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Direio Eleitoral Aula 01 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Eleitoral 
 Professor: Clever Vasconcelos 
Aula: 01 | Data: 22/04/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
FONTES DO DIREITO ELEITORAL 
1. Fontes Diretas 
2. Fontes Indiretas 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
1. Alistabilidade 
2. Elegibilidade 
 
 
FONTES DO DIREITO ELEITORAL 
 
Direito eleitoral é o ramo do direito público que vem disciplinar o comportamento eleitoral, tanto do eleitor 
quanto do candidato. Inicia com o alistamento eleitoral e vai até a diplomação dos eleitos. O direito eleitoral 
também estuda as ações que visão dar legitimidade aos direitos. 
 
1. Fontes Diretas 
 
1) Constituição Federal 
Especialmente os artigos 14 e 15. 
 
2) Leis Eleitorais 
São de competência privativa da União (art. 22, I da CF). O art. 22, parágrafo único da CF permite que a União 
delegue aos Estados a competência legiferante sobre direito eleitoral. São requisitos para que a União delegue 
sua competência para os Estados: 
 
1º. Requisito formal: É necessária uma Lei Complementar Federal autorizando a delegação da União. 
 
2º. Requisito material: Essa delegação não pode ser genérica, ou seja, deve ser específica. 
 
3º. Requisito implícito (art. 19, III, CF): As unidades federadas não podem criar distinções entre si. 
 
 Medida Provisória não pode disciplinar direito eleitoral (art. 62, I, “a”, CF). 
 
3) Código Eleitoral – CE (Lei 4.737/65) 
 
4) Lei das Inelegibilidade – LI (LC 64/90) 
A Lei das inelegibilidades foi alterada pela LC 135/2010 (Lei da Ficha Limpa). 
 
5) Lei dos Partidos Políticos – LPP (Lei 9.096/95) 
 
6) Lei das Eleições – LE (Lei 9.504/97) 
É a mais importante para nossos estudos. 
 
 
 
 Página 2 de 5 
 
7) Resoluções do TSE 
Essas resoluções tem capacidade normativa, pois o art. 23, IX do CE e o art. 105 da LE permitem que o TSE emita 
dispositivos regulamentadores do direito eleitoral. 
 
Art. 105, LE. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal 
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem 
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta 
Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel 
execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados 
ou representantes dos partidos políticos. 
 
2. Fontes Indiretas 
 
1) Doutrina 
 
2) Jurisprudência 
 
3) Estatutos Partidários (art. 17, §3º, CF) 
Estabelece as normas de fidelidade partidária. 
A Resolução do TSE n.º 22.610 regulamenta a questão da fidelidade partidária. 
 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
 
É o direito subjetivo do nacional de participar dos negócios eleitorais do seu país, podendo escolher o seu 
candidato e, ser escolhido como candidato. 
 
Nacionais são aqueles do art. 12 da CF, ou seja, são os brasileiros natos e os brasileiros naturalizados. Dentro do 
conjunto dos nacionais temos os Cidadãos. A nacionalidade caracteriza um vínculo jurídico com o país. 
 
Cidadãos são os nacionais qualificados, ou seja, são aqueles que possuem direitos políticos. A cidadania 
caracteriza um vínculo político com o país. Todo cidadão é nacional, mas nem todo nacional é cidadão. 
 
Todo brasileiro nato ou naturalizado que perder a nacionalidade, perde junto a cidadania. 
 
 
– Direitos Políticos Positivos 
. Alistabilidade 
. Elegibilidade 
 
– Direitos Políticos Negativos 
. Inelegibilidades 
. Perda ou Suspenção dos Direitos Políticos 
 
 
 
 
 Página 3 de 5 
 
1. Alistabilidade 
É o alistamento eleitoral. A natureza jurídica do alistamento eleitoral é procedimento de jurisdição voluntária, 
pois é realizado pelo judiciário, mas não existe Lide. São alistáveis nos termos do art. 14, §1º da CF: 
 
. Alistamento Obrigatório 
O alistamento e o voto são obrigatórios para: 
- Os maiores de 18 anos 
- Os que tenham 70 anos ou menos 
 
. Alistamento Facultativo 
O voto e o alistamento são facultativos para: 
- Os analfabetos (o analfabeto é inelegível, mas é facultativamente alistável). 
- Maiores de 70 anos 
- Menores de 18 e maiores de 16 anos 
 
. Inalistáveis (art. 14, §2º, CF) 
São os estrangeiros e os conscritos. Conscritos são aqueles que prestam serviço militar obrigatório. Contudo se o 
serviço militar for facultativo a alistabilidade continua. 
 
 Quase-nacional 
É o português equiparado a brasileiro (art. 12, §1º, CF). O português que tenha residência permanente no Brasil e, 
reciprocidade, terá os mesmos direitos do brasileiro naturalizado. 
 
O português poderá votar no Brasil depois de cumprido o período de 3 anos de residência no Brasil e realizar um 
juízo de opção (escolher) entre votar no Brasil ou votar em Portugal (esse é o reconhecimento da reciprocidade). 
Em razão da reciprocidade essa mesma regra se aplica aos brasileiros em relação a Portugal (Tratado da Amizade, 
homologado pelo Dec. 39.27/01). 
 
Índio vota? Índio realiza alistamento? 
Os índios podem votar desde que sejam alfabetizados e emancipados (Resolução TSE 21.538/2003). 
 
O adolescente internado vota? 
O adolescente pode ficar apreendido por até 3 anos. O art. 15, III da CF fala em perda ou suspensão dos direitos 
políticos apenas em condenação por crime com trânsito em julgado, assim a Resolução TSE 23.219/10 determina 
que o adolescente internado possa votar. 
 
 
1) Alistamento Eleitoral Tardio (art. 8º do CE) 
Completado os 18 anos há um prazo de 1 ano para realizar o alistamento eleitoral (dos 18 aos 19 anos). 
 
O brasileiro naturalizado tem o prazo de 1 ano após o reconhecimento da naturalização para realizar o 
alistamento. 
 
Alistamento tardio é o alistamento daquele que tem 19 anos ou mais, ou do brasileiro naturalizado que perdeu o 
prazo do alistamento. 
 
A penalidade pelo alistamento tardio é uma multa que vai de 3% a 10% do salário mínimo. 
 
 
 
 Página 4 de 5 
 
O parágrafo único do art. 8º do CE define a isenção de multa para aquele que realizar o alistamento eleitoral até o 
101º dia anterior ao da próxima eleição (Resolução TSE 21.538/03, art. 15, parágrafo único aumentou o prazo de 
101 dias para 151 dias). 
 
Obs.: Essa isenção se aplica aquele que não se alistou, mas também não houve eleições nesse período. 
 
 
2) Prerrogativas do Alistamento Eleitoral 
 
A. Art. 47, CE: Todas as certidões eleitorais são gratuitas. 
 
B. Art. 48, CE: O trabalhador que comunicar o seu empregador, com 48 horas de antecedência, e for realizar o 
alistamento eleitoral, ou transferência eleitoral, terá 2 dias de folga no trabalho. 
 
c. Art. 49, CE: Garante o alistamento em BRAILE. 
 
 
2. Elegibilidade 
É ter capacidade eleitoral passiva, ou seja, é poder ser votado. 
 
1) Condições de Elegibilidade (art. 14, §3º da CF) 
 
a. Nacionalidade brasileira 
 
b. Pleno exercício dos direitos políticos 
A pessoa não pode ter os direitos políticos suspensos ou perdidos. 
 
São hipóteses de perda ou suspenção dos direitos políticos (art. 15, CF): 
 
I) Cancelamento da naturalização 
Recebe o nome de Perda Punição. 
 
II) Incapacidade civil absoluta 
 
III) Condenação criminal transitada em julgado enquanto durarem os seus efeitos 
- Transação penal (Lei 9.099/95): É uma decisão homologatória e não condenatória por isso não acarreta perda 
ou suspenção dos direitos políticos. 
- Suspenção condicional do processo: Direitos políticos ficam intactos. 
- Suspenção condicional da pena: Enquanto não for extinta a punibilidade há suspenção dos direitos políticos. 
- Livramento Condicional: Tem natureza cautelar, a pena ainda não foi extinta, então temos a suspensão dos 
direitos políticos. 
- Pena de Multa: Tem os direitos políticos suspensos até o trânsito em julgado da sentença que declara extinta 
a punibilidade.Página 5 de 5 
 
IV) Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, no termos do art. 5º, VIII, CF. 
Os direitos políticos ficam suspensos até o cumprimento da obrigação legal ou alternativa. 
 
V) Improbidade administrativa nos ermos do art. 37, §4º, CF e da Lei 8.429/92. 
 
Obs.: O brasileiro nato também pode perder a nacionalidade (tal como quando opta por outra nacionalidade) 
 
C. Alistamento eleitoral 
O eleitor facultativo (menos de 18 anos). Ainda que tenha 17 anos, pode ser candidato a vereador se a posse for 
ocorrer após completar 18 anos. 
 
D. Domicílio eleitoral na circunscrição (art. 9º da LE) 
O domicílio eleitoral deve se aperfeiçoar pelo menos 1 ano antes da eleição, e não do registro da candidatura. 
 
E. Filiação partidária 
Tem que se dar 1 ano antes da eleição (art. 18, LPP). 
 
Próxima aula 
f. Idade mínima

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