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TERATÓGENOS Teratógeno: Qualquer agente capaz de produzir um defeito congênito ou aumentar a incidência de um defeito na população. Durante as duas primeira semanas a ação dos teratógenos ocasiona um aborto espontâneo ou a recuperação das células afetadas sem prejuízo ao futuro embrião. Para se estudar a teratogênese se faz necessário analisar três princípios: Período crítico do desenvolvimento, dosagem do teratógeno, genótipo do embrião. PERÍODO CRÍTICO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO: Ocorre quando a diferenciação celular e a morfogênese estão em seus pontos máximos. ENCÉFALO: 3 a 16 semanas (pode ter desenvolvimento perturbado após isso), inclusive limitações no desenvolvimento mental. Tetraciclinas podem perturbar o desenvolvimento dos dentes de 18 semanas até os 16 anos. TECIDO ESQUELÉTICO: período crítico de desenvolvimento prolongado até a infância. A interferência dos teratógenos durante as duas primeiras semanas dificulta a clivagem e implantação do blastocisto ocasionando aborto espontâneo. MEMBROS: 21 até 36 dias após a fecundação OBSERVAÇÕES: A talidomida causa perturbações graves se administrada no período de organogênese. O consumo de drogas tendem a ser maior no período crítico do desenvolvimento nas mulheres. Menos de 2% dos defeitos congênitos são causados por drogas e produtos químicos. Fatores ambientais podem simular condições genéticas. Fatores ambientais causam de 7 a 10% das anomalias congênitas. 40 a 90% das gestantes consomem ao menos um medicamento durante a gravidez. TABAGISMO: Causa Retardo do crescimento intrauterino (RCIU) Mais de 25% das mulheres continuam a fumar na gravidez Nas mulheres que fumam mais de 20 cigarros por dia o parto prematuro é duas vezes mais frequente. EFEITOS: a nicotina causa a constrição dos vasos sanguíneos da placenta ocasionando a diminuição do suprimento nutricional do embrião, além de oxigênio. Com relação a este, a carboxiemoglobina resultante do tabagismo diminui a quantidade de oxigênio transportado pelas hemácias. Tudo isso afeta o desenvolvimnto e crescimento fetal. Hipoxia fetal: diminuição dos íveis de oxigênio abaixo dos normais. Na crônica afeta o crescimento do bebê. ÁLCOOL: É a causa mais comum de retardo mental. Afeta apenas 1 a 2% das mulheres em idade fértil. Causa alterações no crescimento e morfogênese do feto: retardamento mental, deficiência no crescimento pré e pós-natal e outras anomalias (lábio superior fino, nariz pequeno, fissuras palpebrais curtas).-SÍNDROME DO ALCOLISMO FETAL Ocorre em uma a duas crianças a cada 1.000 nascimentos. Consumo moderado: Efeitos do alcoolismo fetal que são menos evidentes, talvez dificuldades comportamentais e de aprendizado. Consumo excessivo: de 1 a 3 dias. Prejudica o desenvolvimento encefálico que abrange grande parte da gravidez ANDRÓGENOS E PROGESTÁGENOS: Masculinização da genitália externa em fetos femininos Contato com progestina está associada a anomalias cardiovasculares. Deve ser evitado progestina, etisterona e noretisterona. Anticoncepcionais em uma gestação não diagnosticada: VACTERL: anomalia Vertebrais, Anais, Cardíacas, Traqueais, Esofágicas, Renais e dos membros (Limb). ANTIBIÓTICOS: Tetraciclinas se depositam nos ossos e nos dentes do embrião em locais de calcificação ativa. Causa no primeiro trimestre manchas amarelas nos dentes primários e do 4° ao 9° mês diminuição do crescimento dos ossos longos e descoloração amarelada ou marrom dos dentes. Estreptomicina está relacionada a deficiência auditiva. Penicilina não apresenta problemas. ANTICOAGULANTES: Podem causar hemorragia, exceto heparina Varfarina é um teratógeno (6 a 12 semanas ou 8 a 14):retardo mental, atrofia óptica e microcefalia. ANTICONVULSIVANTES: Epilepsia afeta cerca de 1 a cada 200 gravidas Síndrome da hidantoína fetal: hidantoína e fenitoína. Ácido valproico: pobre desenvolvimento pós-natal, anomalia craniofacial, cardíaco e dos membros. Fenobarbital é seguro. AGENTES ANTINEOPLÁSICOS: Metotrexato é antagonista do ácido fólico e perigoso. Medicamentos que inibem tumores, inibem também a atividade mitótica e devem ser evitados durante o primeiro trimestre. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA Anti-hipertensivos causa uma série de problemas que geralmente ocasiona a morte fetal. ÁCIDO RETINOICO (VITAMINA A) Isotretinoína: Período crítico da 3ª a 5ª semana (ou 5 a 7) causa aborto espontâneo e defeitos congênitos. Insuficiência para excluir o risco teratogênico. Pode causar mudanças neurológicas. SALICILATOS Ácido acetilsalicílico (aspirina). Prejudicial em altas doses. DROGAS TIREOIDIANAS: Iodetos podem causar aumento na tireoide e cretinismo (impedimento do desenvolvimento físico e mental e distrofia dos ossos e tecidos moles). Eficiência de iodo materno pode causar cretinismo congênito. Antitireoidianos em excesso podem causar bócio congênito. TRANQUILIZANTES: Talidomida (potente teratógeno). Causa meromelia (membros de foca). 20 a 36 dias (ou 34 a 50). AGENTES PSICOTRÓPICOS: Lítio: defeitos no coração e vasos longos (trata distúrbio bipolar) Deriados da benzodiazepina ( diazepam e oxazepam): abstinência transitória e anomalias craniofaciais. ISRS (inibidores seletivos da reccaptação de serotonina): hipertensão pulmonar e distúrbios transitórios. DROGAS ILÍCITAS: Cocaína e metadona (trata a dependência a heroína): prematuridade e aborto espontâneo. COMPOSTOS QUÍMICOS: Falar sobre a bioacumulação MERCÚRIO: obs, consumo de peixes. Forma fetal da doença de minamata. Atrofia cerebral, espasticidade, convulsões e retardo mental. CHUMBO: acúmulo nos tecidos fetais, abortos, RCIU, anomalias fetais e deficiências funcionais. BIFELINAS POLICLORINADAS: (BPC) RCIU, descoloração pele. AGENTES INFECCIOSOS: RUBÉOLA: No primeiro trimestre o risco de infecção é de 20%. Síndrome de rubéola congênita: catarata, glaucoma congênito, defeitos cardíacos e surdez. Quanto mais precoce a infecção, mais perigosa. CITOMEGALOVÍRUS: infecção fetal mais comum. Geralmente abortiva. Podem causar RCIU, anomalias fetais graves. Quando assintomático, apresenta distúrbios audição neurológico e comportamentais. VÍRUS DO HERPES SIMPLES: No início triplica a chance de aborto. Após a 20ª semana pode causar prematuridade, retardo mental, microcefalia (defeitos congênitos). Infecção mais frerquente durante o parto. VARICELA: (catapora) vírus varicela-zoster. Defeitos congênitos graves como atrofia do músculo e retardo mental. Quando no período crítico, a probabilidade de ocorrer defeitos é de 20%. HIV: o vírus causa a AIDS. Grave: infecção do feto, prematuridade, baixo peso ao nascimento, RICU, microcefalia, e anomalias craniofaciais. TOXOPLASMOSE: Pode ocorrer por caarne crua ou mau cozida ou contato íntimo com animais domésticos (gatos, cachorros, coelhos). Retardo mental e anomalias congênitas. SÍFILIS CONGÊNITA: 3/10.000 nascidos vivos nos EUA. Treponema pallidum atravessa a membrana com 9 a 10 semanas. Infecções maternas primárias quase sempre causam infecção fetal e defeitos congênitos. Infecções maternas secundárias raramente causam problemas. Se a mãe permanecer sem tratamento ocorre natimortos em aproximadamente 25% dos casos. RADIAÇÃO: Pode lesar células embrionárias, cromossomos, resultando em morte celular, retardo no desenvolvimento mental e do crescimento físico. A dosagem é importante: radiação usada para fins de diagnóstico supõe-se que não são perigosas. FATORES MATERNOS COMO TERATÓGENOS: DIABETES MELITO: está associada a incidência duas a três vezes maior de defeitos congênitos. Macrossomia: filho geralmente grande de mãe diabética. TERATÓGENOS POR FATORES MECÂNICOS: O pé torto ou desenvolvimento congênito do quadril. Compressão prolongada geralmente por deformação do útero. Oligoidrâmnio: diminuição da quantidade de líquido amniótico. Obs: faixas amnióticas. DEFEITOS CONGÊNITOS CAUSADOS POR HERANÇA MULTIFATORIAL: Combinação de fatores genéticos e ambientais.Traços multifatoriaissão geralmente um único grande defeito ex: fenda labial, fenda palatina, defeitos do tubo neural. Obs, risco baseado na frequência da anomalia na população em geral.
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