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Relaxamento de Prisão em Flagrante - Prática Simulada III - Penal - Resposta

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PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) 8
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
Finalidade: Libertar pessoa com prisão ilegal. Este instituto tem respaldo no artigo 5º, inciso LXV, da Constituição Federal que diz que a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária. 
A lei nº 4.898/65 foi revogada pela lei nº 13.869/2019 (Nova lei de abuso de autoridade). O artigo 1º da nova lei dispõe que a referida lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. Constituem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal (§ 1º do artigo 1º da referida lei). 
Prisão ilegal: As hipóteses de ilegalidade da prisão que levam ao relaxamento são: a) Falta de formalidade essencial na lavratura do auto. Ex: ausência de oitiva do condutor, falta de entrega da nota de culpa, etc.; b) Inexistência de hipótese de flagrante. Ex: pessoa presa muitos dias após a prática do crime. Nestas duas primeiras hipóteses, o Juiz poderá, na mesma decisão que relaxar o flagrante, decretar a prisão preventiva, caso entenda que estão presentes os seus requisitos, de modo a manter preso o indiciado; c) Atipicidade do fato narrado pelas pessoas ouvidas no auto de prisão; d) Excesso de prazo da prisão, ou seja, Delegado que, por alguma razão, demora a enviar a cópia do auto de prisão ao Juiz competente. 
O relaxamento da prisão em flagrante tem como pressuposto a prisão realizada em desconformidade com a lei, vale dizer, vício de formalidade no flagrante. É a situação, por exemplo, da inversão da ordem dos depoimentos (condutor, testemunhas, ofendido e acusado); falta de assinatura do auto, ausência ou excesso no prazo de emissão da nota de culpa ao preso.
PRISÃO EM FLAGRANTE
O termo flagrante provém do latim “flagare”, que significa queimar, arder. É o crime que ainda queima, isto é, que está sendo cometido ou acabou de sê-lo.
Conceito: Medida restritiva da liberdade, de natureza cautelar e processual, consistente na prisão, independente de ordem escrita do Juiz competente, de quem é surpreendido cometendo, ou logo após cometer um crime ou uma contravenção penal. 
ESPÉCIES DE PRISÃO EM FLAGRANTE
a) Flagrante Próprio – O agente é surpreendido cometendo uma infração penal ou logo após cometê-la. (Artigo 302, I e II do CPP);
b) Flagrante Impróprio ou Quase-Flagrante – O agente é perseguido logo após cometer o ilícito, em situação que se faça presumir ser o autor da infração (Artigo 302, III do CPP). A perseguição pode levar até dias, desde que ininterrupta;
c) Flagrante Presumido ou Ficto – O agente é preso logo após de cometer a infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração penal (Artigo 302, IV do CPP). 
Outras espécies de flagrante:
d) Flagrante Obrigatório ou Compulsório – O agente é obrigado a efetuar a prisão em flagrante, não tendo a discricionariedade sobre a conveniência ou não de efetivá-la. Significa que as autoridades policiais e seus agentes tem o dever de prender quem se encontra em situação de flagrância. Ocorre em qualquer das hipóteses do artigo 302 do CPP. A autoridade policial tem o dever de efetuar a prisão em flagrante. (artigo 301, segunda parte do CPP). O descumprimento do dever, caracteriza crime de prevaricação, sendo possível também a punição do policial na esfera administrativa da corporação;
e) Flagrante Facultativo – Consiste na faculdade de efetuar ou não o flagrante de acordo com os critérios de conveniência e oportunidade. Abrange todas as espécies de flagrante previstas no artigo 302 do CPP e se refere às pessoas comuns do povo. (Artigo 301, primeira parte do CPP);
f) Flagrante Preparado ou provocado – Ocorre quando o agente policial ou terceiro (provocador), induz o autor à prática do crime, viciando a sua vontade e logo em seguida, o prende em flagrante. A Súmula 145 do STF diz que não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação;
g) Flagrante Esperado – A atividade do policial ou do terceiro consiste em simples aguardo do momento do cometimento do crime, sem qualquer atitude de induzimento ou instigação.
h) Flagrante Forjado – O flagrante forjado ocorre quando criam-se provas de um crime inexistente para se prender alguém em flagrante. É um flagrante nulo e o autor da farsa deve responder por crime de denunciação caluniosa e também por abuso de autoridade, caso seja funcionário público.
i) Flagrante Retardado – Criado pelo art. 2º, II, da Lei nº 9.034/95, permite à polícia retardar a prisão em flagrante de crimes praticados por organizações criminosas, desde que a atividade dos agentes seja mantida sob observação e acompanhamento, para que a prisão se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação da prova e fornecimento de informações. Está atualmente regulamentado no artigo 8º da Lei nº 12.850/2013. A mesma providência passou a ser prevista no artigo 53, II, da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), que permite a “não atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo de ação penal cabível”.
O flagrante retardado, também chamado de diferido, consiste em atrasar o momento da prisão, mantendo acompanhamento sobre os criminosos, para que se consigam melhores provas contra os envolvidos em organizações criminosas ou tráfico de drogas. 
Não podem ser sujeitos passivos de prisão em flagrante:
1) Os menores de 18 anos, que são inimputáveis (CF, art. 228 e 27 do CP);
2) Os diplomatas estrangeiros, em decorrência de tratados e convenções internacionais (artigo 1º, inciso I, do CPP);
3) O Presidente da República (art. 86, parágrafo 3º da CF);
4) O agente que socorre a vítima de acidente de trânsito por ele provocado (art. 301 da Lei 9.503/97);
5) O autor de infração de menor potencial ofensivo que, após a lavratura do termo, for encaminhado ao Juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer (art. 69, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95);
6) Todo aquele que se apresentar à autoridade após o cometimento de delito (independentemente do prazo de 24 horas), uma vez que inexiste a modalidade “flagrante por apresentação”.
Auto de prisão em flagrante: Trata-se de documento elaborado sob a presidência da autoridade policial no qual ficam constando as circunstâncias do delito e da prisão. Não há prazo para a lavratura do auto de prisão em flagrante, mas como a nota de culpa deve ser entregue em um prazo de 24 horas (a contar da prisão), entende-se que o auto deve ser lavrado neste período.
PROCEDIMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE:
1) Apresentação do preso à autoridade competente: A autoridade competente para elaborar o auto de prisão em flagrante é a do local da prisão; se não houver, será apresentado no lugar mais próximo.
2) Lavratura do auto de prisão em flagrante: É lavrado pelo Delegado de Polícia. O prazo máximo para lavratura do auto é de 24 horas, tempo para entregar ao preso nota de culpa.
3) Comunicação da prisão: A prisão deve ser comunicada à família do preso ou a pessoa por ele indicada; quando for advogado que tiver sido preso em flagrante, observar o artigo 7º, inciso IV, da Lei nº 8.906/94.
4) Oitiva do condutor: Não precisa ter presenciado a infração ou a prisão.
5) Oitiva das testemunhas – Mínimo duas; se não tiver, podem ser as que presenciaram a apresentação do preso à autoridade.
6) Interrogatório do infrator – Se não puder ser interrogado, poderá ser em momento posterior no inquérito.
7) Oitiva da vítima.
8) Lavratura pelo escrivão – Pode ser escrevente ou pessoa designada pelaautoridade, desde que preste o compromisso legal.
9) Assinatura – Ofendido, testemunhas, preso, curador ou defensor, autoridade e condutor; se o acusado não puder ou não souber assinar, o auto será assinado por duas testemunhas que tenham presenciado a sua leitura na presença do acusado.
10) Comunicação do Juiz com vista ao Ministério Público.
11) Entrega da nota de culpa em 24 horas – Recibo da prisão, contendo o motivo da prisão, o nome do condutor e as testemunhas; a omissão do ato implica relaxamento da prisão. 
Observações: Segundo o que preceitua o artigo 306, “caput” e parágrafo 1º do CPP, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao Juiz competente, ao Ministério Público e a família do preso ou à pessoa por ele indicada. Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao Juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
O preso será submetido a uma audiência de custódia tendo em vista que é um ato de Direito Processual Penal onde o preso em flagrante por um crime, tem o direito a ser ouvido por um Juiz, de forma que este avalie eventuais ilegalidades em sua prisão. 
Durante a audiência, o Juiz analisará a prisão sob o aspecto da legalidade, da necessidade e da adequação da continuidade da prisão ou de eventual concessão de liberdade, com ou sem a imposição de outras medidas cautelares. 
O Juiz poderá avaliar também eventuais ocorrências de tortura ou de maus-tratos, entre outras irregularidades. 
A audiência de custódia encontra-se prevista em pactos e tratados internacionais em que o Brasil é signatário, como o Pacto Internacional de Direitos Civis e políticos e a Convenção Interamericana de Direitos Humanos, mais conhecido como Pacto de San Jose da Costa Rica. 
Conforme artigo 7º, ítem 5, 1ª parte, da Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), que diz: “Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer funções judiciais e tem o direito de ser julgada em um prazo razoável ou de ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo”.
Em fevereiro de 2015, o CNJ lançou um projeto para garantir a realização da audiência de custódia, e um ano depois, em 01.02.2016, entrou em vigor uma resolução que regulamenta tais audiências no Poder Judiciário. A resolução estipulou prazo de 90 dias, contados a partir da entrada em vigor, para que os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Federais se adequassem ao procedimento. 
Não há, no Brasil, lei que regulamente o tema, embora já haja projeto tramitando no Congresso (PLS nº 554/2011). Mas o STF já se posicionou no sentido de ratificar a legalidade da metodologia das audiências. No estado de São Paulo, às audiências vem sendo realizadas desde 2014, por determinação do Tribunal de Justiça, que regulamentou o tema no Provimento Conjunto nº 03/2015. Desde então, o programa já reduziu em 45% (quarenta e cinco por cento) o número de prisões provisórias no Estado.
A audiência será presidida por autoridade que detém competências para controlar a legalidade da prisão. Além disto, serão ouvidas também as manifestações de um Promotor de Justiça, de um Defensor Público ou de seu Advogado. O preso será entrevistado, pessoalmente, pelo juiz, que poderá relaxar a prisão, conceder liberdade provisória com ou sem fiança, substituir a prisão em flagrante por medidas cautelares diversas, converter a prisão em preventiva ou ainda analisar a consideração do cabimento da mediação penal, evitando a judicialização do conflito, corroborando para a instituição de práticas restaurativas.
MODELO DE PEDIDO DE RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CRIMINAL DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – SP (crimes não dolosos contra a vida e matéria estadual)
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE____________ (crimes não dolosos contra a vida e matéria federal)
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA DO JÚRI DA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – SP (crimes dolosos contra a vida e matéria estadual)
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE____________ (crimes dolosos contra a vida e matéria federal)
(ou)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO CORREGEDOR DO DEPARTAMENTO DE INQUÉRITOS POLICIAIS DA CAPITAL - DIPO (fase de inquérito policial – só na Capital)
(10 linhas)
Inquérito Policial nº​​​______/____ 
 (Nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da Cédula de identidade RG sob o nº ... e do CPF/MF sob o nº..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., nesta Capital de São Paulo, por seu advogado(a) ao final subscrito(a) (doc.01), conforme procuração anexa, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE, com fundamento no artigo 5º, LXV, da Constituição Federal, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidas:
(2 linhas)
I – DOS FATOS:
O requerente (Copiar o problema apresentado – Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias, sem inventar dados).
 
Narrar a prisão em flagrante, como por exemplo: No dia tal, mês tal, no lugar tal ocorreu à prisão em flagrante do Fulano de tal, em razão da ocorrência da infração tal, conforme auto de prisão em flagrante às fls.
(2 linhas)
II – DO DIREITO:
A prisão em flagrante deve ser imediatamente relaxada, pois ocorreu de forma ilegal.
Ocorre que a referida prisão em flagrante imposta ao requerente, constitui coação ilegal, uma vez que.......(apresentar argumentação apontando-se a ilegalidade contida no flagrante, por motivos como fato atípico, excesso de prazo, não observância de formalidade essencial ao auto de prisão em flagrante, não situação de flagrante e outras). Convencer o Juiz de que a prisão em flagrante constitui um constrangimento ilegal.
Não resta dúvida de que houve cristalina violação à liberdade de locomoção, um dos direitos fundamentais do ser humano, amparado e protegido no Estado Democrático de Direito, portanto, a prisão em flagrante do requerente é manifestamente ilegal, sendo imperioso o imediato relaxamento, nos termos do artigo 5º, inciso LXV da Constituição Federal.
 (2 linhas)
 III – JURISPRUDÊNCIA:
Segundo entendimento Jurisprudencial: (Copiar uma ou duas Jurisprudências a respeito da matéria).
(2 linhas)
IV – DO PEDIDO:
Diante do exposto, postula-se o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao requerente, a fim de que possa permanecer em liberdade durante o processo, com a expedição do competente alvará de soltura em seu favor, como medida da mais legítima Justiça.
Nestes termos,
Pede deferimento.
São Paulo,___ de______ de___
_______________________________
OAB – Secção de São Paulo sob o nº... 
PROBLEMA PRÁTICO
No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Avenida Brasil, na Comarca da Capital, na altura do nº YY, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar, sendo certo que os policiais constataram que o Matias dirigia veículo produto de crime. Desta maneira, Matias foi preso em flagrante delito pelos PM´s como incurso nas penas do art. 180, do Código Penal.
Já em sede policial, a Sra. Miranda, proprietária do veículo, reconheceu, em conformidade com o artigo 226 do Código de Processo Penal, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2 dias antes, ou seja, em 13/11/2016.
Observado o procedimento de lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, Matias agora encontra-se preso, como autordo delito previsto no art. 180 do CP. Você, advogado criminalista é procurado pela família de Matias para tomar as medidas cabíveis nesse caso. 
TESE: Não ocorrência das hipóteses de flagrância previstas no artigo 302 do Código de Processo Penal. No caso em discussão, o requerente não encontrava-se em qualquer das hipóteses de flagrante delito em relação ao crime que cometeu.
Na verdade o requerente, como já dito, foi reconhecido como autor de crime diverso ocorrido 2 dias antes. A prisão em flagrante é a medida necessária para evitar a continuidade do ato delituoso, ou, caso já consumado, para que o suspeito não fuja, o que poderia causar imenso prejuízo à investigação do delito e posterior ação criminal, portanto, a prisão em flagrante do requerente é manifestamente ilegal, sendo imperioso o imediato relaxamento.
PEÇA: Relaxamento da Prisão em Flagrante. Fundamentação legal: artigo 5º, inciso LXV da Constituição Federal.
COMPETÊNCIA: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL.
PEDIDO: Diante do exposto, postula-se o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao requerente, a fim de que possa permanecer em liberdade durante o processo, com a expedição do competente alvará de soltura em seu favor, como medida da mais legítima Justiça.

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