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer 
aspecto das demonstrações. 
d) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no 
parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do 
usuário dessas demonstrações. 
e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, 
qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário 
dessas demonstrações. 
 
SOLUÇÃO: A abstenção de opinião é adequada quando o auditor não teve 
condições de reunir evidências suficientes para permitir-lhe formar uma 
opinião sobre as demonstrações contábeis objeto de seu exame. Em outras 
palavras, o relatório com abstenção de opinião por limitação na extensão é 
emitido quando houver limitação significativa na extensão do exame que 
impossibilite o auditor de formar opinião sobre as demonstrações contábeis, 
por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la,ou pela 
existência de múltiplas e complexas incertezas que afetem um número 
significativo de rubricas das demonstrações contábeis. 
 
Porém, atenção: Quando o auditor aplica os exames, com alcance 
suficiente para detectar irregularidades ou desvios relevantes em relação às 
normas e princípios contábeis ele deve expressar uma opinião adversa e não 
com abstenção de opinião. 
 
 A abstenção de opinião em relação às demonstrações contábeis tomadas 
em conjunto não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no 
relatório, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do 
usuário dessas demonstrações. A alternativa correta é a “d”. 
 
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32) (Defensoria Pública/SP/FCC/2009) O auditor externo que estava 
realizando o processo de auditoria na empresa Erfra S.A., constatou 
um desvio no processo de pagamento de funcionários. Funcionários 
demitidos continuavam na folha de pagamentos com contas bancárias 
de outras pessoas, para as quais eram efetuados os créditos. Neste 
caso, deve o auditor 
(A) relatar em seus papéis de trabalho, informando a administração no 
encerramento do processo de auditoria e dependendo da relevância do 
desvio emitir parecer com ressalva ou adverso. 
(B) suspender os trabalhos por tratar-se de ponto de auditoria que 
limita a conclusão dos trabalhos, impedindo que o auditor externo 
possa emitir parecer ou opinião. 
(C) comunicar a administração da entidade e sugerir medidas 
corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso 
elas não sejam adotadas. 
(D) informar os responsáveis pela área para avaliação e verificação do 
processo, de forma a identificar os responsáveis pelo desvio, que 
deverão constar dos papéis de trabalho, sendo providenciado os 
procedimentos legais. 
(E) encerrar os trabalhos, emitindo parecer com abstenção de opinião 
fundamentada no desvio, incluindo parágrafo no parecer identificando 
os desvios e o montante estimado. 
 
SOLUÇÃO: A situação constatada pelo auditor caracteriza uma fraude, 
obrigando o auditor, imediatamente, comunicar à administração da entidade e 
informar sobre os possíveis efeitos no seu relatório, caso não sejam adotadas 
as medidas corretivas. O gabarito é a letra C. 
 
Anoto que, à luz das atuais normas, o gabarito continuaria sendo a letra 
C, ressaltando, no entanto, que as NBC TAs exigem apenas que o auditor dê 
conhecimento das distorções à administração da entidade auditada e, em 
alguns casos, aos responsáveis pela governança, não mais constando, 
expressamente, a obrigação de sugerir ou recomendar medidas corretivas. 
 
33) (TCE/AM/FCC/2009) A empresa de Auditoria Garantia solicitou a 
seu cliente que realizasse, com seu consultor jurídico, a circularização 
de seus processos e litígios em andamento. O auditor, não se sentindo 
seguro em relação à posição por este apresentada, recomendou à 
empresa uma segunda opinião de consultor jurídico independente, o 
qual se recusou a emitir opinião. Desta forma, o auditor deve 
(A) expedir o parecer sem ressalva respaldando-se na posição do 
primeiro consultor jurídico. 
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(B) emitir o parecer com ressalva porque representa uma limitação na 
extensão da auditoria. 
(C) determinar que sejam evidenciados em notas explicativas os 
reflexos que a demonstração sofreria. 
(D) estabelecer a relevância do fato e, caso não tenha 
representatividade, desconsiderá-lo. 
(E) emitir parecer com abstenção de opinião, independentemente da 
relevância do fato. 
 
SOLUÇÃO: A questão trata dos procedimentos que o Auditor Independente 
deve considerar na realização de um exame, de acordo com as normas de 
auditoria para identificar passivos não-registrados e contingências ativas ou 
passivas relacionados a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias, 
e assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou divulgação nas 
Demonstrações Contábeis examinadas. 
 
De acordo com as normas, o auditor deve enviar carta de circularização 
aos consultores jurídicos encarregados dos processos e litígios em andamento, 
como forma de obter e evidenciar o julgamento desses profissionais acerca do 
grau da probabilidade de um resultado favorável ou desfavorável e do 
montante envolvido. Caso considere necessário, o auditor, baseado nas 
informações obtidas dos consultores jurídicos, tendo em vista eventuais 
incertezas e relevância do assunto, deve solicitar à administração a opinião de 
outro consultor jurídico independente. 
 
 A recusa de um consultor jurídico em fornecer a informação solicitada, 
por meio de circularização ou em reunião ou a ausência de opinião de outro 
consultor jurídico independente nas condições consideradas necessárias é uma 
limitação na extensão da auditoria suficiente para impedir a emissão de uma 
opinião sem ressalvas. 
 
Essa limitação relevante na execução dos procedimentos deve levar o 
auditor a avaliar a necessidade de emitir uma opinião com ressalva relacionada 
a essa limitação ou, ainda, emitir parecer com abstenção de opinião sobre as 
Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto. 
 
Portanto, a única alternativa correta seria a “B”, pois o auditor pode 
emitir o relatório com ressalva em função da limitação na extensão da 
auditoria. 
 
O outro tipo de opinião, no caso, seria com abstenção de opinião. 
Todavia, a alternativa “E” está incorreta, pois a limitação teria que ser 
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relevante e, segundo as atuais normas de auditoria, de possível efeito 
generalizado. 
 
A propósito, lembramos que a relevância (materialidade), além de 
critério de definição dos testes a serem aplicados e da quantidade de evidência 
necessária, é critério fundamental para avaliar os resultados obtidos, os 
impactos sobre os objetivos da auditoria e demonstrações contábeis e, por 
consequência, para definição do tipo de opinião a ser expressa pelo auditor. 
 
34) Assinale a alternativa INCORRETA quanto às normas de relatório e 
opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis. 
A) O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à 
data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente 
para fundamentar a sua opinião sobre as demonstrações contábeis. 
B) Se as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com os 
requisitos de uma estrutura de apresentação adequada não atingem 
uma apresentação adequada, o auditor deve emitir necessariamente 
uma opinião adversa. 
C) Em todos os casos em que não for possível obter segurança 
razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for 
insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários das 
demonstrações contábeis, o auditor deve abster-se de emitir sua 
opinião ou renunciar ao trabalho, quando a renúncia for possível de 
acordo com lei ou regulamentação aplicável. 
D) A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriado 
depende da relevância da distorção e da opinião do auditor sobre a 
disseminação dos efeitos do assunto sobre as demonstrações 
contábeis. 
E) O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando, tendo 
obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as 
distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, porém, 
não generalizadas para as demonstrações contábeis. 
 
SOLUÇÃO: A alternativa incorreta é a B, pois se as demonstrações contábeis 
elaboradas de acordo com os requisitos de uma estrutura de apresentação 
adequada não atingem uma apresentação adequada, o auditor deve discutir o 
assunto com a administração e, dependendo das medidas a serem tomadas,pode emitir opinião sem ressalva, com ressalva ou adversa. 
 
 Quanto ao que dispõe a letra A, vale lembrar que a asseguração razoável 
é alcançada quando o auditor obtém evidência de auditoria suficiente e 
apropriada, portanto, a data de encerramento dos trabalhos e, 
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consequentemente, do relatório do auditor não pode ser anterior à data em 
que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente. 
 
 No que concerne à letra C, como consequência da ausência de segurança 
razoável por parte do auditor e da impossibilidade de uma opinião com 
ressalva, dadas as circunstâncias, o auditor deverá abster-se de expressar 
opinião ou renunciar ao trabalho. Neste último caso – da renúncia – a condição 
é que a renúncia seja possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. 
Caso lei ou norma não permita a renúncia, restaria ao auditor emitir relatório 
com abstenção de opinião. 
 
 Quanto às letras D e E, vale lembrar que a decisão sobre que tipo de 
opinião modificada é apropriado – com ressalva, adversa ou abstenção de 
opinião - depende da relevância da distorção e da opinião do auditor sobre a 
disseminação dos efeitos do assunto sobre as demonstrações contábeis. 
 
 Assim, o auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando, 
tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as 
distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, porém, não 
generalizadas para as demonstrações contábeis. Por exemplo, apesar da 
relevância da distorção, ele afeta apenas uma conta do Balanço Patrimonial. 
Caso as distorções afetassem mais de uma conta ou demonstração, a opinião 
deveria ser adversa. 
 
 OBSERVAÇÃO: A tabela a seguir mostra como a opinião do auditor 
sobre a natureza do assunto que gerou a modificação, e a disseminação de 
forma generalizada dos seus efeitos ou possíveis efeitos sobre as 
demonstrações contábeis, afeta o tipo de opinião a ser expressa. 
 
Natureza do assunto 
que gerou a 
modificação 
 
Julgamento do auditor sobre a disseminação de 
forma generalizada dos efeitos ou possíveis 
efeitos sobre as demonstrações contábeis 
 
Relevante, mas não 
generalizado 
 
Relevante e generalizado 
 
As demonstrações 
contábeis 
apresentam 
distorções relevantes 
 
 
OPINIÃO COM 
RESSALVA 
 
 
OPINIÃO ADVERSA 
 
Impossibilidade de 
obter evidência de 
auditoria apropriada 
 
OPINIÃO COM 
RESSALVA 
 
ABSTENÇÃO DE OPINIÃO 
 
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e suficiente 
 
 
 
35) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa de Transportes S.A. é uma 
empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos 
estabelecidos por agência de fiscalização. A agência estabeleceu 
procedimento para registro das concessões que diverge 
significativamente, do procedimento estabelecido pelo Conselho 
Federal de Contabilidade. Nessa situação, deve o auditor emitir 
parecer: 
a) sem abstenção de opinião. 
b) adverso. 
c) com ressalva. 
d) sem ressalva, mas evidenciando em nota explicativa a divergência. 
e) com abstenção de opinião. 
 
SOLUÇÃO: A ESAF apontou a alternativa “b” como correta em seu gabarito 
preliminar, para depois, quando do gabarito definitivo, alterar o gabarito para 
a letra “c”. Entendo acertada a decisão da banca, pois o procedimento de 
registro contábil adotado pela entidade guardou conformidade com que 
estabeleceu a agência reguladora, que é o caso de entidades de atividade 
regulamentada ou sujeitas à legislação específica. 
 
 A então vigente Interpretação Técnica 05, aprovada pela Resolução CFC 
830/93, definia que o modelo de parecer também é aplicável a essas entidades 
regulamentadas e que os desvios dos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade originados na legislação ou nas normas regulamentares 
específicas devem ser tratados de maneira idêntica à observada nas demais 
entidades, contendo ressalva ou opinião adversa, sempre que relevante. 
 
 Porém, o enunciado é decisivo para saber qual seria o tipo de opinião 
mais adequada à situação hipotética. O fato de a divergência ser significativa 
em relação à norma (princípio) estabelecida pelo CFC só indica que a opinião 
mais adequada seria com ressalva, pois, se a divergência não fosse 
relevante/significativa, o parecer seria sem ressalva. A alternativa correta é a 
“c”. Para que ficasse caracterizado o parecer adverso, haveria necessidade do 
enunciado indicar que, além da divergência ser relevante, o efeito fosse 
generalizado e as demonstrações restassem enganosas e erradas a ponto de 
não ser adequado que o auditor emitisse apenas opinião com ressalva. 
 
36) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) Qual das 
situações abaixo impede que o auditor emita um parecer sem 
ressalva? 
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A) O auditado efetuar os ajustes recomendados pelo auditor. 
B) Chance remota de determinado ativo não ser realizado. 
C) Incapacidade de a entidade auditada continuar suas operações. 
D) Discordância junto à administração quanto a procedimentos 
contábeis de efeitos relevantes nas demonstrações. 
E) Ausência de limitação da extensão do seu trabalho. 
 
SOLUÇÃO: Das alternativas, a única situação que impediria o auditor de emitir 
uma opinião não modificada ou sem ressalva seria a discordância junto à 
administração quanto a procedimentos contábeis de efeitos relevantes nas 
demonstrações. Nesse caso, a opinião poderia ser com ressalva ou adversa. O 
gabarito é a letra D. 
 
 Na letra A, se o auditado efetua os ajustes recomendados pelo auditor, 
não há motivos para que o auditor altere a sua opinião. 
 
Na letra B, a chance remota de determinado ativo não ser realizado 
significa apenas que não se trata de uma contingência ativa, não sendo 
suficiente para caracterizar uma distorção. 
 
Na letra C, a incapacidade de a entidade auditada continuar suas 
operações por si só não caracteriza objeto de ressalva ou opinião adversa, pois 
precisaria que houvesse a indicação se as demonstrações contábeis foram ou 
não ajustadas de forma a refletir essa descontinuidade. 
 
Por fim, na letra E, a ausência de limitação da extensão do trabalho não 
enseja modificação no parecer do auditor. 
 
37) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) Quando 
houver uma limitação no escopo do trabalho do auditor provocado pela 
entidade auditada, o parecer deverá ser emitido na(s) modalidade(s) 
A) adverso ou com abstenção de opinião. 
B) sem ressalvas. 
C) com parágrafo de ênfase. 
D) adverso ou com ressalva. 
E) com ressalva ou com abstenção de opinião. 
 
SOLUÇÃO: Quando houver uma limitação no escopo do trabalho do auditor 
provocado pela entidade auditada, a consequência será a ausência de 
evidência e a emissão de relatório/parecer de auditoria nas modalidades com 
ressalva ou com abstenção de opinião. O gabarito é a letra E. 
 
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38) (Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/FGV/2011) O auditor, 
durante a aplicação dos testes, identificou a existência de fraudes 
envolvendo montante significativo, situação que, se não fosse 
ajustada, demandaria a emissão de parecer adverso. Após reunião com 
os gestores, recebeu as demonstrações contábeis devidamente 
ajustadas, tendo sido acatadas todas as recomendações que havia 
feito. Nesse caso, o parecer a ser emitido é 
A) sem ressalva. 
B) com ressalva ou com parágrafo de ênfase. 
C) adverso ou com ressalva. 
D) com abstenção de opinião ou com ressalva. 
E) com limitação de opinião ou adverso. 
 
SOLUÇÃO:

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