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caderno de resumo kierkegaard (1)

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ii 
COMISSÃO ORGANIZADORA 
 
Coordenador Executivo 
Prof. Dr. Jorge Miranda de Almeida 
 
Comitê Organizador 
Jaquissom Aguiar Guimarães 
João Henrique Silva-Pinto 
Jorge Miranda de Almeida 
 
Comitê Editorial 
Danilo Lobo 
Elton Becker 
Elton Salgado 
Jaquissom Aguiar Guimarães 
João Henrique Silva Pinto 
Jorge Miranda de Almeida 
 
Revisores Técnicos 
Joanne Ferreira de Oliveira Cordeiro 
 
SITE E ARTES GRÁFICAS 
 
Concepção, design e criação do Site 
Jaquissom Aguiar Guimarães 
João Henrique Silva-Pinto 
 
Manutenção do site 
Jaquissom Aguiar Guimarães 
João Henrique Silva-Pinto 
 
Artes gráficas 
Jaquissom Aguiar Guimarães 
João Henrique Silva Pinto 
 
REALIZAÇÃO 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB 
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB 
 
APOIO 
Pró-Reitoria de Pós-Graduação – PPG 
Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade – PROEX 
Projeto Temático Memória, Subjetividade e Subjetivação no Pensamento Contemporâneo 
do Programa de Pós-Graduação em Memória, Linguagem e Sociedade – PPGMLS/UESB. 
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/FILOSOFIA/UESB-2014 
.
 
iii 
 
 
iv 
 
PROGRAMAÇÃO GERAL DO I ENCONTRO DO NORDESTE SOBRE 
KIERKEGAARD – KIERKEGAARD E A QUESTÃO EXISTENCIAL 
 
05/11/2014 (Quarta-Feira) 
 
 
MINICURSO I 
09:00 às 11:00 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
O patético e o dialético no “Pós-Escrito” 
Ministrante: Prof. Dr. Álvaro Luiz Montenegro Valls (UNISINOS) 
 
 
MINICURSO II 
13:30 às 15:30 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
De quelles subjectivités (au pluriel) parle I’ouvrage “Enten Eller”? Et pourquoi? 
(De quais subjetividades (no plural) fala a obra “Enten Eller?” E por quê?) 
Ministrante: Hèléne de Politis da Universidade Paris I Sorbonne – França 
 
 
INTERVALO 
15:30 às 16:00 
 
 
SEÇÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL I 
16:00 às 18:30 
 
Mesa I – Psicologia 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
Título: Apontamentos historiográficos sobre as ideias de Kierkegaard que se 
estenderam à psicologia 
Autor(es): Janderson Carneiro de Oliveira e Paulo Coelho Castelo Branco 
 
Título: Apontamentos historiográficos sobre as extensões das ideias de Kierkegaard 
à Psicologia Humanista-Existencial de Rollo May 
Autor(es): Cândida de Oliveira Carpes e Paulo Coelho Castelo Branco 
 
Título: Extensões das ideias de Kierkegaard para a Psicologia de Carl Rogers: 
apontamentos históricos 
Autor(es): Laryssa Soares Leite e Paulo Coelho Castelo Branco 
 
Título: Subjetividade: entre o conceito e a existência, desafio para a clínica 
psicológica 
 
v 
Autor(es): Jaqueline Cristina Salles e Jorge Miranda de Almeida 
 
Mesa II – Literatura 
Local: Sala 08 do Módulo IV 
 
Título: Com a pena da galhofa e a tinta da ironia lendo Brás-Cubas com 
Kierkegaard e Cioran 
Autor(es): Elton Silva Salgado e Jorge Miranda de Almeida 
 
Título: Luis da Silva e Paulo Honório: uma abordagem da subjetividade 
kierkegaardiana na literatura de Graciliano Ramos 
Autor(es): Joanne Ferreira de Oliveira Cordeiro e Jorge Miranda de Almeida 
 
Título: Antígona segundo a interpretação kierkegaardiana 
Autor(es): Milene Fontes de Menezes Bispo e Roberto Sávio Rosa 
 
Título: Kierkegaard e o trágico suportável 
Autor(es): Roberto Sávio Rosa 
 
 
INTERVALO 
18:30 às 19:00 
 
 
CONFERÊNCIA I 
19:00 às 21:00 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
Título: O patético e o dialético no Pós-Escrito 
Conferencista: Prof. Dr. Álvaro Luiz Montenegro Valls (UNISINOS) 
 
 
06/11/2014 (Quinta-Feira) 
 
 
MINICURSO I 
09:00 às 11:00 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
O patético e o dialético no “Pós-Escrito” 
Ministrante: Prof. Dr. Álvaro Luiz Montenegro Valls (UNISINOS) 
 
MINICURSO II 
13:30 às 15:30 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
De quelles subjectivités (au pluriel) parle I’ouvrage “Enten Eller”? Et pourquoi? 
(De quais subjetividades (no plural) fala a obra “Enten Eller?” E por quê?) 
Ministrante: Hèléne de Politis da Universidade Paris I Sorbonne – França 
 
vi 
 
 
INTERVALO 
15:30 às 16:00 
 
 
SEÇÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL I 
16:00 às 18:30 
 
 
Mesa II – Literatura 
Local: Sala 08 do Módulo IV 
 
Título: Com a pena da galhofa e a tinta da ironia lendo Brás-Cubas com 
Kierkegaard e Cioran 
Autor(es): Elton Silva Salgado e Jorge Miranda de Almeida 
 
Título: Luis da Silva e Paulo Honório: uma abordagem da subjetividade 
kierkegaardiana na literatura de Graciliano Ramos 
Autor(es): Joanne Ferreira de Oliveira Cordeiro e Jorge Miranda de Almeida 
 
Título: Antígona segundo a interpretação kierkegaardiana 
Autor(es): Milene Fontes de Menezes Bispo e Roberto Sávio Rosa 
 
Título: Kierkegaard e o trágico suportável 
Autor(es): Roberto Sávio Rosa 
 
 
Mesa III – Filosofia 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
Título: Subjetividade em Kierkegaard e a emergência da subjetividade em Foucault 
Autor(es): Jorge Miranda de Almeida e Hugo Pires Júnior 
 
Título: Kierkegaard e Heidegger: uma relação mal-dita 
Autor(es): Jorge Miranda de Almeida 
 
Título: Kierkegaard e Nietzsche: a verdade como problema existencial 
Autor(es): Leonardo Araújo Oliveira 
 
Título: Pascal e Kierkegaard: críticos do reducionismo da fé à razão 
Autor(es): José da Cruz Lopes Marques e José Roberto Gomes da Costa 
 
Mesa IV – Filosofia II 
Local: Sala 08 do Módulo IV 
 
Título: Subjetividade e liberdade: um sentimento de perdição 
Autor(es): Maria Consolata Ferreira de Oliveira 
 
 
vii 
Título: Notas sobre o patético-dialético a partir do pós-escrito como tonalidade 
afetiva (stemning): o phatos da existência, a arché do filosofar 
Autor(es): Marcos Érico de Araújo Silva 
 
Título: A questão da subjetividade em Kierkegaard e São João da Cruz 
Autor(es): Elton Moreira Quadros e Jorge Miranda de Almeida 
 
Título: Saudade como artesania da recordação: a tardança no prelúdio de in Vino 
Veritas 
Autor(es): Eduardo da Silveira Campos 
 
 
INTERVALO 
18:30 às 19:00 
 
 
CONFERÊNCIA I 
19:00 às 21:00 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
Título: De quelles subjectivités (au pluriel) parle I’ouvrage “Enten Eller”? Et 
pourquoi? 
(De quais subjetividades (no plural) fala a obra “Enten Eller?” E por quê?) 
Conferencista: Hèléne de Politis da Universidade Paris I Sorbonne – França 
 
 
07/11/2014 (Sexta-Feira) 
 
 
MINICURSO I 
09:00 às 11:00 
 
O patético e o dialético no “Pós-Escrito” 
Ministrante: Prof. Dr. Álvaro Luiz Montenegro Valls (UNISINOS) 
 
 
MINICURSO II 
13:30 às 15:30 
 
De quelles subjectivités (au pluriel) parle I’ouvrage “Enten Eller”? Et pourquoi? 
(De quais subjetividades (no plural) fala a obra “Enten Eller?” E por quê?) 
Ministrante: Hèléne de Politis da Universidade Paris I Sorbonne – França 
 
 
INTERVALO 
15:30 às 16:00 
 
 
viii 
 
SEÇÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL I 
16:00 às 18:30 
 
Mesa V – Interdisciplinar 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
Título: A recepção de Kierkegaard no XVI Congresso Mineiro de Psiquiatria (2014) e 
no XXXII Congresso brasileiro de Psiquiatria (2014) 
Autor(es): Ednéa Conceição Correia Santos e Jorge Miranda de Almeida 
 
Título: Por essa razão o apóstolo diz “purificai os vossos corações” 
Autor(es): Victor Manoel Fernandes 
 
Título: Educação ético-existencial e linguagem literária - comunicação indireta 
Autor(es): Vera Lúcia Periassu de Oliveira e Zélia Salles 
 
Título: O diabólico, o existencial e o erotismo na música: um estudo em Kierkegaard 
Autor(es): Ana Monique Moura 
 
Mesa VI – Filosofia III 
Local: Sala 08 do Módulo IV 
 
Título: Tornar-se o que se é, tornar-se subjetivo, aproximações entre Nietzsche e 
Kierkegaard 
Autor(es): Danilo Moraes Lobo e Jorge Miranda de Almeida 
 
Título: Uma leitura kierkegaardiana da subjetividade no conto“O Espelho” de 
Guimarães Rosa 
Autor(es): Elton Moreira Quadros 
 
Título: Memória, Existência e Subjetividade 
Autor(es): Jorge Miranda de Almeida e Hugo Pires 
 
 
INTERVALO 
18:30 às 19:00 
 
 
CONFERÊNCIA III 
19:00 às 21:00 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
Título: Subjetividade e Verdade no Pós-Escrito 
Conferencista: Jorge Miranda de Almeida (UESB) 
 
 
09/11/2014 (Sábado) 
 
ix 
 
 
CONFRATERNIZAÇÃO DE ENCERRAMENTO 
09:00 às 11:00 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
ENTREGA DE CERTIFICADOS 
11:00 às 12:00 
Local: Auditório do Módulo IV 
 
 
x 
 
 
xi 
SUMÁRIO 
APONTAMENTOS HISTORIOGRÁFICOS SOBRE AS EXTENSÕES DAS IDEIAS DE 
KIERKEGAARD À PSICOLOGIA HUMANISTA-EXISTENCIAL DE ROLLO MAY .................. 12 
TORNAR-SE O QUE SE É, TORNAR-SE SUBJETIVO, APROXIMAÇÕES ENTRE 
NIETZSCHE E KIERKEGAARD ...................................................................................................... 13 
SAUDADE COMO ARTESANIA DA RECORDAÇÃO: A TARDANÇA NO PRELÚDIO DE IN 
VINO VERITAS ................................................................................................................................... 14 
A QUESTÃO DA SUBJETIVIDADE EM KIERKEGAARD E SÃO JOÃO DA CRUZ ............... 15 
COM A PENA DA GALHOFA E A TINTA DA IRONIA: LENDO BRÁS-CUBAS COM 
KIERKEGAARD E CIORAN .............................................................................................................. 16 
SUBJETIVIDADE EM KIERKEGAARD E A EMERGÊNCIA DA SUBJETIVIDADE EM 
FOUCAULT ......................................................................................................................................... 17 
APONTAMENTOS HISTORIOGRÁFICOS SOBRE AS IDEIAS DE KIERKEGAARD QUE SE 
ESTENDERAM À PSICOLOGIA ...................................................................................................... 18 
SUBJETIVIDADE: ENTRE O CONCEITO E A EXISTÊNCIA, DESAFIO PARA A CLÍNICA 
PSICOLÓGICA ................................................................................................................................... 19 
LUIS DA SILVA E PAULO HONÓRIO: UMA ABORDAGEM DA SUBJETIVIDADE 
KIERKEGAARDIANA NA LITERATURA DE GRACILIANO RAMOS ........................................ 20 
KIERKEGAARD E HEIDEGGER: UMA RELAÇÃO MAL-DITA .................................................. 21 
PASCAL E KIERKEGAARD: CRÍTICOS DO REDUCIONISMO DA FÉ À RAZÃO ................. 22 
KIERKEGAARD E NIETZSCHE: A VERDADE COMO PROBLEMA EXISTENCIAL ............. 23 
NOTAS SOBRE O PATÉTICO-DIALÉTICO A PARTIR DO PÓS-ESCRITO COMO 
TONALIDADE AFETIVA (STEMNING): O PHATOS DA EXISTÊNCIA, A ARCHÉ DO 
FILOSOFAR ........................................................................................................................................ 24 
SUBJETIVIDADE E LIBERDADE: UM SENTIMENTO DE PERDIÇÃO .................................... 25 
ANTÍGONA SEGUNDO A INTERPRETAÇÃO KIERKEGAARDIANA ....................................... 26 
EDUCAÇÃO ÉTICO-EXISTENCIALE LINGUAGEM LITERÁRIA - COMUNICAÇÃO 
INDIRETA ............................................................................................................................................ 27 
POR ESSA RAZÃO O APÓSTOLO DIZ “PURIFICAI OS VOSSOS CORAÇÕE..................... 28 
O DIABÓLICO, O EXISTENCIAL E O EROTISMO NA MÚSICA: UM ESTUDO EM 
KIERKEGAARD .................................................................................................................................. 29 
MEMÓRIA, EXISTÊNCIA E SUBJETIVIDADE .............................................................................. 30 
UMA LEITURA KIERKEGAARDIANA DA SUBJETIVIDADE NO CONTO “O ESPELHO” DE 
GUIMARÃES ROSA .......................................................................................................................... 31 
KIERKEGAARD E O TRÁGICO SUPORTÁVEL ........................................................................... 32 
A RECEPÇÃO DE KIERKEGAARD NO XVI CONGRESSO MINEIRO DE PSIQUIATRIA 
(2014) E NO XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE PSIQUIATRIA (2014) ........................... 34 
 
 
 
12 
APONTAMENTOS HISTORIOGRÁFICOS SOBRE AS EXTENSÕES DAS IDEIAS 
DE KIERKEGAARD À PSICOLOGIA HUMANISTA-EXISTENCIAL DE ROLLO MAY 
 
 
Cândida de Oliveira Carpes 
Graduanda em Psicologia, Universidade Federal da Bahia (UFBA). Contato: 
candida.carpes@gmail.com 
 
Paulo Coelho Castelo Branco 
Mestre em Psicologia, Docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Contato: 
pauloccbranco@gmail.com 
 
 
RESUMO: Este trabalho utiliza a lente historiográfica das ideias psicológicas com o 
intento de analisar o que Rollo May, em sua Psicologia Humanista-Existencial, 
elabora das ideias de Kierkegaard. A história das ideias psicológicas é uma 
perspectiva de estudo sobre os saberes e práticas culturais que se relacionam com 
a Psicologia e são por ela apreendidos pela via histórica. Tais saberes e práticas são 
pertencentes a um período pré-científico a Psicologia moderna ou a ela se 
desenvolvem em paralelo. Com efeito, reconhecemos que Kierkegaard lança 
algumas ideias psicológicas que foram apropriadas pela Psicologia de May. Este 
entra em contato com o pensamento kierkegaardiano após se deparar com a 
possibilidade de morrer. O sentido existencial e ontológico da angústia elaborados 
por Kierkegaard e a experiência de vida dele, induzem May a perceber as questões 
existenciais como profícuas à Psicologia. Apontamos, destarte, três ideias 
kierkegaardianas estendidas à proposta clínica de May, a saber, as questões da 
angústia, da liberdade e da criatividade. O conceito de angústia, para May, define-se 
como uma reação básica do indivíduo a um perigo que ameaça a sua existência, ou 
a um valor que ele sustenta como essencial para a sua existência como um eu. Isso 
se atrela a ideia de liberdade como um posicionamento dotado de responsabilidade. 
No indivíduo, liberdade implica escolha e capacidade de intervir em seu próprio 
destino. Essa abertura envolve a criatividade, uma descoberta de novas formas, 
símbolos e padrões individuais, sobre as quais podem ser constituídas novas 
relações interpessoais. As ideias aludidas chegam à May como elementos de 
inspiração para um sentido de interioridade e subjetividade dotada de verdade e 
conhecimento válido. Tais apropriações não constituem uma Psicologia de base 
kierkegaardiana e são parciais a Kierkegaard. Contudo, essa relação é fecunda, 
considerando os elementos que provocam uma psicoterapia que não objetiva o 
cliente segundo um domínio técnico. 
 
Palavras-chave: História das Ideias Psicológicas. Kierkegaard. Rollo May. 
 
 
 
13 
TORNAR-SE O QUE SE É, TORNAR-SE SUBJETIVO, APROXIMAÇÕES ENTRE 
NIETZSCHE E KIERKEGAARD 
 
 
Danilo Moraes Lobo1 
Jorge Miranda de Almeida2 
 
 
RESUMO: A presente comunicação tem por objetivo pensar a questão da 
subjetividade no pensamento de Kierkegaard articulada ao problema da 
singularidade na perspectiva de Nietzsche, levando-se em consideração que a 
reflexão kierkegaardiana exposta especialmente em sua obra Pós-escrito às 
migalhas filosóficas (1846), sob o pseudônimo de Johannes Climacus, nos oferece 
uma compreensão do conhecimento a partir das condições nas quais se encontra o 
existente, ou seja, uma preocupação com a própria constituição de uma interioridade 
que não se reduz a enquadramentos objetivos. Nesse sentido, a subjetividade em 
Kierkergaard comportará sempre uma tensão para o existente, implicada no próprio 
ato de tornar-se singular e autêntico, afastado de quimeras abstrativas. Por outro 
lado, observaremos como na filosofia de Nietzsche aparecerá também o problema 
da subjetividade enquanto possibilidade de autocriação, o que nos direciona para 
uma compreensão de homem que batalha pela instituição de novos valores, 
arriscando a constituir-sea si mesmo, afastando-se do rebanho e tendo como guia o 
próprio corpo no caso, e não uma mera abstração ancorada numa subjetividade 
idealista. Em Nietzsche, o problema da singularidade ficará evidenciado em própria 
sua autobiografia intelectual Ecce Homo (1888), na qual o filósofo delineia o seu 
percurso filosófico que o faz se apresentar como um acontecimento singular em seu 
próprio tempo. A perspectiva da nossa comunicação assim é estabelecer um diálogo 
entre os dois pensadores, articulando conceitos que se proponham a refletir sobre a 
existência por um viés mais próximo de singularização. 
 
Palavras-Chave: Subjetividade. Singularidade. Nietzsche. Kierkegaard. 
 
 
1 Graduado em História, Graduando em Filosofia e Mestrando no Programa de Pós-Graduação em 
Memória: Linguagem e Sociedade (PPGMLS) pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia 
(UESB). Membro do grupo de pesquisa: Memória, subjetividade e subjetivação no pensamento 
contemporâneo, vinculado ao PPGMLS e coordenado pelo Prof. Dr. Jorge Miranda de Almeida. E-
mail: dmoraes.lobo@gmail.com 
2Orientador. Doutor em Filosofia pela Pontificia Università Gregoriana com Pós-doutorado pela 
Universidade do Vale do Rio do Sinos UNISINOS. Professor Titular da Universidade Estadual do 
Sudoeste da Bahia (UESB); professor permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em 
Memória: Linguagem e Sociedade e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação Strico 
Sensu em Linguistica, ambos da UESB-BA. Coordenador do grupo de pesquisa: Memória, 
subjetividade e subjetivação no pensamento contemporâneo, vinculado ao PPGMLS Email: 
mirandajma@gmail.com 
 
14 
SAUDADE COMO ARTESANIA DA RECORDAÇÃO: A TARDANÇA NO 
PRELÚDIO DE IN VINO VERITAS 
 
 
Eduardo da Silveira Campos 
Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 
 
 
RESUMO: No "Prelúdio" de In Vino Veritas, Kierkegaard, sob a verve de William 
Afham, tematiza com distinções as noções de memória e recordação. A memória é 
vista como uma capacidade humana relativa ao registro de dados e fatos objetivos 
adquiridos imediatamente, sendo experienciada, sobretudo, no período da 
juventude. Em contrapartida, a recordação (erindring) se dá como uma "lembrança" 
característica da velhice mediada pelo distanciamento, cuja força é paradoxalmente 
elevada pela decadência da memória objetiva relativa aos eventos imediatos. Tal 
distanciamento na velhice agrava o sentido da presença justamente pelo 
alargamento do fosso da ausência. A imagem da "tarde", que aparece algumas 
vezes no texto, aponta para esse afastamento que o homem faz da "manhã" 
(imediatidade, juventude) durante a jornada de sua vida; mas, no distanciar-se, a 
manhã reverbera sua presença como ausência à tarde. A mediação da tarde, a 
tardança do homem, é o lugar da filosofia, a estância na qual a "arte da recordação" 
é doada ao pensamento na forma de saudade -- saudade e velhice. E a artesania da 
saudade consiste em fazer desaparecer (esquecer) o presente imediato da "manhã" 
para poder recordar a sua presença como ausência à "tarde". 
 
Palavras-chave: Recordação. Memória. Saudade. Tardança. 
 
 
15 
A QUESTÃO DA SUBJETIVIDADE EM KIERKEGAARD E SÃO JOÃO DA CRUZ3 
 
 
Elton Moreira Quadros 
Doutorando em Memória: linguagem e sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. 
Bolsista Capes. E-mail: eltonquadros@yahoo.com.br 
Jorge Miranda de Almeida 
DFCH-UESB, professor do Programa de Pós-graduação em Memória: linguagem e sociedade. E-
mail: mirandajma@gmail.com 
 
 
RESUMO: O tema da subjetividade encontra no pensamento de Kierkegaard um 
revolucionário desenvolvimento, uma vez que o filósofo dinamarquês trata do 
Indivíduo em sua singularidade. A individualidade é, portanto, construída no próprio 
existir que se dá no devir. Para Kierkegaard, a individualidade humana é o 
fundamento da subjetividade. A partir de sua existência e de como o homem 
enfrenta a tarefa de criar-se, dá-se a singularidade. A questão da subjetividade 
enquanto síntese entre o finito e o infinito, entre o exterior e o interior, nos propicia 
refletir sobre a subjetividade como interioridade e relação. Por outro lado, para 
Kierkegaard, a subjetividade constitui uma característica distintiva da experiência 
cristã. Por isso, na obra Postscriptum, Kierkegaard afirma que a verdade é 
subjetividade. Essa interiorização consiste na verdade entendida aqui como o estar 
posto frente à realidade existencial. Assim, encontramos o primeiro ponto de 
convergência do pensamento de Kierkegaard e São João da Cruz, na medida em 
que o segredo da interioridade e da verdadeira subjetividade, para o autor espanhol, 
é Deus. O mistério é o próprio Deus que supera toda a capacidade racional humana. 
Daí o recurso encontrado no discurso cristão é o amor, somente o amor pode nos 
fazer experienciar, como vida, o mistério que já está no interior do homem. A 
retomada do pensamento de Kierkegaard, está em profunda conexão com o de São 
João da Cruz, pois nos ajuda a perceber a possibilidade de pensar a subjetividade 
como um transformar-se na própria verdade existencialmente compreendida. Essa 
similitude da apresentação kierkegaardiana da subjetividade com a abordagem de 
São João da Cruz nos permite refletir fora dos padrões estritos de uma abordagem 
instrumental da subjetividade, possibilitando assim, experimentar um novo vigor na 
fundamentação da existência humana. 
 
Palavras-chave: Interioridade. Kierkegaard. São João da Cruz. Subjetividade. 
 
 
3 Trabalho vinculado ao Projeto temático memória subjetividade e subjetivação coordenado pelo Prof. 
Dr. Jorge Miranda de Almeida do PPG de Memória: Linguagem e Sociedade da Universidade 
Estadual do Sudoeste da Bahia. 
 
16 
COM A PENA DA GALHOFA E A TINTA DA IRONIA: LENDO BRÁS-CUBAS COM 
KIERKEGAARD E CIORAN 
 
 
Elton Silva Salgado 
Jorge Miranda de Almeida 
 
 
RESUMO: Este trabalho aborda o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas de 
Machado de Assis, que entendia ser Cubas um autor particular, e, afinal, havia de 
ser mesmo raro um defunto autor, isto é, um morto que se torna autor-narrador da 
própria vida que tivera e que a narrativa de suas memórias o faz sentir vivo outra 
vez, mesmo em sua nova condição lá no outro mundo. Assim, a nossa hipótese é 
que uma vez que o texto é lavra de um defunto autor, o nosso ilustre finado nos fala 
de dois pólos: as Memórias Póstumas são, precisamente, o que Brás Cubas era e o 
que está sendo no instante em que escreve e, ademais, as suas memórias ocorrem 
entre o assombro do presente e a lembrança do passado. Machado de Assis, 
mediante Brás Cubas, estabelece na narrativa uma concepção de tempo sem 
tempo, tempo para além do tempo e tempo que sintetiza as várias modalidades de 
tempo. Podemos enxergar, neste momento da obra, o exercício da ironia como 
método de comunicação que provoca no outro uma reação, a qual o entrega a si 
mesmo e à sua própria sorte. Desta forma, o estágio estético alcança Brás Cubas, 
que naquele momento encontrava-se esteticamente fundamentado, e o convocou 
para outras possibilidades de posição na vida, isto é, além da vida. E estes novos 
posicionamentos do defunto-autor, que nos fala de lá do outro mundo, assemelham-
se ao amplo debate que se realizará em torno dos estádios estético, ético e 
religioso, uma temática bastante cara à filosofia kierkegaardiana. Por outro lado, 
Brás Cubas, com seu tom irônico e provocador, assemelha-se, na sua recusa de 
procriar, ao filósofo Emil Cioran. Este último nos fala do mal, da salvação, das 
vicissitudes da história e, principalmente, da decadência; esta última expressa na 
recusa de perpetuar-se pela linhagem, sobre o fulcro de que nós, os homens, não 
temos nadaa transmitir e que a procriação é uma aberração, um monstro; e os 
monstros, prossegue Cioran, não engendram, antes, apavoram e, portanto, um filho 
lhe parece inconcebível. 
 
 
17 
SUBJETIVIDADE EM KIERKEGAARD E A EMERGÊNCIA DA SUBJETIVIDADE 
EM FOUCAULT 
 
 
Jorge Miranda de Almeida 
Hugo Pires Júnior 
 
 
RESUMO: Este estudo retoma a discussão a respeito da categoria subjetividade da 
forma apresentada por Kierkegaard na sua obra clássica, Pós-escrito conclusivo não 
científico às Migalhas Filosóficas onde o pensador desvela o problema subjetivo e 
enuncia como a subjetividade deve ser, evidenciando o tornar-se subjetivo como 
sendo a grande tarefa a ser empreendida pelo ser humano, pois a “verdade é a 
subjetividade”. Para em seguida identificar a emergência da categoria subjetividade 
nos escritos finais de Foucault quando deixa visível o deslocamento da sua 
arqueologia pelo princípio délfico do “conhece-te-a-ti-mesmo” que leva à “morte do 
homem” enquanto singularidade e prioriza a ideia de um sujeito autossuficiente, para 
a volta aos gregos a partir da noção socrática do “cuidado de si mesmo” 
considerando a subjetividade como singularidade, um si mesmo, que se desdobra 
na relação com o outro, isto equivalendo à noção de individuo e de interioridade em 
Kierkegaard. O objetivo deste estudo é o de identificar a categoria subjetividade, 
conforme estabelecida por Kierkegaard e a emergência desta categoria em Foucault 
na fase derradeira da sua produção onde da mesma forma que em Kierkegaard 
estabelece uma critica a subjetividade considerada como identidade e representação 
e volta-se para a subjetividade/verdade. A emergência da subjetividade em Foucault 
relacionada às noções desveladas por Kierkegaard só pode ser visualizada a partir 
da consideração de um deslocamento possível e visível empreendido por Foucault 
quando abandona as relações sujeito/poder e volta-se para a constituição da 
subjetividade pela noção de cuidado de si mesmo ou do sujeito/verdade. A não 
consideração a respeito deste deslocamento torna quase impossível enxergar e 
estabelecer esta relação, ou seja, o deslocamento de Foucault é a condição primeira 
para analisar a sua aproximação em direção a Kierkegaard e visualizar e 
emergência da subjetividade em sua hermenêutica. Para o desenvolvimento do 
estudo serão utilizadas, basicamente, as obras Pós-escrito conclusivo não científico 
às Migalhas Filosóficas e Ponto de vista explicativo da minha obra como escritor de 
Kierkegaard e as obras A hermenêutica do sujeito, o O cuidado de si, parte três da 
trilogia Historia da sexualidade além do Governo de si e dos outros, de Foucault. 
 
Palavras-chave: Kierkegaard. Subjetividade. Foucault. Cuidado de si mesmo. 
 
 
18 
APONTAMENTOS HISTORIOGRÁFICOS SOBRE AS IDEIAS DE KIERKEGAARD 
QUE SE ESTENDERAM À PSICOLOGIA 
 
 
Janderson Carneiro de Oliveira 
Graduando em Psicologia, Universidade Federal da Bahia (UFBA). Contato: jandapj@hotmail.com 
Paulo Coelho Castelo Branco 
Mestre em Psicologia, Docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Contato: 
pauloccbranco@gmail.com 
 
 
RESUMO: Norteado pela história das ideias psicológicas (HIP), este trabalho reflete 
os elementos filosóficos de Kierkegaard que chegaram à Psicologia moderna. 
Entendem-se ideias psicológicas como toda produção de pensamento anterior à 
Psicologia científica, ou em paralelo a essa, sob a forma intelectiva de questões 
psicológicas. A HIP é uma apreensão de conhecimentos e práticas culturais que 
dizem respeito à Psicologia, mas não são fontes epistêmicas fundantes a ela ou 
foram historiografadas por ela. Apontam-se três ideias kierkegaardianas estendidas 
à Psicologia: a necessidade de engajamento e do risco; o primado da subjetividade; 
e, a experiência da angústia e do desespero. Na primeira, entende-se que a verdade 
existe para o indivíduo conforme ele próprio a produz. A verdade só existe-emerge 
conforme alguém se engaja por ela e nela se arrisca. Recusar o risco significa, pois, 
abdicar a verdade. Na segunda, pondera-se que a objetividade e a certeza não 
determinam o indivíduo, mas sim uma coerência da verdade com todas as 
exigências que ele tem. Isso potencializa o que o indivíduo é e deseja ser, 
possibilitando-lhe a escolha e a definição de um modo de existir no mundo, em uma 
lógica própria e autêntica. Na terceira, medita-se que a angústia e o desespero 
definem a existência. A angústia envolve a relação com os outros e o desespero 
abrange a relação consigo mesmo. Ambos estão ligados à realidade e a 
possibilidade da falta. O indivíduo é obrigado a escolher, submetendo-se ao risco e 
vivenciando o desespero e a angústia. Esta é um intermédio entre o possível e o 
real, o que a caracteriza como um poder de escolha, que é um ato de liberdade. 
Conclui-se que essas ideias influenciaram algumas abordagens clínicas humanistas 
e existenciais, seja pela ênfase na subjetividade como lugar de verdade, a despeito 
de todas as racionalizações feitas sobre o indivíduo, seja pelo acento dado a 
dimensão da escolha e da responsabilidade pela situação vivida, elaborada de forma 
autêntica. 
 
Palavras-chave: História das Ideias Psicológicas. Kierkegaard. 
 
 
19 
SUBJETIVIDADE: ENTRE O CONCEITO E A EXISTÊNCIA, DESAFIO PARA A 
CLÍNICA PSICOLÓGICA 
 
 
Jaqueline Cristina Salles4 
Jorge Miranda de Almeida5 
 
 
Resumo: Este estudo objetiva discutir a categoria subjetividade no contexto da 
psicoterapia. Para isso, apresenta o contraponto entre o conceito de subjetividade 
como objeto de estudo da Psicologia enquanto Ciência Humana e a categoria 
subjetividade no pensamento e Filosofia Existencial de Soren Kierkegaard. 
Apresenta a constituição histórica da subjetividade como plano de interioridade e 
posteriormente objeto de estudo da psicologia moderna. Em contrapartida, 
demonstra na filosofia de Kierkegaard como a categoria subjetividade apresenta-se 
como primordial para o existente no percurso de tornar-se, como movimento da 
existência. Aponta as implicações da proposta kierkegaardiana de subjetividade para 
a Psicologia na prática da psicoterapia com bases existenciais-humanistas. 
Compreende-se que a psicoterapia pode apresentar-se como acontecimento 
singular do apropriar-se de si mesmo, do recolher-se e existir de modo concreto 
como escolha. A subjetividade como categoria existencial encontra-se como desafio 
para a prática de uma psicoterapia que considere, sobretudo a compreensão e a 
relação estabelecida com o outro a partir do encontro, como primordiais para o 
existir como apropriação e escolha. Escolha singular, mas que vivencia a 
subjetividade como relação. 
 
Palavras-chave: Subjetividade. História da Psicologia. Clínica Psicológica. 
Kierkegaard. 
 
 
 
4 Psicóloga. Mestranda do programa de Pós-graduação em Memória: Linguagem e Sociedade da 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). integrante do grupo de pesquisa Memória, 
Subjetividade e Subjetivação no pensamento contemporâneo. Integrante do grupo de pesquisa 
Memória, Subjetividade e Subjetivação no pensamento contemporâneo, da Universidade Estadual do 
Sudoeste da Bahia. Bolsista da CAPES. E-mail: jaquelinesalles@gmail.com 
5 Coordenador do grupo de pesquisa Memória, Subjetividade e Subjetivação no pensamento 
contemporâneo da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Professor titular do Departamento 
de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (DFCH--UESB). 
Professor permanente do programa de Pós-graduação (doutorado e mestrado) em Memória: 
Linguagem e Sociedade da UESB. Professor convidado do Programa de Pós-graduação em 
Linguística da UESB. E-mail: mirandajma@gmail.com 
 
20 
LUIS DA SILVA E PAULO HONÓRIO: UMA ABORDAGEM DA SUBJETIVIDADE 
KIERKEGAARDIANA NA LITERATURADE GRACILIANO RAMOS6 
 
 
Joanne Ferreira de Oliveira Cordeiro 
Mestranda em Memória, Linguagem e Sociedade 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB 
joanneportugues@hotmail.com 
Jorge Miranda de Almeida 
Mestrado e Doutorado em Filosofia 
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB 
mirandajma@gmail.com 
 
 
RESUMO: Este trabalho, com base especialmente na perspectiva kierkegaardiana 
da existência, objetiva analisar a condição existencial das personagens Luis da 
Silva, do livro Angústia, e Paulo Honório, do livro São Bernardo, ambos de 
Graciliano Ramos, escritor literário brasileiro do sec. XX. A subjetividade em 
Kierkegaard constitui a base da análise da vida desses indivíduos, evidenciando a 
perseguição que eles vivem no íntimo e de que são vítimas, numa existência 
perturbada e deteriorada tanto em relação a si mesmos como aos outros. Nessas 
obras, o autor privilegia a sondagem interior desses seres que são açoitados pela 
desgraça e destruição das emoções, os quais se tornam um rico material simbólico 
para uma análise da condição existencial daqueles seres que são oprimidos pela 
angústia e pelo vazio interior. Paulo Honório admite-se perturbado por “emoções 
indefiníveis” e Luís da Silva, referindo-se a si mesmo, considera que “todo 
desarranjo é interior”. Dessa forma, leituras da filosofia de Sören Kierkegaard 
podem balizar a realização desta pesquisa sobre o tema da angústia, 
especialmente no que concerne à relação dialética que o ser humano é capaz de 
estabelecer consigo mesmo, na busca de entender a razão de seus próprios 
conflitos internos. Para Kierkegaard, buscar entendimento das próprias desordens 
não atenua o desespero, apesar de ser a única forma de lidar com ele. Assim, este 
estudo busca compreender a relação que as referidas personagens estabelecem 
consigo mesmas e localizar os paralelos que podem ser fundados entre a 
abordagem que a escritura de Graciliano Ramos faz do tema e a subjetividade em 
Søren Kierkegaard. Nesse aspecto, estas obras de Graciliano, analisadas sob a 
perspectiva da filosofia da existência do pensador dinamarquês, contribui para 
ampliar a visão do leitor de Graciliano, além de oferecer um estrado filosófico para 
a compreensão da existência na contemporaneidade, ainda que as obras literárias 
tenham sido escritas há mais de setenta anos. 
 
Palavras-Chave: Luis da Siva. Paulo Honório. Subjetividade. Kierkegaard. 
 
 
6 Projeto de Pesquisa CNPQ Memória, Subjetividade e Subjetivação no Pensamento Contemporâneo 
– Coordenador – Jorge Miranda de Almeida 
 
21 
KIERKEGAARD E HEIDEGGER: UMA RELAÇÃO MAL-DITA 
 
 
Jorge Miranda de Almeida 
UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia 
Grupo de Pesquisa em Memória, subjetividade e subjetivação CNPq-CAPES 
PIBID – FILOSOFIA E-mail: mirandajma@gmail.com 
 
 
RESUMO: Considerando que toda tradução é uma traição, esta comunicação 
pretende problematizar a relação entre Kierkegaard e Heidegger a partir da leitura 
das obras de R. Poole The Unknown Kierkegaard: Twentieth-century receptions 
(1998), Jean Wahl Historia del existencialismo (1971) e Levinas Totalidade e Infinito 
(2000) em que analisam a leitura que o filósofo de Ser e Tempo faz das principais 
categorias elaboradas pelo autor de O Conceito de Angústia. Nesse contexto 
pretende-se discutir três questões: a primeira, Heidegger não conhece a obra de 
Kierkegaard em sua totalidade e não faz uma leitura na língua original em que a 
obra foi escrita, de forma que dependendo da tradução utilizada em alemão, pode 
ter interpretado propositadamente ou não determinadas categorias para justificar seu 
projeto de uma ontologia fundamental, quando, segundo os principais estudiosos de 
Kierkegaard e os três teóricos utilizados para fundamentar este estudo, o projeto 
kierkegaardiano era na perspectiva existencial e não metafísica; segunda, a 
atribuição de Heidegger enquadrando Kierkegaard dentro de um determinado lugar 
como faz em sua obra Ontologia – Hermenêutica da facticidade definindo o 
pensador dinamarquês como teólogo, interpretação equivocada, pois o próprio 
Kierkegaard ao construir sua obra teve o propósito de não ser enquadrado e 
engessado como filósofo, ou como teólogo, ou como psicólogo, ou como literato. As 
múltiplas vozes e as ondulações do pensamento kierkegaardiano testemunham o 
equívoco de Heidegger; terceiro, verificar se, e, em que medidas Heidegger se 
apropria das categorias de Kierkegaard como sustenta veementemente Poole ou o 
diálogo que se estabelece entre os dois pensadores contribui para que o 
pensamento filosófico mantenha-se como problema e como lugar de reflexão. 
 
Palavras chave: Kierkegaard. Heidegger. Existência. Ontologia. 
 
 
22 
PASCAL E KIERKEGAARD: CRÍTICOS DO REDUCIONISMO DA FÉ À RAZÃO 
 
 
José da Cruz Lopes Marques 
José Roberto Gomes da Costa 
 
 
RESUMO: No contexto de surgimento da filosofia moderna são bem conhecidas as 
críticas feitas por Blaise Pascal à tentativa cartesiana de submeter a fé ao exercício 
do cogito. Segundo Pascal (2005) “As provas metafísicas de Deus acham-se tão 
afastadas do raciocínio dos homens que pesam pouco; e, mesmo que isso servisse 
para alguns, serviria apenas durante o instante em que vissem essa demonstração; 
mas, uma hora depois, receariam ter-se enganado”. Em outro trecho de seus 
Pensamentos, o pensador jansenista dirá que Deus só é sensível ao coração e não 
à razão. Em um contexto igualmente marcado pelo racionalismo, Kierkegaard 
também protesta contra o reducionismo da fé à razão. A crítica kierkegaardiana é 
vista, sobretudo, em denunciar a preensão de se estabelecer provas racionais para 
a existência, a exemplo do que haviam feito os pensadores escolásticos e os 
racionalistas a partir de Descartes. Uma vez que a relação entre o existente e Deus 
é marcada pela subjetividade, a objetividade das demonstrações e provas 
metafísicas são de pouco valor. Para recorrermos a Johannes Climacus no texto das 
Migalhas, toda discussão acerca de Deus, começa com um pressuposto: o 
pressuposto de que ele existe. A rigor, não se prova que Deus existe, no máximo, 
pode-se provar que algo que existe é Deus, do mesmo modo que não se prova que 
uma pedra existe, prova-se apenas que algo que existe é uma pedra 
(KIERKEGAARD, 2005). A razão do fracasso das provas racionais para a existência 
de Deus reside exatamente na distância ontológica entre o homem e Deus. 
Climacus percebe que essa distância impossibilita as chamadas provas teístas. Por 
isso, declara nas Migalhas filosóficas em tom bastante irônico: “Mas, a partir de um 
tal estado de coisas, não tentarei provar a existência de Deus, e mesmo que eu 
começasse jamais chegaria ao fim, e, além disso, teria que viver eternamente in 
suspenso, temendo que de repente alguma coisa tão terrível acontecesse que 
viesse a demolir minha pequena prova (KIERKEGAARD, 2005, p. 65). A presente 
comunicação buscar articular e aproximar as críticas tecidas por Pascal e 
Kierkegaard contra o reducionismo da fé a razão. Modo específico, a rejeição dos 
dois filósofos em relação às provas metafísicas da existência de Deus. 
 
Palavras-chave: Fé. Razão. Pascal. Kierkegaard. 
 
 
 
23 
KIERKEGAARD E NIETZSCHE: A VERDADE COMO PROBLEMA EXISTENCIAL 
 
 
Leonardo Araújo Oliveira1 
Mestrando em Filosofia 
Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” - UNESP 
 
 
RESUMO: Tem-se como principal objetivo investigar o problema da relação entre 
existência e verdade nas filosofias de Søren Kierkegaard (1813-1855) e Friedrich 
Nietzsche (1844-1900), passando pelos seguintes procedimentos: expor a oposição 
de Kierkegaard e Nietzsche às promessas de filosofias sistemáticas; opor a 
categoria de existência e o conceito de vontade de poder à definição de verdadepressuposta na adequação entre pensamento e ser e ao conhecimento científico-
objetivo; por fim, esboçar uma abordagem que trate do estilo nesses dois autores, 
em consonância com o problema da comunicação da verdade. Com isso, buscamos 
demonstrar que os textos de ambos os pensadores testemunham em favor dos 
seguintes pontos em comum: configuram-se como filósofos anti-sistemáticos; 
apontam limites na concepção científica de verdade, transformando a verdade em 
um problema existencial; suas posturas anti-sistemáticas e anti-dogmáticas se 
relacionam intrinsecamente com a riqueza estilística de suas produções intelectuais 
e de suas próprias reflexões em torno de seus textos e de suas práticas enquanto 
filósofos e escritores. 
 
Palavras-chave: Existência. Friedrich Nietzsche. Søren Kierkegaard. Verdade. 
 
 
1Bolsista CAPES. 
 
24 
NOTAS SOBRE O PATÉTICO-DIALÉTICO A PARTIR DO PÓS-ESCRITO COMO 
TONALIDADE AFETIVA (STEMNING): O PHATOS DA EXISTÊNCIA, A ARCHÉ DO 
FILOSOFAR 
 
 
Marcos Érico de Araújo Silva 
Doutorando em Filosofia (UFPB-UFRN-UFPE) 
Bolsista CAPES 
 
 
RESUMO: O presente trabalho se propõe a perseguir a edificação de uma hipótese 
de leitura acerca do patético-dialético como tonalidade afetiva (Stemning) na 
perspectiva, melhor, no inter-esse de ser, em Kierkegaard, o phatos da existência, a 
arqué do filosofar. Se essa hipótese de leitura se mostrar consistente, ou, ao menos, 
razoável de ser sustentada, mostrar-se-á como uma chave de leitura hermenêutica 
possível para adentrar no phatos, quer dizer, na arqué do pensamento filosófico de 
Kierkegaard. Interessa-nos olhar para a origem, o tutano, no qual e a partir do qual 
viceja e impera o vigor filosófico do pensamento de Kierkegaard, sem, com isso, 
nadificar outras possibilidades de leituras do grande dinamarquês. Os aspectos ou 
dimensões teológicas, poéticas, musicais, políticas (!?) não são marginalizadas, mas 
são pensadas, reconduzidas e experimentadas desde seu fundamento. Este 
elemento originário não seriam as tonalidades afetivas? E isso não é precisamente 
essa dimensão ou âmbito patético-dialético no qual Kierkegaard entende todo 
problema de existência? Ora, toda a filosofia de Kierkegaard não é um ocupar-se e 
um pré-ocupar-se com a existência numa apropriação (Tilegnelsen) existencial, quer 
dizer, a análise da passagem (Uebergang) ou devir existencial do tornar-se cristão, 
tornar-se subjetivo, enfim, tornar-se um si-mesmo? Logo, parece que a filosofia de 
Kierkegaard é patético-dialético graças as tonalidades afetivas. O edificante, o 
conceito de edificação (op-bygge) não quer traduzir precisamente isso? O amor, em 
As obras do amor, não responde enquanto fundo do fundamento mistérico da 
estrutura trinitária do si-mesmo desenvolvido em A doença para a morte? Vigilius 
Haufniensis não denuncia que a história da filosofia carece das “determinações 
intermediárias” (Mellembestemmelser), como a angústia? Não é por sentir essa 
carência nos escritos filosóficos que o pseudônimo Victor Eremita assume uma 
disposição herética na filosofia procurando por si mesmo investigar e preencher 
essa lacuna? A partir de vestígios no Pós-escrito acerca dessa questão sobre o 
phatos estético e o phatos existencial, como chave de leitura hermenêutica, in-
vestigaremos em outras obras o movimento (Bevaegelse) existencial, isto é, 
patético-dialético como tonalidade afetiva que fundamenta a Teoria dos Estádios. 
 
Palavras-chave: Phatos estético. Phatos existencial. Tonalidade afetiva. Arqué 
 
 
25 
SUBJETIVIDADE E LIBERDADE: UM SENTIMENTO DE PERDIÇÃO 
 
 
Maria Consolata Ferreira de Oliveira 
Psicóloga, psiconsa@hotmail.com 
 
 
RESUMO: Kierkegaard, filósofo dinamarquês, pensa a edificação da subjetividade 
como uma tarefa para todo e qualquer indivíduo que queira um encontro com a 
verdade. Para ele, essa verdade se coloca à disposição do indivíduo que busca ser 
o si mesmo, processo que exige uma decisão comprometida com a existência 
concreta, permeada de escolhas. A verdade aqui, não diz respeito a uma 
proposição, mas sim a um desvelamento, uma abertura de possibilidades que 
permitirão o reconhecimento de si enquanto individuo capaz de ser ele mesmo e não 
o outro. Entretanto, para ele, essa edificação só pode ocorrer se o existente se põe 
numa relação entre eternidade e temporalidade, liberdade e necessidade, instante 
em que se dá uma síntese entre o corpóreo e o espiritual. Essa apropriação de si 
mesmo dá-se numa dinâmica onde o existente pensador angustia-se para ter a 
liberdade de se edificar. Nesse movimento, rompe com o eu universal, o inautêntico, 
as exigências de sua época para a edificação de uma subjetividade singular. O 
pensador dinamarquês ainda postula que aquele que ousa ser singular deve afastar- 
se da multidão. Afirma que do ponto de vista ético, ético-religioso, a multidão é a 
mentira, e é uma mentira querer agir e fazer do número a instância da verdade. Para 
ele, todo homem que se refugia na multidão foge covardemente da condição de 
indivíduo e perde a verdade da existência singular. A multidão não quer se 
angustiar, antes propõe o engano, a representação, a inautenticidade. 
 
Palavras-Chave: Subjetividade. Verdade. Angústia. Existência. 
 
 
26 
ANTÍGONA SEGUNDO A INTERPRETAÇÃO KIERKEGAARDIANA 
 
 
Milene Fontes de Menezes Bispo7 
Roberto Sávio Rosa8 
 
 
RESUMO: O presente trabalho possui o intuito de investigar a releitura 
kierkegaardiana da heroína trágica Antígona, do dramaturgo grego Sófocles. A 
interpretação do filósofo dinamarquês revela características do trágico moderno, as 
quais demonstram a influência da tradição judaico-cristã na personagem, mas que 
carregam particularidades do trágico antigo. O distanciamento temporal entre a 
Antígona sofocliana e a heroína de Kierkegaard são observados nas consequências 
do processo de subjetivação do indivíduo. Mediante o contraste entre os trágicos 
antigo e moderno, o que nos permite identificar a insuficiência do indivíduo, que o 
direciona ao isolamento. 
 
Palavras Chaves: Antígona. Trágico. Subjetivação. Isolamento. 
 
 
7 Discente do Curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade Estadual de Santa Cruz - 
UESC/BA; Bolsista Iniciação Científica do programa FAPESB Fundação de Amparo à Pesquisa do 
Estado da Bahia, vinculada ao Projeto de pesquisa registrada na PROPP: 00220.1700.1337 - Trágico 
ou espetáculo monstruoso? Considerações aristotélicas em Adonias Filho; orientanda. email: 
myllahmenezes@gmail.com. 
8 Professor Adjunto do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas DFCH – UESC; Projeto de 
pesquisa registrada na PROPP: 00220.1700.1337 - Trágico ou espetáculo monstruoso? 
Considerações aristotélicas em Adonias Filho; Orientador. E-mail: savio@uesc.br 
 
27 
EDUCAÇÃO ÉTICO-EXISTENCIALE LINGUAGEM LITERÁRIA - COMUNICAÇÃO 
INDIRETA 
 
 
Vera Lúcia Periassu de Oliveira9 
Zélia Salles10 
 
 
RESUMO: Este artigo objetiva alargar a compreensão a respeito da proposta de 
uma Educação Ético-Existencial, fundamentada no pensamento de Kierkegaard e 
apresentada na obra “A Educação em Kierkegaard e Paulo Freire: por uma 
educação ético-existencial”, de autoria de Almeida (2013). Pretende-se, também, 
relacionar a referida proposta com a Comunicação Indireta, por meio da linguagem 
literária, recurso estratégico muito utilizado por Kierkegaard em seus escritos, como 
por exemplo, na obra “Diário de um Sedutor (1843), A repetição (1843), Etapas no 
caminho diante da vida” (1845). Para Kierkegaard, o método da comunicação 
indireta é eminentemente pedagógico, pois permite que, indiretamente, sem a 
rigidez dos métodos tradicionais, a comunicação da Educação aconteça. Neste 
sentido, seu pensamento estámuito próximo da comunicação dialógica em Paulo 
Freire. Este estudo problematiza a Educação como tarefa na construção da 
existência centrada na singularidade, pois de acordo com Kierkegaard, a virtude 
deve ser ensinada, mas não à maneira conceitual porque ela não é uma doutrina; é 
um poder, um executar, um existir, uma transformação existencial. (ALMEIDA, 2013, 
p.115). Assim sendo, a Educação faz parte de um processo, de um trabalho de 
interioridade que acontece na subjetividade, favorecendo a relação com o outro, de 
forma que esse outro possa ser encontrado como “espelho” em linguagem literária, 
considerada uma estratégia de comunicação indireta, presente na obra de 
Kierkegaard e também em autores brasileiros como Machado de Assis, Graciliano 
Ramos, João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira, Clarice Lispector, Guimarães 
Rosa e tantos outros da Literatura Brasileira. 
 
 
9 OLIVEIRA, Vera Lúcia Periassu de. Mestre em Língua Portuguesa, pela Universidade Federal da 
Paraíba/UFPB, 1994, Graduação em Letras. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), 1981. Especialista em 
Língua Portuguesa, Universidade Federal da Paraíba/UFPB, 1990. . É membro do Grupo de Pesquisa CNPQ 
intitulado Memória, subjetividade e subjetivação no pensamento contemporâneo Professora de Língua 
Portuguesa, Rede Estadual da Paraíba, 1978 a 1990; Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, 
Campus III da UFPB, Bananeiras, PB; 1991 a 2009. Educadora do Projeto Educação não Formal junto a 
comunidades populares menos favorecidas, na região amazônica e nordeste do Brasil, 2009 até hoje. Professora 
convidada do Programa Brasil Alfabetizado, Município de Bananeiras,/ PB. 2013 veraperiassu@uol.com.br 
10 SALLES, Zélia. Psicóloga/Teóloga. Mestre em Teologia (com pesquisa em Teologia Moral e pesquisa em 
Psicologia) pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, PUC/SP 2002. Graduação em 
Psicologia e Curso de Habilitação para Psicólogo, PUCCAMP/Campinas, SP, 1980. Graduação em Teologia pela 
PUC/RJ, Rio de Janeiro, 1991. Estudos em Espiritualidade pelas Faculdades Integradas Claretianas, São Paulo, 
SP. 1999. Capacitação em Espiritualidade pelo Centro de Espiritualidade Inaciana (CEI) Indaiatuba, SP, 2000. É 
membro do Grupo de Pesquisa CNPQ intitulado Memória, subjetividade e subjetivação no pensamento 
contemporâneo. Atua na área da Psicologia, Ética, Teologia, Espiritualidade e Educação. Educadora no Projeto 
de Educação não Formal junto a comunidades populares menos favorecidas, na região amazônica e Nordeste 
do Brasil, 2009 até hoje. É membro associado da Associação Pierre Bonhomme cuja proposta sócio-educativa 
está centrada na libertação e promoção da vida digna ao povo menos favorecido (associação civil, de natureza 
confessional e beneficente, sem fins econômicos e lucrativos de caráter educacional e de assistência social). 
sallesz55@gmail.com. 
 
28 
POR ESSA RAZÃO O APÓSTOLO DIZ “PURIFICAI OS VOSSOS CORAÇÕES”11 
 
 
Victor Manoel Fernandes 
Graduando em Filosofia – Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) 
victormmanoel@gmail.com 
 
 
Resumo: O trabalho é uma amostra do esforço de tradução, a partir da língua 
inglesa, e interpretação que venho realizando sob a orientação do Professor Álvaro 
Valls, tendo em perspectiva o plano do orientador de traduzir as três obras que 
compõem os Discursos Edificantes em Diversos Espíritos, de 1847, que são: Pureza 
do coração é querer uma só coisa, O que aprendemos dos lírios do campo e das 
aves do céu, e Evangelho dos sofrimentos. Neste trabalho, em especial, será 
abordado apenas o primeiro desses Discursos – Pureza do coração é querer uma só 
coisa – onde serão desenvolvidos os seguintes temas: “Subjetividade”, “Os dois 
guias”, “Purifiquem o coração” e, por fim, uma reflexão sobre a atualidade das 
palavras de Kierkegaard. O objetivo de minha tarefa é fazer uma pequena 
introdução a esse texto, que por muitos brasileiros ainda é desconhecido, pois não 
traduzido à nossa língua, e apresentar, de forma sucinta, alguns conceitos básicos 
que Kierkegaard vai se utilizar durante o desenvolvimento de suas páginas, tais 
como: Arrependimento e Remorso. 
 
Palavras-Chave: Introdução. Pureza de Coração. Arrependimento. 
 
 
 
11 Bolsa de Iniciação Científica: UNIBIC-UNISINOS. Orientador: Álvaro Luiz Montenegro Valls. Projeto 
de Pesquisa: S. KIERKEGAARD: SUBJETIVIDADE, SOFRIMENTO E ALEGRIA. (CNPq) 
 
29 
O DIABÓLICO, O EXISTENCIAL E O EROTISMO NA MÚSICA: UM ESTUDO EM 
KIERKEGAARD 
 
 
Ana Monique Moura 
Doutoranda do Programa de Integrado de Doutorado em Filosofia (UFPE-UFPB-UFRN). 
Pesquisadora bolsista pela CAPES. 
Contato: anamoniquemoura@gmail.com 
 
 
RESUMO: Os “Estudos Estéticos”, primeira parte da obra “Enten-Eller” de 
Kierkegaard, traz como um de seus textos “O erotismo musical”, no qual o tema do 
donjuanismo pensado a partir da obra de Mozart é posto como um dos grandes 
motes. O segundo capítulo desta obra aborda o que o filósofo concebe por “Estados 
imediatos da música”, no qual ele trata com mais detalhe o tema. Contudo, nossa 
tentativa é recuar e trazer uma compreensão mais detalhada do conceito de 
erotismo musical a partir de uma explicitação do tema mediante três principais 
tomadas: 1. Música & Linguagem; 2.Música & Espírito; 3. Música & Ciência. Com 
este panorama, proposta pelo próprio Kierkegaard, o objetivo é definir o que ele trata 
sobre o indivíduo e a genialidade sensual na música como as pedras angulares de 
sua estética musical. Dentro disso, veremos que o tema existencial entra com mais 
força na medida em que Kierkegaard faz referência ao diabólico face à música e 
defende no espírito musical o caráter cristão ao detectar a origem do erotismo 
musical no seio do Cristianismo. Nossa tentativa será explicar, finalmente, o 
processo pelo qual nosso filósofo pensa tais relações e mostraremos como o 
erotismo musical e o Cristianismo, frente ao diabólico, implicam na discussão, por 
parte de Kierkegaard, sobre a própria realidade da música e sobre as condições 
existenciais do indivíduo com ela. 
 
Palavras-Chave: Diabólico. Erotismo. Existencialismo. Música. 
 
 
 
30 
MEMÓRIA, EXISTÊNCIA E SUBJETIVIDADE 
 
 
Jorge Miranda de Almeida 
Hugo Pires Júnior 
 
 
RESUMO: In vino veritas é a primeira parte da obra pseudonímica de Kierkegaard 
publicada em 1845, intitulada os Estádios no caminho da vida e constitui-se em uma 
das escritas indiretas do autor da sua fase estética. Esta escrita é, conforme o autor 
avisa no subtítulo, uma “recordação” parte da narrativa de William Afham, autor 
pseudônimo. Nas páginas do Prelúdio Kierkegaard brinda o leitor com uma 
recordação antecipada, que antecede ao texto e nela discorre sobre as categorias 
“memória” e “recordação” fazendo uma distinção entre as duas categorias. Para 
Kierkegaard estas duas categorias apesar de apresentarem diferenças marcantes 
são, no mais das vezes confundidas, mas é esta confusão, na vida dos homens, que 
oportuniza “estudar a profundidade do indivíduo”. Enquanto a recordação é da área 
da idealidade evocando esforços e responsabilidades a memória apresenta-se 
indiferente ao conteúdo. O autor chama a atenção para a recordação como sendo a 
mola propulsora para a “continuidade da vida”, aquela que assegura que a 
existência terrena do homem mantenha-se em marcha contínua “de um só fôlego, 
dizível de uma só vez”. A recordação não pode assim, ser esquecida, pois tudo 
aquilo que relegamos ao esquecimento volta sem que precisemos chamar, e a 
recordação assim o faz, pois possui uma nostalgia inerente, ela é gestada, incubada, 
“escondida e secreta”. Enquanto a recordação é refletida, a memória vem 
diretamente, sem mediação. Esta forma de pensara memória e a recordação 
conforme Kierkegaard no Prelúdio da recordação de William Afham precisa ser 
deslindada. Assim neste estudo procurar-se-á evidenciar as categorias “memória” e 
“recordação”, como aparecem em Kierkegaard e seus movimentos que deverão 
evidenciar a presença do pensamento do dinamarquês na constituição da área de 
conhecimento definida como memória. Muito mais do que um teórico da memória 
Kierkegaard poderá pontuar como mais um pensador que estabelece movimentos 
significativos aos ditos da memória, ampliando seu espectro de abrangência da 
forma como feita por Bergson, Freud e outros, reconhecidos como teóricos da 
memória. Neste intento será analisado o texto Prelúdio da obra In vino veritas e a 
obra Repetição, ambas relacionadas ao período estético de Kierkegaard. Espera-se 
que os resultados deste estudo demonstre a afinidade de Kierkegaard com a área 
da memória estabelecendo-o como mais um pensador importante para o 
desenvolvimento desta área de pensar. Além de, deixar visível a universalidade da 
sua obra e da sua existência. 
 
Palavras-Chave: Kierkegaard. Memória. Recordação. Repetição. 
 
 
31 
UMA LEITURA KIERKEGAARDIANA DA SUBJETIVIDADE NO CONTO “O 
ESPELHO” DE GUIMARÃES ROSA 
 
 
Elton Moreira Quadros 
Doutorando em Memória: linguagem e sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Bolsista 
Capes. E-mail: eltonquadros@yahoo.com.br 
 
 
RESUMO: O tema da subjetividade encontra no pensamento de Kierkegaard uma 
revolucionária compreensão, uma vez que o filósofo a desloca do eu-consciência-
autoreflessiva para a subjetividade que se transforma em singularidade relacional. A 
individualidade é, portanto, construída no próprio existir que se dá a partir da concretização 
das possibilidades (devir) no interior das contradições em que o existente está localizado. 
Para Kierkegaard, não há uma preponderância do coletivo em relação ao Indivíduo, uma 
vez que nenhuma categoria abstrata supera o indivíduo concreto, existente e singular, por 
outro lado, não existe o indivíduo desconectado do coletivo.. Ao mesmo tempo, esse 
Indivíduo encontra-se sempre em relação. É na existência que o homem se constitui, ao 
homem cabe a tarefa de edificar-se a si mesmo. O caminho da liberdade necessita ser 
assumido pelo Indivíduo em sua inteireza, com todos os riscos, dores e delícias exigidas. 
João Guimarães Rosa no conto “O Espelho”, um dos vinte e um contos presentes no livro 
Primeiras Estórias publicado em 1962, apresenta uma curiosa história em que um espelho 
possibilita, em momentos distintos, que a personagem-narrador do conto experimente o 
estranhamento sobre si mesmo até desaparecer completamente quando frente ao espelho. 
Esse acontecimento possibilita uma reflexão sobre a subjetividade a partir das categorias 
kierkegaardianas na perspectiva de que somente após uma experiência de sofrimento, a 
personagem consegue recuperar aos poucos a sua imagem no espelho e, somente após a 
experiência de amor, consegue tornar a ver-se no espelho e, enfim, reconhecer-se. No Eu 
compreendido como relação, portanto, ao invés da estabilidade, permanência, solidez, 
fechamento de uma concepção do eu-unidade, o Eu como relação pressupõe a 
instabilidade, variabilidade, a ambiguidade, a inconclusividade e, até mesmo, fragilidade. 
No presente trabalho pretendemos refletir à luz do conto rosiano sobre a subjetividade 
estabelecendo um diálogo entre Kierkegaard e Guimarães Rosa. 
 
 
 
 
32 
KIERKEGAARD E O TRÁGICO SUPORTÁVEL12 
 
 
Roberto Sávio Rosa 
Doutor. Curso de Filosofia. Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC/BA 
savio@uesc.br 
 
 
RESUMO: A tragédia clássica representa as contradições da humana condição. Se 
os conflitos sugeridos estão reféns do destino (inelutáveis) então resta ampliado o 
distanciamento entre o trágico e a culpa. A interpretação kierkegaardiana parece 
insinuar que há uma diferença entre o trágico antigo e o trágico moderno e que esta 
reside na reflexão acerca da culpa do herói trágico. Mas como é possível seguir os 
passos determinantes dessa diferença? Para o filósofo dinamarquês a peculiaridade 
da desproporção pode ser atribuída ao modo como são concebidas as relações 
entre o castigo e o sofrimento. 
 
Palavras-Chave: Trágico. Culpa. Castigo. Sofrimento. 
 
 
12 Projeto de pesquisa financiado pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC/BA, intitulado 
“Leitura hermenêutica a respeito do conceito de culpa e suas relações com as interpretações de S. 
Kierkegaard e K. Jaspers”. Coordenador: Roberto Sávio Rosa. O Projeto conta com participação de 
dois bolsistas de iniciação científica (FAPESB/CNPQ). 
 
33 
EXTENSÕES DAS IDEIAS DE KIERKEGAARD PARA A PSICOLOGIA DE CARL 
ROGERS: APONTAMENTOS HISTÓRICOS 
 
 
Laryssa Soares Leite 
Graduando em Psicologia, Universidade Federal da Bahia (UFBA). Contato: 
Laryssaasoares245@gmail.com 
Paulo Coelho Castelo Branco 
Mestre em Psicologia, Docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Contato: 
pauloccbranco@gmail.com 
 
 
RESUMO: Norteado pela História das Ideias Psicológicas, objetiva-se refletir as 
ideias psicológicas de Kierkegaard que se estendem à Psicologia de Carl Rogers. A 
mencionada perspectiva histórica é uma linha de pesquisa a qual pressupõe que 
algumas ideias psicológicas, oriundas de produções culturais anteriores ou paralelas 
à assunção da ciência moderna, afetam a Psicologia, compondo-a em certos 
elementos intelectivos não necessariamente epistemológicos. No que concerne às 
ideias de Kierkegaard que chegam a Rogers, é válido salientar que ambos 
convergem em relação à visão de pessoa como um processo de tornar-se o que se 
é, de um modo autêntico e apropriado. Apontam-se, destarte, algumas ideias 
rogerianas desdobradas dessa visão, a saber: (1) a noção de que o conhecimento 
se dá a partir de uma interação direta com a experiência; (2) a não dualidade entre 
sujeito e objeto; e, (3) a produção do conhecimento como algo individual e singular, 
de modo que as inteligibilidades produzidas a partir da relação estabelecida com a 
experiência são fontes válidas e verdadeiras. A despeito disso, Rogers adverte que 
o Kierkegaard não é fundamento de sua Psicologia clínica, dado que o seu contato 
com as obras kierkegaardianas foram ulteriores ao seu construto teórico e prático de 
intervenção e pesquisa em psicoterapia. Rogers admite, todavia, que certas ideias 
kierkegaardianas se assemelham às suas e confirmam sua visão de pessoa 
segundo outra perspectiva (filosófica). Esta oferece, pois, amparo a uma visada que 
subjetiva a pessoa na clínica e contrasta com as objetivações científicas que se 
possam fazer dela. Portanto, é patente a inspiração e influência das ideias de 
Kierkegaard para a Psicologia moderna; contudo, as apropriações que essa faz de 
seus pensamentos são parciais a alguns elementos, não havendo, pois, a fundação 
e fundamentação de uma Psicologia de base kierkegaardiana – o que não implica 
que tal projeto não possa ser desenvolvido. 
 
Palavras-Chave: Psicologia. Kierkegaard. Carl Rogers. 
 
 
 
34 
A RECEPÇÃO DE KIERKEGAARD NO XVI CONGRESSO MINEIRO DE 
PSIQUIATRIA (2014) E NO XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE PSIQUIATRIA 
(2014) 
 
 
Ednéa Conceição Correia Santos13 
Jorge Miranda de Almeida14 
 
 
RESUMO: O objetivo principal da comunicação é propiciar e aprofundar o diálogo 
entre Kierkegaard e a Psiquiatria a partir da recepção que pudemos notar nos dois 
últimos congressos de Psiquiatria onde apresentamos comunicações envolvendo as 
principalmente as categorias da subjetividade, angústia, desespero, salto e dor a 
partir da concepção do filósofo dinamarquês com o contexto de pacientes 
acometidos de uma doença psíquica. O deslocamento na concepção de 
subjetividade a partir de Kierkegaardainda provoca muito estranhamento no meio da 
Psiquiatria, uma vez que esta ciência ainda está impregnada da concepção 
cartesiana que predomina no universo das faculdades de medicina que reduz a 
pessoa à dimensão de consciência. O corte a partir da subjetividade como sendo a 
constituição e constituída pela pessoa em seu processo de deixar de ser para tornar-
se, modifica completamente a concepção de doença, de saúde e de tratamento, pois 
a pessoa não é reduzida a uma doença, mas, passa a estar acometida por uma 
doença e ter um tratamento para o mal que a comete não tendo todo o seu ser 
comprometido com o tratamento convencional operado pelos psiquiatras. A 
recepção observada nos dois congressos foi de curiosidade, pois para a maioria, 
Kierkegaard é um estranho e as citações de Jaspers em sua obra Psicopatologia 
sobre Kierkegaard passaram desapercebidas, pois este manual é estudado nas 
faculdades de psiquiatria. O que é possível desdobrar nessa comunicação é a 
relação entre as categorias supracitadas no início do resumo com situações reais 
vivenciadas na prática psiquiatra no Hospital Afrânio Peixoto, em Vitória da 
Conquista, BA, que demonstram a pertinência e a qualidade do filósofo na área em 
que estamos abordando. 
 
Palavras Chave: Kierkegaard. Subjetividade. Psiquiatria. Dor. 
 
13 Doutoranda pelo PPGMLS com a abordagem subjetividade e dor. Psiquiatra e médica. 
14 Prof. do Programa Permanente do PPGMLS. E-mail: mirandajma@gmail.com 
 
35 
RESUMOS POR ORDEM ALFABÉTICA 
A 
Ana Monique Moura 
O DIABÓLICO, O EXISTENCIAL E O EROTISMO NA MÚSICA 
UM ESTUDO EM KIERKEGAARD ..................................................................... 30 
C 
Cândida de Oliveira Carpes 
APONTAMENTOS HISTORIOGRÁFICOS SOBRE AS EXTENSÕES DAS IDEIAS 
DE KIERKEGAARD À PSICOLOGIA HUMANISTA-EXISTENCIAL DE ROLLO 
MAY .................................................................................................................... 13 
D 
Danilo Moraes Lobo 
TORNAR-SE O QUE SE É, TORNAR-SE SUBJETIVO, APROXIMAÇÕES ENTRE 
NIETZSCHE E KIERKEGAARD ......................................................................... 14 
E 
Ednéa Conceição Correia Santos 
A RECEPÇÃO DE KIERKEGAARD NO XVI CONGRESSO MINEIRO DE 
PSIQUIATRIA (2014) E NO XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE 
PSIQUIATRIA (2014) .......................................................................................... 35 
Eduardo da Silveira Campos 
SAUDADE COMO ARTESANIA DA RECORDAÇÃO 
A TARDANÇA NO PRELÚDIO DE IN VINO VERITAS ...................................... 15 
Elton Moreira Quadros 
A QUESTÃO DA SUBJETIVIDADE EM KIERKEGAARD E SÃO JOÃO DA CRUZ
 ............................................................................................................................ 16 
UMA LEITURA KIERKEGAARDIANA DA SUBJETIVIDADE NO CONTO “O 
ESPELHO” DE GUIMARÃES ROSA .................................................................. 32 
Elton Silva Salgado 
COM A PENA DA GALHOFA E A TINTA DA IRONIA 
LENDO BRÁS-CUBAS COM KIERKEGAARD E CIORAN ................................. 17 
H 
Hugo Pires Júnio 
SUBJETIVIDADE EM KIERKEGAARD E A EMERGÊNCIA DA SUBJETIVIDADE 
EM FOUCAULT .................................................................................................. 18 
Hugo Pires Júnior 
MEMÓRIA, EXISTÊNCIA E SUBJETIVIDADE ...................................................... 31 
 
36 
J 
Janderson Carneiro de Oliveira 
APONTAMENTOS HISTORIOGRÁFICOS SOBRE AS IDEIAS DE KIERKEGAARD 
QUE SE ESTENDERAM À PSICOLOGIA .......................................................... 19 
Jaqueline Cristina Salles 
SUBJETIVIDADE 
ENTRE O CONCEITO E A EXISTÊNCIA, DESAFIO PARA A CLÍNICA 
PSICOLÓGICA ................................................................................................ 20 
Joanne Ferreira de Oliveira Cordeiro 
LUIS DA SILVA E PAULO HONÓRIO 
UMA ABORDAGEM DA SUBJETIVIDADE KIERKEGAARDIANA NA 
LITERATURA DE GRACILIANO RAMOS ....................................................... 21 
Jorge Miranda de Almeida 
A QUESTÃO DA SUBJETIVIDADE EM KIERKEGAARD E SÃO JOÃO DA CRUZ
 ............................................................................................................................ 16 
A RECEPÇÃO DE KIERKEGAARD NO XVI CONGRESSO MINEIRO DE 
PSIQUIATRIA (2014) E NO XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE 
PSIQUIATRIA (2014) .......................................................................................... 35 
COM A PENA DA GALHOFA E A TINTA DA IRONIA 
LENDO BRÁS-CUBAS COM KIERKEGAARD E CIORAN ................................. 17 
KIERKEGAARD E HEIDEGGER 
UMA RELAÇÃO MAL-DITA ................................................................................ 22 
LUIS DA SILVA E PAULO HONÓRIO 
UMA ABORDAGEM DA SUBJETIVIDADE KIERKEGAARDIANA NA 
LITERATURA DE GRACILIANO RAMOS ....................................................... 21 
MEMÓRIA, EXISTÊNCIA E SUBJETIVIDADE ...................................................... 31 
SUBJETIVIDADE 
ENTRE O CONCEITO E A EXISTÊNCIA, DESAFIO PARA A CLÍNICA 
PSICOLÓGICA ................................................................................................ 20 
SUBJETIVIDADE EM KIERKEGAARD E A EMERGÊNCIA DA SUBJETIVIDADE 
EM FOUCAULT .................................................................................................. 18 
TORNAR-SE O QUE SE É, TORNAR-SE SUBJETIVO, APROXIMAÇÕES ENTRE 
NIETZSCHE E KIERKEGAARD ......................................................................... 14 
José da Cruz Lopes Marques 
PASCAL E KIERKEGAARD 
CRÍTICOS DO REDUCIONISMO DA FÉ À RAZÃO ........................................... 23 
José Roberto Gomes da Costa 
PASCAL E KIERKEGAARD 
CRÍTICOS DO REDUCIONISMO DA FÉ À RAZÃO ........................................... 23 
L 
Laryssa Soares Leite 
EXTENSÕES DAS IDEIAS DE KIERKEGAARD PARA A PSICOLOGIA DE CARL 
ROGERS 
 
37 
APONTAMENTOS HISTÓRICOS ...................................................................... 34 
Leonardo Araújo Oliveira 
KIERKEGAARD E NIETZSCHE 
A VERDADE COMO PROBLEMA EXISTENCIAL .............................................. 24 
M 
Marcos Érico de Araújo Silva 
NOTAS SOBRE O PATÉTICO-DIALÉTICO A PARTIR DO PÓS-ESCRITO COMO 
TONALIDADE AFETIVA (STEMNING) 
O PHATOS DA EXISTÊNCIA, A ARCHÉ DO FILOSOFAR ................................ 25 
Maria Consolata Ferreira de Oliveira 
SUBJETIVIDADE E LIBERDADE 
UM SENTIMENTO DE PERDIÇÃO .................................................................... 26 
Milene Fontes de Menezes Bispo 
ANTÍGONA SEGUNDO A INTERPRETAÇÃO KIERKEGAARDIANA ................... 27 
P 
Paulo Coelho Castelo Branco 
APONTAMENTOS HISTORIOGRÁFICOS SOBRE AS IDEIAS DE KIERKEGAARD 
QUE SE ESTENDERAM À PSICOLOGIA .......................................................... 19 
EXTENSÕES DAS IDEIAS DE KIERKEGAARD PARA A PSICOLOGIA DE CARL 
ROGERS 
APONTAMENTOS HISTÓRICOS ...................................................................... 34 
R 
Roberto Sávio Rosa 
ANTÍGONA SEGUNDO A INTERPRETAÇÃO KIERKEGAARDIANA ................... 27 
KIERKEGAARD E O TRÁGICO SUPORTÁVEL .................................................... 33 
V 
Vera Lúcia Periassu de Oliveira 
EDUCAÇÃO ÉTICO-EXISTENCIALE LINGUAGEM LITERÁRIA - COMUNICAÇÃO 
INDIRETA ........................................................................................................... 28 
Victor Manoel Fernandes 
POR ESSA RAZÃO O APÓSTOLO DIZ “PURIFICAI OS VOSSOS CORAÇÕES . 29 
Z 
Zélia Salles 
EDUCAÇÃO ÉTICO-EXISTENCIALE LINGUAGEM LITERÁRIA - COMUNICAÇÃO 
INDIRETA ........................................................................................................... 28

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