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Direio Processo Penal Aula 2 06 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Processual Penal 
 Professor: Guilherme Madeira 
Aula: 06 | Data: 30/03/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
Cautelares Pessoais 
1. Critérios gerais das cautelares 
 
Prisões em Espécie 
1. Prisão em Flagrante 
2. Prisão Temporária 
 
Cautelares Pessoais 
 
1. Critérios gerais das cautelares 
 
Art. 282 e 283 do CPP. 
 
1) Critério de escolha das cautelares: 
 
a) artigo 282, I – necessidade para a aplicação da lei penal para a investigação ou instrução criminal e nos casos 
expressamente previstos em lei para evitar a prática de infrações penais; 
 
b) artigo 282, II – adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do 
indiciado ou acusado; 
 
c) prisão preventiva como última hipótese – artigo 282, §6º. 
 
2) Cumulatividade: artigo 282, §1º - o juiz pode aplicar as cautelares de maneira isolada ou cumulada. O que 
determina será a adequação e necessidade. 
 
3) Atuação do Juiz: artigo 282, §2º: 
 
a) no processo o juiz pode decretar cautelar de ofício; 
 
b) durante o inquérito policial, como regra, não pode decretar cautelar de ofício. 
Exceção: artigo 310 do CPP – preso em flagrante os autos vão para o juiz, o juiz pode: 1) relaxar a prisão em 
flagrante ou; 2) conceder liberdade provisória ou outra cautelar; 3) ou decretar a prisão preventiva. 
 
Para a jurisprudência, este artigo 310 é exceção e o juiz pode decretar de ofício (HC 228.915). 
 
CRIMINAL. HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO. PRISÃO EM 
FLAGRANTECONVERTIDA EM PREVENTIVA. ART. 311 DO CPP. 
NULIDADE DOPROCESSO-CRIME NÃO EVIDENCIADA. REINCIDÊNCIA 
ESPECÍFICA. NECESSIDADEDE GARANTIR A ORDEM PÚBLICA. ORDEM 
DENEGADA. I. Conforme a novel redação do art. 310 do CPP, 
conferida pela Lei 11.430/11, o Magistrado, ao tomar ciência da 
 
 
 
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prisão em flagrante, deverá, de modo fundamentado, relaxar a 
custódia ilegal; conceder liberdade provisória, com ou sem fiança; ou 
decretar a segregação preventiva do agente. II. Mostra-se 
despicienda a existência de representação ministerial ou do agente 
policial para a conversão da custódia em flagrante em preventiva, 
devendo o Juiz, mesmo sem provocação, manter a segregação 
cautelar sempre que a medida mostrar-se necessária, nos termos do 
art. 312 do CPP, não se vislumbrando qualquer nulidade no decisum 
de 1º grau, já que o Julgador agiu em estrito cumprimento do 
disposto na lei adjetiva penal. III. A prisão cautelar é medida 
excepcional e deve ser decretada apenas quando devidamente 
amparada pelos requisitos legais previstos na legislação de regência, 
em observância ao princípio constitucional da presunção de 
inocência ou da não culpabilidade, sob pena de antecipar a 
reprimenda a ser cumprida quando da condenação definitiva. IV. 
Evidencia-se a concreta possibilidade de reiteração delitiva, 
porquanto o réu já foi condenado pela prática de outros três delitos 
contra o patrimônio, tratando-se de reincidente específico, o que 
denota a necessidade de se resguardar a ordem pública. V. Se 
demonstrada a probabilidade real de o réu voltar a delinquir caso 
seja posto em liberdade, não se vislumbra, igualmente, a 
possibilidade de aplicação de medida cautelar menos gravosa do que 
a prisão, conforme a nova dicção do art. 319, conferida após o 
advento da Lei nº 12.403/11. VI. Ordem denegada, nos termos do 
voto do Relator. 
 
(STJ, Relator: Ministro GILSON DIPP, Data de Julgamento: 
15/03/2012, T5 - QUINTA TURMA) 
 
4) Contraditório Prévio: artigo 282, §3º - como regra, o juiz deve intimar a parte sobre o pedido cautelar. 
 
Exceções: 
a) artigo 282, §3º - nos casos de urgência; 
b) artigo 282, §4º - em casos de risco ou perigo de ineficácia da medida; 
c) artigo 310 – o juiz não ouve o preso em flagrante. 
 
Atenção: Audiência de Custódia – trata-se de audiência em que o preso é levado perante autoridade judicial e 
não tem previsão expressa no Pacto de San Jose da Costa Rica, mas a Corte Interamericana entende, por força do 
artigo 7º do Pacto, que deve haver esta audiência (caso Bulacio vs. Argentina). No Brasil há projeto piloto na 
cidade de São Paulo por força de convênio do CNJ, do STF e do TJSP. O objetivo da audiência de custódia é dar ao 
juiz elementos para cautelar, afinal é nessa audiência que o juiz verificará a necessidade e adequação para 
aplicação da cautelar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prisões em Espécie 
 
1. Prisão em Flagrante 
 
Artigos 301 a 310, CPP. 
 
1) Natureza Jurídica: 
 
Premissa: as prisões em geral têm dois requisitos: 
a) “fumus comissi delicti”; 
b) “periculum libertatis” (risco que a liberdade causa ao processo). 
 
 A prisão em flagrante por não ter “periculum libertatis”, não é uma prisão cautelar, mas sim precautelar. 
 
2) Fases do Flagrante: 
 
a) prisão captura; 
b) lavratura do auto de prisão em flagrante; 
c) prisão detenção; 
d) comunicações obrigatórias pela polícia. 
 
O direito ao silêncio vale desde a prisão captura. 
 
A falta de audiência de custódia não gera nulidade, não é algo que obrigue o Estado brasileiro, trata-se de projeto 
piloto e não pode o Brasil ser condenado pelo não fazimento desta audiência. 
 
3) Sujeitos do Flagrante: 
 
- Quanto ao sujeito ativo: 
a) flagrante facultativo: qualquer pessoa pode prender; 
b) flagrante obrigatório: artigo 301- a autoridade policial e seus agentes devem prender em flagrante. 
 
- Quanto ao sujeito passivo: 
a) como regra, qualquer pessoa pode ser presa em flagrante; 
 
b) exceções: imunidades prisionais: 
1- presidente da República: artigo 86, §§ 3º e 4º da CF; 
2- imunidade diplomática – chefes de Estado, de Governo estrangeiro; 
3- magistrados e membros do MP, salvo flagrante de crime inafiançável; 
4 - senadores e deputados federais, só podem ser presos em flagrante em caso de crimes inafiançáveis; 
5- por motivo do exercício da profissão, o advogado só pode ser preso em flagrante de crime inafiançável. 
 
4) Modalidades de Flagrante: 
 
a) flagrante do CPP - artigo 302: 
 
- flagrante perfeito/ próprio/ real/ verdadeiro, artigo 302, I e II: está cometendo ou acaba de cometer a infração; 
 
 
 
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- impróprio/irreal/quase flagrante, artigo 302, III – perseguido logo após; 
- presumido/ficto/assimilado: artigo 302, IV – encontrado logo depois. 
 
A jurisprudência não fixa um prazo para o termo “após” ou “depois”. Não há quantificação de tempo para estas 
expressões, mas considera-se que “depois“ tem duração de tempo maior que “após”. 
 
Enquanto durar a perseguição está em flagrante. O que não pode haver é a interrupção da perseguição (solução 
de continuidade). Ainda que perca de vista, não haverá problema, nos termos do artigo 290, §1º. 
 
É a única prisão que não depende de ordem judicial. 
 
b) doutrina/jurisprudência: 
 
Preparado Esperado 
Há intervenção na vontade; 
 
Não é válido; 
 
Crime impossível; 
 
Súmula 145 do STF: não há crime quando a preparação 
do flagrante pela polícia torna impossível a sua 
consumação. 
Não há intervenção na vontade; 
 
É válido. 
 
No caso de tráfico de drogas em que o traficante possui a droga e o policial tenta comprar, o flagrante é 
esperado, mas se não tem a droga, o flagrante é preparado. 
 
Diferenciação técnica: se o traficante tem a droga em depósito, o flagrante é preparado na venda e esperado na 
modalidade ter em depósito. 
 
5) Formalidades: 
 
- Sujeitos do flagrante: 
 
a) autoridade policial: é a autoridade policial do local da prisão, se não houver autoridade no local da prisão, vai 
para o local mais próximo que tenha autoridade, artigo 308, CPP; 
 
b) escrivão: pessoa que ajuda o delegado a lavrar o flagrante, se não houver escrivãono local, o delegado nomeia 
escrivão ad hoc, artigo 305; 
 
c) condutor: pessoa que encaminha o preso à autoridade, artigo 304; 
 
d) testemunha: deve haver no mínimo 2 testemunhas. O condutor serve como testemunha. A falta de 
testemunhas não impede o flagrante, mas neste caso deve haver 2 testemunhas da apresentação do preso à 
autoridade (testemunhas instrumentais/instrumentárias/fedatárias). 
 
 
 
 
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- Fracionamento do Auto de Prisão em Flagrante: artigo 304, “caput” – a medida em que as pessoas forem sendo 
ouvidas, assinarão o depoimento e serão liberadas. 
 
- Comunicações: o preso recebe a nota de culpa. O juiz recebe cópia do auto de prisão em flagrante, o MP 
também recebe cópia, o defensor público também recebe cópia se o preso não disser o nome do advogado, tudo 
isso no prazo de 24 horas. 
 
Uma vez que o prazo para entrega da nota de culpa é de 24 horas, considera-se que tem 24 horas para lavrar o 
flagrante, a contra da prisão. 
 
Superando o prazo de 24 horas para lavrar gera nulidade do flagrante? 
Para o STJ se não ferir a razoabilidade pode superar as 24 horas, sem que isso gere nulidade (HC 141.216). 
 
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. ALEGADA AUSÊNCIA DAS 
HIPÓTESESAUTORIZADORAS PREVISTAS NO ART. 312 DO CPP, 
ALMEJADA CONCESSÃO DELIBERDADE PROVISÓRIA, NEGATIVA DE 
AUTORIA. MATÉRIAS NÃO APRECIADASPELA CORTE DE ORIGEM. 
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE. SUPRESSÃO DEINSTÂNCIA. 1. Inviável 
a apreciação, por esta Corte de Justiça, das questões relativas à 
alegada ausência de quaisquer das hipóteses autorizadoras previstas 
no art. 312 do CPP, à almejada concessão da liberdade provisória do 
paciente e à negativa de autoria, por essas matérias não terem sido 
analisadas perante o Tribunal de origem, sob pena de incidir-se na 
vedada supressão de instância. PRISÃO EM FLAGRANTE. ALEGADA 
AUSÊNCIA DE QUAISQUER DAS HIPÓTESES DOART. 302 DO CPP. 
CRIME PERMANENTE. CONSUMAÇÃO QUE SE PROLONGA NOTEMPO. 
ESTADO DE FLAGRÂNCIA EVIDENCIADO. 1. A natureza jurídica do 
crime de tráfico de drogas é de delito permanente, cuja consumação 
se prolonga no tempo, razão pela qual é possível a prisão em lugar 
diverso do que foi encontrada a substância entorpecente. 2. Tendo 
em vista que o paciente foi preso em flagrante logo após os policiais 
civis terem efetuado a apreensão da substância entorpecente, 
caracterizado está o estado de flagrância em relação ao delito do art. 
33 da Lei Antitóxicos, ex vi do art. 303 do CPP. ALEGADA 
INOBSERVÂNCIA DO § 1º DO ART. 306 DO CPP. 
DOCUMENTAÇÃOINSUFICIENTE. COMUNICAÇÃO DA PRISÃO EM 
FLAGRANTE AO JUÍZO COMPETENTEEM PRAZO RAZOÁVEL. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 1. Inviável a 
aferição do alegado constrangimento ilegal de que o paciente estaria 
sendo vítima - em razão da inobservância do prazo de 24 horas para 
a comunicação da prisão em flagrante do paciente ao juízo 
competente - quando a documentação colacionada aos autos não é 
suficiente para se aferir a data da comunicação da custódia à 
autoridade judiciária e o dia em que efetivamente ocorreu a sua 
segregação.2. A alegada delonga para a comunicação da prisão em 
flagrante à autoridade judiciária não é capaz, por si só, de invalidar o 
auto de prisão, quando observados os demais requisitos legais e 
 
 
 
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sobretudo em se considerado que o prazo que se alega extrapolado 
ter sido de menos de 24 (vinte e quatro) horas, o que, por certo, está 
absolutamente de acordo com o exigido pelo princípio da 
razoabilidade. 3. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa 
extensão, denegado. 
 
(STJ - HC: 141216 GO 2009/0131247-0, Relator: Ministro JORGE 
MUSSI, Data de Julgamento: 18/02/2010, T5 - QUINTA TURMA, Data 
de Publicação: DJe 29/03/2010) 
 
Para o STJ não haverá nulidade se não encaminhou cópia para a defensoria pública por ausência desta no local 
(HC 186.456) 
 
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PRISÃO EM 
FLAGRANTE. ALEGADA AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AO JUIZ EM 24 
HORAS E À DEFENSORIAPÚBLICA. ART. 306 DO CPP. HOMOLOGAÇÃO 
DA PRISÃO EM FLAGRANTE NOPRAZO LEGAL. AUSÊNCIA DE 
DEFENSORIA PÚBLICA NA REGIÃO E NASPROXIMIDADES. AUSÊNCIA 
DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1. Não se vislumbra qualquer 
irregularidade do auto de prisão em flagrante apta a ensejar o 
relaxamento e, sequer, inquinar de ilegal a manutenção da custódia 
cautelar. 2. No caso concreto, o juízo homologou a prisão em 
flagrante no prazo de 24 horas, nos termos do art. 306 do CPP, razão 
por que não há falar em constrangimento ilegal. A não comunicação 
à Defensoria Pública se justificou pela ausência da instituição na 
localidade ou mesmo nas proximidades, denotando-se, assim, a 
impossibilidade de cumprimento do art. 306, § 1º, do CPP. PRISÃO 
EM FLAGRANTE. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. GRAVIDADE 
CONCRETA DODELITO. CONSTRIÇÃO MANTIDA A BEM DA ORDEM 
PÚBLICA. PRESENÇA DOPERICULUM LIBERTATIS. VEDAÇÃO LEGAL À 
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA E 
CONSTITUCIONAL. COAÇÃO ILEGAL NÃODEMONSTRADA. ORDEM 
DENEGADA. 1. Embora não conste dos autos a peça acusatória, 
colhe-se do Auto de Prisão em Flagrante Delito que o paciente foi 
preso em sua residência, em decorrência de telefonema anônimo, na 
companhia de outro denunciado e uma menor de 14 anos - possível 
namorada deste último -, na posse de cocaína, dinheiro, celulares e 
uma balança de precisão, logo após ter vendido a substância 
entorpecente para um usuário, caracterizando, em tese, o delito de 
tráfico de entorpecentes. 2. Considerando-se que a prisão do 
paciente se deu na vigência da Lei n. 11.343/2006, não caracteriza 
constrangimento ilegal a vedação imposta pelo art. 44 da citada lei 
especial, que expressamente proíbe a soltura clausulada nesse caso, 
mesmo após a edição e entrada em vigor da Lei n. 11.464/2007, por 
encontrar amparo no art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal 
(Precedentes da Quinta Turma e do Supremo Tribunal Federal). 3. 
Ademais, o magistrado singular justificou a necessidade da 
 
 
 
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segregação provisória do denunciado na garantia da ordem pública, 
diante da presença de fortes indícios de sê-lo um conhecido 
traficante da região e que faz do crime sua ocupação habitual. 4. 
Ordem denegada. 
 
(STJ, Relator: Ministro JORGE MUSSI, Data de Julgamento: 
11/10/2011, T5 - QUINTA TURMA) 
 
Ao receber o flagrante, o juiz atuará nos termos do artigo 310 do CPP. O juiz irá relaxar o flagrante quando a 
prisão se der fora do artigo 302 ou não forem cumpridas as formalidades legais do flagrante. Não relaxando 
concede liberdade provisória ou outra cautelar ou outra preventiva, artigo 310. 
 
2. Prisão Temporária 
 
Lei 7960/89. 
 
1) Generalidades: 
 
- só existe no inquérito policial; 
- o juiz não pode decretar de ofício; 
- possui prazo determinado: 5 dias prorrogáveis por mais 5, ou 30 dias por mais 30 se crime hediondo ou 
assemelhado. 
 
Pode ser prorrogada em caso de extrema e comprovada necessidade (qualquer coisa, qualquer conteúdo). O juiz 
deve indicar na decisão no que consiste a extrema e comprovada necessidade de prorrogação da prisão. Se o juiz 
não pode decretar de ofício, ele não poderá prorrogar de ofício. 
 
2) Cabimento: artigo 1º: 
 
Incisos I + III ou Incisos II + III. 
 
I) quando for imprescindível para as investigações. 
II) quando o indiciado não tem residência fixa ou não fornece elementos para a sua identificação. 
III) rol taxativo de crimes. 
 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer 
elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova 
admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado 
nos seguintes crimes:a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
 
 
 
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d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
 
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 
3°); 
 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 
 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação 
com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e 
parágrafo único); 
 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou 
medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com 
art. 285); 
 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 
1956), em qualquer de sua formas típicas; 
 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 
1976); 
 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 
1986).

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